UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NAS OBRAS DE PROTEÇÃO NA ORLA DA PRAIA DE BOA VIAGEM RECIFE PE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos), na obra de proteção da orla da praia de Boa Viagem, em Recife-PE, com uma extensão de 2 km.

O projeto foi elaborado pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (EMLURB).

A execução foi da Empresa Construtora Camilo Collier Ltda., sendo a primeira etapa executada entre os meses de julho a dezembro de 1995, e a segunda etapa entre os meses de julho de 1996 a janeiro de 1997.

O consumo de geotêxtil Bidim RT-21 foi da ordem de 17.000m².

DESCRIÇÃO DA OBRA

Considerada como uma das praias urbanas mais belas do Brasil, Boa Viagem com seus 7 km de extensão, fica localizada na zona sul da cidade do Recife, a 10 minutos do Aeroporto Internacional Guararapes.

Nos últimos 4 anos a orla desta praia foi muito danificada pelo avanço do mar, provocando destruições nos calçadões, iluminação pública, barracas e até a própria Avenida Boa Viagem (beira mar). A causa global do problema segundo o pesquisador Jardim Serra i Raventós da Universidade de Barcelona, seria a elevação do nível do mar.

Estimativas apontam que as águas oceânicas sobem em média de um metro por século. Variações climáticas- principalmente o efeito estufa, provocado pela emissão de gases resultantes de queima de combustíveis fosseis fazem este número subir para três metros.

Outra causa global de erosão são fenômenos geológicos. Em Recife, pesquisa do Laboratório de Geologia e Geofísica marinha (LGGM) revela que existe um rebaixamento do terreno de cinco centímetros por ano. Dessa forma, a elevação do nível do mar no litoral recifense seria de, no mínimo, seis metros por século.

SOLUÇÃO DE EMERGÊNCIA

Uma das soluções apresentadas pelo pesquisador Jardim Serra i Raventós e o Laboratório de Geologia e Geofísica Marinha (LGGM) da UFPE à Prefeitura do Recife seria o aterro das praias.

A dragagem poderia ser feita do rio ou da plataforma continental, porém é preciso avaliar antes os impactos ambientais. Outra solução seria a construção de arrecifes artificiais submersos.

Solução emergencial adotada

A solução adotada consiste em colocar uma camada de proteção de pedra arrumada (enrocamento) que chegam a ter 1,5 ton, com o geotêxtil Bidim RT-21 o que impedem a passagem da areia da praia para o mar. Esta solução tem a aprovação técnicos da Universidade Federal de Pernambuco.

Esta solução também prevê a construção de uma faixa de areia de 1.800 m que foi tomada pelo avanço do mar e foi adotada devido aos baixos custos e a rapidez da execução da obra.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Uma das preocupações técnicos da EMLURB e da UFPE era de como evitar o carreamento do aterro em dias chuvosos e período de grandes marés. Uns critérios básicos para escolha deste material era que ele fosse suficientemente permeável, para possibilitar a passagem de água das chuvas e grandes marés, e ao mesmo tempo conseguisse reter determina diâmetros de partículas, mantendo o material adjacente estável.

Após a análise de vários filtros naturais e artificiais, os técnicos da EMLURB e a UFPE optaram pelo geotêxtil Bidim RT-21, devido o mesmo ser 100% poliéster, imputrescível, possuir baixa fluência, resistir às intempéries e aos raios ultravioletas, promover filtração eficaz ao longo do tempo, dentre outras vantagens e características.

Figura 1 Seção transversal tipo

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Trecho do antigo muro de arrimo destruído pelo avanço do mar.
Remoção materiais no trecho destruído.
Preparo do terreno para aplicação do geotêxtil Bidim e os blocos de pedra.
Aplicação do geotêxtil Bidim.
Camada de areia para proteção do geotêxtil Bidim para colocação blocos de pedra.
Vista geral de um trecho
executado.
Vista geral de uma preamar, com faixa de areia recomposta.
Detalhe da preamar.

UTILIZAÇÃO GEOCOMPOSTO DRENANTE NA RECONSTITUIÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM DO CAMPO DE FUTEBOL SOCIETY DO CLUBE DOS OFICIAIS DA PM DO ESTADO DE SÃO PAULO



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O campo de futebol Society da PM, totalmente em areia, foi construído em 1983. Seu sistema original de drenagem era constituído de canaletas de concreto, contendo brita 2. Devido ao intenso pisoteamento ao longo do tempo e à migração de partículas finas a areia saibrosa colmatou internamente todo o sistema drenante existente.

Foi estudada, inicialmente, a restauração do sistema drenante, com brita 2 e geotêxtil Bidim, constituindo trincheiras drenantes dispostas em forma de espinhas de peixe. Após estu realiza em conjunto com o Departamento Técnico da Ramalho Comercial Ltda., optou-se por um novo método de execução da drenagem do campo.

A alternativa adotada utilizou geocomposto drenante nas trincheiras.

DADOS DA OBRA

Nome da Obra

Campo de Futebol Society do Clube Oficiais da PM de Paulo.

Localização

 Mamud Rahd nº 973, Bairro Horto Florestal, Paulo-SP.

Contratante

Clube Oficiais da PM do Estado de Paulo.

Projeto e Construção

Metro Quadrado Planejamento Construção.

Cronograma de Obra

Início Outubro de 95 Término Dezembro de 95.

DESCRIÇÃO DA OBRA

O campo de futebol Society, localizado no Clube Oficiais da PM do Estado de Paulo, zona norte da capital, possui uma área aproximada de 2.016 m², totalmente plana com uma pequena declividade natural no sentido longitudinal, a área em questão absorve 100% das águas de chuva, pois o material de cobertura do campo é areia.

A partir das especificações de projeto foram definidas as etapas do cronograma da obra. Seguem abaixo as especificações de projeto e cronograma simplificado.

Especificações de projeto

  • Área total a ser drenada: 2.016 m²
  • Declividade longitudinal drenos: i = 0,5 %
  • Sistema drenante adotado: trincheiras drenantes dotadas de geocomposto drenante, interligadas com trincheiras de captação construídas com geotêxtil Bidim RT-09, brita 2 e tubo dreno flexível de 4”.

Disposição do sistema de drenagem no terreno

Para a área em questão, foram construídas quatro trincheiras drenante paralelas dotadas de geocomposto drenante, dispostas na direção longitudinal do campo, com espaçamento de 8,00 m de eixo a eixo e duas trincheiras de captação, localizadas na parte inferior do terreno, dispostas na direção transversal, interligadas e duas caixas de passagem, conforme a Figura 1.

Figura 1 – Vista do sistema drenante adotado (sem escala).

Dimensões campo e do sistema de drenagem

  • Dimensões do campo: Comprimento = 63 m, largura = 32 m
  • Dimensões das trincheiras de captação: Comprimento = 16 m, largura = 0,50 m, altura = 0,50 m
  • Dimensões da caixa passagem: Base = 0,50 m x 0,50 m, profundidade = 1,00 m

0,50 m

  1. Seção transversal das trincheiras de captação
  1. Desemboques das trincheiras de captação) Desemboques das trincheiras de captação 

0,025 m

1,10 m

  • Seção transversal das trincheiras drenantes longitudinais

Figura 2 Detalhe das trincheiras e caixa de passagem (sem escala).

Outros Materiais Utiliza

Para o preenchimento das trincheiras de captação foram utilizar brita 2, e tubo dreno flexível de 4”. Também se fez necessário o lançamento de uma camada de areia lavada de aproximadamente 0,05 m sobre o geodreno para impedir uma possível colmatação da superfície do filtro geotêxtil Bidim provocada pela formação de “cake” (migração de partículas argilosas presentes na areia saibrosa lançada no campo de futebol).

ETAPAS DE EXECUÇÃO

A execução do novo sistema de drenagem se deu pelos procedimentos a seguir:

  1. Retirada da areia já existente no local;
  2. Retirada do antigo sistema de drenagem;
  3. Escavação das valas e retirada do antigo solo argiloso;
  4. Execução das trincheiras drenantes longitudinais utilizando geocomposto drenante recoberto com uma fina camada de areia lavada;
  5. Execução das trincheiras drenantes de captação, utilizando o geotêxtil Bidim RT-09, brita 2 e tubo dreno flexível de 4”;
  6. Execução de duas caixas de passagem;
  7. Lançamento da areia saibrosa no campo;
  8. O tempo total de execução da obra para todas as fases acima citadas foram 2 meses, pois houve muitas interrupções devido às chuvas que são frequentes no Horto Florestal. Em condições normais essa obra seria totalmente executada em apenas uma semana.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DOS GEOSSINTÉTICOS

O emprego de geossintéticos, ou seja, do geotêxtil Bidim e geocomposto drenante nas trincheiras sub- superficiais trouxe as seguintes vantagens:

  • Garantia da preservação das características drenante da brita nos drenos de captação, durante a vida útil da obra;
  • Diminuição volumes de agrega a serem utiliza na obra;
  • Sensível redução no volume de terra a ser escavado;
  • Aumento da produtividade, rapidez e facilidade na execução drenos;
  • Melhor remanejamento da mão-de-obra e, consequentemente, melhor relação custo x benefício.

PRODUTIVIDADE

Fornecemos abaixo os resulta coleta em campos relativos ao lançamento do geocomposto drenante. Nas Trincheiras drenantes longitudinais cabe ressaltar que a equipe de trabalho era constituída de 2 funcionários e a distância média de transporte da areia aos drenos era de 15 m.

Lançamento do geocomposto drenante

– 0,03 N.º/m² de areia lançada, o que equivale a 3 min. para cada rolo de geocomposto drenante com comprimento de 3,80 m.

Lançamento da camada de proteção constituída por 0,05 m de areia lavada

– 0,06 N.º/m² de areia lançada, o que equivale a 7 min. para cada 3,80 m de trincheira construída.

Assim, se fossem executadas de forma contínua sem interrupções, os 252 m de trincheiras drenantes dotadas de geocomposto drenante, levariam apenas 11 h para serem construídas.

