Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
O CRAS está localizado dentro de uma área de 133 há, da Reserva Florestal do Parque Poderes, ocupando 3,5 há, na cidade de Campo Grande/MS. Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (geotêxtil nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos), no sistema de drenagem da obra do CRAS Centro de Reabilitação de Animais Silvestres.
O PROBLEMA
Implementar um sistema de drenagem que supra todas as necessidades do CRAS Centro de Reabilitação de Animais Silvestres.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado a manta Geotêxtil Bidim como elemento principal no sistema de drenagem da obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Maio de 1993
LOCALIZAÇÃO:CRAS Centro de Reabilitação de Animais Silvestres/Campo Grande/MS
CLIENTE:DOP Departamento de Obras Públicas do Estado de Mato Grosso do Sul.
TIPO DE OBRA:Sistema Drenante
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Evitar a colmatação do meio drenante
QUANTIDADE UTILIZADA:52,30 m² de Geotêxtil Bidim RT-10.
DESCRIÇÃO DA OBRA
CRAS são recintos de permanência de curto prazo de animais silvestres (Figura 2 e 3). No sistema de drenagem subsuperficial recintos, a aplicação do geotêxtil Bidim RT-21 contribui no sentido de evitar que a água infiltrada leve junto o solo para dentro do dreno e venha a comprometer todo o sistema. Contribuindo com um escoamento perfeito, mantendo o solo dentro níveis ideais de umidade para os répteis.
Figura 2 Recinto para aves.
Figura 3 Recinto para répteis.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
Filtração
Devido às suas características hidráulicas, permeabilidade normal, permissividade, permeabilidade transversal, transmissividade, abertura de filtração, textura e alta permeabilidade, o geotêxtil Bidim retém as partículas finas do solo (areia) e permite o livre fluxo das águas, permitindo assim uma infiltração eficiente de parte das águas pluviais e de lavagem recintos, possibilitando uma rápida drenagem ao mesmo tempo em que impede a colmatação do meio drenante.
Separação
Pode-se dizer que o geotêxtil Bidim sempre exerce função de separação em um sistema de drenagem, uma vez que impede a mistura materiais.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
Filtração
Devido às suas características hidráulicas, permeabilidade normal, permissividade, permeabilidade transversal, transmissividade, abertura de filtração, textura e alta permeabilidade, o geotêxtil Bidim retém as partículas finas do solo (areia) e permite o livre fluxo das águas, permitindo assim uma infiltração eficiente de parte das águas pluviais e de lavagem recintos, possibilitando uma rápida drenagem ao mesmo tempo em que impede a colmatação do meio drenante.
Separação
Pode-se dizer que o geotêxtil Bidim sempre exerce função de separação em um sistema de drenagem, uma vez que impede a mistura materiais.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista geral da sede do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres.
Vista do recinto para répteis, concluído.
Vista parcial do recinto para répteis, com a camada drenante de 15cm, brita 2 já espalhada e instalação do geotêxtil Bidim RT-10.
Recinto para répteis, já com a camada de 10 cm de areia lavada.
Vista da saída do tubo dreno de PVC 40mm, tipo espinha de peixe, do recinto para répteis, para escoamento das águas de infiltração.
Vista do recinto para aves.
Vista do recinto para aves, com o sistema drenante já concluído.
8 Vista da saída do tubo dreno de PVC 40mm, tipo espinha de peixe, do recinto para aves, para escoamento das águas de infiltração.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
Este trabalho apresenta detalhes sobre a construção do Trecho Experimental implantado na Rodovia SP-310 pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Paulo DR11, relativo à aplicação do geotêxtil Bidim como “Camada Anti Propagação de Trincas” na restauração de pavimento semirrígido. O trabalho também apresenta os requisitos para o sucesso do geotêxtil nesta aplicação e dá ênfase a qualidade da instalação do geotêxtil com um fator “crítico” para a obtenção do desempenho esperado, apresentando uma “Metodologia Básica de Instalação”.
O PROBLEMA
Implementar um sistema de Camada Anti Propagação de Trincas do Trecho Experimental implantado na Rodovia SP-310.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado o geotêxtil Bidim como elemento principal no sistema de Camada Anti Propagação de Trincas da obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO:06/05/93
LOCALIZAÇÃO:Rodovia SP-310, no trecho Ilha Solteira Pereira Barreto
CLIENTE:Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Paulo DR11
TIPO DE OBRA:Restauração de rodovia
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento da Camada Anti Propagação de Trincas
QUANTIDADE UTILIZADA:500 m Geotêxtil Bidim RT-10
REFLEXÃO DE TRINCAS
Qualquer que seja o tipo de estrutura do pavimento (flexível, rígido ou semirrígido), mesmo bem projeta e bem construí, eles se degradam ao longo do tempo, seja pela ação do tráfego ou pela ação de fatores climáticos, ou ainda pela ação conjunta desses dois fatores.
A principal demonstração da degradação de um pavimento é o seu nível de trincamento, que podo se associar a outros defeitos estruturais e funcionais, e que determinarão qual a solução de restauração a ser adotada para a recuperação de sua serventia.
O trincamento das camadas estruturais e do revestimento de um pavimento provoca uma série de consequências desfavoráveis para sua manutenção e perenidade, das quais podemos citar:
Perda da estanqueidade;
Perda da capacidade de suporte;
Concentração de tensões ao nível do subleito;
Distribuição irregular/aumento de tensões nas camadas estruturais;
Degradação/erosão da camada de rolamento na vizinhança da trinca;
Perda de finos por efeito de “bombeamento”; – Aumento das deflexões.
As consequências acima, oriundas do trincamento, vão se somando, levando o pavimento à ruína. Desta forma, tudo deve ser feito para evitá-las ou minimizar seus efeitos.
O “fenômeno da reflexão de trincas” é o reaparecimento na superfície da camada de restauração do mesmo padrão de trincamento da superfície antiga, provocado pelo movimento das bordas das trincas quando da ação do tráfego/variações de umidade do solo/variações de temperatura. Este fenômeno pode ocorrer em intervalos de tempo curtos, e complicam muito a problemática da restauração pavimentos com misturas betuminosas.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Para retardar a “propagação das trincas” na restauração pavimentos com misturas betuminosas, combatendo os efeitos nocivos da aparição das trincas e aumentando a vida útil do pavimento, o geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) apresenta-se como umas das soluções mais viáveis técnico-economicamente.
Aplicado entre a nova capa de rolamento e a antiga, devidamente impregnado com asfalto, o geotêxtil Bidim forma camada de descontinuidade viscoelástica, que absorve e dissipa as tensões provocadas pelos movimentos das bordas das trincas, retardando o efeito da propagação/reflexão das trincas.
Nesta aplicação, o geotêxtil Bidim absorve as tensões localizadas que poderiam danificar rapidamente a nova capa de rolamento.
Por formar uma membrana impermeável, o geotêxtil Bidim impregnado com asfalto evita a penetração de água na estrutura do pavimento, evitando seus efeitos nocivos, tais como perda de capacidade de suporte, bombeamento de finos etc.
TRECHO EXPERIMENTAL RODOVIA SP-310
Convivendo constantemente com problemas de reflexão de trincas nas restaurações de pavimentos, o Eng.
Ademilton de Matos, Diretor Técnico da DR-11 (Araçatuba) do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Paulo, decidiu verificar o comportamento do geotêxtil Bidim como camada anti propagação de trincas, por ocasião da restauração do pavimento do trecho Ilha Solteira Pereira Barreto da Rodovia SP-310.
Para o DER, o trecho mais crítico da rodovia em termos de trincamento e que deveria apresentar problemas de reflexão de trincas mais rapidamente localizava-se próximo a cidade de Ilha Solteira entre as estacas 1480 (Km 651 + 616,80 m) e 1513 + 4,80m (Km 652 + 281,60m).
Observações conjuntas no local, efetuadas em setembro de 1991, confirmaram que o trecho apresentava muitas trincas, provenientes provavelmente de fadiga e de reflexões da base de solo cimento, porém não se verificavam problemas estruturais e deformações (flexas) nas trilhas de roda.
Embora bastante trincado, o pavimento apresentava boas condições estruturais. Das duas faixas de tráfego (3,60m), a que se apresentava mais trincada era a do sentido Ilha Solteira Pereira Barreto (faixa esquerda), com o trincamento concentrado nas trilhas de roda interna e externa. Na faixa menos trincada, sentindo Pereira Barreto Ilha Solteira, basicamente o trincamento era de reflexão da base de solo cimento.
Decidiu-se então implantar um Trecho Experimental que utiliza o geotêxtil Bidim numa extensão de 500 m (nas duas faixas).
Paralizações na obra fizeram com que os trabalhos e a implantação do Trecho Experimental viessem a ocorrer somente no mês de fevereiro de 1992 (06 e 07/02/92).
Localização
O Trecho Experimental localiza-se na Rodovia SP-310, no trecho Ilha Solteira Pereira Barreto, conforme a Figura 1.
O Trecho Experimental foi composto por três sub-trecho:
Sub-trecho com geotêxtil Bidim com 250 m de extensão (T3) estaca 1480 a 1492 +10,00m;
Sub-trecho sem geotêxtil Bidim com 164,80 m de extensão (T2) Testemunha, estaca 1492 + 10,00 a 1500 + 114,80m);
Sub-trecho com geotêxtil Bidim com 250 m de extensão (T1) estaca 1500 + 14,80 a 1513 + 4,80m).
Os desenhos esquemáticos das Figuras 2 e 3 apresentam a planta de disposição e perfil longitudinal do trecho experimental.
Estrutura do pavimento
O pavimento por ocasião da restauração efetuada em 1991/1992 havia sido executado há aproximadamente 18 anos. No Trecho Experimental (T1, T2 e T3) foi aplicada uma camada de CBUQ com espessura de 5 cm (Figura 4).
(sem escala)
Figura 4 – Seção transversal tipo do pavimento do Trecho Experimental.
Volume diário médio
Estatística de Trânsito do DER-SP do Posto de Coleta nº 469 apresenta para a Rodovia SP-310 (Trecho Pereira Barreto Ilha Solteira) no ano de 1990 o seguinte VDM:
Km 624
Extensão do trecho 39 km – Tipos veículos:
Leves 1.177
Médios 203
Pesa 264
Semirreboque/reboque 86
Ônibus 86
Total (VDM) 1.816 veículos/dia
AVALIAÇÃO ESTRUTURAL DO PAVIMENTO ANTERIOR A RESTAURAÇÃO
As informações abaixo apresentadas fazem parte do Projeto de Restauração da Rodovia SP-310 elaborado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Paulo (CET-11 ST-11 DR11).
Deflexões corrigidas Viga Benkelman:
Faixa da Esquerda = Sentido Ilha Solteira Pereira Barreto
Faixa da Direita = Sentido Pereira Barreto Ilha Solteira
TRI = Trilha de Roda Interna
TRE = Trilha de Roda Externa
Tabela 1 Deflexões corrigidas (1/100mm) obtidas com a viga Benkelman antes da restauração.
Resumo das deflexões características máximas por faixa:
Trecho em Km
Faixa da direita
Faixa da esquerda
DM
S
Dcd
DM
S
Dcd
650, 5-651
71,1
25,3
96,4
73,8
19,45
93,25
651-651,5
87,6
21,8
109,4
52,8
6,81
59,61
651,5-652
73,8
19,75
93,55
54,6
11,2
65,8
652-652,5
35,7
7,27
42,97
41,72
7,52
49,25
DM = Deflexão média
S = Desvio Padrão
Dcd = Deflexão característica
Tabela 2 Resumo das deflexões características máximas por faixa antes da restauração (1/100 mm).
AVALIAÇÃO ESTRUTURAL FINAL
Trecho do Km 651,5 ao Km 652
Dadm 70;
Dp (faixa direita) 93, raio de curvatura 999 m; espessura de restauração 6 cm;
Dp (faixa esquerda) 65, raio de curvatura 999 m; espessura de restauração 5 cm;
Qualidade estrutural: regular;
Critério de cálculo: deflectômetro; – Medidas corretivas: reforço.
Trecho do Km 652 ao Km 652,5
Dadm 70;
Dp (faixa direita) 42, raio de curvatura 5, espessura de restauração 5 cm;
Dp (faixa esquerda) 49, raio de curvatura 102 m; espessura de restauração 5 cm;
Qualidade estrutural: boa;
Medidas corretivas: correção de superfície.
7 REQUISITOS PARA O PERFEITO DESEMPENHO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Embora seja de uma maneira geral sempre benéfico, em qualquer obra de restauração de pavimentos, para se obter o melhor desempenho possível da aplicação do geotêxtil, três itens devem ser considera conjuntamente:
Um projeto de restauração de pavimento para a obra; – A escolha do geotêxtil adequado;
A correta instalação do geotêxtil Bidim.
A experiência e prática mostram que os três itens acima apresentam nunca deveriam deixar de coexistir.
