Utilização de geotêxtil Bidim no recapeamento da Rodovia BR-040 em Nova Lima, MG.
Local
Rodovia BR-040, trecho de 6 km compreendido entre o trevo de Sebastião de Águas Claras e o trevo Vale do Sol.
Descrição do problema
Degradação do pavimento da BR-040 em função de tráfego pesado de caminhões, levando ao aparecimento de trincas generalizadas.
Descrição da solução
Emprego de geotêxtil Bidim RT-08 como elemento inibidor de propagação de trincas.
Vantagens da solução
Aumento da vida útil do pavimento, rápida execução, facilidade de instalação e custo inferior quando comparado com outras soluções como, por exemplo, maior espessura de recapeamento.
Quantidade
60.000 m² de geotêxtil Bidim RT-08.
Data de execução
Dezembro 2004 a fevereiro 2005.
Proprietário
MBR Minerações Brasileiras Reunidas.
Projetista
Strata Engenharia Ltda.
Construtora
Construtora Aterpa Ltda.
Fiscalização
Enecon S.A. Engenheiros e Economistas Consultores.
DESCRIÇÃO DO GEOSSINTÉTICO UTILIZADO
Manta Geotêxtil Bidim RT-08
MANTA GEOTÊXTIL NÃOTECIDO, 100% POLIÉSTER COM RESISTÊNCIA TRAÇÃO LONGITUDINAL MÍNIMA DE 08 KN/M E TRAÇÃO TRANSVERSAL MÍNIMA DE 07 KN/M.
DESENHO ESQUEMÁTICO
Figura 1 Seção transversal do pavimento antes que fosse realizada a restauração.
Figura 2 Seção transversal da restauração do pavimento utilizando o geotêxtil Bidim.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Histórico da obra
Atualmente com 57.000 habitantes, o município de Nova Lima está a 22 km de Belo Horizonte, tendo como divisa a Serra do Curral, uns cartões postais da região.
A história remonta ao final do século XVII, quando o bandeirante paulista Domingos Rodrigues Fonseca Leme chegou em busca de ouro. Outros mineradores resolveram se estabelecer na área, que em 1720 já possuía um número considerável de habitantes.
Em 1748 o arraial foi elevado à condição de freguesia e, em 1836, foi criado o distrito subordinado ao município de Sabará, com o nome de Congonhas de Sabará.
A presença da cultura britânica na região é explicada pela compra da Mina Morro Velho pela “Saint John Del Rey Mining Company”, em 1834.
Apenas em 1891 o distrito foi emancipado do município e passou a ser denominado Vila Nova Lima em homenagem ao historiador, poeta e político Augusto de Lima.
Na década de 1960 outras duas mineradoras iniciaram suas atividades na região, a “MBR Minerações Brasileiras Reunidas” e a “Mineração Rio Verde”, fortalecendo e gerando o desenvolvimento do município.
Detalhes do recapeamento
Realizada em tempo recorde, esta obra teve um cunho político que visou receber os participantes do Mercosul para uma reunião, que foi realizada em Ouro Preto no dia 14 de dezembro de 2004.
As obras de recapeamento compreenderam o trecho da Rodovia BR-040 desde a saída de Belo Horizonte ao trevo de Ouro Preto, estendendo pela rodovia BR-356 até Ouro Preto.
Outro fato político foi marcado pela participação da MBR Minerações Brasileiras Reunidas, que possui atualmente cinco minas no município de Nova Lima. Uma vez que o beneficiamento ocorre em apenas uma das minas, o minério é levado por sistemas de correia transportadora e por transporte rodoviário, através da rodovia BR-040, que tem seu tráfego aumentado e solicitado consideravelmente.
Com perspectiva de implantação de mais uma mina, a MBR apresentou como medida de mitigação o recapeamento de trecho da rodovia BR-040 em que seus caminhões trafegam com o minério (entre o trevo de Sebastião de Águas Claras e trevo do Vale do Sol, totalizando 6 km de extensão), mantendo uma proposta
de adotar soluções altamente tecnológicas visando à longevidade do pavimento. Com isto, neste trecho foi utilizada a geotêxtil Bidim RT-08 como camada inibidora da propagação de trincas.
Considerações de Projeto
Inicialmente, a solução original consistia em: fresar de 8 cm a 10 cm; adicionar 3% de cimento; reciclar e compactar a base; acrescentar uma camada de areia palheada após a compactação; acrescentar uma camada de lama asfáltica; executar um tratamento simples; finalmente executar uma camada de 8cm de CBUQ compactado, em duas camadas de 4 cm cada.
A MBR fazia questão de um pavimento com qualidade em função da perspectiva de abertura de mais minas, aumentando ainda mais o tráfego no trecho citado. O departamento técnico/comercial da Bimig vislumbrou uma oportunidade única de implantar a solução com o geotêxtil Bidim RT-08. Após apresentação da solução com geotêxtil Bidim RT-08, a situação foi revertida e a solução adotada foi fresar de 5 cm a 8 cm; aplicar uma pintura de ligação, instalar o geotêxtil Bidim RT-08; passar com o rolo de pneu sobre a manta geotêxtil promovendo a total impregnação de baixo para cima; executar tratamento simples; aplicar pintura de ligação; executar 4 cm de CBUQ compactado e finalmente executar tratamento com brita e polímero.
A solução adotada se mostrou muito interessante pelas inúmeras vantagens que possui, mas principalmente pela durabilidade que a inserção do geotêxtil promove ao pavimento e por evitar o bombeamento de finos por um bom período após o aparecimento das trincas.
Outros dois fatores que contribuíram para que se escolhesse a solução com o geotêxtil Bidim RT-08 foi o curto prazo para execução da obra, que deveria ficar pronta em 40 dias, em função do Mercosul, levando ainda em conta o período de chuvas. A primeira solução demandava um prazo maior, não sendo adequada para o prazo disponível.