Quantidades Utilizadas

  • Geotêxtil Bidim RT-09: 104 m²
  • Geocomposto drenante: 297 m²
  • Tubo dreno: 36 m

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS GEOSSINTÉTICOS

Em relação ao método tradicional, o método com geocomposto drenante apresenta maior velocidade construtiva, ganho substancial no volume de terra escavada, melhor remanejamento da mão-de-obra, possibilitando ganho global no cronograma da obra.

O novo sistema drenante tem funcionado, não ocorrendo mais alargamento, mesmo quando submetido às fortes chuvas locais.

O resultado, em to os senti, é plenamente satisfatório.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a colaboração do Clube Oficiais da Polícia Militar do Estado de Paulo, em especial ao Cel. Res. PM Adolecir Puglia e Cap. Hercílio João de Lima e do Arqtº. Rubens Felix da Metro Quadrado Planejamento Construção, sem os quais não seria possível a elaboração deste trabalho.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista do Campo de Futebol da Polícia Militar no início das obras após uma forte chuva na cidade de Paulo.
Aplicação do recomposto drenante. Menor volume de terra a ser escavada e maior agilidade na confecção drenos.
Rolos de geocomposto drenante recém-desembala, prontos para serem lança.
Detalhe do núcleo drenante de polietileno de alta resistência envolvido com geotêxtil Bidim, um recobrimento com areia lavada como medida de precaução para evitar uma possível colmatação pela terra argilosa.
Vista geral do campo de futebol Society da Polícia Militar, pronto para prática esportiva e lazer  sócios e convida do clube.
Detalhe da união rolos de geocomposto drenante, sistema de encaixe macho/fêmea, de fácil execução.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO DRENO SUBSUPERFICIAL DA RODOVIA PE-60, NO TRECHO ENTRE O ACESSO A SUAPÉ A CIDADE DE SERINHAÉM – PE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no dreno subsuperficial da Rodovia PE-60 no trecho entre o acesso à Suape e o município de Sirinhaém PE, com uma extensão de 28 km.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Março de 1995
  • LOCALIZAÇÃO: Município de Sirinhaém PE
  • CLIENTE: Construtora Queiroz Galvão
  • TIPO DE OBRA: Rodovia
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento de filtração
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 25.000 m² de geotêxtil Bidim RT-10

CONSIDERAÇÕES GERAIS

A PE-60 é uma das mais importantes rodovias do nosso Estado. Ela é a principal via de ligação de diversas usinas de açúcar ao acesso do Porto de Suape e as principais Praias do Litoral Sul, tais como: Porto de Galinhas, Barra de Sirinhaém e Tamandaré.

Esta obra faz parte do “Programa de Obras e Serviços de Reabilitação Rodoviária”, parcialmente financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o qual envolve restauração de 1.250 km de rodovias estaduais pavimentadas, cobrindo 40% da rede pavimentada, que estão praticamente destruídas.

HISTÓRICO DO PAVIMENTO DA PE-60

A Rodovia PE-60 teve a sua pavimentação iniciada a partir do entroncamento com a BR-101, no ano de 1965. Foi na realidade, a primeira experiência em Pernambuco com o pavimento rígido, projetado sobre uma sub-base estabilizada granulo metricamente. Antes, os pavimentos rígidos eram desprovi de sub-base e executa diretamente sobre o subleito. Em geral, argiloso.

Na PE-60 foram utilizadas placas de 6,0 m x 3,5 m, com espessura de 23 cm no bordo e 17cm no eixo. O trecho Suape Barreiros, se inicia no km 10,4 e teve a sua pavimentação executada no período 1965-1969. Em quase toda a extensão desse trecho o pavimento original foi constituído por placas de concreto de cimento Portland. Em pequenos segmentos, no qual o aterro foi executado sobre solo mole, utilizou-se um pavimento flexível, com base de solo-brita e tratamento superficial duplo como revestimento, face aos possíveis recalques que poderiam ocorrer.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim foi adotado como filtro do sistema de drenagem por permitir um rápido escoamento, e ao mesmo tempo evitar o carreamento de partículas para o interior do dreno, estabilizando o solo adjacente.

Em função das características da obra, foi escolhido o geotêxtil Bidim RT-10, baseado em suas propriedades mecânicas e hidráulicas. Além de que, o geotêxtil Bidim dispensa os cálculos granulométricos necessários aos filtros de areia, sem interferir nas hipóteses e fórmulas para cálculos de vazões. Também é um material contínuo e de características constantes e imputrescível.

INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A instalação do geotêxtil Bidim se deu pelos seguintes procedimentos:

  • Abertura da vala para execução do dreno com 0,30 m de largura e profundidade igual à 0,42 m, regularização e compactação do fundo da vala.
  • Instalação do geotêxtil Bidim, preenchimento e compactação com material drenante (pedra britada). – Fechamento do dreno, sobreposição do geotêxtil Bidim e revestimento com PMQ, espalhado manualmente, na espessura de 0,05 m.
  • Execução serviços propostos para a restauração acostamentos.

Observações:

  1. O fundo da vala de drenagem deverá apresentar a mesma declividade longitudinal da pista de rolamento.
  2. Nos trechos em aterro com declividade nula, o fundo da vala terá declividade de 0,5% em cada segmento de 5 m até encontrar o ponto sangra, conforme desenho esquemático da Figura 1.
  3. Nos trechos em corte dispondo de drenagem subterrânea, a sangra será executada de modo a descarregar na camada drenante.
  4. Nos trechos em corte onde não existir, mas se fizer necessária a construção de dreno subterrâneo, será válida a observação do item anterior.
  5. O agregado para o dreno será do tipo 1 ½” – ¾”, com a seguinte granulometria.

GREIDE DA BASE

FACE INFERIOR

DA SUB-BASE

                                                                5,00 m            5,00 m    5,00 m
   BASE    SUB-BASE     0,42 m      0,10 m
                                                                     0,5 %         0,5 %0,5 % 0,5 %
SANGRASANGRA

FUNDO DA VALA

DE DRENAGEM

Figura 1 Desenho esquemático com declividade do sistema de drenagem.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Abertura da trincheira.
Trincheira aberta à espera da instalação do geotêxtil e material
drenante.
Instalação do geotêxtil Bidim na trincheira.
Transporte de brita para as trincheiras.
Preenchimento da trincheira drenante com brita.
Fechamento do dreno subsuperficial.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA DRENAGEM DA OBRA DE ALARGAMENTO E RECONSTITUIÇÃO DAS PISTAS DO AEROPORTO PINTO MARTINS FORTALEZA CE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação de geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como filtro e elemento de separação das camadas de areia e brita, na construção de drenos em virtude da obra de ampliação e restauração das pistas de pouso, pistas de rolamento e pátios de manobras, tanto da área civil com a área militar, do aeroporto Pinto Martins, Fortaleza CE. Sendo assim, o geotêxtil Bidim foi especificado pela própria INFRAERO não constando no projeto original, projeto elaborado pelo Eng. Júlio Cesar R. Borsari através da Prodec Consultoria para decisão Sociedade Civil Ltda.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Novembro de 1994
  • LOCALIZAÇÃO: Aeroporto Pinto Martins, Fortaleza CE.
  • CLIENTE: Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária INFRAERO.
  • TIPO DE OBRA: Restauração das pistas de pouso
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento de filtro e separação das camadas de areia e brita
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Geotêxtil Bidim 22.500 m².

Localização

Fortaleza, a capital do Estado do Ceará, possui uma área de 336 km² ao Norte com o Oceano Atlântico, ao Sul com municípios de Pacatuba e Itatinga, ao Leste com o município de Aquiraz e o Oceano Atlântico e a Oeste com o Município de Caucaia.

Possui três grandes bacias hidrográficas: a bacia da vertente marítima, com uma área de 23,6 km², totalmente inserida na zona urbana de Fortaleza; a bacia do Rio Cocó, principal recurso hídrico de Fortaleza com uma área de 215,9 km² e tendo ramificações, possuindo em média 30 afluentes, 16 açudes e 36 lagoas; e por fim, a bacia do rio Maranquapinho, que nasce na serra do Maranguape e abrange uma área de 96,5 km².

O Aeroporto Pinto Martins localiza-se entre os bairros Dias Macedo, Vila União, Serrinha e Aerolândia, e ao seu lado encontramos uma grande lagoa, a Lagoa do Opaia.

Figura 1 Vista parcial de Fortaleza (Em negrito, Aeroporto Pinto Martins).

Finalidade da obra

Localizado em uma cidade que, por ser litorânea e ter uma excelente infraestrutura, no que diz respeito ao turismo, recebe centenas de turistas to os meses (uma vez que Fortaleza já não tem o infortúnio da famosa “baixa estação”), o Aeroporto Pinto Martins tem se mostrado muito aquém do que se requer de um aeroporto de grande porte para fazer jus a tamanha solicitação.

A área do aeroporto é de 40000m² de terreno. O comprimento das pistas permanecerá o mesmo, mas haverá alargamento nas mesmas. Com esta ampliação resolver-se-á o problema da demanda do Aeroporto Pinto Martins que é de 32 voos diários, atualmente.

Descrição da obra

A obra se divide em três partes distintas, sendo elas:

– Pátio de manobras; – Pistas de Rolamento e, – Pistas de Pouso.

PÁTIO DE MANOBRAS

Alargamento acostamentos e estruturas de concreto do pátio de manobras

Alargamento acostamentos pavimenta da “Taxiway On Apron” e estruturas das placas de concreto do pátio de manobras. O acostamento original era de 7,50 m de largura e teve um acréscimo de 3m ficando, então, com 10,50 m.