Projeto de restauração do pavimento
Qualquer obra de recapeamento deve ser precedida pela execução de um correto “Projeto de restauração de pavimento” que leve em consideração as características estruturais (capacidade de suporte, fadiga materiais, módulos, deformabilidade/deflectometria, resiliência, espessuras, vida útil residual, etc.) e funcionais (trincamento, deformações permanentes, flexas nas trilhas de roda, irregularidades, exudações, etc.) do pavimento existente, associando ainda as condições climáticas (pluviometria, temperaturas e eventual lençol freático) ao tráfego esperado, e só a partir de análise conjunta preferencialmente feita com base na “Mecânica Pavimentos” é que se determinam as soluções de restauração a serem adotadas (tratamentos de superfície, materiais a serem utiliza, espessuras de capa, etc.).
Quando o geotêxtil é incorporado como medida de restauração para inibir a propagação das trincas de reflexão, aumentar a vida de fadiga das misturas betuminosas e impermeabilizar o pavimento no contexto do Projeto de Restauração de Pavimento é que teremos o maior benefício esperado dele, embora este sempre seja positivo (quando também bem escolhido e instalado).
A própria incorporação do geotêxtil ao projeto pode e deve ser feito baseado em critérios aborda na mecânica pavimentos, mecânica da fratura, deflexões admissíveis, vida de fadiga, fator de efetividade do geotêxtil, posição em relação a linha neutra etc.).
Geotêxtil adequado
A correta especificação do geotêxtil não passa apenas pela descrição de suas características/propriedades físicas (gramatura, cor etc.), e sim pela seleção das propriedades (e valores) requeridas para o perfeito desempenho da aplicação, para resistir aos esforços de instalação e garantir sua vida útil.
Para a aplicação em questão, camada anti propagação de trincas e aumento da vida útil de fadiga, as propriedades requeridas são: resistência à tração/alongamento, a propagação do rasgo, flexibilidade, atrito de interface, resistência a fadiga, isotropia, capacidade de absorção e retenção de asfalto, espessura adequada, porosidade e ponto de amolecimento da matéria prima superior às temperaturas de trabalho das misturas betuminosas a quente.
O geotêxtil Bidim, atende perfeitamente quanto às propriedades requeridas, notadamente o geotêxtil Bidim RT- 10.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM METODOLOGIA BÁSICA
Considerada pelos especialistas do mundo todo como crítica de fadiga das misturas betuminosas nas obras de recapeamento, a instalação do geotêxtil nãotecido é, no entanto, bastante simples e se enquadra perfeitamente na rotina e prática serviços normalmente executa neste tipo de obra.
A metodologia básica preconizada pela Mexichem Bidim, que segue abaixo, apresenta conceitos e necessidades que deveriam ser considera mesmo em obras de restauração sem a existência do geotêxtil:
Limpeza de pista Correção de defeitos estruturais localiza
Prática indicada para qualquer tipo de restauração (recapeamento), com geotêxtil ou não, todas as áreas que possuam deficiências de estrutura deverão ser abertas, retiradas as camadas deficientes eventualmente até o subleito (inclusive), recomposição do subleito/camadas com materiais compatíveis ao tipo de pavimento e que possibilitem capacidade portanto (estrutural) no mínimo igual ao restante das áreas e comportamento geral semelhante.
Muitas vezes se faz necessário a execução de drenagem subsuperficial dessas áreas problemáticas e até drenagem profunda, pois a deficiência estrutural está ligada à presença de água, seja do lençol freático, seja de capilaridade ou pluviometria retida.
Correção de depressões e irregularidades
Prática indicada para qualquer tipo de restauração, com ou sem geotêxtil Bidim, depressões e irregularidades, tais como, deformações excessivas de flechas em trilhas de roda, afundamentos localiza ou elevações produzidas por deficiência de estabilidade da mistura betuminosa antiga, ou rupturas, devem ser retiradas por fresagem da superfície ou regularizadas com mistura betuminosa devidamente aplicada e compactada, caso contrário quando aplicada a mistura betuminosa nova, como a compactação em geral é feita de forma homogênea em toda a superfície, aquelas regiões de maior espessura (depressões) ficam com menor densidade, e o tráfego poderá reproduzir em pouco tempo o mesmo problema anterior (depressões e irregularidades).
Depressões e irregularidades produzidas por misturas sem estabilidade devem preferencialmente ser retiradas por fresagem da superfície, caso contrário o problema pode-se repetir na capa nova. Quando se utilizar o recurso da retirada de material da superfície por processo de fresagem, recomenda-se soltar o tráfego sobre a nova superfície por algum tempo (eventualmente, dias), para a total retirada de partículas pulverulentas, minimizar a rugosidade produzida pela fresa e principalmente verificar se não se manifestarão problemas devido à redução da espessura da camada superficial, tais como desagregações e deficiências estruturais, que então deverão ser devidamente corrigidas.
Selamento das trincas
As trincas com dimensões maiores que 3mm, ou com suas bordas erodidas, devem ser seladas com aplicação de lama asfáltica, asfalto e até mistura betuminosa conforme o caso. As juntas de placas de concreto eventualmente devem ser reconstruídas ou receberem tratamento semelhante às trincas para o correto preparo da superfície.
Em pavimentos com grandes áreas trincadas do tipo “couro de crocodilo”, mesmo sem grandes erosões de bordas, às vezes é mais indicada à execução de uma camada fina de mistura betuminosa (sem agrega grau), sem dimensões definidas, aplicada com motoniveladora. Em áreas com padrões de trincamento semelhante e com erosões de borda, esta é a técnica de preparo de superfície recomendada. Esta camada aplicada sobre uma imprimação de ligação sela as trincas e possibilita um apoio perfeito do geotêxtil Bidim na superfície. Esta camada é conhecida na prática, mesmo em processos de restauração sem o uso do geotêxtil Bidim como “camada de sacrifício” ou “massa fina”.
Esta etapa de selagem de trincas é muito importante para o bom desempenho do geotêxtil Bidim, pois garante o seu total apoio na superfície e contato com a camada inicial de asfalto, garantindo uma boa impregnação.
Limpeza da pista
As operações anteriormente descritas podem sujar a pista ou depositar agrega. A correta limpeza da pista garante a perfeita aderência do asfalto e do geotêxtil Bidim nas etapas seguintes. A limpeza para retirar eventuais agrega evita a perfuração do geotêxtil Bidim
Primeira aplicação do ligante asfáltico
Deve ser feita com cimento asfáltico indicado para as condições climáticas regionais
(viscosidade/penetração/susceptibilidade térmica). O ligante deverá ser uma emulsão asfáltica ou um cimento asfáltico.
A escolha entre uma emulsão ou um cimento asfáltico vai das condições de disponibilidade mesmos na obra, equipamentos disponíveis, temperaturas locais, horário de trabalho (dia/noite) e pluviosidades. Em locais muito frios o uso de emulsão pode exigir muito tempo para o seu rompimento e cura, ou até inviabilizar seu uso.
No caso de uso de emulsão asfáltica deve-se esperar a ruptura e cura do material para a etapa posterior de instalação do geotêxtil Bidim. Recomenda-se o controle da taxa de asfalto através de bandejas (pesagem antes e depois da aplicação), para a obtenção da taxa desejada e melhor homogeneidade da aplicação. Eventuais correções da taxa total podem ser feitas por ocasião da segunda aplicação de ligante asfáltico. É mais indicado trabalhar com condições que levem eventualmente a taxas menores que a esperada na primeira aplicação, pois correções podem ser feitas na segunda aplicação. Excessos são difíceis de corrigir (aplicação de areia seca, por exemplo).
A taxa total de asfalto (residual) depende do estado da superfície do pavimento antigo. Se mais liso exige menos asfalto, se mais rugoso ou trincado exige mais asfalto. Existe uma taxa ideal, que é responsável pela saturação do geotêxtil Bidim, pela ligação com a superfície antiga/selagem eventual de trincas e pela ligação com a nova capa. Na prática, a taxa total de asfalto residual (primeira mais segunda aplicação) para trabalhos como o geotêxtil Bidim RT-10 gira em torno de 1,00 a 1,20 litros/m². Para a primeira aplicação a taxa residual indicada é de 0,70 a 0,90 litros/m².
Ajustes em função da superfície do pavimento antigo devem ser feitos na obra (textura, rugosidade e até rampas). A falta de asfalto é danosa pela não impermeabilidade e eventuais faltas de aderência. O excesso é danoso pela exsudação e eventuais escorregamentos. No entanto o processo não é tão rigoroso e as práticas de obra conseguem obter e aplicar as taxas ideais facilmente.
Instalação do geotêxtil Bidim
O geotêxtil Bidim pode ser desenrolado e instalado manualmente ou com auxílio de equipamentos apropria.
Esses equipamentos, que vão desde simples “pendurais” até máquinas mais performantes, devem ser utiliza principalmente em obras que requeiram produtividade.
O geotêxtil Bidim deve ser instalado o mais esticado possível evitando-se rugas. No caso eventual de rugas, estas devem ser eliminadas com cortes e recuperadas com sobreposições simples, ou preferencialmente, de topo.
As uniões longitudinais das mantas de geotêxtil Bidim deverão ser feitas por sobreposições de 5 a 10 cm. Essas uniões devem ser feitas preferencialmente fora da região de solicitação das cargas de roda (trilhas), ou seja, no eixo de pistas simples e nas divisões das faixas de tráfego. Quando da aplicação da primeira manta de geotêxtil Bidim e da camada de revestimento, a vibro acabadora deverá estar com a dimensão da mesa regulada para deixar uma faixa adicional de geotêxtil sem aplicação da mistura betuminosa, para a sobreposição com a próxima manta a ser instalada.
As uniões transversais podem ser feitas de topo (preferencialmente) ou por sobreposição, neste caso não se esquecendo de sobretaxas de asfalto para a perfeita impregnação.
Nas instalações em curvas horizontais abertas, como são normalmente as curvas rodoviárias, principalmente com o uso de pendurais e equipamentos de instalação, o geotêxtil Bidim é suficientemente deformável para se adaptar perfeitamente às condições geométricas da pista, mantendo as condições ideais de instalação. No caso de curvas horizontais muito fechadas, normalmente urbanas, principalmente com instalações manuais do geotêxtil Bidim, para evitar a formação prejudicial de rugas, deve-se instalar a manta em trechos “tangentes” retirando-se por corte os excessos forma e fazendo-se emendas preferencialmente de topo.
Rolagem do geotêxtil
Esta operação é considerada muito importante para a perfeita aderência do geotêxtil Bidim e seu adensamento pelo processo de expulsão de ar e ascensão do asfalto (impregnação).
Sobre as superfícies fresadas, onde o asfalto aplicado tende a se deslocar para regiões mais baixas das saliências da superfície, a compactação também ajuda a fazer uma redistribuição e uniformização. Com esta rolagem começa o processo de impregnação e fixação do geotêxtil, resultando no final em uma membrana tem saturada, impermeável e com deformação adequada.
Pesquisas tecnológicas mostraram que o desempenho do sistema é mais eficaz quando esta operação de rolagem diretamente sobre o geotêxtil Bidim é efetuada. A rolagem é feita com rolo de pneus (com controle de pressão), que passa sobre o geotêxtil com baixa pressão de inflação (aproximadamente 40 lbf/in²). Conforme o tipo de asfalto utilizado (viscosidade/penetração) e temperatura local. Uma ou duas passadas do rolo são suficientes. Para temperaturas baixas pode-se fazer o resultado aumentando a pressão ou com maior número de passadas.
Com esta operação se obtém total aderência do geotêxtil Bidim e início da impregnação por penetração invertida. O aspecto da superfície é um tom “pardo” mesclado pelas marcas pneus do rolo compactador. A operação (número de passadas x pressão) deve ser feita de forma que o asfalto não suba muito na superfície provocando aderências nos pneus do rolo compactador.
Segunda aplicação do ligante asfáltico
Visando promover a perfeita aderência da nova capa sobre o geotêxtil Bidim, bem como completar e taxa total de asfalto (corrigindo faltas iniciais eventuais), sobre o geotêxtil Bidim (após rolagem) é feita a segunda aplicação de ligante asfáltico.
No geotêxtil Bidim RT-10 a taxa de asfalto residual aplicada gira em torno de 0,30 litros/m² nessa segunda aplicação. Por ocasião da compactação da mistura betuminosa a quente (operação final), o asfalto termina por se distribuir pelo corpo do geotêxtil dando-lhe perfeitas condições de impregnação. Recomenda-se que após a compactação da mistura sejam retira corpos de prova para verificação da impregnação do geotêxtil e taxa total de asfalto aplicada.
Salgamento da superfície
Esta operação é feita com o objetivo de evitar a aderência do asfalto/geotêxtil Bidim nas rodas caminhões de transporte ou rodas/esteiras da vibro-acabadora. O salgamento é feito com a própria mistura betuminosa, em pequena quantidade apenas nos locais onde passarão as rodas/esteiras.
