UTILIZAÇÃO GEOCOMPOSTO DRENANTE NA RECONSTITUIÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM DO CAMPO DE FUTEBOL SOCIETY DO CLUBE DOS OFICIAIS DA PM DO ESTADO DE SÃO PAULO



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O campo de futebol Society da PM, totalmente em areia, foi construído em 1983. Seu sistema original de drenagem era constituído de canaletas de concreto, contendo brita 2. Devido ao intenso pisoteamento ao longo do tempo e à migração de partículas finas a areia saibrosa colmatou internamente todo o sistema drenante existente.

Foi estudada, inicialmente, a restauração do sistema drenante, com brita 2 e geotêxtil Bidim, constituindo trincheiras drenantes dispostas em forma de espinhas de peixe. Após estu realiza em conjunto com o Departamento Técnico da Ramalho Comercial Ltda., optou-se por um novo método de execução da drenagem do campo.

A alternativa adotada utilizou geocomposto drenante nas trincheiras.

DADOS DA OBRA

Nome da Obra

Campo de Futebol Society do Clube Oficiais da PM de Paulo.

Localização

 Mamud Rahd nº 973, Bairro Horto Florestal, Paulo-SP.

Contratante

Clube Oficiais da PM do Estado de Paulo.

Projeto e Construção

Metro Quadrado Planejamento Construção.

Cronograma de Obra

Início Outubro de 95 Término Dezembro de 95.

DESCRIÇÃO DA OBRA

O campo de futebol Society, localizado no Clube Oficiais da PM do Estado de Paulo, zona norte da capital, possui uma área aproximada de 2.016 m², totalmente plana com uma pequena declividade natural no sentido longitudinal, a área em questão absorve 100% das águas de chuva, pois o material de cobertura do campo é areia.

A partir das especificações de projeto foram definidas as etapas do cronograma da obra. Seguem abaixo as especificações de projeto e cronograma simplificado.

Especificações de projeto

  • Área total a ser drenada: 2.016 m²
  • Declividade longitudinal drenos: i = 0,5 %
  • Sistema drenante adotado: trincheiras drenantes dotadas de geocomposto drenante, interligadas com trincheiras de captação construídas com geotêxtil Bidim RT-09, brita 2 e tubo dreno flexível de 4”.

Disposição do sistema de drenagem no terreno

Para a área em questão, foram construídas quatro trincheiras drenante paralelas dotadas de geocomposto drenante, dispostas na direção longitudinal do campo, com espaçamento de 8,00 m de eixo a eixo e duas trincheiras de captação, localizadas na parte inferior do terreno, dispostas na direção transversal, interligadas e duas caixas de passagem, conforme a Figura 1.

Figura 1 – Vista do sistema drenante adotado (sem escala).

Dimensões campo e do sistema de drenagem

  • Dimensões do campo: Comprimento = 63 m, largura = 32 m
  • Dimensões das trincheiras de captação: Comprimento = 16 m, largura = 0,50 m, altura = 0,50 m
  • Dimensões da caixa passagem: Base = 0,50 m x 0,50 m, profundidade = 1,00 m

0,50 m

  1. Seção transversal das trincheiras de captação
  1. Desemboques das trincheiras de captação) Desemboques das trincheiras de captação 

0,025 m

1,10 m

  • Seção transversal das trincheiras drenantes longitudinais

Figura 2 Detalhe das trincheiras e caixa de passagem (sem escala).

Outros Materiais Utiliza

Para o preenchimento das trincheiras de captação foram utilizar brita 2, e tubo dreno flexível de 4”. Também se fez necessário o lançamento de uma camada de areia lavada de aproximadamente 0,05 m sobre o geodreno para impedir uma possível colmatação da superfície do filtro geotêxtil Bidim provocada pela formação de “cake” (migração de partículas argilosas presentes na areia saibrosa lançada no campo de futebol).