Quantitativos:

  1. Serviços Preliminares: 1.634 m²
    1. desmatamento,
    1. deslocamento e,
    1. limpeza com bota-fora.
  2. Terraplenagem: 302 m³
    1. escavação do solo C) Pavimentação:
    1. regularização do subleito: 1.634 m²,
    1. base de macadame hidráulico: 479 m³,
    1. imprimação: 1.634 m²,
    1. Concreto Betuminoso Usinado à Quente: 57 m³ e, – reparos em placas de concreto cimento:
      1. juntas esborcinadas: 24 m,
      1. trincas longitudinais, transversais e diagonais com abertura menor que 2 mm: 470m,
      1. trincas longitudinais, transversais e diagonais com abertura maior que 2 mm: 118 m,
      1. trincas de cantos (normal 40m, perda de suporte:  m²,
      1. resselagem de Juntas: 900m,
      1. demolição e reconstrução de placas de concreto: 404 m³.

D) Drenagem:

– Canaleta com grelha C602 em concreto simples: 280 m, – canaleta com grelha C602 em concreto armado: 90 m.

Pistas de rolamento

Reforço e alargamento das pistas de rolamento e construção e alargamento acostamentos pavimenta. As diversas pistas de rolamentos “A”, “Bm”, “C”, “D”, “Bc”, “H”, “I”, “J”, “F” e “G”, como são definidas, tiveram alargamentos varia, como vem a seguir:

* Largura Original:

  • Pistas de Rolamento “A”, “Bm”, “C” e “D” 23 m
  • Pistas de Rolamento “Bc” 30 m
  • Pistas de Rolamento “F”, “G”, “H”, “I” e “J” 23 m

* Largura com Alargamento:

  • Pistas de Rolamento “A”, “Bm”, “C” e “D” 48 m
  • Pistas de Rolamento “Bc” 51 m
  • Pistas de Rolamento “F”, “G”, “H”, “I” e “J” 44 m

Quantitativos:

  1. serviços Preliminares:
    1. Demolição de Pavimento Flexível: 7.419 m²
    1. Desmatamento, destocamento e limpeza: 60.507 m²
  • Terraplenagem:
    • Escavação de Solo: 13.417 m³
  • Pavimentação:
    • Regularização do Subleito: 77.356 m²
    • Sub-base de solo importado: 3.984 m³
    • Base de Macadame Hidráulico: .902 m³
    • Imprimação: 77.356 m²
    • Pintura de Ligação: 22.4877 m³
    • Binder: 7.200 m³
    • Capa: .634 m³
  • Drenagem:
    • Bueiro ARMCO sob o taxi D:
      • Corpo de bueiro:116,3 m
      • Concreto ciclópico: 8 m³
      • Dissipador de energia: 1 un.
  • Prolongamento do bueiro da est.81 sob o taxi A:
    • Corpo de bueiro: 9 m
    • Dem. Da caixa coletora existente: 1 un.
    • Caixa coletora projetada: 1 un.
    • Contensão de erosão na saída bueiros Dissipador de energia: 2 un.
    • Saídas em Rápi:
      • Rápi: 60 m
      • Dissipador de energia:  un.
    • Drenos Longitudinais nas bordas das pistas de rolamento:
      • Dreno: 7360 m
      • Demolição e reconstrução do pavimento flexível: 3.030m³ – Caixas coletoras de drenos 43 un.
    • Saída de dreno:
      • Saída: 2.825 m
      • Terminal de dreno: 33 un.

Pistas de pouso

Reforço do pavimento da pista de pouso 13/31 e alargamento seus acostamentos pavimenta. A largura original da pista de pouso com os acostamentos pavimenta era de 45 m e passou para 60 m após o alargamento.

Quantitativos:

A) Serviços Preliminares:

  • Desmatamento, destocamento e limpeza com bota-fora: 58.730 m² B) Terraplenagem:
  • Escavação do solo:
    • Esc. Para fins de aterro: 7.705 m³
    • Esc. Para bota-fora: 4.671 m³
  • Compactação do solo: 6.421 m³
  • Pavimentação:
    • Regularização do subleito: 14.974 m²
    • Base de Macadame Hidráulico: 2.246 m³
    • Imprimação: 14.974 m²
    • Resselagem de juntas: 2.190 m
    • Pintura de ligação: 248.884 m²
    • Binder: 11.432 m³
    • Capa: 5.502 m³
  • Drenagem:
    • Valas revestidas em concreto:
      • Vala 1: 485 m
      • Vala 2: 185 m
      • Vala 3: 39 m
    • Canaleta com grelha (cabeceira 31): 173 m
    • Rápido para deságüe da canaleta C601: 8 m – Drenos long. na borda da pista: 4.270 m – Caixas coletoras de drenos: 37 un.
    • Saída de dreno:
      • Saída: 1.235 m
      • Terminal do dreno: 34 un.
    • Contenção de erosão: 3.500 m²
Figura 2 Seção transversal do dreno do pavimento da pista de rolamento (área militar).
Figura 3 Seção transversal do dreno do pavimento da pista de rolamento (área civil).
OBS: Tubo plástico corrugado ou similar D = 0,150 m
Saída: Tubo de concreto D = 0,20m S mínimo = 0,3 %
Figura 4 Seção transversal do dreno do pavimento da pista de pouso 13/31 (área civil).

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Após um rigoroso estudo feito no sentido de reduzir os custos e ao mesmo tempo garantir maior vida útil a obra, resolveu-se adotar o geotêxtil Bidim como filtro e elemento de separação nos respectivos drenos.

O geotêxtil Bidim se torna mais econômico pelo fato de dispensar a transição granulométrica que apesar de necessitar de um estudo mais detalhado, requer também mão-de-obra especializada e ainda dificulta o transporte, pelo grande volume de material empregado. Já o geotêxtil Bidim não necessita de muita mão-de- obra, é de fácil aplicação e, por ser vendido em bobinas, ocupa pouco espaço e facilita o transporte.

FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim, nesta obra, teve como função principal FILTRAÇÃO, permitindo um escoamento rápido e ao mesmo tempo evitando o carreamento de partículas finas para o interior do dreno, enquanto estabiliza o solo adjacente ao longo da trincheira drenante.

Na função SEPARAÇÃO, o geotêxtil Bidim instalado entre dois materiais de granulometrias diferentes, impede que estes se misturem mantendo assim, suas características próprias, ao mesmo tempo que permite a livre passagem de água.

O Projetista especificou o geotêxtil Bidim RT-16 como filtro nos drenos, baseado em experiências anteriores nesse tipo de obra e pelas características do solo, levando-se em consideração, principalmente, as propriedades físicas e propriedades hidráulicas na utilização do geotêxtil Bidim RT-16.

INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A instalação do geotêxtil Bidim se deu através das seguintes etapas:

  1. Levantamento topográfico e locação das trincheiras drenantes.
  • Escavação da vala com largura de 0,50 m e altura variável entre 0,415 m e 0,915 m, com uma retroescavadeira, observando-se que fosse feita de jusante para montante, para o escoamento de águas que porventura surgissem e de eventuais chuvas.
  • Correção da inclinação da trincheira drenante e remoção de objetos contundentes.
  • Instalação do geotêxtil Bidim RT-16 nas valas, fixando-se as suas bordas provisoriamente com pedras e procedendo-se o enchimento das valas com uma camada de 10 cm de brita.
  • Assentamento do tubo-dreno sobre a camada drenante (Figura 3) e preenchimento do restante da vala com material drenante (Figura 4).
  • Por fim, as bordas do geotêxtil Bidim foram rebatidas com uma sobreposição de 0,15 m e a parte superior da trincheira foi aterrada.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A utilização do geotêxtil Bidim traz inúmeras vantagens, dentre elas:

  • Reduz o volume nominal nas trincheiras drenantes, já que substitui com eficiência as transições granulométricas.
  • Reduz o tempo de execução, pois é de fácil e rápida aplicação.
  • Aumenta a vida útil do dreno, pois retém os finos, evitando que sejam carregados para o interior do meio drenante, fazendo com que não haja a colmatação dele, proporcionando, assim, o bom desempenho do sistema por tempo indefinido.
  • É de fácil transporte por vir em bobinas.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Eng. Ricardo Tinoco, da Construtora EIT, em nos fornece da e informações pertinentes à obra, bem como a alguns técnicos que trabalhavam na mesma.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Cases e manuais técnicos da Atividade Bidim.
  • Relatórios da INFRAERO cedi à Construtora EIT com descrições da respectiva obra. – Projetos de drenagem da Prodec relativos à obra.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Estocagem das bobinas de geotêxtil Bidim e da tubulação utilizada nos drenos.
O geotêxtil Bidim instalado na vala com a 1ª camada de brita
já lançada.
Detalhe tubos-dreno
sobre a brita e a sobreposição do geotêxtil Bidim.
Obs.: Pedras segurando o geotêxtil em toda a extensão.
Fase de lançamento da brita sobre a tubulação preenchendo a vala.
Detalhe ao fundo de um dreno concluído chegando à caixa de inspeção, e do outro lado da caixa, uma vala ainda sem o geotêxtil Bidim aplicado.
Detalhe da introdução do tubo- dreno na caixa de inspeção juntamente com o geotêxtil
Bidim.
Vista do dreno já fechado e ao fundo algumas aeronaves.
Vista geral de um dreno fechado com o geotêxtil Bidim sobreposto e fixado com pedras.

Vista geral da obra com os drenos à direita e um carro aplicando asfalto.

Vista geral da obra com o detalhe de um operário executando a imprimação da pista, o geotêxtil Bidim instalado no dreno.

UTILIZAÇÃO DA MANTA GEOTÊXTIL BIDIM COMO FILTRO E ELEMENTO DE SEPARAÇÃO EM ESTRUTURAS DE GABIÃO NA BARRAGEM DO RIO CHICO



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do Geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como filtro e elemento de separação em várias estruturas executadas em gabiões na Barragem do Rio do Chico. A barragem é uma das obras que compõe o complexo industrial Inpacel, e destina-se à regularização de vazão para garantir o suprimento de água na fábrica, bem como auxiliar no processo de diluição do efluente por ela gerado, no caso de período de estiagem prolonga.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Outubro 1992
  • LOCALIZAÇÃO: Município de Arapoti PR
  • CLIENTE: J. Malucelli Construtora de Obras Ltda. (Curitiba PR
  • TIPO DE OBRA: Barragem de rio com gabião
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento filtrante
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente 9.000 m² de geotêxtil Bidim.

