UTILIZAÇÃO DE GEOWEB NO CONTROLE DE EROSÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS E INFLUÊNCIA DA MARÉ SESC BERTIOGA



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O sistema de drenagem anteriormente projetado se encontrava debilitado, para atender o escoamento de águas pluviais. Devido ao aumento da área impermeabilizada, devido a novas construções, a pouca declividade sistemas de drenagem já existentes, o grande índice pluviométrico da região, acima de 4.000 mm por ano.

Constatou-se que toda saída de águas pluviais do SESC, concentrava-se em um único ponto próximo a entrega principal. Este acúmulo de água gerava um sério problema de retro erosão progressiva junto ao pavimento de entrada do SESC, agravado ainda mais pela subida da maré.

Do pavimento original composto por blocos sextava de concreto pouco restava, sendo sua manutenção uma constante para a administração do SESC.

A solução encontrada foi a utilização do geotêxtil Bidim RT-10, atuando como camada separadora e filtro, para evitar o “Piping” e a instalação sobre a manta geotêxtil a geocélula Geoweb GW 8204 com finalidade de atuar como pavimento flexível, confinando o agregado; distribuindo melhor as cargas e acompanhando qualquer deformação do solo de fundação.

DADOS DA OBRA

Nome

Geoweb no Controle de Erosão de Águas Pluviais e influência da Maré

Local

SESC, Bertioga SP

Finalidade

Controle de Erosão

Contratante

SESC Bertioga

Projetista

Multigeo Engenheiros Associa

Empreiteira

Departamento de Manutenção do SESC

Cronograma

Executado em 6 horas, no dia 26 de março de 1997

Materiais utiliza

Sistema de confinamento celular, Geoweb GW 8204 – 57,60 m² Geotêxtil Bidim RT-10 – 70,00 m²

DESCRIÇÃO DA OBRA

Inicialmente houve escavação de uma caixa para instalação do material, limpeza e regularização, realiza por maquinário leve. Toda a mão de obra empregada pertence ao Departamento de Manutenção do SESC.

Foi realizada escavação de trincheiras laterais para a ancoragem do Geoweb, minimizando o efeito destrutivo da Maré, que poderia arrancar as geocélulas instaladas. Instalação do geotêxtil Bidim RT-10, com sobreposição mínima de 0,20 m e fixação com barras de aço de ¼” dobradas em “U”, espaçadas a 1,50 m cada uma, que posteriormente auxiliarão na fixação do Geoweb. Instalação da geocélula e fixação com barras de aço de ¼” espaçadas a 0,50 m na transversal e 1,00 m na longitudinal. Lançamento de concreto com Fck igual a 13 Mpa nas trincheiras laterais, ancorando a Geoweb. Para preenchimento da Geoweb foi utilizada brita 2, com espessura de 5 cm e o restante preenchido com areia da praia (Figura 1).  

Figura 1 Desenho esquemático do pavimento com geotêxtil Bidim e Geoweb preenchida com brita 2.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DA GEOWEB

Os ganhos obtidos na utilização do sistema de confinamento celular, Geoweb, são os seguintes: – Elimina necessidade de utilização de mão de obra especializada;

  • Fácil manuseio e instalação;
  • Utilização de agrega disponíveis no local,
  • Baixo custo comparado com soluções tradicionais; – Melhor distribuição de cargas no solo;
  • Melhor relação custo x benefício da obra.

CONCLUSÕES

O sistema de confinamento celular Geoweb mostrou-se definitivo para o problema de erosão do pavimento do SESC. Qualquer outro tipo de pavimento, rígido do tipo concreto ou flexível do tipo CBUQ, seria inviável para o local, devido ao seu alto custo executivo para atender tecnicamente a obra.

A Geoweb além de confinar o agregado, atua como distribuidor de tensões no solo, minimizando possíveis recalques. O problema de subpressão foi contornado, pois o material de preenchimento das células é altamente permeável.

As dificuldades encontradas na instalação foram algumas rochas que dificultaram a cravação das barras de aço, para fixação do Geoweb. O sistema de confinamento obteve o desempenho esperado em projeto.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a colaboração do SESC Bertioga, em especial ao Nelson Lourenço e da Multigeo Engenheiros Associa, em especial ao Eng. Paulo Roberto Aguiar, sem os quais não seria possível a elaboração deste trabalho.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Início da instalação da
Geoweb.
Instalação da Geoweb e fixação das emendas.
Cravação das barras de aço.
Lançamento do concreto nas bordas, para evitar o efeito da maré.
Preenchimento da Geoweb com brita 2.
Preenchimento da
Geoweb com areia da
praia.
Vista da obra concluída.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM EM PROTEÇÃO DE GRAMADO DO ESTÁDIO INDEPENDÊNCIA PARA REALIZAÇÃO DO POP ROCK BRASIL`97



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Já algum tempo temos acompanhado campos de futebol de estádios vêm deixando de ser locais destina exclusivamente para prática esportiva. Tem sido cada vez mais comum e constante a utilização deste espaço para a realização de grandes eventos como shows de rock, eventos comunitários, religiosos, dentre outros.

A principal característica e diferença entre estes eventos são os danos causa aos grama após a realização mesmos. A utilização do gramado para realização de grandes eventos, como por exemplo shows de rock, podemos ter sobre ele de 35 a 40 mil pessoas que pulam, dançam, se agitam conforme o ritmo do evento. Para tanto são necessárias medidas preventivas que visem preservar as características vitais deste. Caso contrário um gramado sem proteção, após a realização destes eventos, estaria completamente destruído e impróprio para a prática do esporte.

Objetivando minimizar os efeitos destrutivos à grama, divulgamos e introduzimos o geotêxtil Bidim como uma opção, eficiente para proteção de grama. O presente trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) com função de proteção do gramado do Estádio Independência para a realização da 8ª edição do Pop Rock Brasil, um megaevento realizado nos dias 06 e 07 de setembro de 1997 em Belo Horizonte/MG.

DADOS DA OBRA

Nome da obra

Obra de proteção do gramado do Estádio Independência para a realização do Pop Rock Brasil/97.

Contratante Radio Del Rey Ltda.

 Doutor Camilo Antônio Nogueira, nº187 Serra.

Cep.:30.240-090 Belo Horizonte/MG

Executores

Escan Estruturas e Serviços Ltda.

 Francisco Augusto Rocha, nº0 Vila Clóris.

Cep.:31.710-000 Belo Horizonte/MG

HS Jardinagem

 Sebastião Stokler, nº140 Estoril 

30.445-670 Belo Horizonte/MG

Projetista

Tracbel S/A

Anel Rodoviário, KM 21 Bairro Universitário 

31.950-640 Belo Horizonte/MG

Geotêxtil utilizado

Geotêxtil Bidim RT-16

CONSIDERAÇÕES DE PROJETO

Após a escolha do Estádio Independência para sediar a 8ª edição do Pop Rock Brasil e para atender à exigência imposta pela direção do estádio, que só liberaria o mesmo para a realização do evento caso as condições do gramado fossem preservadas integralmente pois 4 dias após a realização do evento, o gramado deveria estar apto à prática do futebol.

Visando atender tal exigência realizamos um pequeno teste ou melhor, um ensaio da aplicação do geotêxtil

Bidim com a função de proteção de gramado. Este ensaio foi acompanhado pela organização do evento, Tracbel, Atividade Bidim, agrônomos, diretoria do estádio e consistiu basicamente em cobrir uma pequena área, aproximadamente de 15 m² do gramado com geotêxtil Bidim RT-16 por um período de 5 dias. Após retirada do geotêxtil constatamos que as condições fisiológicas, vitais da grama estavam preservadas e que após 2 dias de tratamento hídrico, a grama tinha recuperado sua condição normal.

Após a realização do ensaio concluíram que a utilização do geotêxtil Bidim RT-16 seria uma solução adequada e confiável para proteger o gramado para realização da 8ª edição do Pop Rock Brasil.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Para facilitar a aplicação e a instalação do geotêxtil Bidim, este foi todo instalado no sentido horizontal, comprimento do gramado, paralelo ao fluxo do público.

Após a aplicação do geotêxtil Bidim sobre o gramado, levando-se em consideração uma sobreposição de 0,30 m, houve o grampeamento do geotêxtil na distância de 0,90 m em toda a extensão do gramado. O grampo utilizado nesta aplicação era de ferro com diâmetro de ¼” de 15 x 15 x 15 cm.

Em todo processo de instalação, solicitamos que a face do geotêxtil Bidim com a melhor coesão das fibras deveria estar voltada para cima, pois esta seria a de maior resistência à tração. A área total protegida com geotêxtil foi de aproximadamente 10.000 m² (Figura 1).

FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Nesta aplicação, o geotêxtil Bidim RT-16 apresenta basicamente a função de proteção do gramado. Com uma característica muito importante a ser observada, a de permitir a respiração da grama, permeabilidade e consequentemente, a livre troca gasosa da vegetação.