ETAPAS DE EXECUÇÃO

A execução do novo sistema de drenagem se deu pelos procedimentos a seguir:

  1. Retirada da areia já existente no local;
  2. Retirada do antigo sistema de drenagem;
  3. Escavação das valas e retirada do antigo solo argiloso;
  4. Execução das trincheiras drenantes longitudinais utilizando geocomposto drenante recoberto com uma fina camada de areia lavada;
  5. Execução das trincheiras drenantes de captação, utilizando o geotêxtil Bidim RT-09, brita 2 e tubo dreno flexível de 4”;
  6. Execução de duas caixas de passagem;
  7. Lançamento da areia saibrosa no campo;
  8. O tempo total de execução da obra para todas as fases acima citadas foram 2 meses, pois houve muitas interrupções devido às chuvas que são frequentes no Horto Florestal. Em condições normais essa obra seria totalmente executada em apenas uma semana.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DOS GEOSSINTÉTICOS

O emprego de geossintéticos, ou seja, do geotêxtil Bidim e geocomposto drenante nas trincheiras sub- superficiais trouxe as seguintes vantagens:

  • Garantia da preservação das características drenante da brita nos drenos de captação, durante a vida útil da obra;
  • Diminuição volumes de agrega a serem utiliza na obra;
  • Sensível redução no volume de terra a ser escavado;
  • Aumento da produtividade, rapidez e facilidade na execução drenos;
  • Melhor remanejamento da mão-de-obra e, consequentemente, melhor relação custo x benefício.

PRODUTIVIDADE

Fornecemos abaixo os resulta coleta em campos relativos ao lançamento do geocomposto drenante. Nas Trincheiras drenantes longitudinais cabe ressaltar que a equipe de trabalho era constituída de 2 funcionários e a distância média de transporte da areia aos drenos era de 15 m.

Lançamento do geocomposto drenante

– 0,03 N.º/m² de areia lançada, o que equivale a 3 min. para cada rolo de geocomposto drenante com comprimento de 3,80 m.

Lançamento da camada de proteção constituída por 0,05 m de areia lavada

– 0,06 N.º/m² de areia lançada, o que equivale a 7 min. para cada 3,80 m de trincheira construída.

Assim, se fossem executadas de forma contínua sem interrupções, os 252 m de trincheiras drenantes dotadas de geocomposto drenante, levariam apenas 11 h para serem construídas.

Quantidades Utilizadas

  • Geotêxtil Bidim RT-09: 104 m²
  • Geocomposto drenante: 297 m²
  • Tubo dreno: 36 m

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS GEOSSINTÉTICOS

Em relação ao método tradicional, o método com geocomposto drenante apresenta maior velocidade construtiva, ganho substancial no volume de terra escavada, melhor remanejamento da mão-de-obra, possibilitando ganho global no cronograma da obra.

O novo sistema drenante tem funcionado, não ocorrendo mais alargamento, mesmo quando submetido às fortes chuvas locais.

O resultado, em to os senti, é plenamente satisfatório.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a colaboração do Clube Oficiais da Polícia Militar do Estado de Paulo, em especial ao Cel. Res. PM Adolecir Puglia e Cap. Hercílio João de Lima e do Arqtº. Rubens Felix da Metro Quadrado Planejamento Construção, sem os quais não seria possível a elaboração deste trabalho.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista do Campo de Futebol da Polícia Militar no início das obras após uma forte chuva na cidade de Paulo.
Aplicação do recomposto drenante. Menor volume de terra a ser escavada e maior agilidade na confecção drenos.
Rolos de geocomposto drenante recém-desembala, prontos para serem lança.
Detalhe do núcleo drenante de polietileno de alta resistência envolvido com geotêxtil Bidim, um recobrimento com areia lavada como medida de precaução para evitar uma possível colmatação pela terra argilosa.
Vista geral do campo de futebol Society da Polícia Militar, pronto para prática esportiva e lazer  sócios e convida do clube.
Detalhe da união rolos de geocomposto drenante, sistema de encaixe macho/fêmea, de fácil execução.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA RESTAURAÇÃO DO PAVIMENTO DA AVENIDA PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS BELO HORIZONTE MG



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Localizada em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, a Avenida Antônio Carlos é considerada uma das principais vias arteriais da cidade. Ligando as regiões Norte e Sul da capital Mineira, ela é constituída de duas pistas (cada pista contendo 2 ou 3 faixas de trânsito) separadas por canteiro central, com volume médio diário de veículos (VMD) da ordem de 29.000 veículos, em cada sentido de circulação.

Com tráfego intenso e pesado a via vem apresentando uma série de problemas estruturais, o que tem comprometido a qualidade e segurança do trânsito. Com o objetivo de solucionar tais problemas, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte enquadrou esta obra no “Projeto Nova” que pretende recuperar em 18 meses, 30 quilômetros de ruas e avenidas na capital mineira.