Conclusão
Nos demais trechos de recapeamento não foram utilizar o geotêxtil Bidim como camada inibidora de propagação de trincas. Nestes trechos, a Construtora Barbosa Mello, responsável pelo maior trecho da obra, adotou a solução de recapeamento simples. O quantitativo previsto para este trecho era de aproximadamente 200.000 m² de geotêxtil Bidim RT-08. Pouco mais de 3 meses após o término da obra e após o período das chuvas, as trincas já estão reaparecendo neste trecho sem o geotêxtil Bidim. Este fato levou à publicação de uma matéria no jornal Estado de Minas, criticando o trecho executado pela Construtora Barbosa Mello e elogiando o trecho executado pela Construtora Aterpa.
O geotêxtil Bidim RT-08 se mostra eficiente para ser utilizada em obras de recapeamento asfáltico, exercendo perfeitamente o seu papel de camada inibidora de propagação das trincas da antiga capa asfáltica.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista do pavimento antes de ser recapeado.
Vista do pavimento antes de ser recapeado.
Vista do pavimento antes de ser recapeado.
Vista do pavimento antes de ser recapeado.
Vista do início da fresagem do pavimento.
Vista do trecho já fresado.
Vista do equipamento de sopro.
Vista do início da instalação do geotêxtil Bidim RT-08.
Vista do equipamento de instalação da geotêxtil Bidim RT-08.
Vista do geotêxtil instalado.
Vista do rolo de pneus compactando o geotêxtil Bidim RT-08.
Vista da pintura de ligação sobre o geotêxtil Bidim RT-08.
Vista do salgamento sobre o geotêxtil Bidim RT-08.
Vista da vibro acabadora.
Vista da compactação do CBUQ.
Vista da compactação feita com o rolo liso.
Vista da obra acabada.
Vista da placa da MBR.
Aparecimento de trincas após 3 meses do término da obra (trecho sem geotêxtil Bidim RT-08).
Aparecimento de trincas após 3 meses do término da obra (trecho sem geotêxtil Bidim RT-08).
Aparecimento de trincas após 3 meses do término da obra (trecho sem geotêxtil Bidim RT-08).
Utilização do geotêxtil Bidim como elemento de separação e filtro em pavimento intertravado de concreto.
Local
Fábrica da Bidim em
Descrição do problema
A área de trânsito e carregamento das carretas adjacente à área de armazenagem da fábrica encontrava-se sem pavimentação. Além disso, na entrada da fábrica foi instalada uma balança, sendo necessário construir um acesso lateral ao existente. Em ambas as áreas decidiram-se executar pavimento com blocos de concreto intertrava sobre colchão de areia.
Como o solo da base do pavimento é constituído de material fino, poderia ocorrer bombeamento de finos e mistura de materiais, diminuindo a vida útil do pavimento, principalmente considerando-se o tráfego intenso de carretas com carga elevada.
Descrição da solução
Emprego de geotêxtil Bidim RT-16 como elemento de filtração e separação entre a camada de bica corrida e o solo compactado.
Vantagens da solução
Aumento da vida útil do pavimento, evitando o bombeamento de finos e a intrusão de solo fino nas camadas de bica corrida e areia.
Utilização do geotêxtil Bidim em recapeamento asfáltico sobre pavimento rígido.
Local
Companhia Siderúrgica Tubarão (CST) Serra, ES.
Descrição do problema
Após 25 anos de uso o pavimento rígido em concreto da área interna da CST apresentava várias trincas devido ao tráfego de veículos e outros equipamentos.
Descrição da solução
Recapeamento com a geotêxtil Bidim RT-09 na interface entre o pavimento rígido antigo, trincado, e a nova capa asfáltica.
Vantagens da solução
A Manta Geotêxtil Bidim RT-09 trabalha como elemento inibidor de propagação de trincas no contato entre o pavimento rígido, antigo, trincado, e a nova capa asfáltica. Com esta aplicação a vida útil do pavimento aumenta consideravelmente, diminuindo a frequência de manutenção.
Entre outras vantagens destaca-se a rapidez de execução, sem necessidade de interrupção da pista por longos períodos. Além disso, evita-se a remoção do pavimento trincado e a necessidade de disposição do material removido, com benefícios ambientais.
Quantidade
15.000 m² de geotêxtil Bidim RT-09 (obra em execução).
Data de execução
Ao longo últimos anos, em execução no momento.
Proprietário
Companhia Siderúrgica Tubarão CST
Projetista
CST e apoio da Geotêxtil
Construtora
Brick Engenhaira
DESCRIÇÃO DOS GEOSSINTÉTICOS UTILIZADOS
Manta Geotêxtil Bidim RT-09
MANTA GEOTÊXTIL NÃOTECIDO, 100% POLIÉSTER COM RESISTÊNCIA TRAÇÃO LONGITUDINAL MÍNIMA DE 09 KN/M E TRAÇÃO TRANSVERSAL MÍNIMA DE 08 KN/M
DESENHOS ESQUEMÁTICOS
Figura 1 Solução adotada para recuperação do pavimento.
Figura 2 Detalhe do pendural.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista em primeiro plano do pavimento trincado e em segundo plano do pavimento já com a primeira camada de imprimação. Inicialmente as trincas foram seladas para permitir a aplicação do geotêxtil Bidim RT-09.
Aplicação da primeira imprimação asfáltica.
Geotêxtil Bidim RT-09 pronto para ser instalado. O material deve permanecer na embalagem até a sua aplicação na obra para evitar degradação do geotêxtil.
Geotêxtil Bidim RT-09 sendo desenrolado sobre a primeira imprimação. O geotêxtil deve ser lançado somente após a emulsão mudar de cor (cura). e ser instalado o mais esticado possível, sem rugas.
Detalhe da instalação do geotêxtil Bidim RT-09, neste caso sendo desenrolado manualmente.