OBSERVAÇÕES

Para se obter um melhor resultado da aplicação do geotêxtil Bidim em aplicações de proteção de gramado, é importante observar:

  • Tipo e características de cada evento (shows infantis, rock, carnavais, encontros religiosos etc.).
  • Duração do evento: horas ou dias.
  • Sempre que possível utilizar costuras como opção de grampeamento.
  • Aplicação de geotêxtil de resistência mais elevada nas regiões de maior concentração do público (próximo ao palco, por exemplo).

CONCLUSÃO

Concluímos que a utilização do geotêxtil Bidim em aplicações de proteção de grama, demonstrou ser uma opção de fácil, rápida e eficiente aplicação conseguindo, em situações extremas, preservar as características vitais da grama.

AGRADECIMENTOS

Os Autores deste trabalho agradecem a toda equipe técnica da:

  • Nativa Ltda., ao Sr. Geraldo Gilson Lara Guimarães
  • Radio Del Rey Ltda., ao Sr. Felipe Barreto e Sr. Fernando Megele
  • Escan Estruturas e Serviços Ltda., ao Eng. Douglas Aguiar
  • HS Jardinagem, ao Eng. Haroldo Sampaio
  • Estádio do Independência
  • Diretoria do América Futebol Clube, ao Sr. Walter

E a to os operários e funcionários que não mediram esforços e empenho para a realização desta obra.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

“Cases de obras, Bidim informa, Folders e Relatórios internos Atividade Bidim”.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista do campo antes da realização do Show.
Vista do campo antes da realização do Show.
Vista do campo antes da realização do Show.
Vista da montagem do palco.
Vista da preparação do campo para a realização do Show.
Vista da preparação do campo para a
realização do Show.
Vista do desenrolamento da bobina de geotêxtil Bidim e posicionamento, para ser grampeado.
Vista do grampeamento do geotêxtil do geotêxtil Bidim.
União das mantas por grampeamento.
Vista do geotêxtil Bidim instalado.
Vista do geotêxtil Bidim instalado.
Vista do público sobre o geotêxtil Bidim.
Vista geral do show.
Vista do geotêxtil Bidim grampeado na lateral.
Vista do gramado após o
show.
Vista do gramado e do palco após o show.
Vista do gramado e do palco após o show.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM COMO CAMADA DE PROTEÇÃO DE GEOMEMBRANA EM ATERRO SANITÁRIO PORTO ALEGRE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim como camada da proteção de geomembrana em Aterro Sanitário, situado na cidade de Porto Alegre/RS.

O sistema de aterro sanitário adotado na obra apresenta uma das formas mais importantes de disposição de resíduo, além de ser a solução mais econômica para o destino de resíduos sólido entre as formas convencionais. Cuida devem ser toma para que a construção do aterro sanitário seja feita de acordo com as técnicas de engenharia e normas adequadas.

O geotêxtil Bidim foi utilizado em substituição a uma camada de argila, proporcionando uma redução no custo total da obra, diminuição do prazo de execução e protegendo a geomembrana de polietileno de alta densidade contra os esforços de puncionamento causadas pela colocação do lixo.

A seguir são apresenta da, detalhes da instalação do geotêxtil Bidim e imagens das etapas de execução da obra.

DADOS DA OBRA

Nome

Aterro Sanitário de Porto Alegre, Extrema RS.

Local

Cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.

Contratante

Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Projeto

Projesul Ltda.

Execução

Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Conclusão A obra ainda está em andamento.

ETAPAS DE EXECUÇÃO DO ATERRO

Após a preparação do terreno, uma camada de argila compactada é aplicada, drenos horizontais, protegi por geotêxtil Bidim RT-10 são construí e a geomembrana de polietileno de alta densidade (e = 1mm) é instalada. A geomembrana é recoberta pelo geotêxtil Bidim RT-26 para sua proteção. Em seguida, uma camada drenante de brita é colocada no fundo da vala e só depois é lançado o resíduo.

Preparação do terreno

Foram realizadas terraplenagem e limpeza com maquinário pesado para preparação do terreno. Em seguida a camada de argila compactada com 60 cm de espessura é aplicada.

Drenagem do aterro

Objetivando a coleta, o afastamento e disposição do “chorume”, bem como de águas pluviais percoladas através da massa e de outros líquidos provenientes resíduos dispostos no aterro sanitário, foi utilizado o geotêxtil Bidim RT-10 no sistema de drenagem horizontal do aterro.

Instalação da geomembrana e geotêxtil

A geomembrana PEAD (e = 1mm) colocada sobre a camada de argila compactada, por se tratar de material impermeável, tem função de impedir que o “chorume” venha contaminar o lençol freático.

Como a geomembrana não pode ficar em contato direto com o lixo, devido ao risco de ocorrência de rasgo ou perfuração, o geotêxtil Bidim RT-26 é instalado sobre ela, com a função de proteção mecânica, impedindo o contato direto com o resíduo. Esta função é vital para o perfeito funcionamento do aterro sanitário.

Finalmente, uma camada drenante composta por brita 3 é depositada no fundo do aterro, sobre o geotêxtil Bidim RT-26.

FUNCIONAMENTO DO ATERRO

Inicialmente os resíduos são descarrega na superfície do terreno e empurra de baixo para cima pelo trator esteira com lâmina apropriada, formando camadas sobrepostas de espessura 0,15 m a 0,40 m com inclinação de 1:3 ou 1:2 conforme representado na Figura 1.

Figura 1 Desenho esquemático da disposição do resíduo no aterro sanitário.

A compactação é feita pelo próprio peso do trator que deverá dar 3 a 5 passadas sobre o lixo. A espessura de cada célula após a compactação é de 2 a 4 m. (Figura 2)

Figura 2 Desenho esquemático da célula do aterro sanitário após compactação.

Em seguida, o resíduo recebe recobrimento diário, com finalidade de evitar a propagação de mau cheiro, o espalhamento pelo vento de papéis e de outros, a proliferação de vetores, roedores e fogo, a penetração de água e facilitar o movimento equipamentos na área.

Procurando-se manter as células em condições aeróbias e para facilitar a difusão gases e aguardar um possível recalque é esperado um tempo para execução da segunda camada de células conforme indicado na Figura 3 que apresenta o esquema de operação do aterro sanitário.

Figura 3 Desenho esquemático da operação do aterro sanitário.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim RT-26 atua como elemento de redistribuição de tensões, protegendo a geomembrana de polietileno de alta densidade contra as tensões localizadas, bem como, garante estanqueidade do sistema de impermeabilização e alívio das subpressões, conduzindo líquido e gases pelo seu corpo.

No sistema drenante o geotêxtil Bidim RT-10 atua como filtro impedindo a penetração das partículas no meio drenante, evitando a colmatação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Bidim Informa
  • Relatórios internos
  • ORTH, Maria Helena “Manual de instruções básicas para execução de aterro sanitário”. Seminário sobre aterros sanitários CETESB.
  • ZULAUF, Werner “Projeto Elbas energia de lixo na baixada santista”. XI Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiente.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Preparação do terreno do aterro sanitário.
Início da instalação da geomembrana.
Vista geral da geomembrana instalada.
Início da instalação do geotêxtil Bidim RT-26 e preenchimento de colchão drenante.
Vista do descarregamento do resíduo sobre o colchão drenante.
Espalhamento do resíduo sobre colchão drenante e geotêxtil Bidim RT-26.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM COMO ELEMENTO DE PROTEÇÃO DE GEOMEMBRANA NO ATERRO DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS M-8 DA I.C.I BRASIL S.A.


Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do Geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como elemento de proteção da geomembrana no sistema impermeabilizante do Aterro de Disposição de Resíduos Industriais M-8 da ICI Brasil SA. Destinada à estocagem de resíduos industriais, provenientes da produção de produtos químicos na Fábrica de Rio Claro, esta obra foi implantada na Fábrica de Paulínia, localizada no Km 130 da Rodovia SP-332 no município de Paulínia SP.

O PROBLEMA

Implementar um sistema de proteção da geomembrana do Aterro de Disposição de Resíduos Industriais M-8 da ICI Brasil SA

A SOLUÇÃO

Foi utilizado a manta geotêxtil Bidim como elemento de proteção da geomembrana da obra.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Fevereiro de 1993
  • LOCALIZAÇÃO: Rodovia SP-332 Km 130 Paulínia   Paulo Brasil
  • CLIENTE: ICI Brasil SA Fábrica de Paulínia
  • TIPO DE OBRA: Disposição de resíduos industriais
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Separação, filtração, reforço e Proteção
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Não informada

HISTÓRICO DA OBRA

Em atividade desde 1978 esta unidade da ICI Brasil SA, destinada à produção de defensivos agrícolas, efetua a estocagem resíduos industriais em aterros estanques localiza na própria fábrica.

Comprometida com a proteção e preservação do meio ambiente a ICI Brasil SA desenvolve estu para a estocagem resíduos industriais. Este estudo visa determinar tanto o local a ser implantado o “Aterro de Disposição Resíduos Industriais” como o sistema impermeabilizante a ser adotado.