DESCRIÇÃO DA OBRA

Finalidade

Conforme pode ser observado na Figura 1, o aproveitamento de água pela fábrica da Inpacel, está vinculado ao Rio Barra Mansa, no qual é feito tanto a captação como a disposição efluentes industriais, cujo emissor por força da lei, é locado à montante da primeira.

Para garantir a vazão mínima para o consumo, bem como contribuir para a diluição do efluente, houve a necessidade de criar um reservatório de água, resultando daí, a construção da barragem do Rio do Chico, afluente do Rio Barra Mansa.

Principais características

A barragem é uma estrutura de terra homogênea com instrumentação compatível, cujo aterro compactado totaliza 108.000 m³, possuindo altura máxima de 28 metros e comprimento de crista de 160 metros. É dotada de tomada de água submersa para vazão máxima de 1 m³/s utilizando a galeria de desvio e vertedouro de borda livre para vazão máxima de 16,2 m³/s.

O reservatório ocupa área de 16,5 hectares, armazenando 1,35 milhões de metros cúbicos, suficiente para regularizar a vazão do Rio do Chico para estiagem de tempo de recorrência de 10 anos e 90 dias de duração. A face de montante é revestida por cascalho do pé do talude até o nível mínimo de água com gabião colchão dreno deste nível até a crista. A face jusante é revestida com grama.

O vertedouro é constituído por quatro partes principais:

  • Canal de aproximação (de gabião não revestido);
  • Ogiva (de concreto armado);
  • Canal trapezoidal (de gabião revestido com concreto) e, – Escada de dissipação (de gabião não revestido).

O desvio do rio foi efetuado em galeria de concreto armado ligada na sua extremidade de jusante a um canal de restituição revestido em gabião. A barragem é dotada de filtros vertical e horizontal, ligadas ao dreno horizontal, cuja seção extrema é adjacente a uma estrutura de gabião, no pé do talude de jusante (Figura 2).

Figura 2 Desenho esquemático da barragem.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Especificação

O geotêxtil Bidim foi especificado em projeto pela necessidade de um elemento filtrante e de separação eficiente e econômico para garantir o bom desempenho das estruturas de gabião, na sua maioria adjacentes ao solo de arenito do local. As fundações apresentam-se em camadas de arenito com textura e níveis de percolação diferencia.

No projeto foi especificado o geotêxtil Bidim RT-10 em todas as aplicações, uma vez que ele atende às características mecânicas necessárias para os esforços de instalação e vida útil, além de oferecer permeabilidade adequada à aplicação.

A única exceção foi a face inferior gabiões da escada de dissipação do vertedouro, onde os esforços solicitantes eram de maior grandeza e necessitavam de um geotêxtil com maior resistência mecânica e neste caso foi especificado geotêxtil Bidim RT-21. Entretanto por necessidade da obra foi adotada a solução de superposição de duas mantas Bidim RT-10, com emendas costuradas e desencontradas para evitar concentração de esforços nestes pontos, que também atende às necessidades do projeto.

Funções

Em todas as estruturas executadas em gabião descritos foi utilizado geotêxtil Bidim e as funções principais são de FILTRAÇÃO e SEPARAÇÃO.

5 INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Canal de aproximação do vertedouro

  • Escavação e conformação do canal com equipamento de terraplenagem.
  • Instalação do geotêxtil Bidim no fundo do canal, com emendas por sobreposição.
  • Montagem do gabião tipo colchão dreno do fundo do canal.
  • Execução do gabião caixa nas laterais do canal, efetuando a sobreposição do geotêxtil Bidim do fundo e da lateral, fixando a manta na face externa do gabião.
  • Preenchimento com solo entre talude e a manta na face externa do gabião.

Canal trapezoidal do vertedouro

  • Regularização e conformação do canal com equipamento de terraplenagem.
  • Escavação de um dreno horizontal no vértice inferior do canal, destinado a aliviar as subpressões provocadas pela água oriunda taludes laterais. O dreno inicia na estrutura da ogiva do vertedouro e prolonga-se até a face interior do primeiro degrau de gabião da escada de dissipação.
  • Instalação do geotêxtil Bidim no fundo e laterais do dreno, instalação de tubo dreno de concreto poroso, enchimento com brita e recobrimento do geotêxtil com emenda por sobreposição.
  • Assentamento do geotêxtil Bidim nas paredes do canal, no sentido transversal ao eixo dele, com emendas por superposição e montagem do gabião. O fundo foi executado na mesma forma, porém posteriormente, pois ele foi utilizado com acesso para transporte de materiais. – Execução da capa de revestimento em concreto Portland.

Escada de dissipação do vertedouro

  • Corte do plano inclinado com equipamento de terraplenagem e conformação degraus com escavadeira. A extremidade inferior exigiu remoção a fogo. – Limpeza e acabamento degraus, executada manualmente.
  • Instalação do geotêxtil Bidim, com assentamento no sentido transversal ao eixo da escada, de ombreira a ombreira do degrau.
  • Execução da emenda por costura do geotêxtil (Figura 3).
  • Montagem do gabião do degrau. A operação de instalação do geotêxtil e montagem do gabião foi efetuada para cada degrau, atendendo a um cuidado de não expor a manta a danos da obra. – Reaterro entre talude e a face externa do geotêxtil Bidim, na lateral da escada.
Figura 3 Detalhe da emenda do geotêxtil Bidim na escada de dissipação.

Face de montante da barragem

  • Regularização do talude com equipamento de terraplenagem, assentamento e compactação de cascalho do pé do talude até a cota mínima de água (Figura 4).
  • Assentamento do geotêxtil Bidim, no sentido de ombreira a ombreira da barragem. A emenda é feita por sobreposição das bordas da manta, com juntas desencontradas.
  • Montagem do gabião colchão dreno, com execução simultânea da instalação do geotêxtil Bidim e do gabião, a fim de evitar exposição da manta a danos de obra.
Geotêxtil Bidim RT – 10
Figura 4 Detalhe da instalação do geotêxtil Bidim no dreno horizontal.

Estrutura de gabião do dreno horizontal

  • Limpeza do canal do rio e execução da estrutura do gabião.
  • Assentamento do geotêxtil Bidim na face do montante do gabião, estendendo sobre o fundo do canal (na direção do montante) aproximadamente 1,5 metros.
  • Execução do dreno horizontal, cuja extremidade de jusante é adjacente à face interna do gabião, onde foi instalado o geotêxtil Bidim.

Canal de restituição da galeria de desvio

  • Conformação do canal com equipamento de terraplenagem.
  • Execução gabiões nas laterais do canal.
  • Instalação do geotêxtil Bidim na face externa do gabião. – Reaterro entre o geotêxtil Bidim e o talude.

6 VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim além de ser o material de construção para filtração e separação de melhor desempenho técnico-econômico para utilização como proteção ao elemento de gabião, compôs com este uma solução de custo bem inferior as demais opções avaliadas.

Este relatório foi elaborado dois anos após a conclusão da obra, a qual é monitorada permanentemente pela consultoria e até o presente momento o desempenho resulta perfeitamente satisfatório.

7 AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Inpacel e a empresa Robota Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda, em especial ao Eng. Vicente Perci Gorski e Eng. Afonso T. Meyer, ao geólogo Paulo Lewis e ao técnico Del Ré pela colaboração no fornecimento de informações e material de consulta, sem os quais não seria possível a elaboração deste trabalho.

8 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Terreno conformado para implantação do canal de aproximação, ogiva e canal trapezoidal do vertedouro.
Assentamento do geotêxtil Bidim no fundo do canal de aproximação do vertedouro.
Canal de aproximação com os gabiões monta, geotêxtil Bidim das laterais instalado e reaterro entre talude e o geotêxtil sendo executado.
Dreno do fundo do canal trapezoidal do vertedouro escavado.
Dreno do canal trapezoidal com o geotêxtil Bidim já instalada.
Geotêxtil Bidim instalado no fundo do canal trapezoidal do vertedouro com gabião colchão dreno parcialmente
Vista do canal trapezoidal do vertedouro, com o geotêxtil Bidim instalado nas
paredes, e o fundo em execução.
Canal trapezoidal com a capa de revestimento concretada.
Observa-se o geotêxtil Bidim na lateral do gabião.
Trabalho de conformação final e limpeza manual de degrau da escada de dissipação do vertedouro.
Instalação do geotêxtil Bidim no degrau da escada de dissipação.
Detalhe de instalação do geotêxtil
Bidim na lateral do corte da escada de dissipação do vertedouro.
Vista da escada de dissipação com o geotêxtil Bidim e gabião monta em vários degraus.
Escada de dissipação com to os degraus montam, pronta para execução de reaterro entre o geotêxtil Bidim e o talude.
Regularização do talude de montante e
assentamento de cascalho.
Instalação do geotêxtil Bidim e
montagem do gabião do colchão dreno na face de montante.
Execução do dreno
horizontal, com o geotêxtil Bidim já instalado na interface do gabião.
Vista da estrutura de gabião do dreno horizontal, observando-se o geotêxtil Bidim na parte superior aguardando acabamento do talude gramado.
Vista do canal de
restituição com os gabiões monta e geotêxtil Bidim
instalado.
Vista da face externa do gabião lateral do canal de restituição, com o geotêxtil Bidim em fase de instalação.

UTILIZAÇÃO DA MANTA GEOTÊXTIL BIDIM EM EXECUÇÃO DE REDE DRENANTE PARA CAPTAÇÃO DAS ÁGUAS DE INFILTRAÇÃO E REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO NO TERMINAL RODOVIÁRIO DE CAMPO GRANDE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do Geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos), como filtro na rede drenante para captação das águas provenientes de infiltração pela superfície e águas em forma de lençol freático, na área destinada à construção do Terminal Rodoviário de Campo Grande que fica localizado no Bairro Cabreúva, saída para Rochedo..