Em locais frios, esta operação muitas vezes é dispensada.
Uma correta orientação aos motoristas caminhões que transportam a mistura betuminosa ajuda a minimizar a necessidade do “salgamento”.
Aplicação e compactação da mistura betuminosa
Operação feita dentro padrões e critérios tradicionais.
Considerações complementares
A metodologia acima apresentada para a perfeita instalação do geotêxtil Bidim é de caráter geral, sendo assim pode e deve sofrer eventuais alterações visando obter a melhor adequação para as condições específicas da obra e para a melhor produtividade e desempenho possíveis.
Os fatores e peculiaridades que influem em cada situação são: equipamentos e pessoal disponível, produtividade, temperaturas locais, período de execução (dia e noite), umidade relativa do ar, condições de superfície do pavimento, tipo de asfalto utilizado nas imprimações (emulsão ou cimento asfáltico), propriedades do resíduo asfáltico (CAP) utilizado no tocante à viscosidade/penetração/suscetibilidade térmica, gramatura do geotêxtil utilizado, rampas e curvas (geometria) do pavimento, outros.
Sendo assim, até etapas podem ser eliminadas ou condensadas, mas com todo o critério possível para garantir as perfeitas condições de instalação do geotêxtil, preparo de superfície adequado, taxa de asfalto adequada, perfeita impregnação, perfeita aderência geotêxtil-pavimento antigo e geotêxtil-novo capa etc.
A Figura 5 mostra o resultado do correto selamento de trincas e o resultado de um selamento incorreto de trincas.
No caso incorreto o geotêxtil acaba por penetrar na trinca resultando em uma rápida propagação dela, além de que o asfalto residual aplicado desce pela trinca e não resulta em impregnação do geotêxtil comprometendo a impermeabilidade do local.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM TRECHO EXPERIMENTAL
Correção de defeitos estruturais localiza Correção de depressões e irregularidades
Como o pavimento se apresentava isento de defeitos estruturais, depressões, irregularidades e outros, fora o trincamento, não houve necessidade de preparo do pavimento nesse sentido.
Selagem das trincas
Na pista Ilha Solteira Pereira Barreto, sub-trecho T1, a superfície do pavimento apresentava trincas do tipo “couro de jacaré” com dimensões pouco superiores a 3mm. Nessa região foi feito um trabalho de selagem de trincas através da aplicação de mistura betuminosa (CBUQ) apenas com os “finos’, que foi aplicado manualmente sobre a superfície seguida limpeza manual com vassoura para que esses finos penetrassem nas trincas. Nas demais áreas não houve necessidade de selagem de trincas.
Primeira aplicação do ligante asfáltico
A emulsão asfáltica RR2C foi aplicada com uma temperatura de 50/55°C, com barra espargidora. As taxas de asfalto foram devidamente controladas com o auxílio de bandejas (pesagem antes e depois). Foi esperada a devida cura de emulsão. Cada subtrecho de aplicação do ligante betuminoso teve seu devido controle de taxa de asfalto, sendo que a média determinada foi:
Taxa de emulsão pura: 1,21 litros/m²
Taxa de resíduo asfáltico (CAP): 0,79 litro/m²
Instalação do geotêxtil Bidim
Havia sido preparado para a execução do Trecho Experimental um “pendural’ (conforme Figura 7), porém este só foi utilizado no início trabalhos de instalação no sub-trecho T3, pois as bobinas de geotêxtil Bidim estavam sem o tubo de papelão (haviam sido retira). O restante do trecho foi instalado manualmente, com o devido cuidado para se evitar rugas (as poucas rugas foram retiradas com cortes e emendas feitas “topo a topo”). As emendas entre mantas na longitudinal foram feitas por sobreposição no eixo da pista e, portanto, fora das trilhas de rodas. As emendas transversais foram feitas do tipo “topo a topo”. Apesar de ter sido instalado manualmente, graças ao treinamento inicial feito com a equipe de operários, pode-se considerar que o geotêxtil Bidim foi bem instalado.
Rolagem do geotêxtil
Sobre toda a superfície do geotêxtil foi efetuada a operação com rolo de pneus, variando-se o número de passadas e pressão pneus em função da temperatura local horária (muito elevada principalmente nesta época do ano fevereiro/92). De uma maneira geral, a rolagem foi controlada visualmente, sendo que nos períodos menos quentes contou de duas passadas com pressão de 70 lbf/in² e nos períodos mais quentes de uma passada com pressão de 40 lbf/in².
Segunda aplicação do ligante asfáltico
A emulsão asfáltica RR2C foi aplicada sobre o Bidim nas mesmas condições da primeira aplicação, também com controle através de bandejas, sendo a taxa média:
Taxa de emulsão pura: 0,73 litros/m²
Taxa de resíduo asfáltico (CAP): 0,47 litros/m²
Salgamento da superfície
Como a temperatura local é muito elevada, o “salgamento” da superfície foi efetuado, com a própria mistura retirada da caçamba da vibro-acabadora, apenas na região das rodas caminhões de transporte de CBUQ e da vibro-acabadora. No final de um dia de trabalho, devido à queda da usina de asfalto, foi necessária a aplicação de um “salgamento” sobre toda a superfície em uma grande extensão da faixa Ilha Solteira Pereira Barreto do subtrecho T1 para evitar o tráfego diretamente sobre o geotêxtil Bidim. A capa de rolamento foi aplicada no dia seguinte sem que nenhum dano tenha sido provocado no sistema geotêxtil + asfalto.
Aplicação e compactação do CBUQ
Executado com os procedimentos tradicionais sem maiores observações, apenas que foi tomado o devido cuidado para que na oportunidade da aplicação do CBUQ na primeira faixa da pista fosse deixando uma sobre largura de geotêxtil Bidim sem que a mistura betuminosa para a posterior sobreposição longitudinal (eixo da pista) da manta lateral contígua.
10 TREINAMENTO PARA A EQUIPE DA CONSTRUTORA SANCHES TRIPOLONI
Antes da execução serviços de implantação do Trecho Experimental, foi feita uma palestra de treinamento, não só para o engenheiro da obra, mas também e principalmente para os encarrega, laboratoristas, motoristas, operadores de máquinas e operários, de maneira que na ocasião de execução de cada atividade estes sabiam exatamente o que fazer, e mais importante, “por que fazer”.
Graças a este treinamento, que motivou a to os envolvi, a execução do Trecho Experimental transcorreu muito bem e com excelente qualidade.
Esta experiência serviu de exemplo para ser aplicado em qualquer obra, pois quando os operários e demais envolvi sabem exatamente “o que fazer” e “por que fazer”, a motivação pode levar ao sucesso mais facilmente.
11 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO TRECHO EXPERIMENTAL MAIO 1993
Em avaliação subjetiva do estado da superfície do pavimento do Trecho Experimental efetuada em 06 de maio de 1993, com 1 ano e 3 meses de implantação, verificou-se que os três sub-trecho (T1, T2 e T3), com e sem o geotêxtil Bidim, encontravam-se em perfeitas condições, sem defeitos ou quaisquer indícios de trincamentos. Pretende-se continuar com as avaliações para o acompanhamento do desempenho subtrechos.
12 AGRADECIMENTOS
A implantação do Trecho Experimental só foi possível graças à determinação e apoio do Engº Ademilton de Matos, Diretor Técnico da DR-11 (Araçatuba) do DER-SP e ao apoio incondicional da Construtora Sanches Tripoloni, principalmente do Engº Carlos Alberto A. Rodrigues, a quem agradecemos.
Nossos agradecimentos especiais aos operários motoristas, laboratoristas, encarrega e demais funcionários da Construtora Sanches Tripoloni e do DER-SP, pela colaboração e especial sentimento de profissionalismo demonstrado durante os trabalhos de implantação do Trecho Experimental.
13 BIBLIOGRAFIA
COLOMBIER, Georges. Fissuration dês Chaussés Nature et Origine des Fissures Moyens pour Maitriser leur Remontés, Reflective Cracking in Pavements Assesment and Control, Liége, Bélgica, março de 1989.
MARONI, Laerte Guião et Al. Aplicação do geotêxtil nãotecido na Restauração do Pavimento da Ruta 5 e Ruta 7 “Uma Experiência Argentina”, 26ª Reunião Anual de Pavimentação, Aracaju (SE), outubro de 1992.
MARONI, Laerte Guião Aplicações Recentes de Geotêxtil en Repavimentacion Asfáltica, Congresso Nacional de Vialidad y Trânsito, Buenos Aires (Argentina), dezembro de 1992.
Relatórios Internos Atividade Bidim.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista geral do sub-treco T1 antes da execução da restauração. A faixa esquerda de tráfego apresentava padrão de trincamento mais severo que a faixa direita (11/09/91).
Padrão de trincamento do pavimento no sub-trecho T1 antes da restauração (11/09/91) Estaca 1513.
Padrão de trincamento do pavimento no sub-trecho T2 antes da restauração (11/09/91) Estaca 1498.
Padrão de trincamento do pavimento no sub-trecho T3 antes da restauração (11/09/91) Estaca 1485.
Selagem das trincas do sub-trecho T1 com vassouramento de “pó de CBUQ” (07/02/92).
6 Operação de limpeza da pista (07/02/92).
Primeira aplicação do ligante asfáltico (07/02/92).
Instalação do geotêxtil Bidim com o auxílio do “pendural” (07/02/92).
Instalação do geotêxtil Bidim com processo manual (07/02/92).
Rolagem sobre o geotêxtil Bidim com o rolo de pneus (07/02/92).
Segunda aplicação do ligante asfáltico (07/02/92).
Aplicação do CBUQ sobre o geotêxtil Bidim devidamente impregnado com asfalto. Sob as trilhas de passagem do caminhão a operação de “salgamento” com o CBUQ para evitar a aderência nas rodas (07/02/92).
Compactação final do CBUQ com o rolo de pneus. Observar a sobre largura excedente do geotêxtil Bidim sem a aplicação do CBUQ para a união longitudinal com a próxima manta para execução da outra faixa de tráfego (07/02/92).
Aspecto da superfície do pavimento no subtrecho T1 (com geotêxtil Bidim) após 1 ano e 3 meses de execução da restauração (06/05/93). Estaca 15.
Aspecto da superfície do pavimento no subtrecho T2 (sem Bidim) após 1 ano e 3 meses da execução da restauração (06/05/93) Estaca 1498.
Aspecto da superfície do pavimento no subtrecho T3 (com geotêxtil Bidim) após 1 ano e 3 meses da execução da restauração (06/05/93). Estaca 1484.
Aspecto geral do pavimento no subtrecho T1 (com geotêxtil Bidim) após 1 ano e 3 meses da execução da restauração (06/05/93).
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
Este trabalho apresenta detalhes sobre a implantação e avaliação do Trecho Experimental de aplicação do geotêxtil Bidim na restauração do pavimento da Rodovia SP-320 (Rodovia Euclides da Cunha), trecho Votuporanga-Fernandópolis, realizado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Paulo (DER-SP), na DR-9, sobre pavimento semi- rígido.
O PROBLEMA
Implementar um sistema capaz de evitar o trincamento da restauração do pavimento da Rodovia SP-320.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado o Geotêxtil Bidim como elemento imprescindível no sistema anti trincamento da obra em questão.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO:06/05/93
LOCALIZAÇÃO:Rodovia SP-320 (Rodovia Euclides da Cunha
CLIENTE:Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Paulo (DER-SP)
TIPO DE OBRA:Reparação de rodovia
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Camada anti propagação de trincas
QUANTIDADE UTILIZADA:Geotêxtil BIDIM
TRINCAMENTO EM PAVIMENTOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Qualquer que seja o tipo de estrutura do pavimento, quer seja flexível, rígida ou semirrígida, mesmo bem projetadas e bem construídas, essas se degradam com o passar do tempo, seja pela ação do tráfego ou pela ação de fatores climáticos, ou desses dois fatores conjuntamente.
A principal demonstração do nível de degradação estrutural pavimentos é seu nível de trincamento (tipos e quantidades). O trincamento pode se associar a outros tipos de defeitos, sejam estruturais ou funcionais, levando os pavimentos à ruína ou a um nível de serventia inadequado. Qualquer projeto ou medida de restauração deve levar em consideração o trincamento.
2.1 Possíveis origens das trincas
Fadiga
O fenômeno da fadiga é característico de qualquer tipo de material quando sujeito a esforços dinâmicos, e é caracterizado por levar a estrutura ao colapso, mesmo tendo sido submetido a tensões inferiores à de ruptura. A existência de fissuras/microfissuras no material vem acelerar ainda mais o fenômeno de fadiga.