A área destinada à estocagem resíduos industriais foi escolhida por apresentar um solo argiloso e homogêneo com baixa permeabilidade, k = 10-7 cm/s. Na remota possibilidade de ocorrer alguma deficiência no sistema impermeabilizante tais características dificultariam a percolação e contaminação do solo pelos resíduos industriais, atuando desta forma como uma garantia suplementar até que o problema fosse sanado.

O sistema impermeabilizante adotado é composto por uma geomembrana de poli cloreto de Vinila (PVC), protegida tanto em sua face inferior como em sua face superior pelo geotêxtil Bidim. A proteção mecânica é efetuada com uma camada de solo-cimento.

Atualmente a área de estocagem de resíduos industriais da Fábrica de Paulínia possui um Aterro de Disposição de Resíduos Industriais já concluí, denominado Aterro M-8, destinado à estocagem de resíduos provenientes da Planta Química de Rio Claro.

DESCRIÇÃO DA OBRA

O Aterro de disposição de resíduos industriais M-8 foi executado utilizando-se resíduos industriais para o reaterro de uma vala com seção trapezoidal, escavada mecanicamente, conforme esquematizada na Figura 1.

Visando regularizar a superfície e eliminar os elementos contundentes que pudessem vir a ferir a geomembrana, tais como raízes e materiais granulares, efetuou-se um acabamento manual da vala.

Figura 1 Planta e seção transversal do Aterro M-8.

Para viabilizar o controle da integridade do sistema impermeabilizante do Aterro M-8, sua base foi executada com um caimento de 2%, tanto no sentido longitudinal como no sentido transversal ao comprimento de vala, onde se executou um sistema drenante de modo a se garantir a drenagem do aterro.

O sistema drenante é composto de um colchão drenante de areia com 10 cm de espessura sob o qual há uma vala drenante com seção de 20 cm x 20 cm, executada sobre um lastro de concreto e composta por um tubo de PVC com diâmetro de 10 cm envolto por brita 2 e revestida pelo geotêxtil Bidim RT-21 (Figura 2).

A vala drenante foi dotada de uma caixa de inspeção ligada a um poço de monitoramento para inspeção e controle do Aterro M-8 (Figura 2).

O sistema de impermeabilização foi composto na base do aterro por uma geomembrana de PVC, de 1,2 mm de espessura, protegida em sua face inferior pelo geotêxtil Bidim RT-21 e em sua face superior por uma camada de 50 cm de argila compactada (Figura 3).

O sistema de impermeabilização do talude do aterro foi composto por uma geomembrana de PVC com 1,2 mm de espessura, protegida tanto em sua face inferior como em sua face superior pelo geotêxtil Bidim RT-21 (Figura 4).

Figura 4 Detalhe do sistema de impermeabilização do talude do Aterro M-8.

A proteção mecânica do talude foi executada com uma camada de 10 cm de espessura de solo-cimento e uma armadura construtiva com malha tipo “Telcon Q47”. O solo-cimento foi preparado com uma mistura de cimento Portland e solo argiloso com traço 1:8.

Para a ancoragem do sistema de impermeabilização escavou-se perimetral mente ao aterro uma vala com seção de 0,50 m x 0,50 m. Paralelamente a esta vala executou-se uma canaleta em concreto para a captação e drenagem das águas de escoamento superficial (Figura 5).

Para se garantir a estanqueidade quanto à água de precipitação, a cobertura do aterro foi executada com uma camada de regularização em solo argiloso com 50 cm de espessura sobre o qual se instalou uma geomembrana de PVC de 1,2 mm de espessura. Visando garantir um rápido escoamento de água de precipitação, a cobertura foi executada com um caimento de 5% (Figura 5).

Figura 5 Detalhe do sistema de impermeabilização da cobertura do Aterro M-8.

Geotêxtil Bidim no sistema de drenagem do Aterro M-8

Na vala drenante na base do aterro (Figura 2) o geotêxtil Bidim foi adotado pelo seu bom desempenho nas funções SEPARAÇÃO e FILTRAÇÃO. O geotêxtil Bidim atua como elemento de separação evitando a mistura entre a areia, material drenante do colchão drenante, e a brita nº 3, material drenante da vala drenante. Entre a brita 2 da vala drenante e o solo local o geotêxtil Bidim atua como filtro evitando a formação de “piping” no solo e a colmatação da vala drenante.

Geotêxtil Bidim na face inferior da geomembrana na base do Aterro M-8.

Pela sua espessura, característica geotêxtis nãotecido, o geotêxtil Bidim protege a geomembrana quanto ao esforço puncionante e à ação abrasiva da areia constituinte do colchão drenante (Figura 3). Por ser um geotêxtil nãotecido agulhado de filamentos contínuos o geotêxtil Bidim é um material isotrópico e com excelentes características de resistência mecânica. No caso do surgimento de acomodação localizada na base do aterro, tais características possibilitam que o geotêxtil Bidim contribua para uma melhora na resistência ao estouro do sistema impermeabilizante.

Geotêxtil Bidim no sistema de impermeabilização do talude do Aterro M-8.

No sistema de impermeabilização do talude do aterro (Figura 4) o geotêxtil Bidim desempenha diversas funções. Aplicado na face inferior o geotêxtil Bidim atua como elemento de PROTEÇÃO ao efeito de puncionamento da geomembrana gerado por irregularidades do substrato e como elemento de asfalto de alívio de subpressões numa eventual percolação de água no solo local. O alívio de subpressão se dá pela capacidade do geotêxtil Bidim de conduzir líquido e gases pelo seu corpo em função de sua espessura e excelentes valores de transmissividade.

Na face superior da geomembrana, o geotêxtil Bidim atua como elemento de redistribuição de tensões protegendo a geomembrana quanto às tensões localizadas devido ao fissuramento e eventuais trincas da proteção mecânica executada em solo-cimento. Como na face inferior, também na face superior o geotêxtil Bidim atua como elemento de alívio de subpressões conduzindo líquido e gases pelo seu corpo.

O geotêxtil Bidim, aplicado na face superior da geomembrana, além de atuar como elemento de PROTEÇÃO e alívio de subpressões facilitou a execução da proteção mecânica. Suas características de atrito de interface e resistência à tração permitiram a execução da proteção mecânica num talude íngreme como o desta obra, com inclinação de 53,3º com a horizontal. Se fosse executada diretamente sobre a geomembrana, a superfície lisa desta não contribuiria com a componente de atrito de interface na estabilidade quanto ao escorregamento da proteção mecânica, seja durante a execução desta ou na vida útil da obra.

A utilização do geotêxtil Bidim tanto na face inferior como na face superior da geomembrana proporcionou um melhor desempenho mecânico do sistema impermeabilizante do talude, contribuindo para a garantia da integridade do aterro. A resistência ao estouro do sistema impermeabilizante é sensivelmente melhorada quando a geomembrana é protegida nas duas faces pelo geotêxtil Bidim.

No caso do surgimento de acomodações naturais do aterro ou na ocorrência de adensamento do substrato devido ao acréscimo de carga durante disposição resíduos a geomembrana poderá se acomodar perfeitamente, em função de suas características elásticas, deslizando entre as duas camadas do geotêxtil Bidim sem sofrer danos.

CONCLUSÃO

Na execução do Aterro M-8 utilização do geotêxtil Bidim garantiu o bom desempenho sistemas de drenagem e impermeabilização da obra devido às suas excelentes características físicas, mecânicas e hidráulicas.

Além de ser um elemento fundamental para a manutenção da integridade do aterro durante sua vida útil, o geotêxtil Bidim auxiliou a execução da obra em função de sua flexibilidade, o que permite sua perfeita acomodação mesmo em superfície irregulares, e facilidade de instalação.

AGRADECIMENTOS

O autor deste trabalho agradece a ICI Brasil AS, em especial ao Eng. Gilmar L. Beraldo Gerentes da Fábrica de Paulínia, Osvaldo Akio Sakashita e Hipólito Hernandez Gonzalez e à Soteco Engenharia e Construções Ltda., em especial ao Eng. Hiroshi Tokumoto, pelas suas colaborações na obtenção de informações sobre a obra, sem as quais não teria sido possível sua elaboração.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Regularização manual da superfície da vala visando eliminar defeitos e materiais contundentes que pudessem vir a ferir o sistema de impermeabilização.
Lançamento da areia constituinte do sistema de drenagem da base do Aterro M-8. Observa-se ao fundo a instalação do poço de monitoramento
Vista da instalação do geotêxtil Bidim RT-21 para a proteção da face inferior da geomembrana e instalação dá geomembrana de PVC.
Detalhe da ancoragem do sistema de impermeabilização. A valeta de ancoragem será posteriormente preenchida com solo argiloso.
Execução da proteção mecânica em solo-cimento sobre o sistema de impermeabilização após a instalação do geotêxtil Bidim RT-21 sobre face superior da geomembrana de PVC.

PROTEÇÃO DE MARGENS NO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL COM USO DE GEOTÊXTIL BIDIM

Autor: Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.


