Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim como elemento de separação e reforço entre solo de baixa capacidade de suporte e muro de contenção em gabiões na obra designada Linha Vermelha no Rio de Janeiro.
O geotêxtil Bidim foi utilizado nesta obra como elemento de separação, evitando que o solo mole da fundação contaminasse a estrutura do gabião, e como elemento de reforço garantindo uma distribuição uniforme das pressões sobre o solo mole da base, evitando deformações localizadas, que poderiam comprometer a estrutura de pavimentação das pistas de rolamento.
O PROBLEMA
Implementar um sistema que evite a contaminação da estrutura do gabião e que garantisse a distribuição uniforme das pressões sobre o solo mole da base.
A SOLUÇÃO
Foi Utilizado o Geotêxtil Bidim RT-21 como elemento importante para a separação e reforço da obra da Linha Vermelha no Rio de Janeiro.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Junho 1992
LOCALIZAÇÃO:Rio de Janeiro
CLIENTE:Promon Engenharia S.A
TIPO DE OBRA:Gabião
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Reforço e Separação
QUANTIDADE UTILIZADA: 1.040 m² Geotêxtil Bidim RT-21
A necessidade de construção da Linha Vermelha data da década de 70, desde então seu traçado já sofreu inúmeras modificações, principalmente devido ao crescimento populacional das favelas, por onde esta obra deveria passar, ocasionando enormes gastos com desapropriações.
Quando foi proposta pela primeira vez, já se previa a saturação da principal via de acesso a capital do estado, a Avenida Brasil, devido a diversos problemas técnicos, principalmente políticos e econômicos, esta obra foi sendo adiada, até que em junho de 1991 foi finalmente iniciada.
O cronograma prevê a construção da Linha Vermelha em duas etapas: a primeira com 7,2 km de extensão ligando o Bairro de são Cristóvão a Ilha do Governador (objeto deste case), e a segunda com 14,2 km de extensão ligando a Ilha do governador ao município de João de Meriti (Figura 1).
Figura 1 Traçado da 1ª fase da Linha Vermelha.
Além de ser uma obra de grande importância política, a sua principal importância reside na sua função social, pois reduzirá o tempo de translado de um morador da Baixada Fluminense que hoje é feito em 2 horas para apenas 20 minutos.
A primeira etapa (7,2 km) foi dividida em quatro lotes, conforme mostra a Tabela 1.
Tabela 1 Divisão Lotes componentes da primeira etapa da Linha Vermelha.
Lote
Trecho
Empreiteira
1
Rua Bela à Avenida Brasil
Andrade Gutierrez
2
Av. Brasil à Favela Vila do João
Cetenco
3
Favela Vila do João à Favela Parque União
Carioca
4
Favela Parque União à Ilha do Governador
CBPO
O referido case trata do Lote 3, pertencente a Empresa Carioca de Engenharia.
O projeto de autoria da Promon Engenharia S.A, sofreu algumas alterações no traçado e consequentemente na forma e tipos das estruturas a serem adotadas, ficando o projeto final com pistas de subida edificadas sobre pontes e as de descida sobre aterro compactado, trecho da Favela Vila do João, em frente ao prédio da Faculdade de Engenharia/COPPE (Figura 2).
Justamente para se fazer uma interface entre a ponte e o aterro adotou-se um muro de gabião (Figura 3).
Figura 2 Localização em planta, do local onde foi adotada a solução em muro de gabião.
Figura 3 Detalhe de uma seção típica onde se empregou o muro de gabião.
A Carioca contratou a empresa L. Centurione Scotto para executar o projeto do gabião e supervisionar sua execução. Apesar da variação da maré não atingir nem o gabião nem o aterro, e não haver meios de percolação d’água pela estrutura do aterro/pavimento, ocasionando carreamento finos do solo, desestabilizando a estrutura como um todo, houve a necessidade de se adotar um colchão de geotêxtil Bidim atuando como elemento de separação, pois o solo do local, que serviu de base para o gabião é muito mole, sendo composto por matéria orgânica, possuindo estrutura instável.
Em vista do exposto acima e devido também ao peso próprio da estrutura do gabião foi adotado este colchão, executado com geotêxtil Bidim RT-21
O trecho em gabião compreendeu uma extensão de 320 m de comprimento por 3,25 m de largura, empregando-se 1.040 m² de geotêxtil Bidim (Figura 4).
Figura 4 Dimensões básicas da estrutura de contenção em gabião.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
Devido a consistência do material de base, ficou claro logo no início do projeto, que o geotêxtil Bidim deveria ser empregado como elemento de SEPARAÇÃO.
Com efetivo dimensionamento da estrutura do gabião constatou-se que as cargas transmitidas ao solo provocariam a ruptura local do mesmo, havendo necessidade efetiva de se dimensionar um colchão para distribuição uniforme das cargas constituído pelo geotêxtil Bidim RT-21.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Remoção de parte do solo natural, aproximadamente 1 m de profundidade;
Instalação da manta de geotêxtil Bidim RT-21;
Instalação gabiões saco preenchi com pedra;
Instalação e união gabiões caixa;
Enchimento ordenado e alinhamento das pedras dentro gabiões caixa;
Lançamento e compactação do aterro;
Execução da pavimentação sobre o aterro;
Realização das obras complementares.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Limpeza e remoção parcial (1 m) do material de base. Nota-se a presença de uma camada pastosa formada por água e finos do solo.
Instalação do geotêxtil Bidim e gabiões saco. Em detalhe nota-se a colocação do gabião caixa
Vista geral da obra. Nota-se diversas fases de instalação gabiões caixa.
Instalação da última camada de gabião caixa. Destaque para a junção das caixas.
Detalhe da última camada parcialmente concluída.
Vista geral da obra. Sob a ponte, detalhe para componentes do conjunto: Solo, Geotêxtil Bidim, Gabião saco, 1ª Camada Gabião, 2ª Camada Gabião.
Vista geral da obra, abaixo da ponte (sentido longitudinal).
Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim como filtro em colchão drenante do campo de futebol do Esporte Clube Banespa. O clube situa-se na cidade de Paulo e devido à falta de local para estacionamento optou-se por um maior aproveitamento de espaço, utilizando a laje de cobertura do estacionamento como base para o campo de futebol.
O PROBLEMA
Implementar um sistema eficiente de drenagem que substituísse o filtro tradicional de areia e brita.
A SOLUÇÃO
O geotêxtil Bidim foi utilizado como elemento principal para novo sistema de drenagem da obra do Esporte Clube Banespa.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Junho de 1992.
LOCALIZAÇÃO:Esporte Clube Banespa Avenida Santo Amaro n.º 5.355 Paulo
CLIENTE:Shima Engenharia e Projetos de Eletricidade S/C Ltda.
TIPO DE OBRA:Área Esportiva
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Filtração
QUANTIDADE UTILIZADA: 10.426 m² Geotêxtil Bidim RT-10
DESCRIÇÃO DA OBRA
A obra teve início em 27/02/1991 com prazo inicial de entrega de 370 dias.
O projeto prevê 500 vagas de estacionamento e uma arquibancada para aproximadamente 500 pessoas.
Previa-se, a princípio, o uso de blocos de concreto (atuando como elemento drenante) sobre a laje impermeabilizada, uma camada de Bidim RT-16 atuando como elemento filtrante e finalmente a terra vegetal com as placas de grama.
Para o campo de futebol Society, também foi prevista a colocação de blocos de concreto, geotêxtil Bidim e uma camada de aproximadamente 30 cm de areia.
Devido à alta carga provocada pelos blocos, a sua dimensão e sua demorada instalação, optou-se pelo uso de um estrado plástico para atuar como meio drenante.
Através da análise da natureza solos utiliza nos campos (argila no gramado e areia no campo Society) e esforços mecânicos desenvolvi durante as fases construtiva e operacional campos (tração, rasgo e puncionamento) decidiu-se utilizar o geotêxtil Bidim RT-10, que satisfaz plenamente as exigências de filtração e drenagem da obra.
Com o objetivo de se obter um conjunto drenante mais eficiente adotou-se, sob o colchão (estrado + geotêxtil
Bidim) um sistema de canaletas dispostas conforme a Figura 1 e ainda a instalação de “rocamboles” de geotêxtil Bidim RT-10 dispostos em malha horizontal de 2 m x 3 m.
A área do campo gramado é de aproximadamente 4.320 m² e do campo de futebol Society é de 1.250 m², com
Figura 1 Planta descritiva do posicionamento campos de grama e areia e do sistema de captação de água.
APLICAÇÃO DOS MATERIAIS
A aplicação material foi executada da seguinte maneira, conforme Figuras 2 e 3.
Execução da laje de concreto armado;
Impermeabilização com manta Torodin 4PP;
Proteção mecânica da impermeabilização em argamassa de areia e cimento Portland;
Instalação de estrado plástico, Plastigrup, encaixa entre si. No alinhamento das canaletas foram colocados perfis tipo U de alumínio para evitar deformações nestes pontos, pois os estra ficam sem apoio e poderiam vir a quebrar devido aos esforços.
Instalação do geotêxtil Bidim RT-10 sobre o estrado com sobre posição de 20 cm em toda a área;
Distribuição e compactação do solo com rolo compactador manual, para posterior instalação
“rocamboles” dispostos em malha de 2 m x 3 m.
Instalação da grama e demarcação do campo.
No campo de futebol Society, a areia é espalhada diretamente sobre o geotêxtil Bidim RT-10, sem necessidade de “rocamboles”.
Figura 2 Detalhe da seção-tipo, onde se pode observar o sistema drenante, impermeabilização e captação de água adotada no campo gramado.
Figura 3 Seção tipo, mostrando o detalhe da impermeabilização e captação de água nas laterais campos.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O uso do geotêxtil Bidim proporcionou uma economia na obra, não só de materiais que seriam usa como filtros (areia e pedra), mas também na execução, pois a sua instalação é rápida e fácil, garantindo o cumprimento do cronograma da obra.
Se compararmos a carga proporcionada por um filtro tradicional, ou seja, areia (10 cm), pedra (10 cm) e bloco (7,5 cm), esta será de 0 a 200 kg/m², enquanto que de um filtro com geotêxtil Bidim e estrado plástico pesará aproximadamente 1,5 kg/m², isto sem levarmos em consideração o manuseio e instalação dois méto e ainda o custo de mão de obra.