Compactação do geotêxtil Bidim RT-09 com rolo de pneus.
Geotêxtil Bidim RT-09 já instalado.
Aplicação da segunda imprimação asfáltica sobre o geotêxtil Bidim RT-09, com taxa total típica de 1,2 L/m².
Resumo de Dissertação de Mestrado, Instituto Tecnológico de Aeronáutica ITA.
Título
Fatores de influência no comportamento de camadas Antirreflexão de trincas com geossintéticos.
Autor
Fernando Wickert.
Orientadora
Prof.ª. Delma Vidal.
Resumo
O trabalho tem a finalidade de discutir o comportamento do geotêxtil impregnado com asfalto utilizado na restauração de pavimentos flexíveis. O trincamento do pavimento acelera a queda do nível de serventia, prejudicando a qualidade funcional do pavimento para o usuário. Para se fazer uma boa restauração, que tenha uma vida de fadiga igual ou superior ao período de projeto, devemos identificar as causas do surgimento das trincas na superfície do pavimento. O trincamento pode ser controlado ou retardado através do aumento da espessura da camada de recapeamento ou com a utilização de camadas Antirreflexão de trincas entre a camada antiga e a nova. Como em qualquer sistema utilizando geossintéticos há uma grande variedade de fatores que influenciam no desempenho do pavimento restaurado. No caso da pavimentação utilizando geotêxtil, esses fatores incluem: o tipo de geotêxtil utilizado, o processo de instalação, o tipo de ligante utilizado, a taxa aplicada e uniformidade, a condição de superfície e preparação, as propriedades do revestimento e as condições climáticas ou geográficas. Foi realizado um conjunto de ensaios com diversos tipos de geotêxtis, analisando o efeito da temperatura, ensaios de tração de faixa larga sem impregnação e com impregnação e ensaios de permeabilidade com diversas taxas de ligante. Estes ensaios objetivaram concluir que cuida na instalação e na escolha do material podem trazer benefícios futuros no que tange ao desempenho de pavimentos flexíveis restaura com camadas de geossintéticos. Através estu realiza, chegou-se à conclusão de que a maioria insucessos foi causada por problemas na instalação, sendo a impregnação insuficiente, em função da quantidade de ligante aplicada, da espessura do geotêxtil e da má impregnação de juntas e de dobras, a principal causa defeitos observa.
Ano da Defesa
2003
FATORES DE INFLUÊNCIA NO COMPORTAMENTO DE CAMADAS ANTI-
REFLEXÃO DE TRINCAS COM GEOSSINTÉTICOS
Fernando Wickert
Tese apresentada à Divisão de Pós-Graduação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica como parte requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciência no Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica na Área de Infraestrutura de Transportes. Orientadora: Prof. Dra. Delma de Mattos Vidal
RESUMO DO ESTUDO EXPERIMENTAL
Foram realiza ensaios de laboratório para um melhor entendimento do comportamento do geotêxtil e ligantes frente às situações encontradas no campo. Foram realiza ensaios de tração de faixa larga (com e sem impregnação), retenção de asfalto, temperatura e permeabilidade, com cinco tipos de geotêxtis. Apresentam-se os ensaios e uma discussão resulta destes ensaios.
Produtos ensaia
Para os ensaios de laboratório foram utilizar cinco tipos de geotêxtis:
Tipo 1
Geotêxtil nãotecido agulhado de fibras cortadas, 100% polipropileno com massa por unidade de área nominal de 150 g/m², de cor cinza;
Tipo 2
Geotêxtil nãotecido agulhado de filamentos contínuos, 100% poliéster com uma massa por unidade de área nominal de 150 g/m², de cor cinza;
Tipo 3
Geotêxtil nãotecido agulhado, 100% polipropileno com uma massa por unidade de área nominal de 150 g/m², de cor branca;
Tipo 4
Geotêxtil nãotecido termo fixado, 100% polipropileno com uma massa por unidade de área nominal de 200 g/m², de cor cinza;
Tipo 5
Geotêxtil nãotecido termo fixado, 80% poliéster e 20% polipropileno com uma massa por unidade de área nominal de 150 g/m², de cor branca.
Os resulta obtido são mostra na tabela abaixo.
Ma (g)
C.V. (%)
54,66 19,97 15,81 18,89 20,25
Ma min (g)
141 133 152 196 132
Ma max (g)
234 164 182 238 158
Tabela 1 Massa por unidade de área geotêxtis ensaia.
Comentários
Foi observado que os geotêxtis de fibra cortada têm uma variação maior se comparado com os de filamentos contínuos. No caso de geotêxtis termofixo, observou-se uma maior homogeneidade.
A Figura 1 ilustra uma manta de geotêxtil fabricado com fibras de polipropileno, onde se pode observar falhas na fabricação desta manta, mostradas com um círculo de linhas simples. No círculo com linhas duplas, observa-se um excesso de fios, onde a gramatura tende a ser maior.
Figura 1 Falhas de fabricação (manta geotêxtil de polipropileno).
Temperatura
Uma propriedade em particular que não é muito considerada antes da escolha do geotêxtil a ser utilizado é a contração do geotêxtil durante a aplicação da camada de CBUQ, que dependendo da tensão gerada pode ser associada ao trincamento durante a restauração do pavimento.
Como a impregnação com CAP-7 e a camada de revestimento são geralmente aplicadas a temperaturas elevadas, é importante verificar a temperatura admissível para o polímero empregado no geossintético, recomendando-se em geral que seja resistente à temperatura de aplicação do concreto asfáltico e às solicitações mecânicas de instalação (Tasque Force 25, 1985). O objetivo deste ensaio é determinar a porcentagem de encolhimento do geotêxtil frente a altas temperaturas.