RESUMO

O Porto de Francisco do Sul localiza-se na Ilha de Francisco, litoral norte do Estado de Santa Catarina, e a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) tem como finalidade a de filtro de transição em muro de contenção com gabiões. Sendo assim, a referida é de suma importância para a proteção das margens, evitando que o solo do aterro mecânico seja arrastado pela ação erosiva das águas. Tal aterro destina-se a ampliação das áreas de estocagem de contêineres do porto.

O PROBLEMA

Implementar um sistema eficiente que suprisse as necessidades de filtração da obra do Porto de Francisco do Sul.

A SOLUÇÃO

Foi utilizado o Geotêxtil Bidim RT-10 como elemento filtrante do projeto, uma vez que as sua durabilidade e funcionalidade é significativa para este tipo de obra.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Agosto de 1992.
  • LOCALIZAÇÃO: Ilha de Francisco, Estado de Santa Catarina
  • CLIENTE: Secretaria de Transporte SC.
  • TIPO DE OBRA: Proteção de margens de porto
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM Filtro De Transição
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente 2.300 m² de Geotêxtil Bidim RT-10

Figura 1 Localização da obra.

Desenhos Esquemáticos

3 Solo natural (areia) 4 Aterro mecânico 5 Material de enchimento gabiões Figura 02 Vista superior do muro de contenção

FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM

A principal função exercida pelo geotêxtil Bidim na obra é a de filtro de transição, instalado entre a contenção de gabiões e o material de aterro, evita o arraste do solo pela turbulência das águas através vazios das pedras que compõem a contenção.

Como filtro, também permite o fluxo reverso das águas, originado pelas variações de níveis d’água, sem perdas de partículas finas do solo.  

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim constava da especificação do projeto, devido à necessidade de existir um elemento filtrante no sistema, de modo a evitar a ação erosiva das águas e consequentemente, garantir a estabilidade da obra.

Nesta obra optou-se pela especificação do geotêxtil Bidim do tipo RT-16, devido à avaliação esforços mecânicos pertinentes.

INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Executadas as etapas de terraplenagem das lagoas, definem-se as fases subseqüentes:

1ª fase

Definição e locação do eixo do muro de contenção.

2ª fase

Limpeza e regularização do local destinado à instalação gabiões.  

3ª fase

Instalação do geotêxtil Bidim na área definida para o recebimento gabiões tipo “colchão Reno”, deixando-se uma sobra de 20 cm na parte posterior do muro, para compor a sobreposição com outra manta. A referida sobra deverá ser protegida, enrolada, evitando-se que ocorram danos na mesma.

4ª fase

Montagem e preenchimento gabiões tipo “colchão Reno”, mantendo as pontas de arames direcionadas para o interior das estruturas, de maneira a evitar que o geotêxtil seja perfurado por esforços de puncionamento.

5ª fase

Montagem e preenchimento gabiões tipo “caixa”.

6ª fase

Instalação do geotêxtil Bidim sobre os gabiões tipo “caixa”, na área de contato com aterro mecânico, sobrepondo, no mínimo 20 cm, com a manta anteriormente instalada na base do muro. O geotêxtil foi devidamente assentado sobre os painéis das caixas, objetivando evitar solicitações de estouro.

7ª fase

Verificação das condições gerais da manta na parte posterior do muro. Desgastes nos cantos vivos foram corrigidos com a colocação de uma faixa adicional de geotêxtil, e a correção de rasgos ou furos foi efetuada com a instalação de um pedaço de geotêxtil sobre a região danificada.

8ª fase Lançamento do material de aterro.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim quando aplicado como elemento filtrante, entre o material de aterro e o muro de contenção, substitui as camadas granulométricas de transição, diminuindo o tempo executivo da obra.

Avaliando o comportamento do muro de contenção, observou-se a estabilidade e funcionabilidade da obra, condições necessárias para manter estruturado o aterro mecânico.

AGRADECIMENTOS

Engepasa

Engenharia do pavimento S/A Joinville / SC.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Fase inicial da obra. Instalação de geotêxtil Bidim na área da base, após limpeza e regularização do local.
Montagem gabiões tipo “Colchão Reno”, para compor a base do muro de contenção
Preenchimento e amarração gabiões, evitando-se a criação de esforços de puncionamento no geotêxtil.
Vista geral da obra com início da execução gabiões tipo caixa.
Fase final de instalação do muro de contenção, observando-se o desenvolvimento do aterro mecânico.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA EXECUÇÃO DA REDE DRENANTE DO LENÇOL FREÁTICO CONSORCIADA COM UMA REDE COLETORA DE ÁGUAS PLUVIAIS, DO PARQUE RESIDENCIAL ARNALDO ESTEVÃO DE FIGUEIREDO


RESUMO

A obra localiza-se na cidade de Campo Grande/MS, a margem da rodovia BR 262, saída para a cidade de Três Lagoas/MS. Este trabalho relata os estudos para rebaixamento de lençol freático e a aplicação do geotêxtil Bidim na rede drenante, consorciada com uma rede coletora de águas pluviais no parque residencial Arnaldo Estevão de Figueiredo.

Foram aplica nesta obra , como filtro.

O PROBLEMA

Implementar um sistema eficiente que supra a coleta de águas pluviais no parque residencial Arnaldo Estevão de Figueiredo.

A SOLUÇÃO

Foi utilizado a manta Geotêxtil Bidim como elemento principal no sistema drenante da obra.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Primeiro semestre de 1992
  • LOCALIZAÇÃO: Campo Grande Mato Grosso do Sul.
  • CLIENTE: DOP Departamento de Obras Públicas de Mato Grosso do Sul
  • TIPO DE OBRA: Execução de uma rede drenante de lençol freático
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM Filtração
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 1.290 m² de Geotêxtil Bidim RT-10

ESTUDO/PECULIARIDADES

Estudo do comportamento do lençol freático e sua influência nos sumidouros do Parque residencial.

  1. Os motivos que levaram a necessidade deste estudo foram reclamações vindas moradores acusando vazamento de fossas sépticas e sumidouros, na região do parque residencial, delimitadas pelas ruas Médicos,  Advoga,  Vigias,  Alfaiates,  Empresários e das Secretárias. Situação observada a partir do ano de 1990 e vem se tornando crítica a cada ocorrência de chuva.
  • Foram efetuadas no local, no dia 23/04/91, 8 sondagens com trado e medindo a profundidade onde se encontrava o lençol freático, conforme abaixo:

                          Sondagem      Endereço      Profundidade

  • R. dos Médicos próximo R. dos Dentistas     0,70 m
  • R. dos Dentistas esq. Trav. Dos Empresários          0,65 m
  • Trav. dos Empresários esq. R. das Secretárias       0,55 m
  • Trav. das Secretárias esq. R. dos Servidões Públicos       0,70 m
  • R. dos Servidores Públicos esq. Trav. dos Bombeiros       0,80 m
  • Trav. dos Serventes com Trav. dos Bombeiros        1,20 m
  • R. dos Dentistas com Trav. dos Serventes   1,00 m
  • R. dos Advogados com Trav. dos Alfaiates   0,70 m
  • No local e analisando a região circunvizinha, chegamos a um bueiro de Ø 80 cm instala e atravessando a pista do anel rodoviário da cidade, a 210 m da   Advoga.

Por este bueiro escoa toda água pluvial precipitada na região da Rancharia, início da rodovia BR 262 saída para Três Lagoas até o viaduto.

Constatou-se “in loco” um desnível nestes 210 m, do ponto: Asfalto em frente ao lote 18, da   Advoga, a geratriz inferior interna ao tubo do bueiro da 3,18 m.

Observando na proximidade do bueiro grande umidade, foram feitas duas sondagens do lençol freático, uma a montante e outra a jusante do bueiro, distantes uma da outra 25 m, separadas pelo aterro e pista asfáltica do anel rodoviário.

Constatou-se a montante o lençol a uma profundidade de 0,60 m e a jusante 1,40 m.

De acordo com os moradores do parque residencial, há grandes represamentos d’água junto ao anel rodoviário, junto ao bueiro nas ocorrências de chuvas, chegando a invadir a pista asfáltica.

  • Análise

De posse de um relatório nº 70/85 de sondagem do terreno, inclusive testes de absorção, efetuando pela firma Mello Vieira Fundações, datado de 03//85, a mesma relata ter realizado cinco perfurações na área destinada à construção do Parque Residencial, encontrando o lençol freático no dia 02//85, nas respectivas profundidades conforme a perfuração denominada por:

Sondagem Profundidade  

SP  01 SP  02 SP  03 SP  046,10 m 4,00 m 2,50 m 4,70 m
  SP  05      5,10 m       

Estando a perfuração SP  03, sua posição coincidindo aproximadamente com a   Dentistas próximo a travessa Empresários, muito próximo do local onde foi perfurada a sondagem nº 02, no dia 23/04/91, acusando o lençol a profundidade de 0,65 m.

A perfuração SP  04, estaria próxima ao que denominamos de sondagem nº 07, com 1,00 m de profundidade.