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Março 1994
  • LOCALIZAÇÃO: Bairro Cabreúva, saída para Rochedo, Campo Grande/MS.
  • CLIENTE: Estacon Engenharia S/A.
  • TIPO DE OBRA: Rede drenante para captação das águas de infiltração, sob forma de lençol freático.
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: O Geotêxtil Bidim foi adotado em função das suas propriedades de FILTRAÇÃO
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente 2.709 m² de geotêxtil Bidim RT-16

DESCRIÇÃO DA OBRA

A obra localiza-se em uma região de turfa e constatou-se a necessidade de executar um dispositivo de drenagem subterrânea, que além de rebaixar o lençol freático, (uma vez que o terminal rodoviário seria implantado), drenasse toda a água proveniente de infiltração pela superfície, a fim de evitar aparecimento de recalques que pudessem comprometer a condição de suporte do aterro e consequentemente a concretagem do estacionamento, assim como a própria estrutura de fundação do futuro terminal.

PROCESSO CONSTRUTIVO

Estava previsto no cronograma da obra, um prazo de 30 dias para execução do sistema de drenagem subterrânea, que foi cumprido em dezembro de 1993.

As etapas de execução do sistema de drenagem subterrânea foram:

  1. Escavação mecânica de jusante para montante da vala na seção estabelecida em projeto, 0,60 m x

0,50m;

  • Compactação mecânica;
  • Instalação do geotêxtil Bidim RT-16;
  • Lançamento de uma camada de brita 3;
  • Instalação do tubo dreno de concreto poroso Ø 0,20 m;
  • Lançamento de uma camada de brita 3 e acima uma camada de 15 cm de brita 1;
  • Dobramento do geotêxtil Bidim sobre o material drenante com sobreposição e execução do aterro sobre a seção.
Figura 1 Seção drenante 0,60 m x 0,50 m.

FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim RT-16 colaborou na execução da rede drenante, desempenhando a função FILTRAÇÃO. Sua utilização permitiu a estabilização do solo adjacente mediante a formação de pré-filtro natural e possibilitou o escoamento rápido das águas de infiltração e de variação do lençol freático, além de impedir o carreamento das partículas finas do solo para o interior do meio drenante, evitando sua colmatação.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista da seção já escavada.
Vista da seção já escavada aguardando o escoamento natural das águas.
Instalação do geotêxtil Bidim RT-16.
Instalação do tubo dreno de concreto poroso Ø 0,20 m.
Lançamento da camada de brita 3.
Lançamento da camada de Brita 1.
Envelopamento da trincheira com o geotêxtil Bidim por sobreposição, aguardando o aterro para fechamento da seção

.

A UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA PROTEÇÃO CONTRA EROSÃO DOS TALUDES DAS LAGOAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS DA BAHIA SUL CELULOSE S/A



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O presente histórico de obra apresenta a utilização do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como elemento filtro-separador de enrocamento para proteção contra a erosão taludes das lagoas para tratamento de efluentes líquido da Bahia Sul Celulose S/A. O geotêxtil Bidim aplicado na interface solo/enrocamento separa materiais de diferentes granulometrias, atuando como um filtro, impedindo que o impacto das marolas e que o fluxo reverso das águas dê fuga às partículas finas do solo através vazios de enrocamento.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Fevereiro 1994
  • LOCALIZAÇÃO: Município de Mucuri
  • CLIENTE: Bahia Sul Celulose S/A
  • TIPO DE OBRA: Taludes
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento filtro-separador
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 51.000 m² de geotêxtil Bidim RT-16

EMPREENDIMENTO

A Bahia Sul Celulose SA está localizada no município de Mucuri, no extremo sul da Bahia, próximo à divisa com o Espírito Santo, a 876 km de Salvador (BA), 331km de Vitória (ES) e 271km do porto de Barra do Riacho (conhecido por Portocel – ES), especializado em celulose, conforme a Figura 1.

Figura 1 Localização da Bahia Sul Celulose SA.

Principais acionistas

Companhia Suzano de Papel e Celulose 35%

Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) 29%

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 26%

International Finance Corporation (Banco Mundial) 3% Outros 7%

Investimentos

Total US$ 1,4 bilhão

Obras civis US$ 140 milhões

Do investimento total, 52% foram oriundo de recursos próprios e 48% de terceiros, principalmente do BNDES, através do Finame (equipamentos) e finem (construção civil).

Nome

Estação de Tratamento de Efluentes Líquido

Finalidade

A Estação de Tratamento de Efluentes Líquido tem por finalidade o tratamento de 2.750 m³/h de efluentes líquido em dois sistemas: o primário (para remoção de sólido por decantação), e o biológico (para extração de matéria orgânica através de uma cultura de microrganismos despejada nas lagoas).

Projetista

Jaako Pöyry Engenharia Ltda.

O projeto contemplou a preservação ambiental traduzido em investimentos de US$690 milhões na implantação de equipamentos de última geração e de novas tecnologias.

Empreiteiro

Estacon Engenharia SA

Dimensões

Área Total 860.000 m²

Área Construída 330.000 m²

Volume de Escavação 2.250.000 m³

Volume de Compactação 1.338.000 m³

Cronograma

Apesar do atraso decorrente da greve trabalhadores da construção civil, a construção da Bahia Sul Celulose foi concluída dentro do prazo de 33 meses, aproximadamente – internacionalmente aceitável.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Para a proteção contra a erosão taludes das 10 lagoas de tratamento de efluentes líquido (figura 2 a 3), optou-se pela colocação de pedras de mão arrumadas na parte superior mesmos coincidindo com a faixa de variação do nível da água (NA).

Para evitar que o impacto das marolas e o fluxo reverso da água provocasse o carreamento de partículas finas do solo por entre as pedras de mão armadas, provocando a erosão e a desestabilização dele, decidiu-se pela instalação de um elemento filtro-separador na interface solo/enrocamento.

O geotêxtil Bidim foi o elemento filtro-separador escolhido devido às suas propriedades hidráulicas e mecânicas, que permitem que ele desempenhe funções de SEPARAÇÃO, evitando que materiais de diferentes granulometrias se misturem, facilitando o fluxo de água nos dois senti e FILTRAÇÃO, cuja textura permeável permite rápida percolação da água, através de sua estrutura, retendo de maneira eficaz as partículas do solo.

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS TALUDES

A especificação do geotêxtil Bidim nos projetos desenvolvi pela Jaako Pöyry se baseou em experiências desde 1976, quando começou a ser utilizado, dentre outras formas, como elemento filtrante em drenos subterrâneos, aterro sobre solos compressíveis, poços de alívio ou bacias de decantação e como elemento de proteção a cristas de lagoas ou margens de rios em substituição às camadas intermediarias do tradicional rip- rap.

As características do geotêxtil Bidim, em especial o seu comportamento hidráulico, resistência a ruptura, taxa de infiltração, facilidade de manuseio e instalação, além bons resulta obti em projetos desenvolvi pela Jaako Pöyry, contribuíram para a sua intensa utilização.

No caso da Bahia Sul o estudo de concepção do tratamento biológico levou em consideração as características do solo e utilização do geotêxtil Bidim como elemento filtro-separador. Esta escolha se baseava no excelente desempenho observado em projeto similar recente realizado no estado do Espírito Santo (Aracruz), e nas características de permeabilidade e retenção do geotêxtil Bidim, similares ao filtro de areia, porém envolvendo menores dificuldades de execução.

O dimensionamento do tipo de geotêxtil utilizado levou em conta os fatores custo x benefício do produto, suas condições de instalação, sua resistência ao puncionamento, dentre outras.

EXECUÇÃO DA PROTEÇÃO DOS TALUDES

A obra consistiu em escavação e regularização de solo argiloso com a utilização de escavadeira hidráulica, conformando as margens da lagoa, instalação de 51.000 m² de geotêxtil Bidim RT-16, na direção paralela a crista do talude, e, em seguida, a colocação de pedras de mão.

A produtividade alcançada no revestimento das margens da lagoa com pedra de mão arrumada e geotêxtil Bidim, para uma equipe composta de 60 trabalhadores, foi de 100 m/dia (150 m³/dia).

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Conforme acreditam os engenheiros da Jaako Pöyry, as vantagens na utilização do geotêxtil Bidim são as seguintes:

  • Economia no custo do sistema de proteção;
  • Rapidez na instalação;
  • Eficiência e eficácia no atendimento às solicitações para as quais foi especificado.

A execução da obra transcorreu sem quaisquer problemas ou dificuldades, segundo o projetista e a empreiteira.

AGRADECIMENTOS

] Agradecemos ao Eng.  Geraldo Fernandes, da Bahia Sul Celulose SA, ao Eng. Carlos Afonso Selas, da Jaako Pöyry Engenharia Ltda., e ao Eng. Rubens Ferreira de Almeida, da Estacon Engenharia SA, pela colaboração prestada na elaboração do presente histórico de obra.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

– 1º Ciclo de Informações Técnico-Comerciais, Atividade Bidim, outubro de 1987. – Revista Construção Norte Nordeste, nº 211, Pini Editora, dezembro de 1990; – Revista Química Industrial, nº 44, Signus Editora Ltda., julho/agosto de 1992.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Instalação do geotêxtil Bidim sobre o talude previamente regularizado.
Acomodação das pedras de mão sobre o geotêxtil Bidim.
O geotêxtil Bidim foi instalado de acordo com o avanço na acomodação das pedras de mão.
Proteção da margem de uma das lagoas parcialmente executada.
Proteção da margem de uma das lagoas parcialmente executada.
Proteção da margem de uma das lagoas completamente executada.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO REVESTIMENTO DE CANAL EM GABIÃO NO CÓRREGO DAS AREIAS EM BETIM MINAS GERAIS



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O Município de Betim está localizado na região metropolitana de Belo Horizonte (822 m de altitude) a aproximadamente 60 quilômetros da capital mineira, próximo as rodovias federais BR-381 e BR-262.