O custo do dreno, apenas em material, é de 5 a 9 vezes menor com utilização de geotêxtil Bidim comparado ao custo do sistema executado com areia e pedra.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
Nesta obra, o geotêxtil Bidim RT-10, desempenha as seguintes funções nos campos de futebol:
Campo de futebol gramado
FILTRAÇÃO: A alta permeabilidade do geotêxtil Bidim permite uma rápida percolação da água da superfície do solo até a camada drenante (estrado) e calhas de captação, além de conter, de maneira eficaz, os grãos constituintes do solo.
DRENAGEM PLANAR: Através de uma malha de drenos verticais “rocamboles” acopla ao meio drenante, aumentou-se a velocidade da infiltração da água, adequando-se a eficiência do sistema a necessidade de projeto.
Campo de futebol Society (em areia)
FILTRAÇÃO: A elevada permeabilidade do geotêxtil Bidim permite uma rápida percolação da água da superfície da areia até a camada drenante (estrado) e calhas de captação; devido sua alta capacidade de retenção, impede a fuga grãos de areia para dentro estra e calhas, assegurando o desempenho do sistema de drenagem ao longo do tempo.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos as colaborações das empresas:
Línea Construções e Empreendimentos Ltda., à Eng. Silvia R. Minami, Gerente da obra; Shima Engenharia e Projetos de Eletricidade S/C Ltda, ao Projetista Luiz Henrique, e; Esporte Clube Banespa, ao Sr. Renato Rodrigues, Gerente de Patrimônio.
Sem as quais não teria sido possível a elaboração deste trabalho.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Detalhe da calha de captação de água, laje impermeabilizada e protegida com os estra interliga por perfis de alumínio.
Laje impermeabilizada e sua respectiva proteção, o posicionamento estra como meio drenante e o geotêxtil Bidim RT-10 estendido sobre ele.
Início do lançamento do solo vegetal sobre o geotêxtil Bidim.
Compactação do solo e distribuição da malha de “rocamboles”.
Detalhe do acabamento lateral e instalação das placas de grama.
Vista do campo de terra já gramado e início da construção do campo de futebol Society com ela sequência da execução.
Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como filtro no colchão drenante e camada separadora em uma quadra de tênis do Grande Hotel Canela.
O PROBLEMA
Implementar um sistema eficiente de drenagem para substituir o antigo filtro tradicional de cascalho de tijolos.
A SOLUÇÃO
A utilização do geotêxtil Bidim RT-10 como elemento principal no sistema de filtração da obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO:Abril de 1992
LOCALIZAÇÃO: Grande Hotel Canela, município de Canela
CLIENTE: Grande Hotel Canela
TIPO DE OBRA: Área Esportiva
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Filtração e Separação
QUANTIDADE UTILIZADA:645 m² Bidim RT-10
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim foi indicado pelo proprietário do Hotel, que estava preocupado com dois pontos em relação à quadra de tênis, sendo eles:
Execução de um filtro tradicional em quadra de tênis;
Eficiência da drenagem na quadra de tênis de saibro.
A execução de um filtro tradicional na quadra traria problemas quanto ao dimensionamento das várias camadas que compõe o filtro e a uma execução mais trabalhosa. A preocupação também era da contaminação do saibro na camada drenante (brita).
A drenagem também foi um ponto que pesou para escolha do geotêxtil Bidim, pois em quadras com piso de saibro não é permitido o acúmulo de poças d’água, o esforço mecânico pés do tenista em uma quadra de saibro molhada provocaria desgastes no piso.
Os desenhos esquemáticos da Figura 1 e 2 apresentam o escoamento superficial da quadra de tênis e sistema de drenagem sob o piso dela.
Figura 1 Desenho esquemático do escoamento superficial da quadra de tênis (sem escala).Figura 2 Desenho esquemático do sistema de drenagem sob o piso da quadra de tênis (sem escala)
Junto à parte inferior da camada drenante deve-se instalar tubos para a saída da água que se infiltrou pela superfície. A trincheira de drenagem superficial pode receber e conduzir essas águas.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
duas as principais funções do geotêxtil Bidim nesta aplicação:
FILTRAÇÃO: Devido a sua textura e elevada permeabilidade, o geotêxtil Bidim retém partículas finas do solo (saibro) e permite o livre fluxo das águas, permitindo assim uma infiltração eficiente de parte das águas de chuva (outra parte se escoa superficialmente), possibilitando uma rápida drenagem da quadra ao mesmo tempo que impede a colmatação do meio drenante, garantindo assim a eficácia e a vida útil do sistema.
SEPARAÇÃO: Instalado entre o meio drenante e a camada final de saibro, o geotêxtil Bidim impede a mistura desses dois materiais, mantendo assim as características e funcionabilidade de cada um deles, evitando que ocorra o inconveniente da interpenetração dois materiais (pedra e saibro) e aparecimento na superfície das “pontas” agrega, muito comuns em sistemas drenantes de quadras com transição granulométrica, e que provocam dificuldades para o jogo, necessitando de constantes reposições de saibro, além da ineficácia do sistema drenante.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
1ª fase:
Delimitação da quadra de tênis através de uma mureta de pedra de basalto.
2ª fase:
Limpeza do terreno, retirando em alguns lugares solo vegetal (terra preta).
3ª fase:
Execução da trincheira para escoamento da água superficial. Esta trincheira foi feita de alvenaria e a altura dela é igual ao nível da última camada (saibro)
4ª fase:
Lançamento do material drenante (brita 2), após foi passado um rolo compactador para melhor assentamento do material drenante.
5ª fase
Instalação do geotêxtil Bidim sobre o colchão de brita 2 com uma sobreposição de 20 cm entre as mantas, para evitar fuga do material.
6ª fase
Lançamento da camada de areia regular, de espessura de 2 cm, para que o saibro não ficasse em contato direto com o geotêxtil Bidim, servindo como camada de transição.
7ª fase
Lançamento da camada de saibro. O mesmo foi nivelado, pois a quadra apresenta um pequeno caimento do centro para as bordas.
8ª fase
Instalação da tela metálica ao redor da quadra e a fixação da fita branca com as medidas oficiais.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Aplicação simples, bastando desenrolar a manta sobre a camada drenante;
União das mantas se dá por sobreposição;
Menor custo final da quadra pela desnecessidade das camadas de transição granulométricas (filtro tradicional);
Rápida e fácil execução da quadra sem precisarmos de mão de obra qualificada;
Excelente capacidade de filtração e drenagem, retendo os finos do saibro, evitando que o mesmo contamine a camada drenante.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Limpeza e remoção do solo vegetal do terreno da quadra de tênis.
Detalhe da trincheira para escoamento superficial. A largura da trincheira é igual ao diâmetro da bola de tênis.
Podemos observar a trincheira superficial ao longo da quadra e mureta de pedra de basalto que delimita a quadra.
Vista parcial da quadra com a camada drenante (brita 2) prestes a ser espalhada.
Instalação do geotêxtil Bidim (brita 2), tomando-se cuidado da sobreposição mínima de 20 cm.
Vista parcial geotêxtil Bidim RT-10 instalado. Observa-se também o lançamento da camada areia regular, mais ou menos 2 cm de espessura, para que o saibro não fique em contato com o geotêxtil Bidim.
Instalação da camada de saibro sobre a camada de areia regular.
A obra foi realizada no estado de São Paulo, esquina da Av. Dr. Arnaldo com a Teodoro Sampaio, e em sua realização foi utilizado a manta geotêxtil Bidim como camada de separação e proteção . A impermeabilização foi executada no local que deverá receber tratamento paisagístico e sob o qual estará localizado o equipamento de controle de tráfego do Metrô.
O PROBLEMA
Encontrar a relação custo/benefício das diversas alternativas do sistemas de impermeabilização.
A SOLUÇÃO
Foi proposto pela Asfaltadora Brasileira S.A. a aplicação de laminado flexível de PVC como material impermeabilizante e a utilização do geotêxtil Bidim como camada de separação e proteção.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO:Julho/ 1991 a agosto/1991.
LOCALIZAÇÃO: Esquina da Av. Dr. Arnaldo com a Teodoro Sampaio Paulo SP
CLIENTE: Construções e Comércio Camargo Correa S.A
Após análise do local a ser impermeabilizado, das dimensões e responsabilidade da obra e da relação custo/benefício das diversas alternativas de sistemas de impermeabilização, foi proposto pela Asfaltadora Brasileira S.A. a aplicação de laminado flexível de PVC como material impermeabilizante e a utilização do geotêxtil Bidim como camada de separação e proteção (Figura 1).
O geotêxtil Bidim RT, além de atuar como camada de SEPARAÇÃO e PROTEÇÃO da manta de PVC, contribui com o sistema de impermeabilização drenando os vapores d’água graças a sua função DRENAGEM PLANAR.
Com o objetivo de impedir a impregnação do geotêxtil com a nata de cimento, durante a execução da proteção mecânica, utilizou-se entre o geotêxtil Bidim e a proteção mecânica, uma camada de papel Kraft.
Figura 1 Desenho esquemático da impermeabilização adotada.
MATERIAIS DE SEPARAÇÃO E PROTEÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
Diversos são os materiais usualmente emprega como elemento de separação e proteção de mantas, dentre os quais podem-se destacar:
Papel Kraft betumado;
Papel alcatroado;
Feltro asfáltico;
Filme de polietileno;
Espuma de polietileno extrudada;
Manta asfáltica estruturada com véu de fibra de vidro;
Berço frio (*);
Geotêxtil nãotecido de fibra curta;
Geotêxtil nãotecido de filamentos contínuos;
Estes materiais possuem diferentes propriedades (Tabela 1) e estas devem ser consideradas na escolha do material adequado a obra.
(*) o berço frio é composto de uma mistura asfáltico/areia na proporção 1:10 e aplicado sobre o elemento impermeabilizante com uma espessura mínima de 2 cm. Com a utilização deste material pode ocorrer ferimentos na manta impermeabilizante pelos efeitos de puncionamento e abrasão da areia, componente do berço frio.
Apresenta ainda o inconveniente de ter que ser preparado na obra.
Suficiente (S) Deficiente (D) Inexistente (I) Tabela 1 Desempenho normalmente apresentado pelos materiais utiliza como camada de separação e proteção de mantas elastoméricas e poliméricas.
UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Para que um geotêxtil seja utilizado como camada de separação e proteção de membrana num sistema impermeabilizante, este deve apresentar as seguintes propriedades:
Isotropia;
Resistência ao puncionamento; – Durabilidade.