Este relatório na época, dada as características do solo (areia), com boa permeabilidade, recomendava o uso de sumidouro. Sendo assim o mesmo foi projetado e aprovado pelo Departamento de Engenharia do Previ sul, e sua execução acompanhada com fiscalização, pelos engenheiros do Instituto e, consequentemente, recebidas.

Faz-se crer que durante a faze de execução da obra não foi notada nenhuma anormalidade com referência ao lençol freático.

e) Em outra fase da análise observando a região, sua topografia, mais o projeto de levantamento planialtimétrico da área do Parque Residencial, constatou-se:

  • A região em questão é contribuinte da Bacia Hidrográfica do Córrego Estribo.
  • Observando o levantamento planialtimétrico do parque residencial, temos o sentido do caimento em diagonal a área, convergindo para o ponto mais baixo, o encontro das ruas médicos com a  Advoga. Neste sentido temos o Córrego a uma distância de 900 m aproximadamente e 210 m até o bueiro.
  • Em maior amplitude, vemos a região circunvizinha, a Fazenda Rancharia, toda avenida Adventista até o viaduto na situação natural das águas ali precipitadas convergirem para o córrego em uma ampla faixa de escoamento superficial, para atingir o córrego a quase 1000 m distante do Parque Residencial.
  • Observando o anel rodoviário implantado a 200 m do parque residencial (lembramos que sua execução data da fase terminal da obra de construção do Parque Residencial), praticamente o greide coincidindo em curva de nível nesta proximidade, temos aí instalado um bueiro (ponto de escoamento convergente) em substituição aquela ampla faixa de escoamento natural e superficial.

Ocorrendo na verdade, uma transferência de ponto de convergência das águas da região, seria um ponto a 900 m no córrego para outra área a 200 m do bueiro.

Pode-se até dizer que elas passaram a contribuir antes do córrego como uma represa (açude subterrâneo) cuja barragem é o anel rodoviário, pois nesta região concentra-se mais água pluvial, com maior permanência localizada no período de escoamento, contribuindo sobremaneira com o lençol freático, agravado pelo fato do terreno ser muito permeável.

Fato que se constatou ao medir a profundidade do lençol a jusante e montante do local onde se encontra o bueiro.

e) Conclusão

Em função destas análises chegamos à conclusão de que o lençol freático do Parque Residencial sofreu alteração, tendo como agente causador o aterro de sustentação da pista asfáltica do anel rodoviário, represando durante o processo de escoamento superficial as águas pluviais da região, portanto aumentando sua permanência em local muito próximo ao Parque Residencial. Tendo como agravante as características peculiares do solo arenoso, conferindo alto índice de permeabilidade ao terreno, portanto, contribuindo sobremaneira com o aumento de volume d’água do lençol freático.

Recomendamos como solução para continuar viável o uso de fossa e sumidouro no Parque Residencial, a execução de uma rede drenante do lençol freático, aproveitando o desnível que há entre a   Advoga e o bueiro de 3,18 m (Figura 2).

Consorciada com uma rede coletora de águas pluviais, visando à coleta d’água pluvial captada pela Avenida Adventistas, que funciona como canal receptador das áreas a montante no Parque Residencial.

A não execução desta rede adicionando ao futuro povoamento da região à montante, tenderia a agravar o escoamento superficial d’água pluvial no Parque Residencial, porque a Avenida Adventistas é via de acesso única ao Parque Residencial.

PROCESSO CONSTRUTIVO

A execução da obra previa duas fases, sendo: I Travessia;

II Terraplenagem e drenagem.

As quais estiveram a cargo da 3 RD Engenharia Ltda.

Estava previsto no cronograma da obra um prazo de 60 dias, para a execução das duas fases, as quais foram cumpridas nos meses de setembro e outubro de 1991.

A execução do sistema de drenagem seguiu as seguintes etapas:

  1. Escavação mecânica, de jusante para montante da vala na seção estabelecida pelo projeto.
  • Colocação de formas de madeira, para conformação da seção.
  • Instalação do geotêxtil Bidim RT-10.
  • Lançamento de uma camada de 30 cm de pedra de mão e regularização com 10 cm de brita 2.
  • Instalação do tubo dreno, Ø 200 mm.
  • Lançamento da camada de brita até a altura projetada para a conformação da seção e possibilitar a remoção da forma.
  • Sobreposição, 0,15 m, do geotêxtil Bidim sobre o material drenante, conformando a seção do dreno.
  • Execução do aterro sobre a seção.

Após conclusão da seção drenante a vazão da seção plena foi de Q = 1,025 l/s.

FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM

Nesta obra, em que o geotêxtil já estava previsto em projeto, foram instalar 1.290 m² de geotêxtil Bidim RT- 10, desempenhando a função FILTRAÇÃO.

Na função FILTRAÇÃO o geotêxtil Bidim permite a estabilização do solo adjacente, mediante a formação de um pré-filtro natural, possibilitando o escoamento rápido da água de infiltração e de variação do lençol freático, impedindo o carreamento das partículas finas do solo para o interior do meio drenante evitando a colmatação do mesmo.

AGRADECIMENTOS

Nossos agradecimentos ao Engenheiro Mauro Roberto Cândia, responsável pelos estu e projetos, aos engenheiros Gildson Arima e Irapuã Santos, de Departamento de Obras Públicas de Mato Grosso do Sul.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA  

Parque Residencial Arnaldo Estevão de Figueiredo, Advoga.
Localização da obra, com vistas da rodovia BR 262.
Detalhes da escavação mecânica e assentamento do tubo de Ø 800 mm para águas pluviais.
Detalhe da forma de madeira, para conformação da seção.
Detalhe do dreno com geotêxtil Bidim RT-10.
Execução do aterro manual.
Execução do aterro mecânico e travessia.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM COMO CAMADA DE SEPARAÇÃO E PROTEÇÃO DE MANTA IMPERMEÁVEL NA ESTAÇÃO DAS CLÍNICAS DO METRÔ

RESUMO

A obra foi realizada no estado de São Paulo, esquina da Av. Dr. Arnaldo com a Teodoro Sampaio, e em sua realização foi utilizado a manta geotêxtil Bidim como camada de separação e proteção . A impermeabilização foi executada no local que deverá receber tratamento paisagístico e sob o qual estará localizado o equipamento de controle de tráfego do Metrô.

O PROBLEMA

Encontrar a relação custo/benefício das diversas alternativas do sistemas de impermeabilização.

A SOLUÇÃO

Foi proposto pela Asfaltadora Brasileira S.A. a aplicação de laminado flexível de PVC como material impermeabilizante e a utilização do geotêxtil Bidim como camada de separação e proteção.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Julho/ 1991 a agosto/1991.
  • LOCALIZAÇÃO: Esquina da Av. Dr. Arnaldo com a Teodoro Sampaio Paulo SP
  • CLIENTE: Construções e Comércio Camargo Correa S.A
  • TIPO DE OBRA: Impermeabilização asfáltica
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Separação e Proteção
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 1.700m². Geotêxtil Bidim RT-14

SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ADOTADO

Após análise do local a ser impermeabilizado, das dimensões e responsabilidade da obra e da relação custo/benefício das diversas alternativas de sistemas de impermeabilização, foi proposto pela Asfaltadora Brasileira S.A. a aplicação de laminado flexível de PVC como material impermeabilizante e a utilização do geotêxtil Bidim como camada de separação e proteção (Figura 1).

O geotêxtil Bidim RT, além de atuar como camada de SEPARAÇÃO e PROTEÇÃO da manta de PVC, contribui com o sistema de impermeabilização drenando os vapores d’água graças a sua função DRENAGEM PLANAR.

Com o objetivo de impedir a impregnação do geotêxtil com a nata de cimento, durante a execução da proteção mecânica, utilizou-se entre o geotêxtil Bidim e a proteção mecânica, uma camada de papel Kraft.

Figura 1 Desenho esquemático da impermeabilização adotada.

MATERIAIS DE SEPARAÇÃO E PROTEÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO

Diversos são os materiais usualmente emprega como elemento de separação e proteção de mantas, dentre os quais podem-se destacar:

  • Papel Kraft betumado;
  • Papel alcatroado;
  • Feltro asfáltico;
  • Filme de polietileno;
  • Espuma de polietileno extrudada;
  • Manta asfáltica estruturada com véu de fibra de vidro;
  • Berço frio (*);
  • Geotêxtil nãotecido de fibra curta;
  • Geotêxtil nãotecido de filamentos contínuos;

Estes materiais possuem diferentes propriedades (Tabela 1) e estas devem ser consideradas na escolha do material adequado a obra.

(*) o berço frio é composto de uma mistura asfáltico/areia na proporção 1:10 e aplicado sobre o elemento impermeabilizante com uma espessura mínima de 2 cm. Com a utilização deste material pode ocorrer ferimentos na manta impermeabilizante pelos efeitos de puncionamento e abrasão da areia, componente do berço frio.

Apresenta ainda o inconveniente de ter que ser preparado na obra.