As obras ficaram a cargo da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP), que após vários estu e projetos, decidiu inicialmente pela reconstrução de alguns trechos (agrupamentos) da via. Tal intervenção se mostrou inviável devido ao tráfego intenso da região e transtornos gera por uma obra de grande porte. Partiu-se então para o estudo de soluções alternativas.

A SUDECAP preocupada em encontrar uma solução que pudesse viabilizar a intervenção necessária, dentro de uma análise custo x benefício, e com estimativa da vida útil semelhante ao restante agrupamentos, passou a pesquisar uma alternativa baseada no recapeamento asfáltico com utilização de camada intermediaria de geotêxtil, impregnada com asfalto, atuando como camada visco elástica de descontinuidade, impermeabilizando, absorvendo e dissipando tensões.

O presente trabalho relata a restauração da Avenida Presidente Antônio Carlos com utilização de geotêxtis Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos).

Contratante

Superintendência de Desenvolvimento da Capital SUDECAP. 

Maranhão, 1045 Funcionários.

CEP: 30150-331 Belo Horizonte/ Minas Gerais.

Execução

Carioca Christiane Nielsen Engenharia. 

Oscar Trompowski, 648 Gutierrez

CEP: 30403-060 Belo Horizonte/ Minas Gerais

Projetista

Copavel Consultoria de Engenharia Ltda. 

Tupis, 1540 2º andar Barro Preto.

CEP: 30190-062 Belo Horizonte/MG.

Data de instalação

Dias 10/10/95 e 29/11/95, no período de 22:00 às 06:00.

Consumo de geotêxtil

A obra consumiu 5.106 m² de manta geotêxtil Bidim RT-10.

CONSIDERAÇÕES DE PROJETO

O projeto de pavimentação foi elaborado com o objetivo de definir alternativas para a restauração do pavimento existente na Avenida Presidente Antônio Carlos, e detalhar as obras necessárias a recuperação de sua estrutura, de maneira que esta passa a suportar a repetição das cargas do tráfego, em condições de conforto e segurança para os usuários, por um período estipulado entre 5 a 10 anos.

A necessidade de reconstrução do pavimento no trecho da via definido como Agrupamento F, demandou a avaliação das características funcionais e estruturas do pavimento existente, bem como, estudo materiais constituintes do pavimento e subleito, a partir do que, foi possível estabelecer as intervenções restauradoras necessárias.

O Agrupamento F foi definido pelos segmentos 6D, compreendido pela   Operários (estaca 88) e   Tecelões

(estaca 110) no sentido centro/bairro e pelo segmento 5E compreendido pela Avenida Américo Vespúcio (estaca 222) e Aporé (estaca 229) no sentido bairro/centro. A obra recebeu estaqueamento de 20 em 20 metros, tendo o trecho em questão, um comprimento total de 600 m.

Realizadas as sondagens, ensaios (destrutivos e não destrutivos), levantamento visual, deflectômetro dentre outros procedimentos, observou-se que o pavimento apresentava aceleração do processo de degradação estrutural e índice de trincamento elevado, variando de 35% a 90% da área. A análise e intervenção da coleta definiu que o agrupamento F, teria na reconstrução, a medida de maior eficácia.

Programada a intervenção, a SUDECAP e a BHTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo e o trânsito da cidade de Belo Horizonte) deparam-se com o problema de a reconstrução ser inviável devido ao tráfego intenso na região e transtornos gera por uma obra de grande porte.

Uma alternativa no projeto original de intervenção com garantia de uma vida útil maior do que 6 anos seria a de fresar o revestimento asfáltico em 11 cm e em seguida executar um reforço com espessura de 31 cm. Esta alternativa não se mostrou viável, devido aos problemas de nível meios-fios, passeios, soleiras imóveis existentes e com a segurança usuários. As intervenções anteriores neste agrupamento ocorreram em 1982, neste período foi executado um colchão drenante em cima de solo mole com escória de alto forno, sub-base e base com canga de minério.

O estudo de aplicação do geotêxtil Bidim foi solicitado à equipe técnica da Atividade Bidim baseado na mecânica das fraturas e considerando-se que a reflexão de trincas sob efeitos de tráfego e clima ocorre com maior aceleração.

SOLUÇÃO COM GEOTÊXTIL BIDIM

A excelente relação custo/benefício faz com que o revestimento asfáltico seja muito utilizado na construção de pavimentos. Com o tempo, entretanto, há o surgimento de trincas originadas por:

  • Tráfego pesado;
  • Variações de temperaturas;
  • Condições pluviométricas – Etc.