O geotêxtil nãotecido, pela orientação aleatória de seus filamentos, apresentam características mecânicas e hidráulicas isotrópicas no plano de manta.
Quanto aos valores de resistência mecânica, o geotêxtil nãotecido produzido com filamentos contínuos apresentam um melhor desempenho em relação aos geotêxtis nãotecido produzi com fibra curta.
Outro fator relevante na escolha do geotêxtil é a matéria prima com que é fabricado, o que vai determinar a durabilidade deste durante a vida útil da obra. Dentre os diversos polímeros emprega na fabricação geotêxtis, o poliéster é o que apresenta as características mais favoráveis de durabilidade e resistência aos agentes físico-químicos.
Após análises geotêxtis disponíveis no mercado foi adotado pela Asfaltadora Brasileira S.A o geotêxtil Bidim RT-14 para esta obra.
O geotêxtil Bidim é um nãotecido agulhado, 100% poliéster, produzido com filamentos contínuos liga mecanicamente por agulhagem.
MATERIAIS UTILIZADOS
Manta Impermeabilizante: Laminado flexível de PVC
Matéria prima: PVC (Poli cloreto de Vinila);
Espessura: 0,8 mm e 1,2 mm;
Processo de fabricação: calandragem.
Geotêxtil: Nãotecido Bidim RT 14
Matéria prima: Poliéster;
Espessura: 3,5 mm;
Processo de fabricação: extrusão direta filamentos pelo sistema Spunbonded.
Papel Kraft betumado duplo
Gramatura: 240g/m²;
Adesivo: Brascopen;
KE 1150: colagem PVC PVC; – KE 1148: colagem PVC concreto.
SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Para a aplicação do sistema de impermeabilização de superfícies verticais utilizou-se para a fixação da manta de PVC, cola de contato PVC/concreto e, como medida de segurança adicional, fixação da borda superior da manta de PVC com fita metálica (Figura 2).
Com o objetivo de evitar o escorregamento do geotêxtil Bidim, utilizado como camada de separação e proteção mecânica da manta de PVC, este foi fixado nas bordas superiores das superfícies verticais por simples “ancoragem” (Figura 2).
impermeabilização em superfície vertical.
A proteção mecânica nas superfícies verticais foi executada com argamassa de cimento e areia (traço 1:3) estruturada com tela metálica, também ancorada na borda superior (Figura 2). A espessura desta proteção mecânica variou de 2,5 cm a 5,0 cm, em função esforços solicitantes previstos.
Em pontos localiza onde o sistema de impermeabilização seria mais solicitado pelo trabalho de estrutura, adotaram-se soluções que permitissem um comportamento harmônico entre eles, sistema de impermeabilização/estrutura.
As juntas de dilatação foram preenchidas com silicone estrutural e sobre esta aplicada uma camada dupla da manta de PVC. A manta inferior atua como uma camada de sacrifício, absorvendo os esforços localiza que não são transmiti na sua totalidade para a manta superior (Figura 3).
Para aplicação do geotêxtil Bidim sobre as juntas de dilatação, em função de suas características mecânicas de resistência a tração e a propagação ao rasgo e por ser um material isotrópico, não houve necessidade de se adotar nenhum esquema de aplicação diferente (Figura 3).
Figura 3 Detalhe da aplicação do sistema de impermeabilização sobre as juntas de dilatação.
Nos cantos entre as superfícies verticais e horizontais adotou-se um esquema de aplicação do sistema de impermeabilização similar ao adotado sobre as juntas de dilatação: uma camada dupla de manta de PVC e uma camada de geotêxtil Bidim (Figura 4).
Para evitar maiores esforços localiza no acomodamento do sistema de impermeabilização nos cantos, estes receberam um acabamento arredondado com raio aproximado de 5 cm (Figura 4).
Figura 4 Detalhe da aplicação do sistema de impermeabilização sobre nos cantos.
Na união da manta de PVC utilizaram-se os seguintes processos (Figura 5):
Colagem química com cola PVC-PVC, adotando-se uma sobreposição de 10 cm.
Soldagem com ar quente, adotando-se uma sobreposição de 5 cm.
Soldagem com equipamento eletrônico, adotando-se uma sobreposição de 2,5 cm.
A união do geotêxtil Bidim foi executada de maneira bem prática, sendo necessária uma sobreposição simples, de 10 cm (Figura 6).
Figura 5 Detalhe da união de mantas de PVC.
Figura 6 Detalhe da sobreposição das mantas de geotêxtil Bidim.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Dentre as vantagens da aplicação do geotêxtil Bidim como camada de SEPARAÇÃO e PROTEÇÃO da manta PVC, podem-se destacar:
Resistência ao puncionamento
Esta propriedade preserva a integridade da manta PVC quanto ao puncionamento gerado ou por queda de objetos durante a execução da obra ou pelos materiais granulares da proteção mecânica.
Resistência a tração
Esta propriedade garante a continuidade do geotêxtil Bidim em locais onde haja maiores esforços solicitantes de tração, como por exemplo, nas juntas de dilatação.
Permeabilidade transversal
Esta propriedade do geotêxtil Bidim possibilita a drenagem de vapores presentes no sistema de impermeabilização.
Isotropia
Esta propriedade garante o mesmo comportamento mecânico e hidráulico em todas as direções no plano da manta.
Durabilidade
A matéria prima do geotêxtil Bidim é o poliéster, o polímero que apresenta as características mais favoráveis de durabilidade e resistência aos agentes físico-químicos dentre os diversos polímeros utiliza na fabricação do geotêxtis.
Facilidade de instalação
A aplicação do geotêxtil Bidim como camada de SEPARAÇÃO e PROTEÇÃO de membrana impermeável é feita pela simples colocação deste sobre a membrana impermeável.
Em função desta facilidade de instalação do geotêxtil Bidim, sua aplicação gera uma considerável redução no cronograma da obra e um menor custo de execução.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a colaboração das empresas Asfaltadora Brasileira S/A, ao Arqtº. Jacques Monet Jr. Gerente Comercial e ao Sr. Edison Moraes, e Plásticos Plavinil S/A, ao Engº. Adolpho Melado Coordenador Mercado Industrial e do Engº. Alexandre Vivanço Blanco, sem as quais não seria possível a elaboração deste trabalho.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista geral da obra durante a aplicação do laminado flexível de PVC.
Vista da laje regularizada sobre a qual será colocado o laminado flexível de PVC. Neste ponto ainda haverá alguns arremates.
Geotêxtil Bidim sendo aplicado sobre o laminado flexível de PVC.
Papel Kraft sendo aplicado sobre o geotêxtil Bidim.
Nesta fotografia pode-se observar os componentes do sistema de impermeabilização: laminado flexível de PVC, geotêxtil Bidim, papel Kraft e a proteção mecânica.
Vista da aplicação do sistema impermeabilizante em superfície vertical. Pode-se observar o laminado flexível de PVC, a fita metálica de fixação, o geotêxtil Bidim, papel Kraft e a proteção mecânica.
Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, filamentos contínuos, 100% poliéster) como envoltório, no sistema de drenagem agrícola para eliminar a salinização do solo, causada, por problemas de déficit hídrico e excesso de água de chuvas, nos projetos Maniçoba e Curaçá da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do Francisco).
As áreas de irrigação estão situadas numa região semiárida, onde os índices de evaporação da água são eleva. Em contato com os elementos minerais encontra no solo, a água forma uma solução que ao evaporar-se causam a salinização, e consequentemente, uma elevada perda da produção, podendo inclusive desertificar a região.
O PROBLEMA
Salinização do solo, causada, por problemas de déficit hídrico e excesso de água de chuvas
A SOLUÇÃO
A utilização do Bidim RT-10 como elemento principal do sistema de drenagem.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO:julho de 1991
LOCALIZAÇÃO: Juazeiro/BA
CLIENTE: Codevasf
TIPO DE OBRA:Sistema de drenagem agrícola
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Filtração
QUANTIDADE UTILIZADA: 3.096 kg Bidim RT-10
PERÍMETROS IRRIGADOS MANIÇOBA E CURAÇA
Localização
Os perímetros estão situa a margem direita do rio Francisco, no município de Juazeiro/BA, a 600 km de Salvador, ao norte do estado; estando sua coordenação sob a responsabilidade de Codesvaf.
Figura 1 (a) Localização e, (b) planta de situação projetos Maniçoba e Curaçá.
Estrutura existente
O sistema de irrigação predominante é o de gravidade, através de valas de infiltração. Além deste sistema, encontram-se também conjuntos de aspersão convencional, pivô central e gotejamento.
A ocupação perímetros, são distribuí na seguinte forma:
Colonos: 500, com parcelas médias de 7,5 ha.
Pequenas e médias empresas: 50, com parcelas médias de 26 ha.
Grandes empresas: 17, ocupando um total de 2.780 ha.
Área irrigável, total ocupado em ambos os perímetros: 8.753 ha.
DADOS TÉCNICOS
Dos projetos de Irrigação
50 conjuntos de eletrobombas;
360 km de estradas vicinais e 244 km de estradas de serviço;
392 km de drenos coletores e subcoletores;
313 km de canais revesti em concreto simples; – 5,5 m³/s de vazão das estações principais.
Produtividade (produtividade média ton/ha)
Tomate: 35
Melancia: 25
Uva: 16 – Feijão: – Melão:
Cebola: 20
Da drenagem agrícola
Contratante: Codevasf
Área inicial drenada: 100 ha
Tubos perfura Ø 3”: 4.300m
Tubos perfura Ø 4”: 3.200
SALINIDADE DO SOLO
O processo de salinização do solo está ligado às condições climáticas da região e seus índices pluviométricos.
A salinização ocorre, geralmente, em solos situa em regiões de baixa precipitação pluvial, com déficit hídrico elevado e que tenham deficiências naturais de drenagem interna.
Déficit hídrico é a relação entre a soma das precipitações e sua evaporação potencial. Assim sendo, quanto menor for a soma das precipitações médias anuais de uma região, maior é a possibilidade de salinização de seus solos quando irriga, tendo em vista que o déficit hídrico é maior.
Outros aspectos que contribui para acelerar a salinização, é a baixa espessura da camada impermeável do solo em relação à camada orgânica (faixa de solo de onde as raízes cultivadas retiram seus nutrientes). Quando estas faixas de solo são muito pequenas, rapidamente se saturam com excedente de água, facilitando o processo de salinização.