Suficiente (S) Deficiente (D) Inexistente (I) Tabela 1 Desempenho normalmente apresentado pelos materiais utiliza como camada de separação e proteção de mantas elastoméricas e poliméricas.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Para que um geotêxtil seja utilizado como camada de separação e proteção de membrana num sistema impermeabilizante, este deve apresentar as seguintes propriedades:

  • Isotropia;
  • Resistência ao puncionamento; – Durabilidade.

O geotêxtil nãotecido, pela orientação aleatória de seus filamentos, apresentam características mecânicas e hidráulicas isotrópicas no plano de manta.

Quanto aos valores de resistência mecânica, o geotêxtil nãotecido produzido com filamentos contínuos apresentam um melhor desempenho em relação aos geotêxtis nãotecido produzi com fibra curta.

Outro fator relevante na escolha do geotêxtil é a matéria prima com que é fabricado, o que vai determinar a durabilidade deste durante a vida útil da obra. Dentre os diversos polímeros emprega na fabricação geotêxtis, o poliéster é o que apresenta as características mais favoráveis de durabilidade e resistência aos agentes físico-químicos.

Após análises geotêxtis disponíveis no mercado foi adotado pela Asfaltadora Brasileira S.A o geotêxtil Bidim RT-14 para esta obra.

O geotêxtil Bidim é um nãotecido agulhado, 100% poliéster, produzido com filamentos contínuos liga mecanicamente por agulhagem.

MATERIAIS UTILIZADOS

Manta Impermeabilizante: Laminado flexível de PVC

  • Matéria prima: PVC (Poli cloreto de Vinila);
  • Espessura: 0,8 mm e 1,2 mm;
  • Processo de fabricação: calandragem.

Geotêxtil: Nãotecido Bidim RT  14

  • Matéria prima: Poliéster;
  • Espessura: 3,5 mm;
  • Processo de fabricação: extrusão direta filamentos pelo sistema Spunbonded.

Papel Kraft betumado duplo

  • Gramatura: 240g/m²;
  • Adesivo: Brascopen;
  • KE 1150: colagem PVC PVC; – KE 1148: colagem PVC  concreto.

SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Para a aplicação do sistema de impermeabilização de superfícies verticais utilizou-se para a fixação da manta de PVC, cola de contato PVC/concreto e, como medida de segurança adicional, fixação da borda superior da manta de PVC com fita metálica (Figura 2).

Com o objetivo de evitar o escorregamento do geotêxtil Bidim, utilizado como camada de separação e proteção mecânica da manta de PVC, este foi fixado nas bordas superiores das superfícies verticais por simples “ancoragem” (Figura 2).

impermeabilização em superfície vertical.

A proteção mecânica nas superfícies verticais foi executada com argamassa de cimento e areia (traço 1:3) estruturada com tela metálica, também ancorada na borda superior (Figura 2). A espessura desta proteção mecânica variou de 2,5 cm a 5,0 cm, em função esforços solicitantes previstos.

Em pontos localiza onde o sistema de impermeabilização seria mais solicitado pelo trabalho de estrutura, adotaram-se soluções que permitissem um comportamento harmônico entre eles, sistema de impermeabilização/estrutura.

As juntas de dilatação foram preenchidas com silicone estrutural e sobre esta aplicada uma camada dupla da manta de PVC. A manta inferior atua como uma camada de sacrifício, absorvendo os esforços localiza que não são transmiti na sua totalidade para a manta superior (Figura 3).

Para aplicação do geotêxtil Bidim sobre as juntas de dilatação, em função de suas características mecânicas de resistência a tração e a propagação ao rasgo e por ser um material isotrópico, não houve necessidade de se adotar nenhum esquema de aplicação diferente (Figura 3).

Figura 3 Detalhe da aplicação do sistema de impermeabilização sobre as juntas de dilatação.

Nos cantos entre as superfícies verticais e horizontais adotou-se um esquema de aplicação do sistema de impermeabilização similar ao adotado sobre as juntas de dilatação: uma camada dupla de manta de PVC e uma camada de geotêxtil Bidim (Figura 4).

Para evitar maiores esforços localiza no acomodamento do sistema de impermeabilização nos cantos, estes receberam um acabamento arredondado com raio aproximado de 5 cm (Figura 4).

Figura 4 Detalhe da aplicação do sistema de impermeabilização sobre nos cantos.

Na união da manta de PVC utilizaram-se os seguintes processos (Figura 5):

  1. Colagem química com cola PVC-PVC, adotando-se uma sobreposição de 10 cm.
  2. Soldagem com ar quente, adotando-se uma sobreposição de 5 cm.
  3. Soldagem com equipamento eletrônico, adotando-se uma sobreposição de 2,5 cm.

A união do geotêxtil Bidim foi executada de maneira bem prática, sendo necessária uma sobreposição simples, de 10 cm (Figura 6).

Figura 5 Detalhe da união de mantas de PVC.
Figura 6 Detalhe da sobreposição das mantas de geotêxtil Bidim.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Dentre as vantagens da aplicação do geotêxtil Bidim como camada de SEPARAÇÃO e PROTEÇÃO da manta PVC, podem-se destacar:

Resistência ao puncionamento

Esta propriedade preserva a integridade da manta PVC quanto ao puncionamento gerado ou por queda de objetos durante a execução da obra ou pelos materiais granulares da proteção mecânica.

Resistência a tração

Esta propriedade garante a continuidade do geotêxtil Bidim em locais onde haja maiores esforços solicitantes de tração, como por exemplo, nas juntas de dilatação.

Permeabilidade transversal

Esta propriedade do geotêxtil Bidim possibilita a drenagem de vapores presentes no sistema de impermeabilização.

Isotropia

Esta propriedade garante o mesmo comportamento mecânico e hidráulico em todas as direções no plano da manta.

Durabilidade

A matéria prima do geotêxtil Bidim é o poliéster, o polímero que apresenta as características mais favoráveis de durabilidade e resistência aos agentes físico-químicos dentre os diversos polímeros utiliza na fabricação do geotêxtis.

Facilidade de instalação

A aplicação do geotêxtil Bidim como camada de SEPARAÇÃO e PROTEÇÃO de membrana impermeável é feita pela simples colocação deste sobre a membrana impermeável.

Em função desta facilidade de instalação do geotêxtil Bidim, sua aplicação gera uma considerável redução no cronograma da obra e um menor custo de execução.  

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a colaboração das empresas Asfaltadora Brasileira S/A, ao Arqtº. Jacques Monet Jr.  Gerente Comercial e ao Sr. Edison Moraes, e Plásticos Plavinil S/A, ao Engº. Adolpho Melado Coordenador Mercado Industrial e do Engº. Alexandre Vivanço Blanco, sem as quais não seria possível a elaboração deste trabalho.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista geral da obra durante a aplicação do laminado flexível de PVC.
Vista da laje regularizada sobre a qual será colocado o laminado flexível de PVC. Neste ponto ainda haverá alguns arremates.
Geotêxtil Bidim sendo aplicado sobre o laminado flexível de PVC.
Papel Kraft sendo aplicado sobre o geotêxtil Bidim.
Nesta fotografia pode-se observar os componentes do sistema de impermeabilização: laminado flexível de PVC, geotêxtil Bidim, papel Kraft e a proteção mecânica.
Vista da aplicação do sistema impermeabilizante em superfície vertical. Pode-se observar o laminado flexível de PVC, a fita metálica de fixação, o geotêxtil Bidim, papel Kraft e a proteção mecânica.

UTILIZAÇÃO DA MANTA GEOTÊXTIL BIDIM COMO ELEMENTO DE PROTEÇÃO DE GEOMEMBRANA DE PVC NA PASSAGEM SUBTERRÂNEA CONEXÃO RIO SUL, BOTAFOGO RJ

Autor: Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata de forma sucinta a aplicação da manta geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como elemento de proteção da geomembrana PVC empregada na obra conhecida como “Passagem Subterrânea Rio Sul Botafogo”.

O projeto, inicialmente de aparência convencional, mostrou-se mais complicado à medida que foi sendo desenvolvido, pois no anteprojeto não estava prevista a utilização de geomembrana PVC, nem geotêxtil Bidim.

Devido principalmente a presença de um lençol freático no local da obra, estes dois elementos foram escolhidos para trabalharem de forma conjunta, como BARREIRA DE FLUXO e o outro como PROTEÇÃO da geomembrana.

O PROBLEMA

Implementar um sistema de barreira de fluxo lençol freático e outro de proteção da geomembrana PVC.

A SOLUÇÃO

A utilização da geomembrana PVC para fluxo do lençol freático e o geotêxtil Bidim para a proteção da geomembrana.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: 09/09/91
  • LOCALIZAÇÃO: Rio de Janeiro
  • CLIENTE: Brascan Shopping Center S/A (Administradora do Shopping Rio Sul)
  • TIPO DE OBRA: Passagem subterrâneo e pista de Skate
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM:  Elemento de proteção da geomembrana PVC
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 8.063 m² Geotêxtil Bidim RT-10.