Ocupando uma área de 376 km², a cidade possui 180.000 habitantes e tem como atividades econômicas a extração de minério de ferro, agricultura (cultivo de tomates e bananas), comércio e indústrias (Refinaria Gabriel Passos, Fiat Automóveis etc.).

Betim é um município em pleno desenvolvimento que vem enfrentando diversos problemas de infraestrutura, principalmente nas áreas de saneamento e transporte.

A Prefeitura Municipal de Betim vem combatendo estes problemas executando obras prioritárias para o município e para população tais como canalização de córregos urbanos construção de avenidas sanitárias.

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no canal em gabião no Córrego de Areias, município de Betim em Minas Gerais.

O PROBLEMA

Implementar um sistema de drenagem ao canal em gabião no Córrego de Areias, município de Betim em Minas Gerais

A SOLUÇÃO

Foi utilizado a manta geotêxtil Bidim como elemento importante no sistema de drenagem da obra.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Janeiro de 1994
  • LOCALIZAÇÃO: Município de Betim
  • CLIENTE: Prefeitura Municipal de Betim
  • TIPO DE OBRA: Gabião
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento Filtrante
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 80.000 m² de manta geotêxtil Bidim RT-16

DESCRIÇÃO DA OBRA

O projeto nasceu da necessidade de se resolver com rapidez e baixo custo os diversos problemas sociais enfrentam pela Prefeitura e população habitante da região do Córrego das Areias em Betim, Minas Gerais.

Sendo um córrego a céu aberto, o Córrego das Areias sofreu durante muito tempo com as chuvas, enchentes e demais problemas destas decorrentes. Quando do período das chuvas, toda a região vizinha ao córrego se transformava, havendo um aumento significativo do número de doenças, desabamentos etc.

Além de solucionar e ou minimizar os problemas acima resumi a Prefeitura Municipal de Betim propôs a construção do canal Córrego das Areias e construção de duas avenidas sanitárias laterais ao mesmo (Figura 1).

SEÇÃO TIPO 6 – EST. 15+,00m à 16+0,00m

                                                                                                             ESC.                                                            15

JUNTA DE DILATAÇÃO

As avenidas sanitárias laterais ligarão a cidade de Betim à cidade de Contagem, fazendo com que os ônibus que atendem os bairros da região tenham seu trajeto modificado, não tendo mais que utilizar a BR-381 para acessar alguns bairros e com melhoria no trânsito e maior segurança para a população local (Figura 2).

                                                                            ESC.                                    15

Figura 2 Perfil Transversal Tipo do Córrego das Areias e avenidas laterais

Localizado na bacia do Córrego Areias, ao lado das bacias do Rio Betim, Riacho das Pedras e Córrego do Embiruçu, o canal foi projetado para um tempo de recorrência de 25 anos e maximizando-se as condições meteorológicas da região (Figura 3 e Tabela 1).

NOTAS GERAIS

Vazões de Projeto por Trecho no Córrego Areias (TR = 25 anos e Maximização de Condições Meteorológicas).

TrechoÁrea Drenada (Km²)Descarga (m³/s)
EG (Córrego Embiruçu)16,274,4
FG (Riacho das Pedras)11,442,4
GH31,4115
HI35,1*115
IJ38,8*115
JK (Foz com Rio Betim)40,0*117

* Ajuste meteorológico

Tabela 1 Vazões de projeto por trecho Córrego Areias

Executado no período compreendido entre os meses de julho de 1991 e setembro de 1992 o canal em sua primeira fase teve extensão de 4.500 m. Construído com um caimento de 0,15% em um terreno com caimento de ordem de 0,50% o canal teve sua seção transversal variando ao longo de seu curso a fim de compensar esta diferença de nível e atender as vazões de projeto. A seção transversal tipo é trapezoidal com pequenas variações em relação a esta seção tipo. O fundo do canal é inclinado a fim de se evitar o acúmulo de sólido.

A execução do canal se deu em gabião tipo colchão dreno e tipo caixa sendo estes revesti em suas partes inferiores (fundo) com manta geotêxtil Bidim e em sua superfície com argamassa cimento-areia (Figura 4).

O = 117 m³/s

n = 0,014 (SEÇÃO REVESTIDA COM ARGAMASSA)

n = 0,030 (TALUDE GRAMADO) ALTURA TOTAL = 4,00 m

Figura 4 Seção tipo trapezoidal composta.

A seção transversal tipo do canal é trapezoidal de fundo inclinado e com paredes laterais revestidas com argamassa, com gabião caixa e grama. Foram estudadas soluções de canais em Concreto Armado, Bosacreto e Gabião Caixa, que se mostraram antieconômicas.

PROCESSO CONSTRUTIVO

Abaixo descrevemos as diversas fases de execução da obra, dentro da metodologia executiva adotada:

  1. Modificação do curso natural do Córrego das Areias.
  • Locação topográfica do canal a ser escavado. O canal foi estaqueado a cada vinte metros possuindo um total de 225 estacas.
  • Escavação mecânica do canal propriamente dito.
  • Locação topográfica eixos, níveis e seções transversais finais do canal.
  • Regularização e compactação de seção do canal. Durante a execução do canal foram observadas interferências no projeto tais como: adutoras, rochas, baixa capacidade de suporte do solo etc., que foram resolvidas sem maiores problemas.
  • Instalação do geotêxtil Bidim RT-16. As mantas foram fixadas com pedras de mão e em alguns casos com grampos metálicos em forma de “U”.
  • Instalação do Colchão Reno de espessura 0,30 m e gabiões caixa laterais.
  • Preenchimento do colchão dreno e gabiões caixa com pedras de mão.
  1. Acerto de geometria da seção com brita graduada número 1 na espessura de 2 cm.
  • Locação das juntas de dilatação transversais e longitudinais a cada 4 m a fim de se minimizar os efeitos de trincas e deformações provenientes das variações de temperatura e grande extensão do canal (Figura 3).
  • Execução das juntas de dilatação com sarrafo de madeira de seção 3 x 3 cm (junta aberta não rejuntada);
  • Assentamento do revestimento final em argamassa cimento-areia traço 1:4 na espessura de 3 cm.
  • A seção transversal de jusante diferencia-se da seção tipo por ter maior área de fundo e laterais em gabião Caixa. No enchimento do gabião com pedras de mão utilizaram-se gabaritos de madeira para garantir a geometria de projeto impedindo-se o estufamento das telas.
  • Acerto das pistas das avenidas sanitárias laterais com execução de aterros, cortes e obras civis e de arte.
  • Plantio de grama em placas nos taludes laterais.
  • Urbanização final da obra.
  • A execução do canal se deu de montante para jusante.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Devido as suas excelentes propriedades físicas, mecânicas e hidráulicas o geotêxtil Bidim foi escolhido para revestir os colchões Reno e gabião Caixa do canal.

No revestimento do canal a manta geotêxtil Bidim desempenha a função de filtração. A aplicação de revestimentos (permeáveis) do tipo colchões dreno e gabiões caixa sobre as margens do canal requerem a utilização de um filtro para evitar que materiais finos sejam arrasta pela correnteza ou pela ação de ondas, através espaços vazios dos revestimentos.

No caso do revestimento (impermeável) em argamassa, o aparecimento de subpressões hidrostáticas pode provocar rachaduras nas paredes do canal. Estas subpressões são provocadas pelas bruscas variações do nível de água (lençol freático) e consequente variação de pressões. O geotêxtil Bidim cria uma região mais permeável que o solo adjacente e impede que o carreamento das partículas do solo através de seus poros por percolação. Desta forma o geotêxtil Bidim substitui as camadas de brita e areia utilizadas comumente e funciona como elemento de drenagem aliviando subpressões.

O geotêxtil Bidim, devido disposição multidirecional de seus filamentos, apresenta praticamente a mesma resistência segundo quaisquer direções de solicitação, resistindo aos esforços de tração, atrito, rasgo, estouro e deformações que possam incidir sobre a manta quando do desempenho de suas funções.

Em função de sua matéria prima ser 100% poliéster, o geotêxtil Bidim apresenta características mais favoráveis a durabilidade e resistência aos agentes físico-químicos. Em contato com ácido, bases, oxidantes, redutores, soluções salinas a solventes orgânicos que porventura possam fazer parte do conteúdo do córrego, o poliéster resiste perfeitamente não sendo alteradas suas características de resistência. O geotêxtil Bidim não é atacável por microrganismos sendo, portanto, imputrescível ou não degradável.

Por ser flexível o geotêxtil Bidim adapta-se perfeitamente a geometria gabiões além de ser de fácil manuseio e instalação, não necessitando de mão de obra especializada.

AGRADECIMENTOS

Os autores deste trabalho agradecem a toda a equipe da Prefeitura Municipal de Betim, a Via Engenharia S/A, a Engesolo Engenharia S/A e a Sanag Engenharia de Saneamento, em especial ao Eng. Olavo Lanhez Júnior sem as quais não teria sido possível a realização deste trabalho.

BIBLIOGRAFIA

ATIVIDADE BIDIM “Catálogos: “Aplicações em obras de Engenharia” e ‘Obras de Proteção ao Meio Ambiente”.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Placas informativas da obra.
Mantas geotêxtis Bidim RT-16.
Vista parcial do Córrego das Areias antes da canalização.
Modificação do curso natural do Córrego das Areias.
Instalação do geotêxtil Bidim e gabiões (colchão Reno).
Preenchimento do colchão com pedras de mão.
Vista geral das diversas fases de execução da obra.
Acerto da geometria final do gabião com brita graduada.
Execução da argamassa de revestimento final do canal.
Execução do gabião caixa utilizando gabarito de madeira.
Gabião caixa revestido com geotêxtil Bidim na seção de jusante.
Vista da parte do revestimento final executado.
Vista da obra concluída e em operação.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO SISTEMA DE DRENAGEM DE EFLUENTES LÍQUIDOS PARA EXTRAÇÃO DE OURO NA SÃO BENTO MINERAÇÃO S/A SANTA BÁRBARA MINAS GERAIS



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

A Bento Mineração ocupa uma área de 800 há, possuindo uma mina subterrânea, de onde são extraídas 34.000 ton/mês de minério e uma usina metalúrgica, onde é beneficiado o minério, produzindo 260 kg de ouro por mês.