Este processo ocorre quando águas de chuva ou irrigação, ao penetrar no solo, solubilizam e arrastam consigo substâncias minerais como cálcio, magnésio, sódio, potássio e outras, transformando-se em uma solução que, ao evaporar-se, ficam retidas no solo na forma de sais, prejudicando o desenvolvimento das culturas.
A salinidade afeta as culturas de duas maneiras:
Pelo aumento do potencial osmótico do solo, quanto mais salino for um solo, maior será a energia gasta pela planta para absorver água e, com ela, os demais nutrientes. Em níveis extremos de salinização, os solos tornam-se estéreis.
Pela toxicidade de determina elementos, principalmente o sódio, o boro, bicarbonatos e cloretos, que em concentrações elevadas causam distúrbios orgânicos nas plantas.
DESSANILIZAÇÃO DO SOLO
Projetos de irrigação em geral, são implanta em regiões climáticas com baixo índice de precipitações, alto déficit hídrico e provavelmente terá uma grande deficiência na drenagem subterrânea.
Por isso, sempre será importante prever a instalação de sistemas drenantes, que propiciem a percolação de parte das águas de chuva ou excedentes de irrigação, evitando sua evaporação e consequentemente a salinização do solo.
No caso de áreas já salinizadas, a instalação drenos profunda fará com que haja uma lavagem do solo pelo carreamento do sal através da percolação da água e assim, recuperar suas características.
É importante salientar que, a finalidade deste sistema drenante, é possibilitar o escoamento do excesso de água não aproveitado pelos vegetais cultiva, ao contrário de outros sistemas mais complexos e dispendiosos de drenagem, onde normalmente, prevê-se o maior esgotamento de água possível. Por isso, os drenos agrícolas são dimensiona de forma simplificada e mais econômica, utilizando um tubo perfurado envolto por um geotêxtil, que evita carreamento de finos para seu interior, mantendo seu perfeito funcionamento.
GEOTÊXTIL BIDIM NA OBRA
Devido à perda crescente da produtividade nos perímetros irriga, vem se criando uma conscientização quanto à importância da drenagem agrícola subterrânea.
inúmeras as vantagens destes drenos sobre os sistemas convencionais, como têm sido demonstradas nesta experiência desenvolvida pela Codevasf e descritas a seguir:
Valas abertas: este tipo de drenagem utiliza em média, uma faixa de terra em sua volta muito grande aumentando em 20% as perdas de solo que não poderá ser cultivado;
Custo de implantação das valas: maior, pois exige equipamentos de escavação mais caros e tempo de execução maior;
Limpeza: as valas abertas exigem, no mínimo, uma limpeza a cada seis meses. Quando esta limpeza não é feita, as valas ficam prejudicadas devido ao acúmulo de mato e outras sujeiras, que represam a água, e em consequência criam focos de mosquito e outros insetos, prejudicial para a lavoura e aos agricultores;
Mecanização: melhora a mecanização devido ao aproveitamento das áreas, evitando que elas deem voltas muito grandes em faixas menores de trabalho, diminuindo as perdas com esquinas e com desgastes do próprio equipamento;
Perda da produção: quando a área já está cultivada, a instalação drenos subterrâneos não prejudica a cultura, pois a faixa utilizada para sua implantação é equivalente a de um trator de pequeno porte, já previsto em qualquer cultura mecanizada;
Economia: como o custo de implantação da drenagem agrícola é elevado, devido as proporções projetos que ocupam grandes áreas, é fundamental obter-se um sistema o mais barato possível, sem prejuízo da funcionalidade. Neste aspecto, os drenos agrícolas executam com geotêxtil Bidim e tubos perfura têm mostrado a solução mais econômica devido à baixa relação custo/benefício;
Custo de implantação: fica reduzido com a possibilidade de mecanização da instalação drenos. Além disso, devido às características materiais utiliza, plásticos e materiais leves, facilitam o transporte e diminuem de forma significativa as perdas por quebra, o que não ocorre, por exemplo, com as manilhas de cerâmica.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Ao longo de décadas vem se testando drenos profunda para agricultura com diversos tipos de materiais como: bambu, palha de coco, juta, telhas, tijolos, manilhas de barro, e brita, dentre outros. Entretanto, estes materiais têm demonstrado ineficiência, por serem antieconômicos, ou por não apresentam resulta satisfatórios.
Com a evolução das indústrias químicas e surgimento de novos polímeros, passou-se a utilizar produtos mais modernos, com maior eficiência e menor custo de aquisição e implantação.
Com o surgimento tubos perfura em PVC, polietileno ou polipropileno, além da redução no custo, constatou-se que estes materiais são mais fáceis de transportar, instalar e apresentam maior resistência à deformação e ataques químicos.
Pesquisando o comportamento de um dreno profundo, composto por um tubo perfurado, notou-se que as partículas menores eram carreadas para seu interior, e em pouco tempo ficavam obstruí. Este fato ocorre, principalmente, em solos arenosos finos ou silte-argilosos.
Este fenômeno acontece em consequência do elevado gradiente hidráulico, na interface solo-dreno, surgindo o efeito “piping”, que força o carreamento de partículas do solo para o interior do tubo, causando sua perda através da colmatação.
O aumento do gradiente hidráulico pode ser demonstrado através da fórmula de Darcy, para um fluxo de água em solo saturado e empregando o desenho esquemático da Figura 2, onde:
Q = K.i.A
sendo:
Q = Vazão de descarga;
K = Condutividade hidráulica; i = Gradiente hidráulico;
A = Área de fluxo;
Através da Figura 2 a seguir, teremos:
Figura 2 Desenho esquemático do aumento de gradiente hidráulico.
Como a camada de solo nas imediações do dreno ou envelope é a mesma, tem-se:
K1 = K2 = K
Como a quantidade de água que passa em A1 é a mesma que passa em A2, tem-se então:
Q1 = Q2 = Q
Onde, concluiu-se que:
i1.. A1 = i2 . A2
Se,
A1 = 2 A2
Logo: i1 . 2A2 = i2 . A2
Resultando que:
i2 = 2 . i1
Onde conclui-se que:
O gradiente hidráulico aumenta nas proximidades do tubo, o que reforça a necessidade de utilizar o geotêxtil Bidim como envoltório.
Para eliminar este gradiente hidráulico, aplica-se o geotêxtil Bidim que em função de sua estrutura porosa, aumenta a superfície drenante, melhorando a condição de fluxo da água e, diminui as pressões nos pontos de entrada do tubo.
Figura 3 Desenho esquemático da condição de fluxo de água e pressões de entrada da água no tudo drenante, com e sem utilização do geotêxtil Bidim.
Devido sua porosidade, o geotêxtil Bidim separa o solo em sua volta, criando um pré-filtro natural, facilitando a passagem da água, evitando a penetração de partículas dentro do tudo de drenagem.
Como é composto por filamentos contínuos, 100% poliéster, ele é imputrescível, tem excelente resistência a ataques químicos, permanecendo estável aos agentes de decomposição ao contrário outros envoltórios, principalmente os orgânicos (fibra de coco, juta etc.).
Somando-se a todas estas características, a praticidade de instalação e economia de aquisição, teremos o resultado que vem se notando nesta experiência, quanto à funcionalidade drenos, que estão resolvendo em definitivo o problema de salinização perímetros irriga, bem como de áreas baixas, que não podiam ser cultivadas devido ao seu elevado nível de encharcamento.
EXECUÇÃO DO DRENO
Para facilitar o manuseio, o transporte e a instalação, o geotêxtil Bidim foi fornecido cortado em tiras, com a largura adequada para envolver o perímetro tubos com o devido transpasse.
Após o posicionamento drenos na área, atendendo aos espaçamentos especifica em projeto, as tiras do geotêxtil Bidim são estendidas e os tubos, coloca sobre elas.
Em seguida, uma equipe costura o geotêxtil Bidim com o fio de nylon, envolvendo totalmente o tubo e tomando cuidado para manter o transpasse adequado.
Uma vez estando tudo preparado, o equipamento inicia a escavação e, simultaneamente, já vai posicionando o dreno no seu interior.
Um equipamento de raio laser, que produz um feixe de luz, determinado uma reta paralela perfeita, é utilizado para auxiliar na escavação, indicando a declividade e profundidade correta.
Esta luz é refletida em uma placa de acrílico branco, instalando na parte superior do equipamento. Na medida em que a escavação avança, o operador mantém o posicionamento do equipamento ao longo de toda a extensão, de acordo com o reflexo do raio laser na placa, determinando a declividade e profundidade corretas.
Após a escavação concluída e o dreno devidamente posicionado, a trincheira é fechada, empurrando-se de volta o solo que se encontra acumulado na lateral.
Feito isto, a área estará liberada para o plantio.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Tira de geotêxtil Bidim devidamente posicionada para envelopar o tubo corrugado.
Geotêxtil Bidim sendo preparado para a costura, posicionando corretamente o fechamento do transpasse.
Costura manual do geotêxtil Bidim envelopando o tubo perfurado.
O dreno com o geotêxtil Bidim já costurado, posicionando no local de instalação, aguardando o equipamento de escavação.
Detalhe do equipamento escavando a trincheira, espalhando a terra para as laterais e posicionando o tubo dreno no seu interior.
Vista geral da instalação do dreno, mostrando a praticidade de execução e o pequeno espaço ocupado pelo equipamento na área.
Vista do equipamento escavando a trincheira e instalando o dreno no seu interior. Em destaque, o operador do equipamento posicionando a profundidade de escavação, orientado pelo raio laser refletido na placa de acrílico branco. Nesta imagem, a lança de escavação se encontra menos profunda.
ANEXO
Matéria sobre meio ambiente.
Nesta matéria, o Jornal do Brasil retrata a preocupação técnicos com o processo crescente de desertificação do solo na região nordeste do Brasil.
Como uma das principais causas apontadas pelo professor Valdemar Rodrigues, maior especialista sobre o assunto no Brasil, é a salinização solos nas áreas irrigadas, e defende o desenvolvimento de pesquisa adequada para resolver a questão.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) na obra de recuperação do maciço no km 4,7 da rodovia MGT 383.
A rodovia MGT 383 é de grande importância para aquela região, liga a cidade de Maria da Fé a Itajubá, sendo responsável pelo escoamento da produção do município de Maria da Fé.