DESCRIÇÃO DA OBRA

Esta obra, além de atender antigas reivindicações moradores de Botafogo, que sempre tiveram grandes dificuldades em atravessar as pistas de alta velocidade, e que provocam grandes congestionamentos da hora do “rush”, proporcionará um novo espaço de lazer a cidade e ao bairro.

O projeto original elaborado pelo arquiteto Sérgio Moreira era composto de praça, jardins, pista de skate, escadas de acesso e espaço para lojas e instalações bancárias. Devido a problemas jurídicos, a Brascan desistiu de instalar lojas e bancos no interior do túnel, como o espaço assim obtido, e visando o acesso a deficientes físicos, foram construídas rampas de acesso.

A pista de skate é considerada pelos técnicos especializa, como uma das melhores da América Latina, em desempenho e performance.

Concluída a obra, as pistas serão transformadas em vias expressas, os sinais de trânsito serão retira e serão instaladas grades de segurança para orientar os pedestres a usarem o túnel.

A referida obra foi instalada em local cujo lençol freático quase aflora ao nível da rua. Por este motivo, durante a execução serviços e toda vida útil da obra, bombas de recalque trabalharão 24 horas por dia para impedir a invasão túneis pela água.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

No projeto original não constava o emprego do geotêxtil Bidim uma vez que ele havia sido elaborado sem realização das referidas sondagens.

Após conclusão das sondagens, constatou-se lençol freático no local, isto devido principalmente a proximidade do mar (Enseada de Botafogo), e a região serem cercada por morros, provocando o aparecimento de veios subterrâneos.

Face ao novo fator, o projeto teve que ser reestudado e posteriormente alterado.

Não houve alterações significativas no projeto estrutural (salvo aquelas oriundas de alteração da arquitetura), contudo, devido a presença do lençol freático e receio de problemas futuros de infiltração (ocasionando danos ao concreto e as ferragens), a Brascan, temendo o alto custo da manutenção e reforço, contratou a firma Imadel para apresentar uma solução viável e de baixo custo para solucionar o problema.

A Imadel optou por revestir toda a estrutura em sua parte inferior, com geomembrana de PVC de espessura de 0,8 mm, e para protegê-la do contato direto com o concreto e as ferragens (perfurações e desgastes devido a movimentação operários), adotou uma camada de geotêxtil Bidim entre a geomembrana e a estrutura.

FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM NA OBRA

Nesta aplicação, o geotêxtil teve basicamente uma função: a de RPOTEÇÃO da geomembrana de PVC, devido a sua resistência ao puncionamento.

Proporcionou também alívio de pressões ocasionadas por gases que se formam sob a estrutura, devido a sua grande permeabilidade radial, permitindo a retirada mesmos pelo plano da manta (função DRENAGEM PLANAR).

ETAPAS DE EXECUÇÃO

  1. Locação e instalação do canteiro de obras.
  • Instalação do sistema para rebaixamento do lençol freático com a construção de poços e instalação das bombas de recalque.
  • Início das escavações e instalação de estacas pranchas.
  • Nivelamento do terreno e limpeza.
  • Instalação da primeira camada do geotêxtil Bidim.
  • Aplicação da geomembrana de PVC, com a devida união a quente entre as mantas, para impedir o contato da água do lençol freático com a estrutura.
  • Instalação da segunda camada de geotêxtil Bidim.
  • Montagem das ferragens e formas, e posterior concretagem.
  1. Obras de acabamento e paisagismo.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO GEOTÊXTIL BIDIM

  • Aplicação extremamente fácil e rápida;
  • Acelera escoamento de águas e gases, devido sua elevada permeabilidade;
  • Elevada resistência ao puncionamento (lançamento de ferragens e concreto) e atrito (devido aos movimentos da estrutura e passagens de máquinas e operários).

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista geral do canteiro de obras, com destaque para a cortina de estacas prancha.
Vista da cortina prancha e sistema de escoamento poços para rebaixamento do lençol freático.
Vista das tubulações para rebaixamento do lençol freático.
Vista geral da obra, destaque para a bobina de geotêxtil Bidim, e sistema utilizado (Geotêxtil Bidim / PVC / Geotêxtil Bidim).
Vista do conjunto impermeabilizante parcialmente coberto com camada de concreto magro para nivelamento.
Detalhe do conjunto adotado. Nota-se a primeira camada de geotêxtil Bidim, a camada geomembrana de PVC, segunda camada de geotêxtil Bidim, e camada de concreto para nivelamento.
Detalhe da instalação das ferragens sobre o conjunto impermeabilizante
Detalhe do conjunto impermeabilizante saindo do nível da rua, antes do acabamento.
Vista do interior do túnel após conclusão da concretagem final.
Vista geral da rampa de acesso e grades na fase final da obra.
Vista geral da obra, próximo da inauguração.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM EM QUADRA ESPORTIVA COM GRAMA ARTIFICIAL

Autor: Departamento Técnico – Atividade Bidim

JANEIRO 1991 Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Devido a uma construção de quadra de futebol Society com grama artificial em Paulo SP na empresa Sete Society Promoções S/C Ltda, necessitou-se de uma camada de proteção mecânica na interface da grama artificial/areia. Com o dado problema foi utilizado a Manta Bidim RT-10 que além de apresentar menor custo, possui melhores características mecânicas e hidráulicas.

O PROBLEMA

Encontrar camada de proteção mecânica na interface da grama artificial/areia

A SOLUÇÃO

A utilização da Manta Bidim RT-10 que além de apresentar menor custo, possui melhores características mecânicas e hidráulicas.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Novembro de 1990
  • LOCALIZAÇÃO: Parque Jabaquara /Paulo SP
  • CLIENTE: Sete Society Promoções S/C Ltda.
  • TIPO DE OBRA:  Construção de quadra de futebol Society com grama artificial
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento Filtro-Separador Da Obra
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 1.525 m² de geotêxtil Bidim RT-10.

DESCRIÇÃO DA OBRA

Nesta obra, executada sobre uma antiga quadra esportiva com piso em concreto, utilizou-se o geotêxtil Bidim como proteção mecânica para a grama artificial que foi apoiada sobre um colchão drenante de areia com 15 cm de espessura (Figura 1).

Com o objetivo de se obter um sistema drenante mais eficiente adotou-se, sob o colchão drenante, um esquema de trincheiras drenante paralelas (Figura 2).

Figura 1 Desenho esquemático das camadas componentes do sistema drenante.
Figura 2 Desenho esquemático ilustrando disposição das trincheiras drenante.

Materiais utiliza Geotêxtil: Bidim RT  10

Grama Artificial: St Football (Sportlan)

Aplicação Materiais

  • Para as emendas do geotêxtil Bidim, aplicado na interface grama artificial/areia, adotou-se uma sobreposição de 15 cm (Figura 3a);
  • As placas da grama sintética foram unidas, por justa posição, através de colagem com uma fita de PVC (Figuras 3b, 3c e 3d);
  • Para melhor estruturar as fibras da grama sintética e conferir maior inércia ao sistema, foi aplicada, sobre esta, uma camada de areia na proporção de 30 kg/m² (Figura 3d).
Figura 3a Instalação do geotêxtil Bidim sobre o colchão drenante de areia.
Figura 3d Aplicação da camada de areia sobre a grama artificial.

ESPECIFICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil especificado pela Desso Synthi, para esta aplicação é um nãotecido de fibras curtas, agulhado e resinado.

Devido ao custo elevado de importação deste produto, o que representaria um considerável acréscimo no custo final da obra, optou-se pelo geotêxtil Bidim RT-10 que, além de representar um custo significativamente menor apresenta melhores características mecânicas e hidráulicas.

FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM NA OBRA

A grama artificial St-Football (Sportilan) é confeccionada sobre uma base de tecido o qual recebe em sua face inferior, um tratamento de película “emborrachada permeável”.

No projeto da quadra esportiva, feito pela Desso Synthi, adotou-se um geotêxtil nãotecido cujas principais funções são:

  • PROTEÇÃO mecânica da película emborrachada da grama sintética contra a perfuração por puncionamento, grãos de areia e contra abrasão por atrito da base com a areia.
  • Permitir a DRENAGEM da água infiltrada na grama sintética para o colchão drenante.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Dentre as principais vantagens da aplicação do geotêxtil Bidim pode-se destacar:

  • Menor custo final da obra pela desnecessidade de importação de outro produto.
  • Melhoria do desempenho do sistema de drenagem em função das excelentes características hidráulicas do geotêxtil Bidim, superiores a um geotêxtil resinado.
  • Proteção mecânica proporcionada superior a um geotêxtil nãotecido de fibras curtas.  