Devido ao tráfego suportado pelo pavimento ao longo do tempo, a fadiga se traduz pelo aparecimento de trincas. Essas trincas de fadiga, pelo efeito dinâmico da ação das cargas repetidas do tráfego, têm início nas trilhas de roda, geralmente na parte inferior da camada de revestimento betuminoso, e essas trincas crescem de baixo para cima até atingir a superfície do pavimento. Segundo estu, este fenômeno acontece desta forma para pavimentos com camadas betuminosas com espessuras em torno de 20 cm, o que é o caso predominante no Brasil.
Essas trincas de fadiga podem também aparecer em toda a estrutura do pavimento (sub-base, base e revestimento), dependendo do material com que é constituída.
Retração
A retração impedida de uma camada da estrutura do pavimento de comprimento quase infinito se traduz por trincas/fissuras cada vez que o atrito de interface da camada com seu suporte são suficientes para que se criem, dentro desta camada, tensões superiores à sua resistência à ruptura por tração.
A retração pode ser pelo efeito da “pega” do ligante hidráulico (cimento) ou por efeito térmico (variação do volume por efeito da variação da temperatura: dia/noite, inverno/verão).
Como regra geral, a origem de trincamento por retração é típica de camadas tratadas com ligantes hidráulicos (cimento), tais como solo-cimento, concreto, concreto pobre rolado, brita graduada tratada com cimento, etc. Porém, em climas muito rigorosos, este fenômeno pode produzir trincas também em misturas betuminosas, especialmente nas camadas de rolamento.
Movimentos do subleito ou de camadas estruturais
Movimentos ou a perda de capacidade de suporte do subleito ou de camadas estruturais (reforço, sub-base e base) podem criar trincas/fissuras que se propagam pelas camadas sobrejacentes e de revestimento. Sua origem pode ser:
Perda da capacidade de suporte (perda da resistência ao cisalhamento) pelo aumento da umidade em solo/pavimento mal drenado;
Adensamento lento sob o efeito dinâmico do tráfego de um solo/material compressível ou de um aterro/material mal compactado;
Ruptura/escorregamento do terreno, especialmente em seções mistas de corte-a terro;
Retração hidráulica de solos argilosos por perda excessiva de água após perigo muito secos;
Inchamento de solos argilosos pelo excesso de água, seja pela penetração na superfície do pavimento ou por lençol freático/ascensão capilar;
Inchamento do solo/materiais por efeito do congelamento da água mal drenada nas camadas de pavimento;
Solos/materiais muito resilientes.
Defeitos de construção
Erros de concepção ou de construção de uma ou mais camadas do pavimento podem se constituir na origem do aparecimento de trincas/fissuras:
Variação transversal da capacidade portanto: este problema é frequente quando do alargamento de uma rodovia antiga ou ainda construção de terceiras faixas, entre o pavimento antigo e o novo cria-se uma trinca longitudinal, especialmente quando neste local coincide a “trilha de roda”.
Juntas de construção: as uniões longitudinais entre as faixas, ou transversais com a retomada de serviços, criam zonas fracas quando mal executadas e preparadas. Esses defeitos são comumente a causa de fissura/trincas, e são mais características em materiais hidráulicas (cimenta), embora possam ocorrer também em materiais betuminosos;
Descolamento entre camadas: quando a ligação entre a camada de rolamento e sua camada de apoio não é boa, a camada de rolamento pode fissurar-se rapidamente sobre os efeitos do tráfego, seja por falta de distribuição de tensões ou por escorregamento.
2.2 As consequências desfavoráveis do trincamento
O aparecimento das trincas na superfície pavimentos não se constitui apenas em problema de aspecto visual ou estético, mas se constitui em fator mais importantes, pois suas consequências são desfavoráveis para a manutenção e perenidade de sua vida útil e serventia, devido principalmente:
Perda de estanqueidade
As trincas permitem que as águas de chuva penetrem nas camadas estruturais e subleito, com todas as consequências nefastas já conhecidas:
perda de capacidade de suporte;
bombeamento de finos;
aumento das deflexões; – aumento da deformabilidade; – outras.
Concentrações de tensões sobre o subleito
As descontinuidades criadas pelas trincas aumentam a deformação e provocam a concentração de tensões provenientes do tráfego sobre o subleito.
Aumento das tensões e deformações no pavimento;
Aumento das deformações nas bordas das placas criadas pelas trincas produz tensões nas camadas estruturais que reduzirão a durabilidade do subleito, sem falar na alteração total das distribuições dessas tensões.
Degradação da camada de rolamento na vizinhança das trincas;
Pela movimentação proveniente do tráfego, o atrito gerado leva à erosão das bordas do revestimento e muitas vezes ao destacamento e arrancamento de agrega ou de pequenos blocos que levam ao aparecimento muitas vezes de grandes defeitos.
As consequências acima provenientes do trincamento, vão se somando, levando o pavimento à ruína, desta forma, tudo deve ser feito para evitá-las ou minimizar seu crescimento e efeito.
REFLEXÃO DE TRINCAS
O trincamento em um pavimento é um fato normal, embora de consequências por vezes desastrosas, porém, o fenômeno de “reflexão de trincas”, isto é, o reaparecimento na superfície da camada nova de restauração do padrão de trincamento da superfície antiga, que pode ocorrer dentro de intervalos de tempo bastante curto após a execução da restauração, vem complicar bastante a problemática da restauração de pavimentos trinca.
A reflexão de trincas existentes para uma camada superior está ligada ao fato que, sobre o efeito das solicitações diversas (tráfego, variação de temperatura e variações hidráulicas do solo), as bordas da trinca existente movimentam-se e transferem este movimento ou criam concentrações de tensões dele provenientes na camada imediatamente superior, que por processo de fadiga inicia ali uma trinca que cresce rapidamente em direção à superfície em função da continuidade do fenômeno.
O estudo da reflexão de trincas exige o conhecimento adequado de como e qual a natureza da movimentação das trincas, que basicamente podem ter origem em três tipos de solicitação:
Tráfego
Os veículos, notadamente os pesa, passam sobre ou vizinho à trinca, produzindo depressões (deflexões) da borda carregada. De maneira geral, o tráfego produzirá movimentos verticais por das trincas.
Variações de temperaturas
As variações de temperatura, noite/dia e inverno/verão, criam alongamentos e retrações de partes do pavimento compreendidas entre duas trincas (ou juntas). Em certos casos, a existência de um gradiente térmico elevado dentro da camada trincada poderá produzir um arqueamento desta camada (ou placa).
Variações hidráulicas do solo
Que elas tenham sido ou não a origem das trincas, as variações hidráulicas do solo/camadas são suscetíveis de criar movimentos de abertura e fechamento por dessas trincas.
O mecanismo de reflexão de trincas é bastante complexo, no qual influem não só o tipo de solicitação sobre o pavimento trincado, mas também o tipo de estrutura que compõe o pavimento, a natureza e a forma da trinca existente, a distância entre os por da trinca, espessura de camada, velocidade, amplitude, etc.
Entre as diversas teorias que tentam explicar o fenômeno de reflexão de trincas, a “Mecânica das Fraturas” é a que permite o tratamento mais correto.
A Mecânica das Fraturas é a mecânica do meio contínuo aplicado a sóli elásticos. Oriunda da metalurgia, tem sido utilizada na análise de ensaios de fadiga de misturas asfálticas e compreensão do surgimento e propagação das trincas.
Aplicável ao processo de trincamento também em pavimentos novos indica a existência de microfissuras distribuídas na massa e mistura betuminosas, que com a repetição das solicitações térmicas e de carga de tráfego, essas figuras crescem por fadiga. No caso de pavimentos já trinca, o fenômeno seria semelhante, com o agravante da maior dimensão das trincas existentes, o que leva ao fenômeno da “reflexão”.
No caso de pavimentos novos, a microfissura que apresenta maior probabilidade de crescer ao ponto de se tornar uma trinca visível é aquela que se encontra na região de solicitação máxima. No caso de camadas de reforços constituídas sobre pavimentos trinca ou com juntas, a região de solicitação máxima ocorre imediatamente acima da trinca ou junta (local de deflexão máxima sobre a carga de roda), fazendo com que surja nesse ponto, uma trinca de reflexão.
Pioneiro no estudo da mecânica das fraturas para uso em pavimentos, G. R. Irwin (1957) propôs o conceito de “Fator de Intensidade de Tensões” e observou que o comportamento da trinca pode ser representado e explicado por três tipos independentes de movimentos cinemáticos com relação às bordas da trinca, conforme os deslocamentos resultantes contribuam para a abertura, cisalhamento ou rasgamento, ou seja, mo de deslocamento relativo das superfícies das bordas da trinca. Esses três mo (I, II e III) são, portanto, necessários e suficientes para descrever toos mo possíveis de comportamento da trinca (Figura 1).
Figura 1 Mo de fratura (trincamento).
Cada um movimento da trinca é associado a um campo de tensões na vizinhança imediata da extremidade da trinca, que gera o “Fator de Intensidade de Tensões”, que determina a taxa de velocidade de propagação da trinca. O “Fator de Intensidade de Tensões” depende da carga, geometria e configuração da trinca e rigidez do material.
O trincamento por reflexão, produzido pelo tráfego, é provavelmente uma combinação mo I e II de deslocamento da trinca, embora o modo III possa também acontecer se, por exemplo, a trinca não é normal à direção do fluxo de tráfego (Figura 2).
Variações térmicas resultam geralmente em tensões normais ao plano da trinca, o que dá origem ao modo I de deslocamento (Figura 2).
O Profº Jacques de Medina, e o Engº Régis Martins Rodrigues apresentam em seu trabalho “A Mecânica da Fratura Aplicada ao estudo do Trincamento de Pavimentos”, a Figura 3 que representa esquematicamente as solicitações do tráfego que causam o surgimento e a propagação de trincas pela ação de uma roda.
Quaisquer que sejam os agentes externos (tipo de solicitação) que promovem a reflexão de trincas (tráfego, variações de temperatura ou variações de umidade), ela seria o resultado de resistência à tração insuficiente ou falta de ductibilidade do cimento asfáltico para suportar as tensões de tração e cisalhamento induzidas. Esse pode não ser o caso de misturas betuminosas novas, mas pode sê-lo dentro de alguns meses conforme o tipo de asfalto, intemperismo, grau de compactação, grau de oxidação etc.
SOLUÇÃO COM GEOTÊXTIL BIDIM
Diversas são as tentativas para solucionar ou minimizar o complexo problema da reflexão de trincas. As soluções são as mais diversas que vão desde a simples adoção de grandes espessuras de restauração até a interposição de camadas intermediárias especiais, como é o caso do geotêxtil nãotecido impregnado com asfalto.
O geotêxtil Bidim é instalado devidamente impregnado com asfalto sobre o revestimento trincado/fissurado e sob a nova capa de rolamento, com o objetivo de retardar a propagação das trincas. Este fenômeno de retardamento da propagação das trincas pelo fato da estrutura geotêxtil + asfalto formar uma camada de descontinuidade viscoelástico que minimiza a intensidade das tensões sobre a trinca existente no momento da solicitação da carga de roda, efeito térmico e efeito de movimentos. Este efeito de redução de tensões ocorre provavelmente pela dessolidarização entre a camada trincada e a nova capa de rolamento, permitindo o livre movimento das bordas da trinca inferior e pelo redirecionamento da trinca existente passando está a se propagar na horizontal, mediante um deslocamento localizado entre a capa de rolamento e o pavimento antigo em ambos os la da trinca. Esse redirecionamento dissipa a energia diminuindo a intensidade das tensões.
Complementarmente ou como objetivo principal, o conjunto geotêxtil Bidim + asfalto forma uma membrana com boas características de estanqueidade, colaborando com o aumento da vida útil do pavimento evitando a entrada de água em sua estrutura, mesmo que após certo número previsto de solicitações venham a aparecer trincas de fadiga no revestimento.
O sistema composto pelo geotêxtil Bidim devidamente impregnado com asfalto tem um comportamento rígido sob tensões rápidas produzidas pelo tráfego, e quando sob tensões lentas de origem térmica tem um comportamento dúctil.
Como “Camada Antipropagação de Trincas”, o geotêxtil Bidim absorve as tensões localizadas que poderiam danificar a nova capa de rolamento pelo efeito da reflexão de trincas e aumenta, de maneira geral, a vida de fadiga desta mistura (Figura 4).
TRECHO EXPERIMENTAL RODOVIA SP-320
O fenômeno de reflexão de trincas é, reconhecidamente, um problema constante na restauração pavimentos, principalmente naqueles que tenham estrutura composta por bases ou sub-bases de solo-cimento, de comportamento semi-rígido.
Por isso, convivendo com esse problema constantemente, durante a restauração do pavimento da Rodovia SP-
320, que contém base de solo-cimento, a Diretoria Regional de do Rio Preto (DR-9) do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Paulo, decidiu por iniciativa de seu Diretor Técnico o Engº Carlos Milanezi, testar a técnica reconhecida internacionalmente de aplicação de geotêxtil nãotecido como “Camada Anti-Propagação de Trincas”.
Desta forma, após contato efetuado junto à Atividade Bidim selecionou-se um trecho da rodovia para a implantação do Trecho Experimental.