Nesta obra, o geotêxtil Bidim foi instalado na interface aterro/gabiões substituindo as transições granulométricas necessárias à execução de um filtro natural.
O PROBLEMA
Implementar um sistema de substituição do aterro constituído por um em seção plena na rodovia.
A SOLUÇÃO
A utilização da manta Bidim RT-10 como elemento filtrante do sistema de drenagem da rodovia.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Dezembro de 1991
LOCALIZAÇÃO: Minas Gerais
CLIENTE: Sotebra Terraplenagem e obras S/A
TIPO DE OBRA: Recuperação da Rodovia MGT-383
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: FILTRAÇÃO
QUANTIDADE UTILIZADA: 5.000 m² do Bidim RT-10.
CARACTERÍSTICA DA OBRA
A obra constituiu-se na recuperação do maciço em aterro no km 4,7 da rodovia MGT 383, localizada no sul do estado de Minas Gerais, ligando os municípios de Itajubá e Maria da Fé, distantes aproximadamente quinhentos quilômetros de Belo Horizonte.
A rodovia MGT-383 é o principal acesso a cidade de Maria da Fé, tendo grande importância no escoamento de hortigranjeiros produzi nesta região.
Os estudo e projetos desta obra foram elaborados pela diretoria de projetos do DER-MG, estando envolvi os setores de GPR/Drenagem: DMA/SGL: GPC/Coordenação.
A construção da obra ficou a cargo da Sotebra Terraplenagem e obras S/A em conjunto com a Gabio solo Engenharia e Construções Ltda.
AVALIAÇÃO TÉCNICA DA RUPTURA
De acordo com o laudo realizado pelo Engenharia Sérgio Penido de Oliveira, GPB – DER/MG, o maciço anterior era constituído por um aterro em seção plena com aproximadamente duzentos metros de extensão, altura máxima de vinte metros, localizado em uma região de duas grotas e drenado superficialmente por um bueiro simples tubular de concreto BSTC Ø 1,00 m, locado na estaca 194 + 0,80 m, com uma caixa coletora a montante h = 7,80 m, inclinação de 35º, e em precárias condições de conservação.
O aterro foi sobreposto a um delgado horizonte de solo coluvionar de espessura variável entre um e dois metros, composto de argila marrom escura e preta, grumosa e porosa, com pontuações de matéria orgânica carbonizada e fragmentos de quartzo. Este por sua vez assente sobre um paramento de rocha decomposta com declividade transversal pronunciada e composto de silte arenoso, resultante da decomposição de rocha granítica.
A Figura 2, apresentada abaixo, ilustra este perfil geológico.
Durante a construção do aterro, houve preenchimento da bacia a montante com o material de bota fora do corte em rocha próximo (solos e blocos), dificultando o encaminhamento natural das águas para o bueiro. Somou-se a isso, a superfície irregular das grotas primitivas, que mesmo antes do preenchimento já dificultava o escoamento das águas superficiais, permitindo uma alta porcentagem de infiltração, antes que as águas atingissem o bueiro.
Estas contribuições devem ser somadas as águas aflorantes provenientes das fraturas das rochas do corte próximo, apesar de parte ser captadas pelo antigo colchão drenante do pavimento.
O fenômeno de ruptura ocorreu desde fevereiro de 1981, resultando na ruína total do maciço em mea de 1983. As prospecções não indicaram escalonamento do terreno natural, tampouco presença de dispositivos de drenagem profunda sob a massa de aterro rompida.
Em função destes da, foi concluído que a ruína do maciço foi causada pelos seguintes fatores:
Inadequabilidade do terreno de fundação: houve deslizamento do solo coluvionar sobre a superfície inclinada ocasionado pela sobrecarga do aterro.
Deficiência da drenagem profunda: o preenchimento da grota a montante do aterro alterou o fluxo natural das águas subsuperficiais.
Deficiência da drenagem superficial: o mau posicionamento do bueiro e a deficiência no encaminhamento das águas até ele, causando infiltrações na bacia preenchida e consequentemente no corpo do aterro.
Deficiência no escalonamento do terreno natural e no preparo do terreno de fundação: o projeto original deveria ter previsto a remoção do solo coluvionar e execução de uma drenagem profunda neste local.
PROJETO DE RECUPERAÇÃO DO MACIÇO
Foram realiza quarenta e três furos de sondagem à percussão com o objetivo de delinear o perfil geológico geotécnico do terreno, informar a taxas de resistência diversos horizontes e o comportamento do lençol freático.
Os parâmetros geotécnicos do solo foram fornecer pela DP/DMA-DER/MG nos ensaios de caracterização e resistência mecânica das amostras coletadas em pontos seleciona.
Devido às condições topográficas, o projeto executivo baseou-se fundamentalmente num deslocamento de eixo para montante de aproximadamente trinta metros no segmento crítico e na recuperação parcial do aterro.
Para recuperação do maciço em aterro foi necessário a remoção do material instável. O reaterro apoia-se na superfície que oferece condições satisfatórias de resistências.
MINAS
D´ÁGUA
Figura 3 Locação do eixo da rodovia (sem escala).
ENCOSTA EIXO ANTIGO EIXO NOVO MONTANTE
A nova geometria proporcionou uma economia sensível nos volumes de terraplenagem, reduziu a profundidade de remoção de solo de baixa resistência e consequentemente a altura reaterros.
O volume de reaterro movimentado nesta etapa foi de aproximadamente 31.500 m³ e de remoção 68.000 m³.
Durante a execução da terraplenagem no serviço de remoção do material aluído, o talude de corte foi ranhurado mecanicamente no sentido longitudinal, resultando em patamares ou escadas de dimensões de 1,00 x 1,00 m.
Tal serviço foi realizado com o canto da lâmina do trator de esteiras. O talude resultante proporcionou um acréscimo de atrito nesta interface, possibilitando a adoção de um fator de segurança menor nos cálculos de estabilidade do maciço.
Concluída a escavação foi executado o nivelamento da seção resultante.
Para a contenção do aterro foi executado um muro de gabião conforme detalhado nas pranchas em anexo, com a face interna do muro revestida com o geotêxtil Bidim RT-10 como filtro de transição, impedindo o carreamento de finos.
O projeto prevê as cotas de assentamento do gabião no mínimo, 0,50 m inferior às cotas do piso de escavação, apoiado sobre o solo residual de decomposição granítico.
O talude do aterro acima da contenção em gabiões tem inclinação 1:1, e foi gabaritado em guias espaçadas a cada 10 m.
A cada dois metros de aterro o eixo foi sendo locado e remarcado os offsets.
Apresentamos a seguir o resumo da memória de cálculo de estabilidade do muro de gabião de autoria do Eng. João Batista de Carvalho Mendes.
Figura 4 Seção tipo, croqui sem escala.
DISPOSITIVOS DE DRENAGEM
Internamente ao muro foi executado um colchão drenante de areia grossa na espessura de 0,40 m.
Junto ao pé do talude de escavação, foi executado o dreno coletor, preenchido com brita 2 e tubo perfurado flexível Ø 4”, envoltos pelo geotêxtil Bidim RT-10.
A declividade mínima prevista do dreno, em projeto, foi de 2%, não sendo aceito valores menores (Figura 5).
Figura 5 Seção tipo (sem escala).
Foi executado um filtro vertical de areia com espessura de 0,40 cm na face do talude de escavação. Este foi executado concomitantemente com o aterro.
Também foram previstas em projeto obras de drenagem complementares, porém estas foram definidas no campo pelo engenheiro projetista, tais como:
Dreno de dique a montante do aterro, aproximadamente 300 m.
Mureta de proteção para rocha, aproximadamente 450 m.
Descida d’água em BSTM diâmetro de 0,60 m, aproximadamente 60 m.
Descida d’água de corte em degraus DSC-01, aproximadamente 15 m.
Dreno de talvegue DT, aproximadamente 50 m³.
Saída d’água de aterro simples SDA 01, aproximadamente 3 unidades.
Valetas para proteção do corte revestida em concreto VP-03, aproximadamente 0 m.
Caixa de passagem para descida d’água em BSTM, aproximadamente 4 unidades.
Canaleta de concreto, aproximadamente 150 m.
Dispersor para descida d’água, 2 unidades.
Colchão drenante de brita para o corte em rocha, aproximadamente 50 m³.
MATERIAL PARA RECUPERAÇÃO DO MACIÇO
O aterro foi executado com o material proveniente das seguintes jazidas:
Jazida Km/Estaca Lado Volume (m³) DMT Utilização
J 4 Km 5 + 0,50 d 4.800 200 – 400 m Aterro
J 3 Est. 182 D 8.400 200 – 400 m Aterro
J 2 Km 4 D 20.000 600 – 800 m Aterro
Exigiu-se grau de compactação de 100% do Procter Normal para o corpo do aterro, sendo efetuado controle de compactação a cada 20 cm de espessura.
O material foi controlado periodicamente a cada 1.000 m³ com ensaios de caracterização e resistência mecânica.
Para uma compactação eficiente do 1,00 m externo, exigiu-se a utilização de um trator de esteiras.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
Nesta aplicação, o geotêxtil Bidim desempenha basicamente a função FILTRAÇÃO.
Instalado na interface aterro/gabiões em substituição aos filtros de agrega naturais, o geotêxtil Bidim permite a livre passagem das águas de infiltração sem deixar que ocorra o carreamento de finos do solo retendo de maneira eficaz as partículas sólidas deste, evitando a perda de resistência do aterro por saturação e a formação de “piping”.
A utilização do geotêxtil Bidim assegura a homogeneidade do filtro em toda sua extensão, garantindo a segurança da obra, além da facilidade de aplicação e transporte, resultando em menor tempo de execução, consequentemente um custo bastante inferior se compararmos ao do filtro de transições granulométricas naturais.
Também utilizaram o geotêxtil Bidim nas obras de drenagem complementares desempenhando a função filtração, possibilitando um rápido escoamento das águas de infiltração e lençol freático.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Nesta obra, onde já estava prevista a utilização do geotêxtil Bidim em projeto, foram instala aproximadamente 5.000 m² do Bidim RT-10.
As mantas de geotêxtil Bidim foram dispostas longitudinalmente ao sentido da contenção em gabiões e fixadas nos mesmo com auxílio de arame recozido, sendo as uniões entre mantas, feitas por costura manual, garantindo desta forma a continuidade do geotêxtil.