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a colaboração da Ponder International Comercial Importadora e Exportadora Ltda. Em especial, ao Sr. Hanno N. Ponder e Sr. Hilário Giuseppe Fioravante, sem a qual não seria possível a elaboração deste trabalho.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Instalação do geotêxtil Bidim sobre o colchão drenante de areia.
Instalação da grama artificial sobre o geotêxtil Bidim.
Instalação da grama artificial sobre o geotêxtil Bidim.
Ajuste da grama artificial sobre o geotêxtil Bidim.
União das placas da grama artificial com fita de PVC.
Detalhe do campo após o término da obra.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM COMO PROTEÇÃO DE GRAMADO DO ESTÁDIO COUTO PEREIRA PARA REALIZAÇÃO DO “XOU DA XUXA”

AUTOR: DEPARTAMENTO TÉCNICO – ATIVIDADE BIDIM

RESUMO

Com o acontecimento do show da Xuxa que ocorreu no Estádio Couto Pereira em novembro de 1989, foi preciso pensar na proteção do gramado para que se mantivesse normais as suas características para a prática de futebol logo após o evento. Então para que o problema fosse solucionando, escolheu-se o GEOTÊXTIL BIDIM RT-10, uma vez que a permeabilidade e elevada resistência ao puncionamento, permite a livre troca gasosa necessária da vegetação e, ao mesmo tempo, protege o gramado contra o pisoteio.

O PROBLEMA

A realização do show sem que houvesse danos ao gramado do Estádio Couto Pereira.

A SOLUÇÃO

A utilização do GEOTÊXTIL BIDIM RT-10, por conta da permeabilidade e elevada resistência ao puncionamento, que permite a livre troca gasosa necessária para a vegetação, ao mesmo tempo que protege o gramado contra pisoteio.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Novembro 1989
  • LOCALIZAÇÃO: Curitiba-Pr
  • CLIENTE: D. B. Promoções E Empreendimentos Ltda.
  • TIPO DE OBRA: Evento Musical “Xou Da Xuxa”
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento Para A Proteção Do Gramado Do Estádio Couto Pereira
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 5106 M X 70 M = 7420 M².- GEOTÊXTIL BIDIM RT-10

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA PROTEÇÃO DO GRAMADO

Inicialmente procedeu-se um estudo na área a ser protegida para saber qual seria a direção do caminhamento do público sobre o gramado, a fim de que as emendas e sobreposições ficassem paralelas ao fluxo.

Estabeleceu-se então que os painéis de geotêxtil Bidim seriam assenta na direção de menor extensão do gramado, isto é, na largura de 70 m, evitando-se com isso a confecção de painéis muito grandes.

O processo de costura do geotêxtil Bidim foi realizado no local definitivo de instalação, conforme o esquema de distribuição, o que proporcionou um melhor assentamento painéis no gramado, anulando-se a formação de ondulações.

O sistema iniciou-se com o rolamento de lances de 70 m do geotêxtil Bidim sobrepostos e costura posteriormente na lateral, seguindo-se o procedimento para mais um lance de 70 m, com a qual se configurou a área estabelecida para um painel, conforme detalhado na Figura 02.

Figura 2 Desenho esquemático das áreas estabelecidas para configuração painéis.
  • Rolamento do primeiro lance de geotêxtil Bidim (lance A).
  • Este lance deve ser virado, deixando a face de baixo voltada para cima;
  • Sobreposição (rolamento) do segundo lance (lance B) sobre o primeiro. Realização da primeira costura;
  • Instalação do painel com a primeira costura;
  • Sobreposição (rolamento) do terceiro lance (lance C) sobre o segundo. Realização da segunda costura;
  • Estendimento do pano pronto, definido com sua área de projeto. 875.00 m² (,5 x 70,0 m)

No processo construtivo atentou-se para os seguintes detalhes:as rebarbas da costura deveriam ficar voltadas para o gramado, ou seja, não exposta, evitando-se problemas estéticos e estruturais.

a face do geotêxtil Bidim com melhor coesão das fibras deveria ser exposta á solicitação do evento (voltadas para cima), por apresentar maior resistência ao cisalhamento.

A fixação das mantas no solo foi realizada com o grampeamento nas sobreposições (estimadas com 30 cm) e extremidades laterais. O distanciamento estabelecido entre os grampos foi de 1,5 m para a primeira fixação e 0,5 m para a segunda.

Na linha frontal de entrada e saída do evento optou-se por uma intercalação de grampos de 0,3 m, por ser a região mais solicitada, conforme esquema da Figura 3.

detalhe do grampo
Figura 3 Desenho esquemático do grampeamento painéis na área mais solicitada do gramado.

Os grampos foram contados na instalação e conferido após a sua retirada, o que foi facilitado devido a pintura prévia mesmos com uma cor forte (vermelha), melhorando a sua identificação e evitando a perda de unidade na remoção das mantas.

Encerrado o evento, procedeu-se a retirada grampos e das mantas, removidas ainda com o lixo deixado pelo público e limpas em outro local fora do estádio. Isto conferiu uma rapidez inigualável ao serviço, pois assim que terminou o evento, retirou-se a manta e não houve necessidade de serviço de limpeza no gramado.

As mantas limpas e secas foram armazenadas em local protegido de sol e umidade, a fim de manterem-se normais as propriedades do produto, permitindo sua utilização em outros eventos.

FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA OBRA

Nesta aplicação, instalado sobre o gramado, o geotêxtil Bidim apresentou basicamente a função de PROTEÇÃO, com a característica de permitir a livre troca gasosa da vegetação.

O sistema de proteção ficou instalado sobre o gramado num período estimado de 60 horas, exposto a variações climáticas, predominantemente clima quente incidências de chuvas e garoas, condicionantes que não alteram a coloração da grama.

Analisadas as condições de solicitação do evento e as características da vegetação após a retirada das mantas podemos concluir que o desempenho do geotêxtil Bidim verificado nesta aplicação foi excelente.

DETALHES DA APLICAÇÃO E INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A definição da metragem quadrada para cada painel se baseou em um limite máximo de 900 m², visando facilitar a retirada, o transporte e o armazenamento mesmos.

Terminada a instalação do sistema, fez-se uma verificação geral das costuras, visando detectar possíveis falhas, as quais foram sanadas com o grampeamento da região deficiente.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA    

Vista superior da área a ser protegida do Estádio Couto Pereira. Detalhe do rolamento do primeiro lance do geotêxtil Bidim RT-10. Este primeiro lance é virado, deixando a superfície de maior coesão das fibras voltadas para cima.
Alinhamento do segundo lance sobreposto sobre o anterior, com as mesmas dimensões, seguindo-se então a primeira costura
Realização da primeira costura na manta com máquina portátil e fios de nylon de alta tenacidade. Para esta operação são necessárias 3 pessoas.
Instalação do primeiro e segundo lances já costura, para posterior alinhamento do terceiro lance. Realização da segunda costura, a qual define o painel com 875 m².
Vista geral da instalação de um painel já grampeado, com 875m² de área.
Instalação do segundo painel (875 m²), paralelo ao anterior, para posterior grampeamento mesmos.
Vista geral do segundo painel já instalado, grampeado nas laterais e na sobreposição com o primeiro painel.
Vista parcial painéis já instala. Ao fundo, o palco do evento.
Vista superior do sistema de proteção de gramado com o geotêxtil Bidim.
Fase inicial do evento, como o sistema de proteção sendo solicitado ao pisoteamento.
Vista geral do sistema com geotêxtil Bidim após o término do evento. Verificou-se pleno êxito no desempenho das funções de proteção e livre troca gasosa, mantendo suas características iniciais. Nota-se o lixo acumulado sobre a manta.
Detalhe da costura das mantas de geotêxtil Bidim após o evento nota-se a perfeita emenda e resistência à ação cisalhante a que foi submetida.
As mantas foram dobradas e retiradas ainda com o lixo e limpas em outro local fora do estádio, permitindo a imediata liberação do gramado para o futebol.

ANEXO

Formas inadequadas de proteção de gramado  

Infelizmente por falta de maiores informações a respeito do método adequado de proteção de gramado em shows e outros acontecimentos que utilizem o campo de jogo, os responsáveis por tais eventos acabam por aceitar certas soluções nem sempre eficazes. Alguns exemplos são bem ilustrativos e mostram o resultado não esperado destas soluções.

SHOW HOLLYWOOD ROCK SÃO PAULO (1989)

Placas de madeirite, desnivela e com defeitos, podendo causar acidentes, principalmente com ocorrências de chuvas, pois as placas acabam servindo de cobertura.

SHOW HOLLYWOOD ROCK SÃO PAULO (1989) Lixo acumulado após o show, sendo necessário um serviço de “garimpo” para evitar que no local fiquem cacos de vidro ou objetos que causem ferimentos a jogadores.
SHOW HOLLYWOOD ROCK SÃO PAULO (1989) Detalhe da grama amarelada após a retirada das placas. Devido ao tempo que ficou coberta, a grama poderá morrer, pois não houve troca gasosa e iluminação suficiente para o processo de fotossíntese.
SHOW HOLLYWOOD ROCK SÃO PAULO (1989) Sulcos na grama causa pelos sarrafos de madeira. Nota-se uma concentração de carga nas laterais das placas, provocando uma compactação do solo superficial o que diminui sua permeabilidade e compromete a superfície do jogo.

Jornal o Globo 24/04/1990

SHOW PAUL MacCartney RIO DE JANEIRO (1990)