Depois de uma seleção prévia, o DER-DR9 optou pela escolha de um trecho localizado entre os Km 549 e Km 549,3, que apresentava uma rampa de 5,7% e largura da pista de 7,0 m (duas faixas de tráfego), além de uma terceira faixa.
O pavimento originalmente construído em 1964 já havia passado por duas restaurações (em 1974 e 1986), tendo recebido na implantação do trecho experimental espessura de capa de 3 cm em CBUQ.
Não se dispunha de informações sobre o comportamento estrutural do pavimento no local, desta forma a avaliação deveria recair simplesmente em função do desempenho do sub-trecho com geotêxtil Bidim e do sub- trecho testemunha (sem geotêxtil Bidim) quanto à velocidade de propagação de trincas.
O geotêxtil Bidim foi implantado na faixa de tráfego em rampa ascendente, que recebe maiores solicitações e, em consequência apresentava superfície bem mais trincada e deteriorada que a do subtrecho testemunha. A faixa com rampa descendente, mais bem preservada, não recebeu a aplicação do geotêxtil Bidim e foi mantido como testemunha.
O Trecho Experimental foi implantado no dia 06/10/1990.
Localização
O Trecho Experimental localiza-se na Rodovia SP-320 (Rodovia Euclides da Cunha), no trecho Votuporanga – Fernandópolis, do Km 549 ao Km 349 + 300,00 m, conforme a Figura 5.
Empresa responsável pela obra
A execução das obras de restauração da Rodovia SP-320 (Rodovia Euclides da Cunha) e a implantação do Trecho Experimental estiveram a cargo do SANCHES TRIPOLONI CONSTRUTORA, por intermédio do contrato nº 7768/9 edital 097/89-CO referente aos serviços de recapeamento, melhorias e construção de terceiras faixas do Km 545 ao Km 639 (94 Km).
Disposição do Trecho Experimental
O Trecho Experimental é composto de dois subtrechos (Figura 6):
Subtrecho com geotêxtil Bidim, com cerca 200 m de extensão.
Localizado na faixa de tráfego ascendente (rampa positiva) sentido Votuporanga-Fernandópolis (faixa direita). Estaca 3601 + 14,65 m a estaca 3611 + 13,30 m.
Subtrecho sem o geotêxtil Bidim (Testemunha) com cerca de 200 m de extensão.
Localizado na faixa de tráfego descendente (rampa negativa), sentido Fernandópolis-Votuporanga (faixa esquerda). Estaca 3601 + 14,65 m a estaca 3611 + 13,30 m.
Tipo de Veículos
Leves
3572
Médios
339
Pesados
651
Semi-reboque/reboque
214
Ônibus
139
Total………..(VDM)………….
4915 veículos por dia
Estrutura do Pavimento e Restauração
A Rodovia SP-320 foi originalmente pavimentada em 1964, tendo sido restaurada em 1974 e 1990 (ocasião de implantação do Trecho Experimental), conforme histórico que segue:
Base de solo-cimento Starpav 1964 15 cm teor de cimento = 10% em volume Resistência a compressão:
De projeto: 25kgf/cm² Mínima: 16kgf/cm²
Sub-leito: Starpav -1964
15 cm compactado a 95% do Proctor Modificado Solo A-4 ( I6.1 ) LL=23% IP= 7% CBR=95%
Materiais utiliza
Ligante asfáltico: Para a ligação/aderência entre a superfície do pavimento e o geotêxtil, impregnação do geotêxtil Bidim e ligação/aderência com a nova capa de rolamento, foi utilizada uma emulsão asfáltica de ruptura rápida do tipo RR2C.
Geotêxtil Bidim: O geotêxtil Bidim aplicado no Trecho Experimental da SP-320 foi o RT-10, fornecido na largura de 3,70 m, que apresenta as propriedades.
Concreto Betuminoso usinado a quente: O CBUQ aplicado no trecho experimental da SP-320 foi do tipo FAIXA “C” do DER-SP.
Clima na região
Temperaturas
Média máxima 31,2ºC
Média mínima 21,40ºC
Pluviometria
Aproximadamente 00 mm/ano
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Selagem de trincas e preparo de superfície
No sub-trecho com o geotêxtil Bidim, devido ao trincamento severo e com erosões das bordas das trincas, foi aplicada uma “camada de sacrifício” composta de uma mistura betuminosa fina. Essa camada foi aplicada com moto-niveladora, sobre uma pintura de ligação feita com emulsão asfáltica RR2C. Foi aplicado um volume de 10m³ da mistura, que resultou em espessura média de aproximadamente 2 mm, que possibilitou uma boa selagem das trincas e perfeito apoio do geotêxtil Bidim.
Primeira aplicação do ligante asfáltico
A emulsão asfáltica RR2C foi aplicada com temperatura de cerca de 55ºC, tendo como objetivo e obtenção de uma taxa residual final de 1,00 kg/m² (superfície sem trincas devido à camada de sacrifício), taxa esta relativa à primeira e segunda aplicação de asfalto, porém, apesar do uso de caminhão espargidor e de controle de bandejas, a taxa final de asfalto residual não pode ser bem controlada pois a emulsão estava “batizada” com água para uso em pinturas de ligação, e uma aplicação com a quantidade necessária para gerar cerca de 0,70 kg/m² de asfalto residual exigiria muita emulsão diluída, que escorreria muito sobre a rampa. A primeira aplicação foi “corrigida” dentro do possível com uma aplicação complementar feita com a “caneta”.
Instalação do geotêxtil Bidim
O geotêxtil Bidim foi instalado manualmente, porém sem rugas que pudessem apresentar futuramente maiores problemas. As rugas que resultaram foram totalmente eliminadas com a compactação do rolo de pneus.
Compactação sobre o geotêxtil Bidim
Sobre toda superfície do geotêxtil Bidim foi efetuada a operação de compactação com rolo de pneus, que constou de algumas passadas (3 a 4) com pressão de inflação de inflação de aproximadamente 50 lbf/in².
Segunda aplicação do ligante asfáltico
A emulsão asfáltica foi aplicada sobre o geotêxtil Bidim nas mesmas condições da primeira aplicação, porém tentando-se corrigir a taxa de asfalto residual final para um total de 1,00 kg/m². Deve observado que não foi possível a cura total da emulsão pois a execução trabalhos estava atrasada e havia o risco de ter de fazer a aplicação da mistura betuminosa à noite. Apesar deste fato, que poderia redundar em escorregamentos, nada de anormal se observou posteriormente.
Salgamento da superfície
Foi efetuado “salgamento” com a própria mistura betuminosa retirada da caçamba da vibro-acabadora, executado apenas nas regiões da passagem das rodas caminhões esteiras da vibro-acabadora.
Aplicação e compactação do CBUQ
Executado com os procedimentos tradicionais, tendo-se a observar apenas que a vibro-acabadora aplicou a mistura betuminosa no sentido descendente da rampa, para evitar esforços eleva sobre o geotêxtil Bidim, pois ao contrário teria de empurrar o caminhão carregado.
TREINAMENTO REALIZADO
Antes da execução serviços de implantação do Trecho Experimental foi feita uma apresentação, em linguagem simples e de obra, não só para o engenheiro, mas também e principalmente para to os operários e técnicos envolvi na obra, sejam da Construtora Sanches Tripoloni ou do DER-SP, relativa à instalação do geotêxtil Bidim.
CONDIÇÕES DO TRECHO EXPERIMENTAL – AVALIAÇÃO
O Trecho Experimental foi avaliado quando à reflexão de trincas em diversas oportunidade, e em todas elas a diferença de comportamento era totalmente favorável ao sub-trecho com o geotêxtil Bidim:
/09/91
Executado em outubro de 1990 (06/10/90) o Trecho Experimental foi submetido à avaliação pela primeira vez em setembro de 1991 (/09/91), e enquanto o sub-trecho testemunha (sem geotêxtil Bidim) já mostrava reflexões de trincas, o sub-trecho com o geotêxtil Bidim mantinha-se totalmente preservado sem nenhuma trinca de reflexão, após 11 meses da execução da restauração.
14/08/92
Em 14/08/92, em avaliação conjunta com o técnico do DER-SP (DR-9), ou seja, quase dois anos após a restauração, verificou-se que as trincas de reflexão se avolumavam no sub-trecho testemunha, enquanto que no sub-trecho com o geotêxtil Bidim não se apresentavam sinais de trincas de reflexão. Ou seja, apesar de instalado na faixa de tráfego mais trincada e em condições mais severas de solicitação, o geotêxtil Bidim comprovava sua eficácia como “Camada Anti-Propagação de Trincas”.
09/10/92
Na oportunidade em que nos foram forneci uma série de informações sobre o pavimento da SP-320, o Eng. Carlos Milanesi, Diretor Técnico da DR-9 salientava que: “O trecho, ainda hoje, comporta-se muito bem, contrastando com as trincas do lado oposto onde está colocado o geotêxtil Bidim”.
06/05/93
Após cerca de 2 ½ anos de execução da restauração do Trecho Experimental, a diferença de desempenho em favor do sub-trecho com o geotêxtil Bidim era bastante evidente.
No sub-trecho testemunha, que antes da restauração era menos trincado e menos carregado (rampa descendente), na oportunidade da avaliação praticamente em toda sua extensão se observaram trincas de reflexão, enquanto no sub-trecho com geotêxtil Bidim, que antes da restauração era mais trincado e com solicitação mais severa, praticamente não se notavam trincas de reflexão.
TREINAMENTO PARA A EQUIPE DA CONSTRUTORA SANCHES TRIPOLONI
Antes da execução serviços de implantação do Trecho Experimental foi feita uma apresentação em linguagem simples e de obra, não só para o engenheiro, mas também e principalmente para to os operários e técnicos envolvi na obra, sejam da Construtora Sanches Tripoloni ou do DER-SP, relativa à instalação do geotêxtil Bidim.
AGRADECIMENTOS
A execução do Trecho Experimental só foi possível devido ao apoio incondicional do Eng. Carlos Milanesi, Diretor Técnico da DR-9 ( do Rio Preto) do DER-SP e do Eng. Carlos Mugaia, do DER-SP (DR- 9), responsável pela fiscalização da obra, sem falar da colaboração prestada pela Construtora Sanches Tripoloni, em especial pelo Eng. Joel Leite Salgado, a quem agradecemos.
Gostaríamos também de deixar nossos agradecimentos a toda equipe de técnicos e funcionários do DER-SP (DR-9) e da Construtora Sanches Tripoloni, pela colaboração prestada.
BIBLIOGRAFIA
COLOMBIER, Georges. Fissuration des Chaussés Nature et Origine des Fissures Moyens Pour Maitriser leur Remontée, Reflective Cracking in Pavements Assesmet and Control, Liége, Bélgica, março de 1989.
MARONI, Laerte Guião et. al. Aplicação do Geotêxtil Nãotecido na Restauração do Pavimento da Ruta 5 e Ruta 7 “Uma Experiência Argentina”, 26ª Reunião Anual de Pavimentação, Aracaju (SE), outubro de 1992.
MEDINA, Jacques de, e RODRIGUES, Régis Martins. A Mecânica da Fratura Aplicada ao Estudo do Trincamento de Pavimentos, 11º Encontro de Asfalto, Rio de Janeiro (RJ), dezembro de 1992.
Bidim Informa nº19, – outubro de 1992.
Relatórios Internos Atividade Bidim.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Padrão de trincamento e defeitos do pavimento antes da restauração (setembro/1990). A pista ascendente (à direita), que recebeu a aplicação do geotêxtil Bidim, era visivelmente a mais trincada/danificada.
Padrão de trincamento e defeitos do pavimento antes da restauração (setembro/1990) na faixa de tráfego que recebeu a aplicação do geotêxtil Bidim.
Primeira aplicação de ligante asfáltico (emulsão asfáltica diluída inadequada) com o caminhão espargidor (06/10/90).
Instalação manual do geotêxtil Bidim (06/10/90).
Operação de compactação sobre o geotêxtil Bidim com o rolo de pneus (06/10/90).
Segunda aplicação do ligante asfáltico sobre o geotêxtil Bidim (06/10/90).
Aplicação do Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). Notar o “salgamento” efetuado nas trilhas onde passavam as rodas caminhões de transporte (06/10/90).
Aparecimento das primeiras trincas de reflexão no sub-trecho sem o geotêxtil Bidim após 11 meses da execução da restauração do pavimento (/09/91).
Aspecto da superfície do pavimento no sub-trecho onde foi instalado o geotêxtil Bidim. Após 11 meses da execução da restauração do pavimento não se apresentava nenhuma trinca de reflexão (/09/91).
Trincas de reflexão na superfície do pavimento no sub-trecho sem o geotêxtil Bidim após aproximadamente 2 anos de execução da restauração do pavimento (14/08/92).