Caso ocorram rasgos e furos durante a instalação ou manuseio do geotêxtil Bidim, é necessário que se faça a correção destes e para tanto, basta recobrir a porção danificada com um pedaço de geotêxtil Bidim (manhão) com dimensões 30 cm maiores que as do rasgo ou furo.
Para manter o posicionamento do manchão, suas bordas devem ser aderidas ao geotêxtil danificado por colagem ou costura manual (Figura 6).
Para se evitar o excesso de tensões sobre a manta de geotêxtil Bidim, este deve ser instalado de forma que fique “folgado” sobre a superfície, e também crie uma descontinuidade mecânica por sobreposição ou prega.
Nas obras de muros de arrimo de gabiões em degraus, o geotêxtil Bidim é instalado sobre “cantos vivos” requerendo alguns cuida como:
Compactação do material de aterro em uma faixa de aproximadamente 1,00 m, deve ser feita por equipamento manual/portátil evitando desta forma perfurações da manta.
Evitar o excesso de compactação (principalmente por soquetes manuais) nesses “cantos vivos”, e protegê-los com a colocação de uma faixa adicional de Bidim, criando nesses locais uma sobreposição.
A Figura 7 ilustra a instalação do geotêxtil Bidim sobre os cantos vivos muros de contenção em gabiões.
Figura 7 Proteção do geotêxtil Bidim instala nos “cantos vivos”.
O ideal para garantir boas condições de permeabilidade no reaterro compactado de muros de contenção e paramentos verticais em gabião, é utilizar solo arenoso adequado.
Porém na prática, por motivos diversos, utiliza-se solos argilosos impermeáveis, que ao serem compacta energicamente formam nas proximidades do geotêxtil uma zona menos permeável que dificulta o escoamento de água de infiltração/freático retendo-as indesejada mente.
Nesses casos é aconselhável que seja feita nessa zona uma mistura do solo com uma areia qualquer (alguns centímetros) ou executar camada desta areia (alguns centímetros) conforme Figura 8.
Figura 8 Zona permeável.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Detalhe da variante construída à esquerda, sentido Itajubá Maria da Fé, em decorrência da ruptura do talude.
Início da obra de recuperação do maciço, escalonamento do terreno.
Vista geral da obra, aterro, nivelamento e compactação.
Regularização do aterro, este deverá atingir a cota do pavimento antigo, sendo sua inclinação de 1:1 acima do gabião..
Vista geral da contenção, sentido Maria da fé Itajubá.
6 Utilização de fôrmas para execução do gabião.
Aplicação do geotêxtil Bidim logo após serem preenchidas as caixas de gabião. Foi feita costura manual na união das mantas mantendo a hegemonia da manta em toda extensão da contenção.
Geotêxtil Bidim RT 10 instalado no gabião, pronto para receber o aterro.
Compactação do aterro.
Vista parcial da execução e compactação do aterro onde podemos observar as mantas de geotêxtil Bidim já instaladas.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
Este trabalho relata de forma sucinta a aplicação da manta geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como elemento de proteção da geomembrana PVC empregada na obra conhecida como “Passagem Subterrânea Rio Sul Botafogo”.
O projeto, inicialmente de aparência convencional, mostrou-se mais complicado à medida que foi sendo desenvolvido, pois no anteprojeto não estava prevista a utilização de geomembrana PVC, nem geotêxtil Bidim.
Devido principalmente a presença de um lençol freático no local da obra, estes dois elementos foram escolhidos para trabalharem de forma conjunta, como BARREIRA DE FLUXO e o outro como PROTEÇÃO da geomembrana.
O PROBLEMA
Implementar um sistema de barreira de fluxo lençol freático e outro de proteção da geomembrana PVC.
A SOLUÇÃO
A utilização da geomembrana PVC para fluxo do lençol freático e o geotêxtil Bidim para a proteção da geomembrana.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO:09/09/91
LOCALIZAÇÃO: Rio de Janeiro
CLIENTE: Brascan Shopping Center S/A (Administradora do Shopping Rio Sul)
TIPO DE OBRA:Passagem subterrâneo e pista de Skate
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento de proteção da geomembrana PVC
QUANTIDADE UTILIZADA: 8.063 m² Geotêxtil Bidim RT-10.
DESCRIÇÃO DA OBRA
Esta obra, além de atender antigas reivindicações moradores de Botafogo, que sempre tiveram grandes dificuldades em atravessar as pistas de alta velocidade, e que provocam grandes congestionamentos da hora do “rush”, proporcionará um novo espaço de lazer a cidade e ao bairro.
O projeto original elaborado pelo arquiteto Sérgio Moreira era composto de praça, jardins, pista de skate, escadas de acesso e espaço para lojas e instalações bancárias. Devido a problemas jurídicos, a Brascan desistiu de instalar lojas e bancos no interior do túnel, como o espaço assim obtido, e visando o acesso a deficientes físicos, foram construídas rampas de acesso.
A pista de skate é considerada pelos técnicos especializa, como uma das melhores da América Latina, em desempenho e performance.
Concluída a obra, as pistas serão transformadas em vias expressas, os sinais de trânsito serão retira e serão instaladas grades de segurança para orientar os pedestres a usarem o túnel.
A referida obra foi instalada em local cujo lençol freático quase aflora ao nível da rua. Por este motivo, durante a execução serviços e toda vida útil da obra, bombas de recalque trabalharão 24 horas por dia para impedir a invasão túneis pela água.
UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
No projeto original não constava o emprego do geotêxtil Bidim uma vez que ele havia sido elaborado sem realização das referidas sondagens.
Após conclusão das sondagens, constatou-se lençol freático no local, isto devido principalmente a proximidade do mar (Enseada de Botafogo), e a região serem cercada por morros, provocando o aparecimento de veios subterrâneos.
Face ao novo fator, o projeto teve que ser reestudado e posteriormente alterado.
Não houve alterações significativas no projeto estrutural (salvo aquelas oriundas de alteração da arquitetura), contudo, devido a presença do lençol freático e receio de problemas futuros de infiltração (ocasionando danos ao concreto e as ferragens), a Brascan, temendo o alto custo da manutenção e reforço, contratou a firma Imadel para apresentar uma solução viável e de baixo custo para solucionar o problema.
A Imadel optou por revestir toda a estrutura em sua parte inferior, com geomembrana de PVC de espessura de 0,8 mm, e para protegê-la do contato direto com o concreto e as ferragens (perfurações e desgastes devido a movimentação operários), adotou uma camada de geotêxtil Bidim entre a geomembrana e a estrutura.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM NA OBRA
Nesta aplicação, o geotêxtil teve basicamente uma função: a de RPOTEÇÃO da geomembrana de PVC, devido a sua resistência ao puncionamento.
Proporcionou também alívio de pressões ocasionadas por gases que se formam sob a estrutura, devido a sua grande permeabilidade radial, permitindo a retirada mesmos pelo plano da manta (função DRENAGEM PLANAR).
ETAPAS DE EXECUÇÃO
Locação e instalação do canteiro de obras.
Instalação do sistema para rebaixamento do lençol freático com a construção de poços e instalação das bombas de recalque.
Início das escavações e instalação de estacas pranchas.
Nivelamento do terreno e limpeza.
Instalação da primeira camada do geotêxtil Bidim.
Aplicação da geomembrana de PVC, com a devida união a quente entre as mantas, para impedir o contato da água do lençol freático com a estrutura.
Instalação da segunda camada de geotêxtil Bidim.
Montagem das ferragens e formas, e posterior concretagem.
Obras de acabamento e paisagismo.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO GEOTÊXTIL BIDIM
Aplicação extremamente fácil e rápida;
Acelera escoamento de águas e gases, devido sua elevada permeabilidade;
Elevada resistência ao puncionamento (lançamento de ferragens e concreto) e atrito (devido aos movimentos da estrutura e passagens de máquinas e operários).
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista geral do canteiro de obras, com destaque para a cortina de estacas prancha.
Vista da cortina prancha e sistema de escoamento poços para rebaixamento do lençol freático.
Vista das tubulações para rebaixamento do lençol freático.
Vista geral da obra, destaque para a bobina de geotêxtil Bidim, e sistema utilizado (Geotêxtil Bidim / PVC / Geotêxtil Bidim).
Vista do conjunto impermeabilizante parcialmente coberto com camada de concreto magro para nivelamento.
Detalhe do conjunto adotado. Nota-se a primeira camada de geotêxtil Bidim, a camada geomembrana de PVC, segunda camada de geotêxtil Bidim, e camada de concreto para nivelamento.
Detalhe da instalação das ferragens sobre o conjunto impermeabilizante
Detalhe do conjunto impermeabilizante saindo do nível da rua, antes do acabamento.
Vista do interior do túnel após conclusão da concretagem final.
Vista geral da rampa de acesso e grades na fase final da obra.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
O presente trabalho relata a implementação do Geotêxtil Bidim RT-10 como parte substancial do sistema misto de drenagem do estádio regional de Paranavaí. O estádio regional de Paranavaí localiza-se no município de Paranavaí, região noroeste do estado do Paraná, e a finalidade básica da obra foi a criação de uma área de esporte destinada a prática do futebol, com as dimensões requeridas para a categoria profissional, bem como um novo centro de eventos para a comunidade local.
O PROBLEMA
Implementar um sistema de drenagem eficiente que supra todas as necessidades prevista na obra.
A SOLUÇÃO
Implementação do Geotêxtil Bidim RT-10 como parte do sistema de drenagem da obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO:Novembro de 1991.
LOCALIZAÇÃO: Município de Paranavaí
CLIENTE: Prefeitura Município de Paranavaí/Serpavi Serviço de Pavimentação de Paranavaí
TIPO DE OBRA:Área Esportiva
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Filtro no sistema misto de drenagem
QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente .700 m² Geotêxtil Bidim RT-10
Esquemas Gráficos
Disposição do sistema de drenagem subsuperficial (Figura 1).
2- Trincheira Drenante – L = ,0 m – i = 1,5% 3- Trincheira Drenante – L = 24,0 m – i = 1,5% 4 – Rede de galerias de águas pluviais 5 – Canalização subterrânea6 – Túnel de acesso ao gramado – Caixa coletora PL – Poço de ligação Sem Escala PV – Poço de Visita
Figura 01 Localização distributiva das trincheiras drenante e rede de galerias de águas pluviais.