A lavra subterrânea é realizada em galerias adotando o método “cut and fill” (corte e aterro) aonde o minério vai para a usina metalúrgica de beneficiamento e retorna ao subsolo preenchendo os espaços lavra.

Após o beneficiamento do minério feito pelo processo de oxidação sob pressão, a polpa do minério com efluentes líquido provenientes do processo retorna ao interior da mina subterrânea (“back fill”).

O “back fill” que retorna é utilizado para aterrar as galerias subterrâneas sendo drenado utilizando-se um sistema de tubos drenos revesti com manta geotêxtil Bidim dentro do processo de extração de ouro.

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no sistema de drenagem de efluentes líquido para extração de ouro na Bento Mineração S/A.

O PROBLEMA

Implementar um sistema de drenagem para os efluentes líquidos na extração de ouro na Bento Mineração S/A.

A SOLUÇÃO

Foi utilizado como elemento importante no sistema de drenagem da obra a manta Geotêxtil Bidim.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Novembro de 1993
  • LOCALIZAÇÃO: Fazenda Bento s/n, no Município de Santa Bárbara em Minas Gerais
  • CLIENTE: A contratante serviços é a Bento Mineração S/A.
  • TIPO DE OBRA: Mineração
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento do filtrante no sistema de drenagem
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 3.000 m² de geotêxtil Bidim RT-10

Finalidade da Obra

Drenagem efluentes líquido contido na polpa do minério, que retorna para o interior de mina após o beneficiamento (“back fill”), no processo de extração de ouro.

Metodologia de Lavra e Beneficiamento do Minério

Na lavra das galerias subterrâneas foi adotado o método “cut and fill” (corte e aterro), sendo parte do rejeito devolvido ao subsolo na forma de polpa (minério e líquido) chamado de “back fill”.

No beneficiamento do minério foi adotado (no processo de dessulfetação) o método de oxidação sob pressão, lixiviação bacteriana e cianetação.

Sistema de drenagem

O sistema de drenagem é constituído de um conjunto de tubos drenos perfura, instala verticalmente e horizontalmente formando redes principais e secundárias de drenagem.

Este sistema de tubos é revestido com geotêxtil Bidim num processo simples, produtivo e eficaz.

Capacidade de Produção

 extraídas 34.000 ton/mês de minério com uma produção de 260 kg de ouro por mês.

Calcula-se que já foram moí aproximadamente 1,4 milhão de toneladas de minério do subsolo resultando numa produção de 10,4 toneladas.

Contratante A contratante serviços é a Bento Mineração S/A.

Projeto

Os projetos do processo de extração de ouro são de responsabilidade da Bento Mineração com custo global estimado em US$ 85 milhões sendo US$ 17 milhões custos com proteção ambiental.

Consumo de materiais

O sistema de drenagem de efluentes líquido para extração de ouro tem um consumo médio mensal de aproximadamente 3.000 m² de geotêxtil Bidim RT-10 e, aproximadamente, 4.000m de tubos drenos perfura em PVC.

Figura 1 Localização da obra.

METODOLOGIA DE LAVRA E BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO

A lavra das galerias subterrâneas é feita pelo método “cut and fill” (corte e aterro) onde as escavações são realizadas e o minério é enviado a usina metalúrgica para beneficiamento. O progresso de escavação é em sua maioria mecanizado e os cortes são feitos de baixo para cima com uma determinada inclinação de projeto aumentando assim a produção.

Nas galerias abertas as paredes superiores são chamadas de “Hanging wall” e as paredes inferiores de “Foot wall”. À medida que as escavações vão progredindo e a galeria aumenta de tamanho, torna-se necessário a redução das alturas de trabalho aterrando o piso com o “back fill” e permitindo novamente o trabalho das máquinas e equipamentos.

O método de corte e aterro, além de aumentar a garantia de estabilidade da área lavrada, minimiza a quantidade de rejeito a ser depositado a céu aberto, uma vez que grande parte dele retorna ao subsolo para realização aterros.

Após a extração do ouro, a polpa de minério estéril na forma de lama (minério e líquido) retorna ao subsolo (“back fill”) sendo depositada em aterros hidráulicos contido por cercas de madeira revestidas com geotêxtil Bidim. A drenagem do “back fill” é feita por um sistema de tubos drenos perfura, instala verticalmente e horizontalmente e formando redes principais e secundárias de drenagem. Este sistema de tubos é revestido com geotêxtil Bidim num processo simples, produtivo e eficaz.

A mina possui duas entradas principais sendo uma delas um poço vertical com aproximadamente 930 metros de profundidade escavado para facilitar o acesso de pessoal, material e equipamentos aos níveis mais profundos dela.

Todo o processo de extração de ouro é fiscalizado por pessoal especializado obedecendo as normas de segurança e utilizando materiais e equipamentos da melhor qualidade. O transporte de pessoal, material equipamentos é feito através de elevadores e vagonetes (Figura 2).  

Figura 2 Vista geral do sistema de extração de ouro.

CERCAS DE CONTENÇÃO DE ATERROS HIDRÁULICOS

A deposição do “back fill” para execução aterros hidráulicos é feita logo após a execução das cercas de contenção. Estas cercas são construídas em madeira unindo o “Hanging wall” ao “Foot wall” a uma altura de 2,40 metros do piso do minério (Figura 3).

Figura 3 Seção transversal da cerca de contenção do “Back Fill”.

Os caibros ou mourões de candeia são assenta na vertical e espaça de 2 em 2 m. Estruturando os mourões, são pregadas tabuas de 30 x 2,5 cm espaçadas de 5 em 5 cm, e cabo de aço diâmetro de 5/8” espaça de 50 em 50 cm, fixa com cavilha tipo “split set”.

Nos locais acima de 3,5 m, as cercas são reforçadas internamente com dormentes e cabos de aço fixa no

“Hanging wall” e “Foot wall” (Figura 4). A cerca é revestida internamente com geotêxtil Bidim devido às excelentes propriedades físicas, mecânicas e hidráulicas do produto (Figura 5).

Figura 4 Ancoragem das cercas em painéis maiores.

Figura 5 Seção longitudinal da cerca de contenção do “back fill” e do sistema de drenagem.

SISTEMA DE DRENAGEM

O sistema de drenagem é constituído de um conjunto de tubos drenos perfura instala verticalmente e horizontalmente formando redes principais e secundárias de drenagem. Estes tubos são totalmente revesti por manta geotêxtil Bidim, previamente cortado e costurado em forma de camisas que revestem todo o sistema de tubos.

A rede de drenos secundaria é constituída por tubos em PVC perfurado, diâmetro variando de 75 a 100 mm. Estes tubos são instala na horizontal espaça de 3 em 3 m com o comprimento variando de acordo com o tamanho do aterro. Na vertical os tubos são instala espaça de 6 em 6 m e altura de 60 cm acima do nível do enchimento (Figura 5 e 6).

A rede secundária descarrega na rede principal que é constituída por tubos em chapas metálicas denominadas “ore pass” (passagem de minério) que possuem um diâmetro de 100 cm. Estes tubos são instala verticalmente e coletam os líquidos que serão retira da mina (Figura 7).

Figura 7 Vista parcial do sistema de contenção e do sistema de drenagem.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Devido as suas excelentes propriedades físicas, mecânicas e hidráulicas o geotêxtil Bidim foi escolhido para revestir, internamente as cercas de contenção aterros hidráulicos e externamente os tubos drenantes. No sistema de drenagem o geotêxtil Bidim desempenha funções de SEPARAÇÃO, FILTRAÇÃO e REFORÇO.

O geotêxtil Bidim associado aos tubos drenantes cria uma região mais permeável que o solo adjacente e impede o carreamento das partículas finas do solo através de seus poros por percolação atuando como filtro.

Devido à orientação multidirecional filamentos, apresenta praticamente a mesma resistência segundo quaisquer direções de solicitação, resistindo aos esforços de tração, punção, atrito, rasgo, estouro e deformação, que possam incidir sobre a manta quando do desempenho de suas funções.

Em função de sua matéria prima ser 100% poliéster, o geotêxtil Bidim apresenta características mais favoráveis a durabilidade e resistência aos agentes físico-químicos. Em contato com ácido, bases, oxidantes, redutores, soluções salinas e solventes orgânicos o poliéster resiste perfeitamente não sendo alteradas suas características de resistência.

O geotêxtil Bidim não é atacável por microrganismos sendo, portanto, imputrescível ou não degradável. Por ser flexível se adapta perfeitamente a geometria das cercas e tubos além de ser de fácil manuseio e instalação, não necessitando de mão de obra especializada. O aspecto da segurança também foi atendido já que o geotêxtil Bidim é autoextinguível do Grupo 2, significando que em caso de incêndios a chama não se propaga na manta, ficando restrita ao seu campo de ação.

AGRADECIMENTOS

Os autores deste trabalho agradecem à Bento Mineração S/A, em especial ao Eng. Eduardo Tavares Santos Chefe da Divisão de Apoio, Sr. João Rodrigues Evangelista Chefe de Turno ao Sr. Wilton Machado de Souza Técnico de Controle de Qualidade e Sr.  Araújo de Souza Técnico de Ventilação e Controle de Qualidade, pelas valiosas colaborações sem as quais não teria sido possível a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATIVIDADE BIDIM Catálogos: “Aplicações em Obras de Engenharia” e “Obras de proteção ao Meio Ambiente”.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Maquete do sistema de extração de ouro.
Entrada principal da mina.
Cerca de contenção do “back fill”.
Tubos drenos revesti com geotêxtil Bidim prontos para instalação.
Instalação tubos drenos verticais e horizontais dentro do sistema de drenagem do “back fill”.
Tubulões de acesso de pessoal (“ore pass”) para fiscalização e acompanhamento   serviços.
Tubulão de drenagem principal e acesso de pessoal (“ore pass”).
Bobina de geotêxtil Bidim utilizada nas cortinas de contenção e sistema de drenagem.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO PROCESSO DE EXTRAÇÃO DE OURO POR LIXIVIAÇÃO PARA MINERAÇÃO PITANGUI LTDA CONCEIÇÃO DO PARÁ MINAS GERAIS


Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

A Mineração Pitangui Ltda. está localizada a aproximadamente 150 km de Belo Horizonte, na cidade de Conceição do Pará em Minas Gerais, sendo esta uma Empresa do grupo da Mineração Morro Velho S/A cuja sede está na cidade de Nova Lima em Minas Gerais. Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no sistema de drenagem de rejeitos líquidos, dentro do processo de extração de ouro por lixiviação para a Mineração Pitangui Ltda.