Na mesma posição da Foto 10, após 2 anos e 7 meses, aumenta a intensidade do trincamento de reflexão na faixa de tráfego sem o geotêxtil Bidim. Aparecem trincas de reflexão em praticamente toda a superfície do pavimento do sub-trecho sem o geotêxtil Bidim (06/05/93).
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
O Aeroporto Santa Maria fica localizado na cidade de Aracaju, capital do Estado de Sergipe, e a aplicação do geotêxtil Bidim teve a sua função como elemento filtrante na construção do sistema de drenos da obra da pista de pouso do Aeroporto Santa Maria. A obra se fez necessária para dar maior segurança aos aviões, uma vez que o Aeroporto Santa Maria possui uma pista de pouso e decolagem muito pequena, restringindo inclusive ao uso de aeronaves de pequeno e médio porte.
O PROBLEMA
Implementar o um sistema de drenagem que suprisse todas as necessidades da pista de pouso e decolagem de Aeroporto.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado o Geotêxtil Bidim como elemento principal no sistema de drenagem do da obra em questão.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO:Maio de 1993
LOCALIZAÇÃO:Cidade de Aracaju, capital do Estado de Sergipe
CLIENTE: Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária INFRAERO
TIPO DE OBRA:Pista de pouso do Aeroporto
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento filtrante
QUANTIDADE UTILIZADA:2.500,00 m² Geotêxtil Bidim RT-16
FINALIDADE DA OBRA
O Estado de Sergipe fica localizado na região Nordeste, ocupa uma área de 21.994 km². Aracaju é a capital do Estado, que fica situada à margem direita do rio Sergipe, próximo à foz e o oceano Atlântico (Figura 1).
A obra de ampliação da pista de pouso do Aeroporto Santa Maria começou com o desmonte de dois morros próximos à cabeceira da pista, trabalho este que já foi concluído.
A pista do Aeroporto possuía um comprimento de 2.700 m e foi aumentada em mais de 600m, passando a ter um comprimento total de 3.300 m.
Com este aumento objetiva-se o pouso de grandes aeronaves, impossível até então, possibilitando a vinda de voos charters, incrementando o turismo local, além de oferecer maior segurança nos pousos e decolagens de todas as aeronaves.
Prazo de execução
A obra foi executada obedecendo rigorosamente o seu cronograma, tendo seu início em 05 de novembro de 1992 e conclusão em 05 de maio de 1993.
Esquemas gráficos
Aeroporto de Santa Maria AJU -SE
Figura 1 (a) perfil GH e, (b) seção tipo do pavimento da pista de pouso Corte AB.
Figura 2 (a) seção tipo do pavimento da pista de pouso e, (b) trincheira drenante, detalhe.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Acabamento da escavação para iniciar a instalação do geotêxtil Bidim.
Acabamento da escavação para iniciar a instalação do geotêxtil Bidim.
Lançada a primeira camada de Brita 1, tubos para drenagem e iniciado o complemento com a brita.
Após a conclusão da camada total de Brita 1 o dreno vem sendo fechado.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
O ginásio Nilson Nelson fica localizado em Brasília-DF, e teve o desabamento da sua cobertura provocada por uma forte chuva em 1º de Janeiro de 1992. Nas obras da nova cobertura, foi executado um sistema de tratamento acústico utilizando-se o geotêxtil Bidim para absorção acústica.
O PROBLEMA
Implementar um sistema para a restauração da cobertura destruída do ginásio.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado a manta geotêxtil Bidim na construção do sistema de tratamento acústico da obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Abril de 1992
LOCALIZAÇÃO: Brasília-DF
CLIENTE: NOVACAP Companhia Urbanizadora da Nova Capital
TIPO DE OBRA: Sistema de tratamento acústico
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Promover a absorção acústica
QUANTIDADE UTILIZADA: 40.100 m² Geotêxtil Bidim RT-31
DESCRIÇÃO DA OBRA
O Ginásio Nilson Nelson está situado na cidade de Brasília/DF, Setor Desportivo Presidente Médici (Figura 1), constitui-se no maior ginásio do Brasil, com capacidade para abrigar 25.000 espectadores e possui o maior diâmetro em área coberta, com oito mil metros quadra, construído na década de 70, foi inaugurado em 21/04/73.
Constitui-se em uma atração turística da capital federal, pela sua beleza arquitetônica, recebendo diariamente visita de centenas de turistas brasileiros e estrangeiros.
Figura 1 Localização da obra.
RECUPERAÇÃO DO GINÁSIO NILSON NELSON
O ginásio Nilson Nelson teve suas instalações interditadas, em 01 de janeiro de 1992, após uma forte chuva que provocou a queda da cobertura do ginásio, impedindo que Brasília de ser sede de grandes eventos, uma vez que ele é o único da cidade que pode acolher grande público.
O ginásio Nilson Nelson, após conclusão das obras de recuperação se constituirá uns mais modernos e sofistica da América Latina, contando com modernos sistemas de ar-condicionado, iluminação e som ambiente.
A contratação das obras de recuperação da cobertura do ginásio Nilson Nelson, ficou a cargo do governo do Distrito Federal (GDF) através da NOVACAP Companhia Urbanizadora da Nova Capital, que investiu dez bilhões de cruzeiros em 1992.
A execução das obras da nova cobertura teve início em abril de 1992 e concluída em dezembro de 1992, que ficou a cargo da empresa Mendes Junior Industrial.
O projeto da nova cobertura ficou a cargo da Ícaro de Castro Mello Arquitetos Associa SC Ltda. Constitui-se de uma estrutura espacial tubular em forma de abóboda; possuindo no centro um lanternim. Toda a estrutura foi executada em aço carbono, conforme Figura 2, e recebeu um fechamento utilizando-se telhas metálicas trapezoidais.
Figura 2 Planta e corte do ginásio.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Os materiais de alta absorção acústica são normalmente porosos ou fibrosos.
Nos materiais porosos a energia acústica incidente entra pelos poros e dissipa-se em energia térmica a qual é dissipada do material absorvente por convecção natural.
Nos materiais fibrosos o som incidente entra pelos interstícios das fibras, fazendo-as vibrar junto com o ar, dissipando a energia acústica por transformação em energia térmica, pelo atrito entre as fibras vibrantes excitadas pelas ondas acústicas.
Tanto para um material fibroso como para um poroso, é essencial que ele admita a passagem de um fluxo de ar, o que terá como consequência a possibilidade da propagação de ondas acústicas pelo ar poros ou interstícios do material fibroso.
O geotêxtil Bidim sendo um nãotecido constituído de filamentos contínuos, com alta porosidade, fibroso e de baixa densidade apresenta excelentes características de absorção acústica.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
As chapas metálicas têm características próprias de ressonância acústica que dependem do material e das suas dimensões (espessura, largura, comprimento, forma, etc.).
Quando excitada por qualquer fonte mecânica ou sonora, essas chapas emitem sons que podem atingir níveis bastante eleva.
O geotêxtil Bidim promove a absorção acústica, pela sua característica fibrosa e pela alta porosidade, contribuindo para melhor o nível de conforto interno recintos através da redução de reverberação, que é a persistência de um som em um recinto limitado, depois de haver cessada a sua emissão por uma fonte.
Com a finalidade de propiciar ao ginásio Nilson Nelson um excelente nível de conforto acústico, foi executado um sistema de tratamento acústico, constituído de uma telha trapezoidal perfurada sob a telha da cobertura.
Foram utilizadas quatro camadas do geotêxtil Bidim que irá funcionar como uma camada de absorção acústica, conforme Figura 3, cujo projeto contou com a consultoria do Arquiteto Igor Sresnewski.
Figura 3 Detalhe do sistema de tratamento acústico.
As propriedades do geotêxtil Bidim, instalado entre as telhas com finalidade de absorção acústica, apresenta como características relevantes:
A aplicação do geotêxtil Bidim nas obras da nova cobertura do ginásio Nilson Nelson teve seu início em setembro de 1992, após a execução da estrutura metálica tubular e a fixação das telhas perfuradas.
As bobinas de geotêxtil Bidim RT-31, foram cortadas em painéis nas dimensões de 1,55 m de largura, isto é, a distância entre as terças metálicas, por 25 m de comprimento, o que deu origem a 4 painéis por bobinas.
Em cada bobina, houve a sobra de uma faixa de 0,60 m x 100 m que foi cortada em 3 painéis, nas dimensões de aproximadamente 0,60 m x 33,33 m que reagrupa e instala, proporcionou um painel na largura 1,55 m por 33,33 m.
O geotêxtil Bidim foi aplicado em quatro camadas, sendo que as emendas painéis foram feitas por sobreposição.
Os painéis de geotêxtil Bidim foram colocados soltos entre as terças, utilizando-se um arame galvanizado, instalado perpendicularmente as terças, fixa nas extremidades da estrutura metálica.
As bobinas de geotêxtil Bidim cortadas em painéis, além de otimizar a utilização do material, facilitaram o transporte e aplicação, uma vez que os foram levados até o local de aplicação manualmente.
A instalação foi concluída em dezembro de 1992, sendo consumido um total de 40.100 m².
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Na drenagem profunda, o geotêxtil Bidim evita o carreamento de partículas para o interior do dreno, ao mesmo tempo em que permite um rápido escoamento da água. Apresenta também alta eficiência como filtro ao longo do tempo e, por consequência maior vida útil do sistema drenante; maior economia de agrega naturais e alta velocidade de execução.
AGRADECIMENTOS
Apresentamos nossos agradecimentos pela colaboração à Ícaro de Castro Mello Arquitetos Associa SC Ltda., em especial ao Arquiteto Eduardo de Castro Mello, sem a qual não seria possível a elaboração deste trabalho.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista externa do Ginásio Nilson Nelson mostrando a cobertura em obras.
Vista interna do Ginásio Nilson Nelson mostrando detalhes da cobertura tubular espacial.
Detalhe da cobertura mostrando as telhas internas já instaladas e o início da aplicação do geotêxtil Bidim.
Detalhe da aplicação do geotêxtil Bidim, mostrando a sobreposição das mantas.
Vista geral das quatro camadas de geotêxtil Bidim instalada e fixado com o arame galvanizado.
Vista externa da cobertura, mostrando o estoque do geotêxtil Bidim a ser aplicado no dia.
Vista externa parcial do ginásio mostrando a cobertura em reforma.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
A Rodovia RS-239 situa-se no Estado do Rio Grande do Sul, ao norte da cidade de Porto Alegre, ligando, através de Novo Hamburgo, a BR-116 com as cidades Sapiranga, Campo Bom e Parobé. A implantação desta rodovia ficou a cargo da Construtora Sultepa SA. Esta rodovia é uma duplicação da rodovia que já não suportava o tráfego da região, encontrando-se em condições precárias, e a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos), serve como filtro no sistema de drenagem profunda da Rodovia RS-239.
O PROBLEMA
Implementar um sistema eficiente de drenagem que conferisse à rodovia maior durabilidade.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado a Manta geotêxtil Bidim como elemento de suma importância para os sistema de drenagem.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Maio de 1993
LOCALIZAÇÃO: Rio Grande do Sul
CLIENTE: Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER)
TIPO DE OBRA: Duplicação de rodovia
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Filtro Separação
QUANTIDADE UTILIZADA: 15.000 m² Bidim RT-10
DESCRIÇÃO DA OBRA
A necessidade de duplicação da Rodovia RS-239, deveu-se ao fato que a pista única não suportava mais o volume do tráfego existente, prejudicando a segurança usurários, bem como o escoamento produtos produzi nesta região.
Além do fator econômico, a pressão da comunidade das cidades beneficiadas com a rodovia foi fundamental para que o Governo Estadual pensasse na rodovia foi fundamental para que o Governo Estadual pensasse na rodovia como prioridade.
A secretaria de transporte solicitou ao DAER Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, órgão responsável pelos projetos de rodovias no estado, que elaborasse um projeto de duplicação e restauração na rodovia existente.
Localização e Projeto
Esta rodovia situa-se na cidade de Novo Hamburgo entre a BR-116 e as cidades de Sapiranga, Parobé e Campo Bom, conforme visto na Figura 1.
A elaboração do projeto em questão esteve a cargo do setor técnico do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER). A Secretaria de Transporte, a contratante, por sua vez realizou licitação aonde a construtora vencedora foi a Construtora Sultepa S/A. Os trabalhos iniciaram no ano de 1989, porém a obra já foi várias vezes paralisada por falta de recursos.
A Rodovia já está em sua fase final, tendo sido concluído mais de 90% trabalhos. No projeto do DAER a rodovia terá 17 Km de duplicação e restauração da rodovia já existente.
O setor de hidrologia do DAER realizando sondagens e fazendo análises de laboratório de amostras do solo do local da implantação da rodovia projetou, cerca de 3.500 metros lineares de drenos profundo (Figura 2) nos trechos de cortes e 1500 metros lineares de drenos subsuperficiais nos canteiros centrais e alguns drenos transversais de base (Figura 4).