Detalhe de drenagem profunda (Figura 2).
1 – Paredes do túnel de acesso ao gramado 2 – Geotêxtil Bidim 3 – Material Drenante (Brita) 4 – Tubo PVC perfurado sem escala Figura 02 Seção tipo referente às trincheiras drenante instaladas nos túneis de acesso ao gramado.
Detalhe de Drenagem Subsuperficial (Figura 3).
1 – Vegetação (grama) 4 – Material drenante (brita) 2 – Solo vegetal 5 – Pedrisco 3 – Geotêxtil Bidim 6 – Tubo PVC perfurado Figura 03 seção tipo referente às trincheiras e colchão drenante.
UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim constava no projeto e foi especificado pelo Eng. Edilberto Cunha, da Emopol Engenharia e Empreendimentos Ltda, empresa esta, responsável pelo projeto e consultoria da obra.
A escolha pelo geotêxtil Bidim foi devido à necessidade de existir um elemento filtrante que realmente evitasse a colmatação do meio drenante.
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA OBRA
A principal função do geotêxtil Bidim na obra é separar o solo do meio drenante, atuando como filtro, evitando o carreamento de finos do solo para o interior das trincheiras e colchão, garantindo o escoamento das águas e impedindo a colmatação do sistema.
ESPECIFICAÇÃO DO GEOTÊXTIL
Conforme as recomendações de escolhas descritas no manual técnico, “Geotêxtil Bidim Drenagem de áreas verdes, de esporte e de lazer”, optou-se pela utilização do tipo RT-10 devido a obra apresentar condições de pequena solicitação mecânica.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Descrição das fases de execução da obra, observando-se que a área gramada foi executada em duas etapas (duas metades) para conciliar com a construção da arquibancada coberta.
1ª Fase
Regularização e nivelamento da área destinada à implantação do sistema de drenagem
2ª Fase
Locação eixos das trincheiras drenantes na disposição tipo “Espinhas de peixe”, conforme o projeto.
3ª Fase
Abertura e nivelamento das valas respeitando a declividade de 1,5% e largura da base variando de 0,30 e 0,50 m, com as mesmas finalizando nos poços de visitas da rede de galerias.
4ª Fase
Instalação e ancoragem do geotêxtil Bidim nas valas.
5ª Fase
Colocação do material drenante (brita 2) até o topo das valas com tubo de PVC (Ø 15 mm) na base.
6ª Fase
Envelopamento das trincheiras com recobrimento mínimo de 0,30 m e proteção da parte superior das mesmas com pedrisco. Esta proteção da parte superior das mesmas com pedrisco. Esta proteção objetiva evitar a poluição do dreno até a execução do colchão.
7ª Fase
Retirada da proteção das trincheiras e rebatimento das bordas do geotêxtil Bidim para o recebimento do colchão de brita.
8ª Fase
Instalação de uma camada de pedrisco entre as trincheiras e aplicação do colchão drenante (brita nº 2) respeitando a espessura de 0,20 m.
9ª Fase
Instalação do geotêxtil Bidim sobre todo o colchão drenante, com sobreposição mínima de 0,20 m.
10ª Fase Implantação da área gramada.
VANTAGEM NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim quando aplicado como filtro evita o desenvolvimento das camadas de transição granulométricas e trata-se de um material de fácil aplicação, o que favorece a obra na diminuição do custo da mão de obra e tempo de execução.
RESULTADOS OBTIDOS
Avaliadas diversas precipitações pluviométricas que incidiram sobre a área gramada, observou-se o rápido escoamento das águas superficiais, demonstrando o excelente desempenho do sistema de drenagem.
As referidas informações foram fornecidas pelo Serpavi Serviço de Pavimentação de Paranavaí.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista geral da área destinada a implantação do sistema de drenagem.
Detalhe da junção de uma trincheira drenante em um poço de visita da rede de galerias. Verifica-se a proteção na parte superior do dreno.
Vista superior da implantação da primeira etapa do sistema.
Detalhe do sistema destacando-se o pedrisco (colocação entre as linhas de trincheiras), o colchão drenante, o geotêxtil Bidim e a camada de solo vegetal.
Vista geral da área gramada em fase de desenvolvimento, verifica-se a implantação do sistema de irrigação.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
Este registro relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no sistema de drenagem dos jardins do Praia Belas Shopping Center.
O PROBLEMA
Para a construção dos jardins houve-se a necessidade de um sistema drenante do local.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado o Geotêxtil Bidim como elemento primordial para a filtração do jardim da então obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: outubro de 1991.
LOCALIZAÇÃO: Cidade De Porto Alegre – RS
CLIENTE: La Fonte empresa de Shopping Center S/A
TIPO DE OBRA: Shopping Center
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento filtrante
QUANTIDADE UTILIZADA:Geotêxtil – 3.250 m² de Bidim RT-10
INTRODUÇÃO
No projeto original do shopping não estava previsto a utilização do geotêxtil Bidim, o mesmo foi indicado pelo engenheiro Paulo Brazelle da BRR Gerenciamento que já conhecia a eficiência do geotêxtil Bidim nesta aplicação. Abaixo, na Figura 1, se encontra o desenho esquemático utilizado na execução jardins.
Sem escala Figura 1 Desenho esquemático jardins projeta no perímetro do shopping.
O lançamento material nos jardins não apresentou nenhuma dificuldade, devido ao transporte, pois os jardins estavam localiza no pavimento térreo.
O geotêxtil Bidim foi previamente cortado no tamanho exato de cada jardim e depois instalado.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim, quando utilizado como filtro em sistemas drenantes (colchões e trincheiras) de áreas verdes em substituição aos tradicionais filtros granulares com transição granulométrica, permite a livre passagem de água, retendo de forma eficaz as partículas do solo.
Como todo filtro, o geotêxtil Bidim deve, então, ser suficientemente permeável para permitir o livre fluxo da água para os materiais drenantes, possibilitando o alívio das forças de percolação e sobre pressões hidrostáticas, ao mesmo tempo em que deve ser suficientemente capaz de reter partículas do solo, evitando o carreamento destes.
Para uso de materiais granulométricos como filtro, é necessário um dimensionamento baseado na granulometria do solo de base. Entretanto, a prática no uso geotêxtis tem mostrado que, para nãotecido agulha, pode-se dispensar o uso de dimensionamentos.
Para a escolha de um geotêxtil, deve também levar em conta as solicitações que lhe são impostas durante a sua instalação como a tendência ao puncionamento, estouro, rasgo, tração, etc.
Na prática, para obras de drenagem de áreas verdes tem-se uma redução acentuada da sobrecarga da laje do jardim, e, portanto, nas estruturas de concreto, diminuindo sensivelmente os custos de construção.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
1ª fase:
Após impermeabilização da laje do jardim, como a proteção mecânica (cimento e areia), colocou-se a camada de brita 2 (camada drenante).
2ª fase:
Instalou-se em cada jardim mantas de geotêxtil Bidim (previamente cortadas), sobre a brita 2. Tomou-se o cuidado de se deixar um transpasse de 15 cm entre as mantas de geotêxtil Bidim.
3ª fase:
Prolongou-se o geotêxtil Bidim nas extremidades laterais deixando uma aba de no mínimo 10 cm. O segmento vertical pode ser fixado através de fitas colantes, asfalto ou cola.
4ª fase:
Sobre a manta de geotêxtil Bidim foi lançada uma camada, que variou de 10 a 15 cm, de solo vegetal (terra preta) e logo após esta camada se colocou a grama.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Nas obras de drenagem, o geotêxtil Bidim apresenta excelente capacidade de filtração, facilita o escoamento das águas, mantém a terra fértil dentro níveis ideais de umidade e elimina o problema de entupimento nos drenos.
Além disso, o geotêxtil Bidim também traz uma grande simplificação tanto no projeto, dispensando o trabalhoso cálculo granulométrico do material filtrante, quanto na execução.
Toda esta simplificação, aliada ao fato de que o geotêxtil Bidim nunca apodrece, nem se desmancha, e de que dispensa manutenção e constantes reposições de terra, acaba se traduzindo numa grande economia para toda obra.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Lançamento da camada de brita 2 sobre a laje.
Instalação do geotêxtil Bidim (RT-10), já cortado, sobre a camada de brita nº 2.
União das mantas de geotêxtil Bidim com sobreposição mínia de 15 cm.
Lançamento do solo e grama sobre o geotêxtil Bidim (RT-10).
Aspecto quase final de um jardins no perímetro do shopping.
Detalhe de outro jardim executado no perímetro do shopping.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
A necessidade de duplicação da Rodovia D. I, que liga Jacareí a Campinas, deveu-se ao fato de que a pista única, inaugurada em 1970, já estava com volume de tráfego muito intenso prejudicando desta maneira a segurança usuários, estrangulando o escoamento de produtos e produzindo um desgaste excessivo na própria rodovia. No entanto, para essa duplicação houvesse a necessidade da utilização do Geotêxtil Bidim como elemento de separação, filtrante e reforço.
O PROBLEMA
Encontrar um material eficiente que servisse de elemento de separação, reforço e filtração de água das rodovias, a fim de impedir o carreamento de suas partículas, que em geral são muito finas.
A SOLUÇÃO
Para este dado problema foi utilizado o geotêxtil nãotecido Bidim, que supriu toda as necessidades da obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Outubro de 1991;
LOCALIZAÇÃO: Estado de Paulo
CLIENTE: Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.A
TIPO DE OBRA:Sistema drenante subsuperficial de pavimento de rodovias
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Revestimento dos cilindros das calandras para a absorção da umidade
QUANTIDADE UTILIZADA:Rodovia Dom I – 559.020 m²/Rodovia Santos Dumont – 258.000 m²/Rodovia Bandeirantes – 374.000 m²/Consumo total – 1.191.020 m²
Duplicação da Rodovia D. I
O montante das obras foi dividido em trechos como mostra a Tabela 1.
Trecho
Nº do trecho
Duplicação da Rodovia D. I sob Jurisdição do DersaProjetista
Empreiteira
Gerenciadora
Jacareí – Nazaré Paulista
1
Estela
Andrade Gutierrez
Proenge
Nazaré Paulista – Jarinú
2
Maubertec
CBPO
Engevix
Jarinú – Campinas
3
Proenge
Cowan
Estática
Tabela 1 Empresas participantes e suas respectivas localizações.