O PROBLEMA

Implementar um sistema de drenagem de rejeitos líquidos, dentro do processo de extração de ouro por lixiviação para a Mineração Pitangui Ltda.

A SOLUÇÃO

Foi utilizado a manta geotêxtil Bidim como elemento principal do sistema de drenagem de rejeitos líquidos, dentro do processo de extração de ouro por lixiviação da então obra.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Setembro de 199
  • LOCALIZAÇÃO: Conceição do Pará em Minas Gerais
  • CLIENTE: a Mineração Pitangui Ltda
  • TIPO DE OBRA: Mineração
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento filtrante no processo de extração de ouro por lixiviação
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente 4.000 m² de manta geotêxtil Bidim RT-10

PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

O homem, desde os mais remotos tempos, tem participado de um processo contínuo de evolução, que culminou no estágio atual de desenvolvimento, com grandes conquistas, benefícios e melhor qualidade de vida para a humanidade.

Neste processo de desenvolvimento, é de fundamental importância, a relação do homem com seu habitat visando a preservação do Meio Ambiente contra as condutas e atividades lesivas que possam vir a causar a poluição do ar, poluição das águas e poluição do solo.

A preservação e proteção do meio ambiente é uma preocupação mundial, motivada em partes pelos acidentes ecológicos ocorri pela deposição inadequada de resíduos (rejeitos) sólido e líquido no solo gerando aumento nos índices de doenças em seres humanos, destruição da fauna e flora, alterações do clima, degradação das águas de superfícies e subterrâneas etc. (Figura 1 e 2).

É sabido que o processo industrial de transformação do minério gera rejeitos líquido que deverão ser coleta e dispostos em locais apropria preservando o meio ambiente e assegurando a mínima interferência com a fauna e flora, climatologia, regimes e qualidade das águas superficiais e subterrâneas.

INDUSTRIALIZAÇÃO DO MINÉRIO

A Mineração Pitangui Ltda. faz a extração do ouro pelo método de lixiviação em pilhas, que consiste em se promover a solubilização do metal através da aspersão de ácido de cianeto de sódio sobre o minério (Figura 3).

A aspersão do ácido de cianeto de sódio sobre o minério é feita por um sistema de tubos instala sobre a pilha de minério.

A percolação de ácido no minério se dá por gravidade e todo o ácido contaminado com pó de ouro é drenado por um sistema de tubos drenantes flexíveis revesti com geotêxtil Bidim RT-10. Estes tubos coletam e conduzem o ácido para calhas e valetas que em função da velocidade de percolação fazem uma pré-seleção do ácido por grau de contaminação (Figura 4).

Figura 4 Sistema de distribuição e coleta de líquido.

Na usina de beneficiamento é feita a separação do ouro e o ácido que sobra do processo é estocado em um tanque impermeabilizado denominado de “lagoa de secagem”. A fim de proteger o meio ambiente (solo e lençol freático) além de se evitar as perdas de ouro, tanto as pilhas de lixiviação quanto o sistema de separação e condução bem como os tanques de secagem são dota de sistemas de impermeabilização. O elemento impermeabilizante utilizado na obra foi a manta Sansuy, à base de Cloreto de Polivinila.

A continuação do processo é feita alterando-se as pilhas de minério utilizando-se um sistema de correias transportadoras rebocáveis. Paralelamente é feito o monitoramento serviços para controlar a existência de prováveis fontes de poluição ao meio ambiente.

Figura 5 Estocagem final resíduos.

SISTEMA DE DRENAGEM

O sistema de drenagem da Mineração Pitangui trata basicamente da drenagem superficial e profunda. A drenagem superficial lida com a água (resíduos) que precipita e escoa superficialmente, devendo ser conduzida por estruturas superficiais (sarjetas, canaletas, canais, etc.) e subterrâneas (tubulações, galerias, etc.). A drenagem subterrânea lida com a água de percolação no solo provenientes do lençol freático, formado pelas águas subterrâneas e águas de infiltração.

Nas pilhas de lixiviação temos a influência das águas de chuva e do ácido de cianeto de sódio aspergido. No processo de extração de ouro a percolação do ácido na pilha de minério se dá por gravidade e todo o ácido contaminado com pó de ouro é drenado por um sistema de tubos drenantes flexíveis revesti com geotêxtil Bidim RT-10.

O tubo dreno utilizado foi com diâmetro de 100 mm. Estes tubos apresentam excelentes propriedades mecânicas e hidráulicas sendo resistentes as cargas aplicadas, as ações químicas ácidas etc. (Figura 6).

ORIFÍCIO

                                                    

 Tubos drenos. Características físicas
DenominaçãoDiâmetro externo (mm)Diâmetro interno (mm)Passo (mm)Raio de curvatura (cm)Área aberta (cm²/m)
KN 3”79,066,018,540,0110,0
KN 4”100,082,019,050,0130,0
KN 8”230,5199,525,0100,0210,0

Figura 6 Vista longitudinal do tubo dreno e principais características físicas.

Por serem de pequeno peso, flexíveis, forneci em rolos de até 50 m e de fácil manuseio os tubos agilizaram os trabalhos de instalação e funcionamento do processo. O sistema de tubos, coleta e conduz o ácido para as calhas e valetas que fazem uma pré-seleção do ácido por grau de contaminação.

Na Usina de Beneficiamento é feita a separação do ouro e o ácido que sobra do processo é estocado em um tanque impermeabilizado chamado de “Lagoa de Secagem”.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Devido as suas excelentes propriedades físicas, mecânicas e hidráulicas o geotêxtil Bidim foi escolhido para revestir externamente os tubos drenantes. No sistema drenante o geotêxtil Bidim desempenha as funções de

FILTRAÇÃO e SEPARAÇÃO.

O geotêxtil Bidim é previamente cortado em tiras aproximadamente 40 cm de largura, instaladas envolvendo toda a superfície externa tubos e amarradas com fio de nylon. Desta forma, e associado aos tubos drenantes, cria uma região mais permeável que o solo adjacente e impede o carreamento das partículas finas do solo através de seus poros por percolação, atuando como filtro.

Em função de sua matéria prima ser 100% poliéster, o geotêxtil Bidim apresenta características mais favoráveis à durabilidade e resistência aos agentes físico-químicos. Em contato com ácido, bases, oxidantes, redutores, soluções salinas e solventes orgânicos o poliéster resiste perfeitamente não sendo alteradas suas características (Tabela 1).

 CompostoCompatibilidadeObservações
Ácido fórmicoR 
Ácido NítricoR 
Ácido SulfúricoR 
Ácido AcéticoR 
Ácido ClorídricoREnsaiar p/ situações de temperatura > que 40ºC
Ácido OxálicoR 
Ácido FluorídricoR 
Ácido OrgânicoR 
Ácido BenzoicoR 
Ácido SalicílicoR 
Hidróxido de Amônia Hidróxido de Cálcio Hidróxido de Sódio                 S Ensaiar p/ situações de pH > 9 e Temp. > 20ºC. S         Ensaiar p/ situações de pH > 12 e Temp. > 40ºC S           Ensaiar p/ situações de pH > 12 e Temp. > 20ºC
Hipoclorito de SódioR 
Água OxigenadaR 
CloritoR 
Bicromato de PotássioR 
Hidrossulfito de SódioR 
 CompostoCompatibilidadeObservações 
BenzenoR 
ToluenoR 
XilenoR 
FenolSEnsaiar p/ situações de temperatura > que 70ºC
NitrobenzenoSEnsaiar p/ situações de temperatura > que 70ºC
NitrometanoR 
ClorofórmioR 
Álcool BenzílicoSEnsaiar p/ situações de temperatura > que 70ºC
HidrocarbonetosR 
AldeídosR 
ÉteresR 
ÉsteresR  
CetonasR  
TricloroetilenoR  
Tetracloreto de CarbonoR  
PercloroetilenoR  
BenzenoR  
Cloreto de SódioR  
Sulfato de CobreR 
Coreto FérricoR 
Cloreto de ZincoR 

Obs.: R = Resistente

S = Sensível

 Tabela 1 Comportamento do poliéster em presença de alguns compostos químicos.

AGRADECIMENTOS

Os autores deste trabalho agradecem a toda equipe da Mineração Pitangui Ltda., em especial ao Eng. Estáquio Vieira da Silva e do Eng. Paulo Ferreira da Mata sem as quais não teria sido possível a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Atividade Bidim

Catálogos: “Aplicações em obras de Engenharia” e “Obras de Proteção ao Meio Ambiente”. Revista Brasil Mineral setembro de 1993 pág. 24

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista geral da Mineração Pitangui.
Sistema de tubos de aspersão de cianeto de sódio sobre o minério.
Instalação   tubos-drenos.
Geotêxtil Bidim envolvendo tubo- dreno amarrado com fio de nylon.
Sistema de coleta e condução do ácido em tubos, calhas e valetas.
Detalhe da saída do ácido nos tubos-drenos.
Detalhe das valetas de condução de ácido.
Vista geral do sistema de coleta, condução (calhas e valetas) e estocagem (tanque).
Impermeabilização do talude com manta a base de PVC da Sansuy.
Lagoa de Secagem do ácido.
Alteamento das pilhas de minério nos taludes impermeabiliza.
Alteamento da pilha de minério com sistemas de correias transportadoras rebocáveis.