Figura 2 Rebaixamento do lençol freático por 2 drenos paralelos.
De acordo com a necessidade da execução de trincheiras drenantes, o setor de hidrologia elaborou o projeto especificando como filtro dessas trincheiras o geotêxtil Bidim RT-10 (Figura 3) por apresentar grande eficiência na retenção finos do solo de alta permeabilidade normal.
A quantidade de Bidim RT-10 nesta obra foi cerca de 15.000 m² no sistema de drenagem profunda e 2.800 m² no sistema de drenagem subsuperficial.
Figura 4 Localização drenos subsuperficiais nos canteiros centrais (sem escala
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Após vários ensaios quanto à permeabilidade normal, porosidade, abertura de filtração (capacidade de retenção de partículas) e resistência ao puncionamento, o laboratório do DAER indicou o Bidim RT-10, por este apresentar todas as características acima muito além da necessidade da obra.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
Nesta aplicação, instalado entre o solo e o material drenante (brita), o geotêxtil Bidim apresenta basicamente duas funções: FILTRAÇÃO e SEPARAÇÃO.
Inicialmente como filtro, o geotêxtil Bidim permite a livre passagem da água, e ao mesmo tempo, evita o carreamento de partículas para o interior do dreno.
Na função separação, o geotêxtil Bidim quando instalado entre dois materiais de granulometria diferentes, impede que estes se misturem mantendo cada qual suas características e permite, ao mesmo tempo, a livre passagem da água.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
1ª Etapa
Levantamento topográfico seguintes escolhi e definição do eixo e níveis das trincheiras.
2ª Etapa
Escavação com uma retroescavadeira das trincheiras drenantes. Tomou-se cuidado para que a escavação fosse feita de jusante para montante, para o escoamento das águas, em geral poluídas que vão surgindo e de eventuais chuvas.
3ª Etapa
Correções da inclinação da trincheira drenante (mínima de 1%), remoção de objetos contundentes, etc. Nesta etapa, em algumas trincheiras observou-se a presença de lama no fundo da vala, obrigando-se a executar no fundo da vala uma “camada de sacrifício” (pedra britada fina) que cumprirá a função de escoar a lama formada durante a construção do dreno (Figura 5).
Figura 5 Desenho esquemático da camada de sacrifício.
4ª Etapa
Instalação do geotêxtil Bidim RT-10 nas valas, fixando-se provisoriamente as suas bordas e procedendo-se ao enchimento da vala com uma camada de 10 cm de material drenante (brita 2) (Figura 6a).
5ª Etapa
Assentamento do tubo dreno ( = 20 cm) sobre a camada drenante e preenchimento do restante da vala com material drenante (Figura 6b).
6ª Etapa
Por último as bordas do geotêxtil Bidim devem ser rebatidas com sobreposição mínima de 0,30 m. A parte superior da trincheira deve ser rapidamente aterrada para evitar poluição e entrada de sóli em caso de chuva e o tráfego de máquinas e equipamentos sobre a manta (Figura 6c e 6d).
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Na drenagem profunda, o geotêxtil Bidim evita o carreamento de partículas para o interior do dreno, ao mesmo tempo em que permite um rápido escoamento da água. Apresenta também alta eficiência como filtro ao longo do tempo e, por consequência maior vida útil do sistema drenante; maior economia de agrega naturais e alta velocidade de execução.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a colaboração do engenheiro residente da obra da Construtora Sultepa, Paulo Roberto Fagonde Costa.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Fase inicial da obra. Placa de duplicação de RS-239.
Instalação do Geotêxtil Bidim RT-10 na vala aberta pela retroescavadeira.
Fixação provisória das bordas do geotêxtil Bidim RT-10 e preenchimento inicial da camada drenante (brita).
Vista geral da trincheira drenante, já com o tubo dreno colocado.
Preenchimento da vala com o material drenante. Observa-se no detalhe a fixação provisória do geotêxtil Bidim.
Vista parcial da obra com a trincheira drenante ao fundo já com seu recobrimento.
Fase final de instalação da trincheira drenante já aterrada (selo). Ao fundo, observa-se a Rodovia RS-239.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como reforço na base na construção de diques na área de várzea da Usina Coruripe, no Município de Coruripe/AL.
O PROBLEMA
Implementar um sistema de reforço na base na construção dos diques na área de várzea da Usina Coruripe.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado a manta geotêxtil Bidim como elemento de suma importância para a construção dos diques.
QUANTIDADE UTILIZADA: Quantidade não especificado do geotêxtil Bidim RT-21
FINALIDADE DA OBRA
A obra teve como finalidade permitir o aproveitamento, para plantio de cana de açúcar, de uma área de várzea altamente fértil, e situada relativamente próxima as instalações de moagem da Usina.
Para tanto, tornava-se necessária a proteção dessa área de várzea, mediante a construção de um dique de polderização, contra os frequentes transbordamentos do Rio Coruripe.
Segundo da experimentais da Usina, na área da várzea, devidamente protegida e drenada, a produtividade alcança de 100 a 0 toneladas de cana por hectare, enquanto a produtividade média no restante da Usina se situa em torno 60 t/ha.
A Figura 1 apresenta o mapa de localização da obra.
Figura 1 Mapa de localização da obra.
DESCRIÇÃO DA OBRA
Antes de a Consultora Engenord ser contratada para desenvolver este projeto, a Patrumec já havia executado alguns trechos do dique sem o geotêxtil Bidim como reforço de base. Nos locais onde existe solo mole houve rupturas de grande porte, trazendo grandes prejuízos, principalmente quando há enchente no rio Coruripe aonde as águas chegam a atingir a área de várzea devido à ruptura.
Segundo os resulta de sondagens e ensaios de laboratório, ficou evidenciado a presença de uma camada de (10 cm de média) de argila orgânica mole e muito mole, que pode conter horizontes turfosos, muito compressível de baixa resistência ao cisalhamento e altamente susceptível às flutuações do nível d’água subterrânea.
De acordo com os resulta de sondagens e ensaios de laboratórios, esta área tem um substrato altamente compressível Cc > 1,0, coesão 1 t/m², espessura média de 10 cm e nível d’água inferior a 1,0 m.
PROCESSO CONSTRUTIVO
O projeto recomendou que nos diques com altura até 3 m sejam executa em estágios de carregamento ao longo de 180 e 300 dias. Devido ao longo período de estabilização este tipo de execução foi descartado.
Para prazos menores e altura maior a Consultora recomendou executar o aterro sem compactação com o material proveniente do corte do dreno, reforço de base constituído por geotêxtil Bidim RT-21 conforme o seguinte procedimento:
Afastamento do offset do aterro para crista do talude do dreno mínimo m;
A execução do aterro deve obedecer à metodologia e seqüência estabelecida a seguir (Figura 2):
1º Amassar contra o terreno a vegetação rala existente no local para estivar o aterro; 2º Colocar o geotêxtil Bidim;
3º Colocar o aterro no offset;
4º Dobrar o geotêxtil conforme indicado;
5º Complementar o aterro no offset;
6º Executar o aterro na parte central do dique;
7º Elevar o aterro no off set; 8º Complementar o aterro.
12,60
6,00
3,00
3,60
Vegetação rala existente. 2 3
Executar amassamento da vegetação contra o terreno.
Colocar sobre a vegetação amassada, manta de geotêxtil.
Executar aterro sobre a manta de geotêxtil, mas laterais da seção tipo do dique.
Bobrar a manta de geotêxtil sobre aterros já executa.
Executar aterro laterais, seguindo o off-set da seção tipo do dique.
Executar aterro na área central do dique.
8
Executar aterro laterais, seguindo o off-set da seção tipo do dique.
9
Executar aterro na área central do dique.
10
Executar aterro final, seguindo o off-set da seção tipo do dique.
(a) Detalhe da execução.
O material resistênte Nota: Todas as dimenções são dadas em metros (b) Final da execução. Figura 2 Seção transversal do aterro. A união do geotêxtil Bidim foi feita por costura (Figura 3).
Devido ao volume de aterro, foi necessário fazer complementação com o material retirado a montante do dique.
A compactação foi executada de maneira natural, ou seja, pelo próprio peso do material e auxílio das conchas equipamentos.
Existe um contrato de manutenção para a reposição do aterro devido à retração do material e erosões.
Foi observado recentemente que em função do adensamento do solo mole, tornou-se necessário a complementação do material de aterro, com a finalidade de se manter o nível do dique.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
A adoção do geotêxtil Bidim no reforço de base do dique, foi para estabilização do aterro no menor prazo de tempo em função da altura (3 a 3,5 m), uma vez que, os diques com altura de até 3,0 m sendo executa em estágios de carregamento levaria um período de 180 à 300 dias sem que ocorram grandes rupturas.
Em função das características da obra a Engenord Ltda., responsável pelo projeto, definiu o geotêxtil Bidim RT- 21, como elemento de reforço da base do dique.
A especificação do geotêxtil Bidim RT-21 foi baseada em suas propriedades mecânicas, tais como:
Resistência à tração;
Alongamento na ruptura; – Resistência ao puncionamento e, – Resistência ao rasgo trapezoidal.
O geotêxtil Bidim desempenha a função reforço na etapa construtiva, isto é, quando aplicado na interface aterro/solo mole redistribui as tensões sobre o solo de fundação, aumentando a sua capacidade de suporte. Ao mesmo tempo, minimiza os recalques diferenciais e deformação horizontal da fundação e contribui para um aumento do coeficiente de segurança à ruptura generalizada.
Em função de sua resistência à tração incorpora uma resistência interna do maciço, evitando a ruptura do solo e desestabilização taludes.
O geotêxtil Bidim RT-21, em função das suas propriedades hidráulicas (permeabilidade normal, permissividade, permeabilidade transversal, abertura de filtração), desempenha função drenagem transversal, permitindo a condução pelo plano do geotêxtil da água expulsa durante o processo de adensamento, minimizando o tempo de recalque.
AGRADECIMENTOS
Nossos sinceros agradecimentos ao Geólogo Ediberto Vasconcelos, Diretor da Consultoria Engenord Ltda. e ao Eng. Antonio Donizete Alves, Gerente Técnico Operacional da Patrumec.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Transporte do geotêxtil Bidim.
Instalação do geotêxtil Bidim após a preparação do terreno.
Geotêxtil Bidim com a emenda por costura e a espera do material de aterro.
Execução do aterro.
Dobra do geotêxtil Bidim no offset.
Escavação do material externo para complementação do aterro do dique.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
A Praia de Iparana situa-se no Município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, e a obra nesse local se deve ao fato de existir um grande processo erosivo que ameaçava toda a área local. Para conter esse tipo de desastre natural, foi implementado com sucesso um sistema com o geotextil Bidim RT-21 que ajudou a conter tal problema.
O PROBLEMA
Implementar um sistema que evitasse o processo erosivo da praia, servindo de filtro separado e que tivesse uma durabilidade significativa.
A SOLUÇÃO
Foi utilizada a manda Geotextil Bidim como elemento principal no processo de filtro separado, uma vez que este material já é muito utilizado para esses tipo de obrar, evitando assim o processo erosivo do local.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Maio de 1993
LOCALIZAÇÃO: Município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza
CLIENTE:Goes Cohabita Construções S/A
TIPO DE OBRA:Recuperação de Praia
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Filtração E Separação
QUANTIDADE UTILIZADA: 255 m² Geotêxtil Bidim RT-21
A Colônia de Férias do SESC, foi fundada em 1954, conta com alojamentos para hóspedes num total de 333 leitos, casas, 21 mini casas, 10 apartamentos duplos, 14 apartamentos simples, área de camping, piscinas, auditório, restaurantes, sala de cinema, mirante etc.
Os prejuízos pela perda deste patrimônio refletiriam em toda comunidade comerciária, que tem no local uma opção de lazer para a família.
A estrutura do muro de contenção foi concebida com a finalidade de fixar a linha de costa junto à propriedade do SESC, na posição atual, impedindo que a erosão costeira avance terra à dentro.
O enrocamento foi executado da seguinte maneira:
A duna foi revestida com o filtro geotêxtil Bidim RT-21 que se estende sob o leito rochoso impedindo a fuga do solo por entre as rochas. Sobre o filtro há uma camada com espessura de 0,50 m constituída de brita com diâmetro variando entre 5 e 20 cm. Em seguida há uma camada de 1,0 m de espessura composta por rocha, com peso variando entre 80 kgf e 160 kgf e finalmente a camada externa com 1,5 m de espessura de rocha com peso entre 800 kgf e 1350 kgf, sendo que mais de 50% do total deverá ter peso maior que 1100 kgf.
Nesta outra obra foram adotadas duas soluções para o Muro de Contenção:
– Muro junto à duna e, – Muro afastado da duna.
Os detalhes sobre estas soluções estão demonstra nos desenhos esquemáticos das Figuras 2 e 3.