Foram feitas várias visitas na obra durante sua execução. Essas vistorias mostram o grande uso do geotêxtil Bidim nas seguintes aplicações:
Obras de drenagem profunda;
Drenagem de pavimento;
Reforço de aterro;
Separação de solo;
Contenção com gabiões.
De acordo com o padrão construtivo de rodovias pertinentes ao Dersa, a drenagem de pavimento é executada ao longo de toda extensão dela, existindo um sistema drenante para cada pista.
No caso da rodovia citada acima, foi executado o sistema de drenagem de pavimento tanto na pista já existente quanto na nova pista.
Duplicação da Rodovia Santos Dumont
A necessidade de duplicação desta rodovia, que liga campinas a Sorocaba, deveu-se aos mesmos motivos da rodovia anteriormente descrita, ou seja, insegurança usuários, capacidade insuficiente de escoamento de produtos e desgaste excessivo na pista única existente.
A Rodovia Santos Dumont também está sob jurisdição do Dersa que, através do governo do Estado de Paulo, realizou a concorrência das obras de duplicação, dividindo-a em 2 trechos conforme mostra a Tabela 2.
A obra foi iniciada em setembro de 1988.
Trecho
Nº do trecho
Duplicação da rodovia D. I Sob Jurisdição do DersaProjetista
Empreiteira
Gerenciadora
Campinas – Salto
1
Engeconsult
Camargo Correa
Hidrobrasileira
Salto – Sorocaba
2
Engeconsult
Constran
Engevix
Tabela 2 Empresas participantes e suas respectivas localizações.
No transcorrer da obra foram feitas diversas vistorias que detectaram a utilização do geotêxtil Bidim em diversas aplicações, como por exemplo, drenagem profunda e de pavimento, contenções com gabiões, dentre outras.
Por ser obra pertinente ao Dersa, a drenagem de pavimento foi executada tanto na pista nova quanto na recuperação da pista já existente.
Restauração da Rodovia Bandeirantes
A Rodovia Bandeirantes já constava com duas pistas desde a sua inauguração.
Como esta rodovia une dois polos econômicos de muita importância, Paulo e Campinas, a mesma sofreu um grande desgaste no decorrer anos devido ao intenso tráfego, sendo necessária uma restauração ao longo de toda sua extensão para recolocá-la aos níveis de segurança e conforto apropria.
Os serviços de restauração se basearam principalmente no recapeamento, execução de drenagem de pavimento, limpeza de canteiro e valetas de drenagem superficial.
A Dersa definiu a divisão da obra em dois trechos que, com o resultado da concorrência efetuada pelo Governo do Estado de Paulo, configuram-se como mostra a Tabela 3.
Recuperação da rodovia bandeirante sob jurisdição do DERSA
Trecho Nº do Trecho Projetista Empreiteira
Km 15 ao Km 60 1 DERSA Encalso
Km 60 ao Km 102 2 DERSA Lix da Cunha
Tabela 3 Empresas participantes e suas respectivas localizações.
Nesta obra o geotêxtil Bidim está sendo aplicado apenas nos drenos de pavimento, pois quando a estrada foi construída em 1978, toda drenagem profunda foi executada em ambas as pistas, utilizando cerca de um milhão de metros quadra do geotêxtil Bidim.
Dos drenos de pavimento estão sendo executa nas duas pistas da referida rodovia.
Quantidade de geotêxtil Bidim a ser utilizado
As três obras, quando totalmente concluídas, terão consumido aproximadamente:
Rodovia Dom I – 559.020 m²
Rodovia Santos Dumont – 258.000 m²
Rodovia Bandeirantes – 374.000 m²
Consumo total – 1.191.020 m²
DRENO DE PAVIMENTO – DESCRIÇÃO
Com o transcorrer anos verificou-se que os pavimentos das rodovias estão sujeitos a ataques das águas que propiciam um desgaste acentuado diminuindo dessa maneira a vida útil mesmos.
Estas águas, de um modo geral, são de duas procedências: infiltrações diretas das precipitações pluviométricas e aquelas provenientes de lençóis freáticos subterrâneos.
As infiltrações diretas que atravessam os revestimentos numa taxa variando de 33 a 50% nos pavimentos com revestimentos asfálticos e de 50 a 67% nos pavimentos de concreto de cimento Portland, segundo pesquisa realizada, podem causar sérios danos a estrutura de todo o pavimento, inclusive base e sub-base, se não tiverem um dispositivo especial para drená-las.
A taxa varia de acordo com as condições de vedações da superfície pavimentos, conforme Figura 2.
Base de
agrega (saturada)
Figura 3 Seção transversal de pavimentos em trecho com declividade no sentido do acostamento. A trincheira drenante se situa no acostamento para efetuar a captação da água nesta seção.Figura 4 Seção transversal de pavimento em trecho com declividade no sentido da bacia central da estrada. A trincheira drenante se situa na lateral oposta ao acostamento para efetuar a captação de água nesta seção.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
Sabendo que um sistema drenante deve manter suas características drenantes por um tempo compatível com a durabilidade prevista para a obra, o projetista se preocupa em escolher adequadamente os materiais componentes do dreno, tanto no que se refere ao elemento filtrante quanto ao aspecto de livre escoamento das águas.
Os maiores problemas enfrentam pelos projetistas são:
Os espaços vazios entre as partículas materiais constituintes do dreno em contato com o solo devem ser suficientemente pequenos, a fim de impedir o carreamento de suas partículas, em geral muito finas, para o seu interior.
Esses mesmos vazios devem ser suficientemente grandes, para permitir o fluxo de água através do dreno.
Para conciliar esses requisitos aplicam-se correlações visando a determinação das faixas granulométricas nas quais se situa o material filtrante clássico.
Quanto aos aspectos práticos de aplicação, muitas vezes surgem dificuldades na obtenção da areia adequada (com granulometria correta e livre de impurezas) que, por ser um elemento natural, nem sempre é encontrado em local próximo da obra com as características desejadas. Deve-se então proceder a “lavagem” e “composição” da areia, misturando-se diferentes areias para obter-se a granulometria adequada.
A própria execução do dreno também é trabalhosa, pois o lançamento da areia requer cuida especiais, uma vez que é necessário construir “paredes” de areia nas laterais do dreno, separando o material drenante do solo, surgindo necessidades de controle do material e de cuida na execução.
Vimos assim que a composição granulométrica, o grau de pureza, a qualidade de aplicação são variáveis que determinam muita insegurança. Para eliminar tais dificuldades e problemas que envolvem a execução destes drenos, utilizou-se o geotêxtil Bidim como elemento filtrante.
Sendo um elemento contínuo (não granular) e constituindo-se num emaranhado aleatório de filamentos, o geotêxtil Bidim retém partículas do solo na sua superfície segundo uma seleção natural. As primeiras partículas finas atravessam a manta no início do processo, mas gradualmente ocorre a formação de um pré-filtro natural. Após a estabilização deste processo, observa-se uma variação índice de vazios e da permeabilidade do solo.
O tempo de formação deste pré-filtro é função das características particulares de cada caso, mais conforme a prática tem demonstrado, ele se completa em questão de horas e a sua espessura é da ordem de alguns centímetros.
APLICAÇÃO E INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
A vala é escavada com o auxílio de uma retroescavadeira ao longo da extensão da pista. Em seguida, é desenrolada a bobina de geotêxtil Bidim de modo que a vala seja forrada pelo geotêxtil, fixando provisoriamente suas bordas. Feito isto, a vala é preenchida com material drenante.
A colocação ou não do tubo dreno fica unicamente condicionada ao volume de água a ser transportado pela trincheira, uma vez que a manta protege toda a seção drenante de uma eventual deposição de finos no seu interior.
Em seguida pode-se optar por duas soluções:
Fechar a parte superior da vala com geotêxtil Bidim executando uma superposição mínima de 20 cm para lançar a capa asfáltica em seguida. Esse tipo de solução é recomendado quando a base não é composta por material drenante.
Manter o topo da vala sem fechamento sobreposição das bordas do geotêxtil Bidim quando a base do pavimento é composta por material drenante. Dessa maneira a vala funciona como uma trincheira coletora de um colchão drenante.
Após este procedimento é lançada a capa asfáltica em cima da trincheira concluindo-se o serviço. Abaixo, segue corte transversal de ambas as soluções (Figura 5).
A B
TUBO-DRENO TUBO-DRENO
(QUANDO NECESSÁRIO) (QUANDO NECESSÁRIO)
Trincheira drenante com superposição na parte superior, parte superior, para base não drenante.
Trincheira drenante sem Bidim na parte superior (aberta), para base drenante.
(o material da base drenante deve ter granulometria (ou aglomeração) adequada para não penetrar no material da trincheira).
Figura 5 Corte transversal de dois tipos possíveis de drenos de pavimento. a) trincheira drenante com superposição na parte superior, para base não drenante e, b) trincheira drenante sem geotêxtil Bidim na parte superior, para base drenante.
No caso “b”, com base drenante, o material de drenagem (brita) deve ser compatível com o material da base para que não ocorra fuga e penetração do material da base no da trincheira.
As principais vantagens do geotêxtil Bidim neste tipo de aplicação são:
Filtração tão eficaz quanto de uma areia na granulometria correta, tendo a vantagem de não requerer estudo granulométrico nem cuida especiais na instalação;
Apresenta alta permeabilidade (da ordem de 4 x 10-1 cm/s), equivalente uma areia grossa;
Trata-se de material contínuo e de características constantes;
Reduz o cronograma de execução da obra devido à facilidade de instalação do geotêxtil, permitindo a execução de até 300 ml de dreno/dia, por equipe.
Não afeta as demais fases de cálculo, pois os métodos de cálculo atualmente empregam continuam sendo aplicáveis ao dreno executado com o geotêxtil Bidim.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Detalhe do início trabalhos de abertura da trincheira.
Escavação da trincheira com
Instalação do geotêxtil Bidim e preenchimento das trincheiras com brita.
Detalhe da trinDetalhe do desemboque do dreno de pavimento. Cheira concluída.
Trincheira drenante concluída já recoberta com mistura asfáltica. A faixa já está pronta para ser recapeada
Televendas:
413003.7118
41 3003.7118
Seg. à Sex. das 8h30 às 18h00
Matriz:
413030.7061
41 9665.8064
Seg. à Sex. das 8h30 às 18h00
Sáb. das 8h30 às 13h00