Os corpos de prova foram submeter a temperaturas de 110ºC, 135ºC, 150°C e 170°C, simulando a temperatura alcançada pelo CBUQ em uma restauração de pavimento. O geotêxtil foi colocado em contato com uma chapa aquecida, como visualizado na Figura 2, e mantido por 2 minutos. Foram testa 5 corpos de prova para cada temperatura e cada tipo de geotêxtil, num total de 100 corpos de prova ensaia.
Figura 2 Equipamento utilizado para o ensaio de temperatura.
Os resulta ensaios realiza indicam que as propriedades físicas de encolhimento e força de encolhimento devem ser examinadas antes de se especificar um tipo de geotêxtil para a aplicação na restauração de pavimentos.
Observações de instalações de campo feitas por Campbell e Kleimer (1996) têm demonstrado que, ocasionalmente, onde é utilizado geotêxtil de polipropileno há a ocorrência de trincas na camada nova do pavimento mesmo antes da compactação. Os autores acreditam que essas trincas são um resultado direto da alta força de contração do geotêxtil em áreas onde as extremidades se sobrepõem e onde há dobras ou rugas, causando uma má compactação do concreto asfalto e uma má impregnação do geotêxtil.
Quando dobras ou cortes estão presentes no geotêxtil durante a operação de recapeamento, a tensão gerada pela contração do geotêxtil pode produzir um deslocamento significativo na direção da dobra ou do corte. Essa contração ocorre quando a camada nova de CBUQ está em uma temperatura muito elevada e com pouca resistência.
Figura 3 Resultado ensaios de temperatura.
Tabela 2 Resulta de ensaios de temperatura.
Como se pode observar na Figura 3, até a temperatura de 135°C os diversos produtos apresentam um bom desempenho. Da Tabela 5.2 observa-se que a contração de to os geotêxtis até 135°C foi inferior a 3%, a exceção do Tipo 2 que chegou a 5,3%. Assim sendo, pode-se comentar que:
O geotêxtil Tipo 1 passou de uma porcentagem de contração de 2,6% (135°C) a 23% (150°C) e 28,7% (170°C), na direção longitudinal, tendo um encolhimento menor na direção transversal;
O geotêxtil Tipo 2 sofre um encolhimento ligeiramente maior na direção longitudinal apontando um encolhimento de 3,6% nesta direção a 110°C que chega ao máximo de 5,3% a 170°C, sendo pouco afetado pelo aumento da temperatura;
O geotêxtil Tipo 3 teve um comportamento semelhante ao Tipo 1, chegando a 38,6% de encolhimento na direção longitudinal a 170°C;
O geotêxtil Tipo 4 apresentou menor contração que os outros geotêxtis de polipropileno, chegando a 13% para a temperatura de 170°C na direção longitudinal. As medidas para as temperaturas entre 110°C e 150°C indicam uma maior contração na direção transversal;
O geotêxtil Tipo 5 apresentou baixa contração a todas as temperaturas (valores menores de 1,8% a 170°C).
Os resulta observa permitem concluir que os geotêxtis em polipropileno podem apresentar altas contrações para temperaturas acima de 135°C e que o processo de termo fixação reduz a contração geotêxtis.
Retenção de asfalto
O ensaio de retenção de asfalto foi realizado baseado no procedimento colocado por Koerner (1998). Este ensaio consiste em imergir um corpo de prova de geotêxtil (20x20cm), previamente pesado, em um recipiente com cimento asfalto de petróleo (CAP-7) a 0°C durante 1 minuto, para garantir uma absorção completa. Após esta etapa, deve-se retirar os corpos de prova do recipiente e deixá-los esfriar a temperatura ambiente. Quando a amostra estiver “curada”, ou seja, a temperatura ambiente, deve-se retirar o excesso de CAP. Para a retirada do excesso, os corpos de prova foram totalmente envolver por um material absorvente e rola sobre uma chapa a 0°C com um rolo previamente aquecido. Após a retirada de todo o excesso de CAP, efetua-se uma nova pesagem das amostras, determinado assim a taxa de asfalto retida no geotêxtil. O objetivo deste ensaio é determinar a taxa de asfalto retida no geotêxtil, a fim de se utilizar a equação de Button et al. (1982, citado por Koerner, 1998), onde a taxa de asfalto retida é nomeada como índice de saturação do geotêxtil. O ensaio foi realizado com os cinco tipos de geotêxtil.
Através resulta ensaios de retenção de asfalto, nota-se que as recomendações fabricantes são insuficientes no que tange a taxa de aplicação de ligante. Os fabricantes recomendam uma taxa de 1,1 l/m² a 1,3 l/m² para a aplicação geotêxtis Tipo 1, 2 e 3, sendo que nesses casos só o geotêxtil irá absorver em torno de 1,1 l/m², tornando a taxa insuficiente para que o geotêxtil atue como barreira de umidade, conforme a equação proposta por Koerner (1998).
Tabela 3 Resulta de ensaios de retenção de asfalto.
Resistência à tração faixa larga
Com o objetivo de melhor compreender o comportamento do geotêxtil sob tração, foram realizar ensaios de tração de faixa larga até a ruptura com as 5 amostras de geotêxtil:
sem o uso de ligante, com o objetivo de caracterizar o material;
com diferentes tipos de ligantes (Asfalto diluído CM-30, Emulsão Asfáltica RR-1C e Cimento Asfalto de
Petróleo CAP-7);
e diferentes taxas de impregnação.
Os ensaios foram realizar com base na NBR 824 (1993), com uma velocidade de carregamento de 20 mm/min.
Para a impregnação do material, foi utilizado uma bandeja e um rolo metálico para simular a rolagem de campo. O CAP-7 foi aquecido a aproximadamente 0°C durante 3 horas, e a emulsão asfáltica e o asfalto diluído foram aplicar à temperatura ambiente.
pós o cálculo da taxa de ligante para cada corpo de prova, estes foram impregnar e compacta com o rolo metálico, com o objetivo de se obter uma impregnação homogênea. Os corpos de prova impregnam com CAP- 7 não necessitaram cura, já os de emulsão asfáltica obtiveram a cura em torno de 20 minutos após a sua aplicação, já os corpos de prova com asfalto diluído demoraram em média 3-4 dias para obter a cura completa. Em alguns casos o asfalto diluído não conseguiu romper totalmente.