O projeto desta obra foi feito pela equipe de Engenharia e Costeira da COPPE/UFRJ, coordenado pelo Professor Paulo César Rosnam; e a fiscalização da obra foi feita pela MFN, Engenharia e Consultoria Ltda, empresa local contratada pelo SESC e a construção da obra ficou a cargo da Góes Cohabita Construções S/A com sede em Salvador/BA.
Figura 2 Seção transversal do trecho do enrocamento apoiado nas dunas. Pedras
Figura 3 Seção transversal do trecho do enrocamento afastado das dunas.
Figura 3 Seção transversal do trecho do enrocamento afastado das dunas.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Tipo
Nesta obra foi empregado o geotêxtil Bidim RT-21 fornecido, totalizando .255 m².
Função
Nesta obra o geotêxtil Bidim desempenha funções de FILTRAÇÃO e SEPARAÇÃO.
Na função filtro o geotêxtil Bidim permite que com a variação da maré e água passe pelo enrocamento atingindo as dunas e quando retorno não traga consigo o material arenoso da duna, evitando a erosão da praia e na função separação o geotêxtil Bidim separa o enrocamento das dunas da praia.
Vantagens
Devido a sua frágil aplicação e flexibilidade, o geotêxtil Bidim RT-21, proporcionou uma perfeita acomodação no enrocamento, reduzindo o cronograma da obra tornando-o mais econômico.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Vista da praia antes do início das obras.
Início das obras. O geotêxtil Bidim está sob a 1ª camada de brita, que serve de proteção ao geotêxtil Bidim.
Execução do enrocamento.
Início da execução do cabeço oeste do enrocamento.
Execução do cabeço oeste. O geotêxtil Bidim se encontra sob as diversas camadas de rocha.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
A obra em questão localiza-se no Município de Florianópolis, litoral do Estado de Santa Catarina, e a sua realização se deve a um projeto de pavimentação no qual se utiliza da aplicação do geotêxtil Bidim à nível do trecho experimental, com a finalidade de estabilizar o pavimento poliédrico, evitando o bombeamento de material granular da base de assentamento dos blocos de concreto. A aplicação da manta geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) tem como função servir de camada de bloqueio sob pavimento executado com blocos de concreto rejunta com agregado fino, nas vias internas do loteamento Jurerê Internacional.
O PROBLEMA
Implementar um sistema eficiente que estabilize o pavimento poliédrico, evitando o bombeamento de material granular da base de assentamento dos blocos de concreto.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado a manta Geotêxtil Bidim como camada de bloqueio sob pavimento executado da obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Dezembro de 1992
LOCALIZAÇÃO:Município de Florianópolis Ilha de Santa Catarina Estado de Santa Catarina
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Estabilização do pavimento poliédrico
QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente 200 m² Geotêxtil Bidim RT-21
Figura 2 Seção transversal do pavimento com a solução original (sem escala).Figura 3 Seção transversal do pavimento utilizando o geotêxtil Bidim (sem escala).
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim foi utilizado por sugestão do projetista, que propôs a mudança da solução relativa à camada de bloqueio, originalmente executadas com material britado, pelo uso de um geossintético.
As vantagens econômicas e técnicas seriam avaliadas mediante execução e avaliação do comportamento de um trecho experimental.
Foi especificado geotêxtil Bidim no tipo RT-21 o qual é compatível com os esforços mecânicos gera pelo tráfego e camadas de material sobrejacentes.
FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM
A função exercida pelo geotêxtil Bidim na obra é a de SEPARAÇÃO entre a camada de base e o revestimento de blocos de concreto. A base é constituída por areia natural local e os blocos são rejunta com agregado fino; o geotêxtil garante a estabilidade blocos, evitando bombeamento finos ao mesmo tempo em que permite o livre fluxo de água.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
1ª Fase
Definição e locação da caixa da via.
2ª Fase
Regularização manual da camada de base de areia.
3ª Fase
Adensamento da camada de base de areia por molhagem.
4ª Fase
Assentamento do geotêxtil Bidim sobre a base de areia, observando-se a execução da junta por superposição e a ancoragem da manta sob o meio-fio de blocos de concreto.
5ª Fase Espalhamento e regularização manual da camada de assentamento de pó de pedra sobre o geotêxtil Bidim.
6ª Fase
Assentamento blocos de concreto.
7ª Fase
Rejuntamento blocos de concreto com pó de pedra.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim quando aplicado como elemento de separação, entre a camada de base e o revestimento poliédrico substitui a camada de bloqueio com material britado. Algumas vantagens são decorrentes:
Redução da espessura da camada de base a ser escavada, que seria substituída pelo material britado de bloqueio.
Garantia da estabilidade do conjunto, pela inexistência de mistura de material da base e bloqueio.
Minimização do custo de manutenção do pavimento, pois os blocos não sofrem recalque em função da inexistência de bombeamento de materiais granulares finos.
Até a presente data (Maio/93), o trecho experimental apresenta-se em perfeitas condições de estabilidade e conforto ao tráfego.
AGRADECIMENTOS
Habitasul Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia Ltda.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Regularização manual de base de areia natural (maio/92).
Adensamento da base de areia por molhagem (maio/92).
Início da instalação do geotêxtil Bidim sobre a base de areia (maio/92).
Detalhe da ancoragem do geotêxtil Bidim sob o meio fio de bloco de concreto.
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
A duplicação, com extensão de 8 km, faz parte do empreendimento denominado “Linha Verde” Rodovia de 193 km de extensão ligando, pelo litoral, a cidade de Salvador à divisa com o estado de Sergipe. A aplicação de geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) tem como função de elemento de reforço na estrutura de contenção para a construção da Via Alternativa, na obra de duplicação da Rodovia BA-99 (Estrada do Coco), em Lauro de Freitas/BA.
O PROBLEMA
Implementar um sistema de reforço para a duplicação da Rodovia BA-99, que venha garantir uma maior durabilidade do projeto.
A SOLUÇÃO
Foi utilizado a manta Geotêxtil Bidim como parte do sistema de reforço para a execução da obra.
DADOS DA OBRA
DATA DE EXECUÇÃO: Maio de 1993
LOCALIZAÇÃO:Lauro de Freitas/BA
CLIENTE:Construtora Norberto Odebrecht S/A
TIPO DE OBRA:Duplicação de Rodovia
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Parte da Estrutura de Contenção
QUANTIDADE UTILIZADA: Quantidade de Geotêxtil Bidim não Especificada
DESCRIÇÃO DA OBRA
A Rodovia BA-099, conhecida como Estrada do Coco, liga a cidade de Salvador as mais belas praias do litoral norte do Estado da Bahia.
Devido aos constantes engarrafamentos que ocorriam no trecho inicial da rodovia ocasionado pelo crescente fluxo de turistas, moradores locais e trabalhadores do Polo Petroquímico de Camaçari, o DERBA Departamento de Estradas de Rodagem da Bahia resolveu eliminar o problema contratando a Construtora Norberto Odebrecht S/A para duplicar o trecho inicial da mesma, numa extensão de 8 km, sendo que nas proximidades do acesso à cidade de Lauro de Freitas foi implantada a Via Alternativa evitando custos com desapropriações de imóveis para execução da duplicação.
Para o trecho da Via Alternativa que passava entre o rio Ipiranga e um conjunto de prédios residenciais, o Engº Luis Edmundo de Prado projetou uma estrutura em solo reforçado com geotêxtil.
A obra, localizada no perímetro urbano e sem possibilidade de desvio de tráfego, foi executada em 1991, num prazo muito curto, sendo que a estrutura em solo reforçado com geotêxtil Bidim foi executada em 20 dias.
DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA EM SOLO REFORÇADO
Para garantir a estabilidade da estrutura de contenção em solo reforçado, as seguintes etapas foram atendidas:
Análise da estabilidade externa da massa reforçada
Verificação do deslizamento ao longo da base da massa reforçada (Figura 1a).
Verificação ao tombamento (Figura 1b).
Verificação da capacidade de carga do solo subjacente à massa de solo reforçado (Figura 1c). – Verificação da estabilidade global (Figura 1d).
Figura 1 Condições de estabilidade externa a serem verificadas.
Análise da estabilidade interna (Figura 2)
– Análise da resistência à tração reforços; – Análise da resistência por ancoragem reforços.
Figura 2 Condições de estabilidade interna a serem verificadas.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Pelo fato do solo ser constituí de argila mole, principalmente, areia fina e média e rocha, em alguns pontos localiza, e a proximidade de um conjunto de prédios residenciais houve a preocupação de se construir uma estrutura flexível, evitando o custo de substituição do solo de fundação e danos à estrutura prédios ocasiona pela compactação convencional.
As alternativas consideradas foram estruturadas de contenção em gabiões e solo reforçado com inclusões de geotêxtil, sendo que a experiência adquirida pelos responsáveis pela obra anterior e diferença de custos determinou a decisão em favor da utilização do geotêxtil Bidim.
PROCESSO CONSTRUTIVO
Inicialmente, foi feita a escavação mecânica e a construção de uma ensecadeira com a utilização de duas retro- escavadeiras.
Em seguida, foram construídas as camadas de aterro pelo método incremental aplicação das faixas de geotêxtil Bidim, conformação do paramento com a utilização de 16.500 sacos de ráfia cheios de areia fina (em substituição à utilização de formas), aterro com areia fina, compactação e adensamento com trator de esteira e água, numa extensão de 200 m, de acordo com a Figura 3.
Figura 3 Seção tipo de estrutura de contenção em solo reforçado.
Durante a execução da primeira camada, com altura de projeto de 0,5 m, foi constado que o nível de água que aflorava na área de trabalho superava a altura da mesma e dificultando o trabalho de operários e equipamentos. O Engº Luis Edmundo de Prado , então, autorizou o aumento de sua altura de 0,5 m para 1 m, uma vez que esta camada estava “embutida” no terreno de fundação.
As faixas de geotêxtil Bidim foram costuradas com o auxílio de duas máquinas de costura portáteis. Para a proteção do geotêxtil Bidim contra intempéries e atos de vandalismo, foi executado um revestimento de concreto armado com tela (para alambrado), sem função estrutural, fixada à estrutura por meio de chumbadores distancia horizontalmente de 1,5 m. Sendo que para garantir a drenabilidade da estrutura foram instalados barbacãs distancia horizontalmente de 3 m.
Finalmente, foi construído o corpo do pavimento da Via Alternativa.
FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Uma estrutura de contenção em solo reforçado com geotêxtil é um aterro reforçado com inclusões de geotêxtil, de paramento vertical ou praticamente vertical, que é, em geral, revestido por um material resistente visando à proteção contra intempéries ou atos de vandalismo.
O geotêxtil Bidim desempenha função de REFORÇO aumentando a resistência mecânica de uma massa de solo, proporcionando uma eficiente transmissão de esforços, graças a sua alta interação com esses materiais, e diminuindo a compressibilidade do material composto assim formado.
O geotêxtil Bidim com reforço nesse tipo de aplicação garante a estabilidade da estrutura e o seu principal objetivo: a contenção.
A vida útil da obra é assegurada, pois o geotêxtil Bidim é produzido em poliéster (100%), matéria-prima não suscetível a ação da fluência (ou “creep”, isto é, deformação ao longo do tempo sob ação de carga constante), nas condições de temperaturas brasileiras.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Em comparação com soluções convencionais, estruturas em solo reforçado com inclusões de geotêxtis são de fácil aplicação, rápida construção e proporcionam redução significativa de custos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar da satisfação engenheiros envolvi no projeto, execução e contratação/fiscalização com os resultados obtidos, o consumo de concreto para proteção foi maior do que o previsto, ocasionado pela utilização sacos de ráfia para a conformação do paramento, irregular nas primeiras camadas devido à falta de prática na execução de dessa técnica.
Depois de quase dois anos de concluída, a estrutura está estável, não apresentando qualquer sinal de deformação.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao apoio e colaboração presta pelos seguintes profissionais:
Eng. Luis Edmundo de Prado .
Eng. Vicente Machado Pedreira DERBA Departamento de Estradas de Rodagem da Bahia. Eng. Alexandre Rego.
Eng. Laerte Guião Maroni.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PALMEIRA, E. M. Análise da Evolução da Técnica de Reforço de Solos por Inclusões Extensíveis Solos e Rochas, 14 (2): p. 95-107, 1991;
PALMEIRA, E. M. Solo Reforçado: Taludes e Estruturas de Contenção Manual Técnico Geotêxtil Bidim, 1992;
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Instalação de barbacãs na estrutura de contenção em solo reforçado com geotêxtil.
Instalação sacos de ráfia para a deformação do paramento.
Estrutura em solo reforçado antes da execução da proteção mecânica.
Compactação com trator de esteira e água.
Compactação do pavimento.
Televendas:
413003.7118
41 3003.7118
Seg. à Sex. das 8h30 às 18h00
Matriz:
413030.7061
41 9665.8064
Seg. à Sex. das 8h30 às 18h00
Sáb. das 8h30 às 13h00