A Figura 5 ilustra o procedimento de impregnação corpos de prova de geotêxtil.
Figura 5 Procedimento para impregnação do geotêxtil.
Resulta obtidos
A seguir, nas Figuras 6, 7 e 8, são apresenta gráficos da obtido em análises de resistência à tração, alongamento e rigidez das amostras de geotêxtis.
igura 6 Análise resulta de resistência à tração.
Figura 8 Análise resulta de rigidez secante a 5% de deformação.
Através da análise das Figuras 6, 7 e 8, conclui- se:
Quanto ao uso de Emulsão Asfáltica:
a impregnação com taxa insuficiente tende a aumentar os valores de resistência a tração, alongamento e rigidez secante a 5% de deformação;
os geotêxtis 100% polipropileno apresentam resistência a tração a taxas insuficientes superior ao observado para o caso de impregnação ideal, enquanto os contendo poliéster em porcentagem majoritária pouco foram afetar pela quantidade de ligante;
a impregnação insuficiente pouco alterou o alongamento na ruptura, mas aumentou consideravelmente este alongamento no caso ideal para os geotêxtis não termofixo (apenas agulha);
a impregnação aumentou a rigidez a 5% de deformação, observando-se um maior aumento relativo para o geotêxtil tipo 2 (poliéster).
Quanto ao uso de Asfalto Diluído:
a impregnação praticamente não alterou a resistência à tração, à exceção da taxa ideal no geotêxtil tipo 2;
um maior alongamento na ruptura é observado para os geotêxtis tipos 2 e 3;
houve uma redução considerável da rigidez secante a 5% de deformação à exceção do geotêxtil tipo 5.
Quanto ao uso de CAP-7:
a impregnação pouco alterou a resistência à tração, mas aumentou o alongamento na ruptura, à exceção do geotêxtil tipo 5 que apresentou aumento de resistência à tração e praticamente o mesmo alongamento na ruptura quando impregnado à taxa ideal;
a rigidez secante a 5% de deformação praticamente dobrou para o geotêxtil tipo 2, mantendo-se ligeiramente superior à do corpo de prova sem impregnação para as taxas ideais nos geotêxtis tipos 3 e 5.
À exceção da impregnação com asfalto diluído, a impregnação tende a aumentar a rigidez secante a 5% de deformação, o alongamento na ruptura e a resistência à tração.
Permeabilidade
Foram realiza ensaios de permeabilidade normal ao plano sem confinamento em corpos de prova com 3 diferentes impregnações e dois tipos de ligantes (CAP-7 e Emulsão Asfáltica), com o objetivo de se analisar o comportamento geotêxtis perante diferentes taxas e tipos de ligantes, tendo sido utilizado o método da carga hidráulica constante, baseado na ISSO 11058 (1999) (projeto de norma NBR 02:153.19-008 2000, enviado para consulta pública).
A preparação corpos de prova seguiu as orientações da NBR 593 (1992). Cortaram-se cinco corpos de prova circulares com 7 cm de diâmetro (dimensões necessárias ao equipamento utilizado). Para este ensaio, foram analisar três tipos de geotêxtis e três taxas de ligante com emulsão asfáltica e dois tipos de geotêxtis com três taxas de ligante com CAP-7.
Os resulta ensaios de permeabilidade com os corpos de prova impregna com emulsão asfáltica e CAP-7 estão ilustra nas Figuras 9, 10 e 11.
Figura 9 Análise resulta de ensaios de permeabilidade com o geotêxtil Tipo 1 impregnado com emulsão asfáltica.Figura 10 Análise resulta de ensaios de permeabilidade com o geotêxtil Tipo 2 impregnado com emulsão asfáltica.
Figura 11 Análise resulta de ensaios de permeabilidade com o geotêxtil Tipo 5 impregnado com emulsão asfáltica.
Através ensaios de permeabilidade, nota-se uma grande diminuição da permissividade quando se aumenta a taxa de ligante aplicada.
Os corpos de prova impregnam com CAP-7 tiveram um desempenho melhor frente aos impregna com emulsão asfáltica. A permissividade depende diretamente da espessura e da dimensão poros do geotêxtil. Poder-se-ia esperar uma maior permissividade do geotêxtil tipo 5 por ele ter uma menor espessura, mas a termo fixação reduz a dimensão poros. Este fato associado provavelmente a uma impregnação invertida mais eficiente pode fazer com que ele apresente permissividades menores. Vale salientar que tanto com Emulsão Asfáltica quanto com CAP-7 a permissividade variou pouco para taxas superiores a 77% e 87%, respectivamente.
Os ensaios de permeabilidade objetivaram demonstrar que a aplicação de taxas de ligante abaixo do recomendado podem não dar uma baixa permeabilidade ao pavimento. Já nos casos em que se obtém uma taxa ideal de aplicação de ligante e a utilização de CAP-7, a camada intermediária vai conferir uma baixa permeabilidade ao sistema geotêxtil-asfalto, e mesmo após o trincamento, a água proveniente da superfície não irá atingir as camadas de base.
A menor permeabilidade obtida ficou em torno de 10-6 m/s para os corpos de prova impregna com Emulsão Asfáltica e em torno de 10-7 m/s para os corpos de prova impregna com CAP-7, valores este relaciona a baixas permeabilidades.
Resultado de pesquisa sobre pavimento permeável desenvolvido pela UFRGS
Local
Estacionamento da UFRGS, Instituto de Pesquisas Hidráulicas IPH.
Descrição da aplicação
O geotêxtil Bidim RT-16 foi empregado como elemento de separação de camadas em base de pavimento para permitir livre escoamento das águas.
Pesquisa realizada na UFRGS com o apoio da Mexichem Bidim Ltda.
Resulta
Verificou-se excelente comportamento do pavimento, com eliminação do escoamento superficial na área de estudo.
Data de execução
2003
Pesquisador
Joel Goldenfum
Construtora
SMOV
Proprietário
UFRGS
DESCRIÇÃO DOS GEOSSINTÉTICOS UTILIZADOS
Manta Geotêxtil Bidim RT-16
MANTA GEOTÊXTIL NÃOTECIDO 100% POLIÉSTER COM RESISTÊNCIA TRAÇÃO LONGITUDINAL MÍNIMA DE 16 KN/M E TRAÇÃO TRANSVERSAL MÍNIMA DE 14 KN/M
DESENHOS ESQUEMÁTICOS
Figura 1 Seções típicas do pavimento permeável.
Figura 2 Possíveis estruturas de pavimentos. No caso estudaram-se blocos vaza e concreto poroso.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Início da instalação do geotêxtil Bidim RT-16.
Instalação do geotêxtil Bidim. Notar bobina sendo desenrolada sobre os painéis de geotêxtil já instala mantendo a sobreposição mínima recomendada entre eles.
Lançamento de material granular sobre o geotêxtil Bidim. Notar fixação da sobreposição com tijolos para evitar deslocamento painéis de geotêxtil durante o lançamento/espalhamento do material granular.
Lançamento/espalhamento de praticamente toda a camada granular sobre o geotêxtil Bidim.
Pavimento à direita já executado (concreto permeável) e instalação do geotêxtil Bidim RT-16 no pavimento esquerdo (blocos vaza).
Pavimentos em blocos de concreto vaza e em concreto permeável já executado. Após chuva intensa não se nota acúmulo de água.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
DADOS GERAIS
Assunto
Aplicação do Bidim na Restauração de Pavimento da Rodovia Marechal Rondon SP 300.
Local
Bauru SP
Descrição do problema
A reflexão do trincamento existente na restauração de pavimentos flexíveis sem a utilização de camadas inibidoras ocorre rapidamente em casos em que o tráfego é elevado. O trincamento severo neste caso se refletiria rapidamente para a camada de recapeamento se não se optasse por uma solução eficaz.
Descrição da solução
O desempenho da Manta Geotêxtil Bidim RT-10 como elemento retardador da reflexão de trincas já é consolidado. Sua atuação como desviadora da trinca e evitando o bombeamento de finos contribui para o seu ótimo desempenho.
Vantagens da solução
Dentre as vantagens desta aplicação destacam-se: facilidade de instalação, método construtivos conheci, menor custo se comparado com soluções alternativas e principalmente aumento da vida útil do pavimento restaurado.
Data de execução
Fevereiro 1999
Projetista
DER DR 03 (Bauru)
Construtora
CGS Rio Preto Conserva e Pré Molda Ltda.
Proprietário
DER DR 03 (Bauru)
DESCRIÇAO DOS GEOSSINTÉTICOS UTILIZADOS
Manta Geotêxtil Bidim RT-10
MANTA GEOTÊXTIL NÃOTECIDO, 100% POLIÉSTER COM RESISTÊNCIA TRAÇÃO LONGITUDINAL MÍNIMA DE 10 KN/M E TRAÇÃO TRANSVERSAL MÍNIMA DE 09 KN/M
DADOS DA OBRA
O recapeamento ocorreu na Rodovia Marechal Rondon SP-300 (Bauru), na pista da direita (sentido Paulo Interior), nos trechos entre o km 341+220 ao km 341+400, na faixa da direita, e entre o km 341+220 ao km 341+340, na faixa da esquerda.
A Manta Geotêxtil Bidim RT-10 foi impregnada com emulsão asfáltica tipo RR-1C, sendo que a taxa de ligante utilizada foi de 1,2 l/m² residual, sendo 80% no primeiro banho e 20% no segundo banho. A espessura de recapeamento aplicada em cima da Manta Geotêxtil Bidim RT-10 foi de 3 cm e a temperatura do CBUQ foi de 160°C.
DESENHO ESQUEMÁTICO
Localização do trecho restaurado com Manta Geotêxtil Bidim RT-10.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Detalhe do trincamento na faixa da direita.
Detalhe do trincamento. Pode-se observar o bombeamento de finos da base.
Regularização do pavimento antigo para a colocação da Manta Geotêxtil Bidim RT-10.
Primeira aplicação da pintura de ligação (80% do total).
Aplicação e compactação da Manta Geotêxtil Bidim RT-10.
Segunda aplicação da pintura de ligação (20% do total).
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
DADOS GERAIS
Assunto
Restauração de Pavimento Flexível
Local
Km 51+400 da Rodovia Ayrton Senna (SP-70)
Descrição do problema
Trecho experimental com a utilização de Manta Geotêxtil Bidim RT-08 como camada anti-reflexão de trincas na restauração de pavimento flexível na rodovia Ayrton Senna (SP-70), no trecho compreendido entre o km 51+400 e o km 52. O trecho em questão, com volume de tráfego elevado, tem sido monitorado desde 1999, demonstrando que o emprego de Bidim realmente inibiu o aparecimento de trincas de reflexão na superfície do pavimento. Em contraste, o trecho sem Bidim encontra-se completamente trincado.
Quantidade
2.100 m2 de Manta Geotêxtil Bidim RT-08
Data de execução
Junho de 1999
Projetista
Dersa
Construtora
Dersa
Proprietário
Dersa
DESCRIÇÃO DO GEOSSINTÉTICO UTILIZADO
Manta Geotêxtil Bidim RT-08
MANTA GEOTÊXTIL NÃOTECIDO, 100% POLIÉSTER COM RESISTÊNCIA TRAÇÃO LONGITUDINAL MÍNIMA DE 08 KN/M E TRAÇÃO TRANSVERSAL MÍNIMA DE 07 KN/M
CONSIDERAÇÕES
A utilização de geotêxtil como camada anti-reflexão de trincas na restauração de pavimentos é uma técnica consagrada e utilizada no mundo inteiro. Por ser fabricado com poliéster, o Bidim é particularmente adequado para ser empregado em conjunto com o CBUQ devido à sua elevada temperatura de fusão. Além disso, possui elevada resistência mecânica por ser fabricado com filamentos contínuos.
O alto índice de trincamento do pavimento da Rodovia Ayrton Senna (SP-70), rodovia que se desenvolve paralela à via Dutra, motivou a realização de um trecho teste com Bidim em 1999. Desde então o trecho tem sido monitorado, demonstrando que o uso de Bidim na restauração de pavimentos aumenta a vida sua útil.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
As figuras a seguir ilustram o trecho em questão e a diferença no desempenho com e sem o uso de Manta Geotêxtil Bidim RT-08 no que diz respeito a trincamento e afundamento em trilha de roda.
Divisa da Estaca 100.
Afundamentos em Trilha de Roda (ATR) do trecho sem Manta Geotêxtil Bidim RT-08.
Detalhe do Trecho.
Início do Trecho com Manta Geotêxtil Bidim RT-08.
Trecho com Manta Geotêxtil Bidim RT-08. Sem trincas.
Trecho sem Manta Geotêxtil Bidim RT-08. Notar a severidade das trincas.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
DADOS GERAIS
Assunto
Rodovia de baixo custo com utilização de geotêxtil Bidim em Sapezal.
Local
Sapezal, MT.
Descrição do problema
Necessidade de execução de pavimento de baixo custo, porém durável, em trecho urbano sujeito a tráfego pesado e intenso de caminhões de soja e outros.
Descrição da solução
Emprego de geotêxtil Bidim RT-09 impregnado com asfalto para criar uma membrana impermeável, diminuindo a infiltração de água e aumentando a vida útil do pavimento.
Vantagens da solução
Rapidez de execução, custo reduzido comparado com alternativas convencionais como, por exemplo, maior espessura de CBUQ ou tratamento da base.
Quantidade
3.600 m² de geotêxtil Bidim RT-09.
Data de execução Maio de 1999.
Proprietário
Prefeitura Municipal de Sapezal, MT.
Projetista
Prefeitura Municipal de Sapezal, MT.
Construtora
Prefeitura Municipal de Sapezal, MT.
DESCRIÇÃO DO GEOSSSINTÉTICO UTILIZADO
Manta Geotêxtil Bidim RT-09
MANTA GEOTÊXTIL NÃOTECIDO, 100% POLIÉSTER COM RESISTÊNCIA TRAÇÃO LONGITUDINAL MÍNIMA DE 09 KN/M E TRAÇÃO TRANSVERSAL MÍNIMA DE 08 KN/M
DESENHO ESQUEMÁTICO
Figura 1 Seção transversal do pavimento de baixo custo com geotêxtil Bidim.
Figura 2 Seção transversal típica do pavimento.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
1ª Etapa: Compactação do solo local.
2ª Etapa: Imprimação com emulsão asfáltica RR2C.
3ª Etapa: Instalação do geotêxtil Bidim RT-09.
4ª Etapa: Segunda imprimação sobre o geotêxtil Bidim RT-09.
5ª Etapa: Execução do revestimento em CBUQ.
Obra finalizada.
Vista geral do pavimento após 2 anos.
Vista do pavimento após 4 anos de execução.
Detalhe do pavimento íntegro, sem presença de trincas.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
INTRODUÇÃO
Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, filamentos contínuos, 100% poliéster) no dreno profundo na construção da Infraestrutura e Posteação da Linha de Teste do Centro de Manutenção de Cavaleiro, situada no município do Jaboatão Guararapes PE, com uma extensão de 1,20 km.
O projeto foi elaborado pela consultora Maia Melo Engenharia Ltda., tendo com supervisão a Gerência de Projeto do Metrô do Recife. As obras estão sendo executadas pela construtora Plínio Cavalcanti & Cia Ltda.
A construção teve início no dia 03 de novembro de 1997 e a previsão para conclusão será para o mês de agosto de 1998. O consumo previsto de geotêxtil Bidim RT-21 é da ordem de 7.200 m².
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Situada no bairro de Cavaleiro no Município do Jaboatão Guararapes, esta obra visa principalmente a manutenção e testes Trens de Unidade Elétrica TUE, uma vez que estes serviços são executa após a paralisação da operação da linha comercial, ou seja, após a zero hora. Uma vez construída esta linha a manutenção e testes Trens de Unidade Elétrica podem ser feitas em qualquer horário acarretando assim menos custos nas manutenções.
Também esta obra é de grande importância para o metrô de Recife, pois está previsto para o mês de setembro o início das obras de ampliação do metrô. Este projeto prevê a construção de 20 km de trilhos e dez novas estações. Nosso metro, que hoje atende a 130 mil passageiros por dia, de Recife a Jaboatão Guararapes, passará a servir também a população de Camaragibe, transportando 360 mil passageiros por dia.
A localização da obra, inclusive linhas ampliação das linhas pode ser vista na Figura 1.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim foi adotado como filtro do sistema de drenagem profunda por permitir um rápido escoamento e, ao mesmo tempo, evitar o carreamento de partículas para o interior do dreno estabilizando o solo adjacente.
Em função das características da obra foi escolhido o geotêxtil Bidim RT-21, baseado em suas propriedades mecânicas, hidráulicas e físicas. O geotêxtil Bidim dispensa os cálculos granulométricos necessários e fórmulas para cálculos de vazões além de ser um material contínuo, imputrescível e de características constantes. A Figura 2 apresenta um desenho esquemático da seção transversal do dreno executado.
Figura 2 – Desenho esquemático da seção transversal do dreno.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Local de estocagem do geotêxtil Bidim.
Trincheira drenante com parte executada e parte a executar.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
INTRODUÇÃO
O recapeamento da Avenida Nossa Senhora da Luz faz parte de um projeto chamado: “Programa de Transporte Urbano de Curitiba” Vias Alimentadoras, no qual a Prefeitura Municipal de Curitiba está utilizando recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento para deflagrar na cidade projetos de recuperação e execução de novos pavimentos.
DADOS DA OBRA
O trecho em que foi utilizado o recapeamento com geotêxtil Bidim possui a seguinte geometria:
Extensão: 540 m
Largura: m
Número de pistas: 2
Área total: 6480 m²
PROJETO DE RESTAURAÇÃO
A restauração do pavimento foi determinada pela SMOP (Secretaria Municipal de Obras Públicas) através de estu realiza pelo Departamento de Pavimentação, que revelaram necessidade iminente para recuperação de determinadas vias alimentadoras da cidade.
SOLUÇÃO
De acordo com as características de desgastes encontradas no local, do tipo “couro de jacaré”, a solução recomendada foi:
fresagem de 3 cm do antigo pavimento para a alimentação de trincas e fissuras superficiais e regularização do greide;
aplicação do geotêxtil Bidim RT-10 impregnado com emulsão RR1C com taxa de 1,10 litros/m² residual, sendo 70 % na 1ª pintura e 30% na 2ª pintura;
aplicação de nova capa com 5 cm de CBUQ (CAP 20) acabada.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim impregnado com asfalto forma uma membrana impermeável de comportamento viscoelástico que, colocada na interface do pavimento antigo e a nova capa, desempenha as seguintes funções:
– Dissipação de tensões nas extremidades das trincas
As trincas e fissuras existentes no pavimento tendem a se movimentar por defeitos térmicos ou de tráfegos. As suas extremidades são zonas de concentração de tensões, que se transmite para a nova capa asfáltica, induzindo o fenômeno da reflexão de trincas. A interposição de uma camada de descontinuidade de comportamento viscoelástico (sistema geotêxtil + emulsão) entre a superfície trincada e a nova capa asfáltica atua sobre as tensões localizadas nas extremidades das trincas retardando a sua aparição na nova capa.
– Impermeabilização do pavimento
Uma das principais conseqüências negativas do surgimento de fissuras em um pavimento é a perda de sua impermeabilidade. Ao se instalar uma membrana impermeável (geotêxtil nãotecido saturado com emulsão), assegura-se que, mesmo após um fissuramento inicial o pavimento permanecerá impermeável, impedindo que águas pluviais atravessem sua superfície e penetrem em sua estrutura, atingindo o subleito e ocasionando o processo de “bombeamento de finos” que pode levar a perda do pavimento todo devido à desagregação do subleito.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Primeira aplicação de pintura de ligação
Após a fresagem e limpeza da pista foi aplicada a primeira pintura de ligação com emulsão asfáltica RR1C. Nesta etapa foi aplicado aproximadamente 70 % do total necessário e determinado para execução correta de um recapeamento com geotêxtil Bidim.
Instalação do geotêxtil Bidim
O geotêxtil Bidim foi instalado manualmente, evitando-se rugas para que elas não venham futuramente comprometer o recapeamento.
Rolagem do geotêxtil Bidim
A rolagem foi executada por rolo compactador de pneus, provocando penetração invertida da emulsão RR1C, consolidando desta forma a impregnação do ligante betuminoso ao geotêxtil Bidim.
Segunda aplicação da pintura de ligação
A emulsão asfáltica RR1C foi aplicada de maneira que a taxa residual de pintura ficasse em torno de 1,1 l/m². Após o rompimento e a cura da emulsão asfáltica, a via estava pronta para receber o CBUQ.
Salgamento
O método utilizado para preservar a manta de possíveis danos ocorri em virtude da passagem das rodas caminhões foi a aplicação de óleo diesel nas rodas mesmos, através de espargidor manual.
Aplicação e compactação do CBUQ
A aplicação foi realizada com vibro acabadora e o CBUQ compactado com rolo pneumático e rolo liso. Utilizou- se como camada de recapeamento 5 cm de CBUQ (CAP 20) faixa C da Prefeitura Municipal de Curitiba.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista do local da obra.
Observa-se no antigo pavimento trincas do tipo “couro de jacaré”.
Detalhe do pavimento fresado.
Aplicação da pintura de ligação com emulsão asfáltica tipo RR1C (70%).
Instalação do geotêxtil Bidim RT-10 após aplicação da 1ª pintura.
Outro detalhe da aplicação do geotêxtil Bidim RT-10.
Detalhe das juntas transversais de topo e serventes trabalhando.
Vista do geotêxtil Bidim aplicado em toda extensão do trecho.
Detalhe da aplicação da segunda pintura de ligação.
Detalhe do encontro de topo entre o geotêxtil Bidim já impregnado e o geotêxtil Bidim não impregnado.
Detalhe da rolagem do geotêxtil Bidim para garantir sua aderência e retirar pequenas rugas de instalação.
Detalhe da acabadora aplicando o CBUQ (CAP 20).
Detalhe da nova capa de CBUQ sendo aplicada pela acabadora.
Detalhe da interface entre o pavimento fresado, membrana visco elástica de geotêxtil + emulsão asfáltica, e a nova capa de 5 cm.
Detalhe do processo de compactação do CBUQ com rolo de pneus.
Televendas:
413003.7118
41 3003.7118
Seg. à Sex. das 8h30 às 18h00
Matriz:
413030.7061
41 9665.8064
Seg. à Sex. das 8h30 às 18h00
Sáb. das 8h30 às 13h00