Como medida de restauração, geralmente é feita a aplicação de uma nova capa asfáltica sobre o pavimento trincado. O problema é que a concentração de tensões na extremidade das trincas provoca a rápida reflexão delas na nova capa asfáltica, exigindo um novo recapeamento em espaço de tempo relativamente curto.

O geotêxtil Bidim, interposto entre o pavimento trincado e a nova capa de asfalto, melhora consideravelmente a durabilidade recapeamentos.

O geotêxtil Bidim, em tal aplicação, cumpre duas importantes funções, dissipação das tensões e impermeabilização.

Dissipação das tensões

O geotêxtil Bidim, impregnado com asfalto, atua como uma camada visco elástica de descontinuidade, que absorve e dissipa tensões provocadas pela movimentação das trincas existentes. Com isso retarda o mecanismo de propagação de trincas (Figura 2), aumentando a vida útil da nova capa.

Figura 2 Desenho esquemático do mecanismo de propagação de trincas da capa antiga para a nova.

Impermeabilização

O geotêxtil Bidim impregnado com asfalto funciona como uma membrana impermeável, impedindo a penetração da água na estrutura do pavimento e no subleito. Assim sendo, impede a perda de resistência ao cisalhamento dessas camadas e evita o bombeamento de finos e o surgimento de deformações permanentes na pista (Figura 3).

Figura 3 Desenho esquemático da inclusão do geotêxtil Bidim impregnado com asfalto na restauração de pavimentos.

A utilização de mantas geotêxtis Bidim no recapeamento asfáltico significa:

  • Aumento na vida útil da nova capa asfáltica;
  • Redução significativa nos custos de manutenção;
  • Excelente relação do custo/benefício a médio e longo prazo; – Redução de espessura de recapeamento para a mesma vida útil; – Menos interrupções no tráfego.

O Prof. Regis Martins Rodrigues do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), após análise e estudo do projeto original, apresentou a seguinte solução:

  • Fresagem das camadas de capa, espessura de 6 cm;
  • Limpeza da pista;
  • Selagem das trincas e fissuras com CBUQ faixa D do DNER;
  • Primeira pintura de ligação com RR-1C para promover a sem saturação e aderência do geotêxtil;
  • Instalação geotêxtil Bidim RT-10;
  • Rolagem do geotêxtil com rolo de pneu;
  • Salgamento da pista;
  • Aplicação da nova capa de rolamento com CBUQ faixa B do DNER em duas camadas de 4 cm.

INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Regularização pós fresagem

Após a fresagem, notou-se que o pavimento continuava bastante craqueado e então se procedeu a uma regularização com CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) faixa D do DNER, utilizando-se de motoniveladora, com espessura média de 1,0 cm, objetivando a selagem das trincas e regularização da pista. O projeto original previa dreno longitudinal executado na borda da pista de rolamento, abaixo das sarjetas. O dreno foi executado antes da fresagem, com areia e tubo poroso, lançado nas bocas-de-lobo existentes.

Limpeza

Na execução da fresagem, o carregamento e transporte do material é imediato, sendo necessária a limpeza do restante, composto por fragmentação da mistura betuminosa aderida ao pavimento.

Procedeu-se à varredura manual seguida de jato de ar comprimido para retirada do material pulverulento. Após este processo, efetuou-se a varredura através de equipamento de alta pressão.

Terminada a regularização com faixa D, foi executada a mesma limpeza, anterior garantindo uma superfície apta a receber e aderir à manta geotêxtil Bidim, proporcionando assim, uma interface ativa e eficaz.

Primeira pintura de ligação

O primeiro banho foi realizado com caminhão aspergido, com emulsão asfáltica catiônica tipo RR-1C com 64% de resíduo betuminoso ativo. O primeiro banho foi executado com objetivo de garantir uma película betuminosa necessária para untar a superfície fresada e promover condições de semisaturação e aderência da manta. O controle da taxa de asfalto foi feito através de bandejas, para a obtenção da taxa desejada e melhor homogeneidade da aplicação. A taxa de pintura utilizada foi de 1,0 litro/m².

Instalação do geotêxtil Bidim

A instalação do geotêxtil Bidim foi precedida de um plano de instalação com o estudo criterioso de to os procedimentos a serem adota, estudo das dimensões das bobinas e pistas de rolamento, emendas etc. As mantas foram instaladas, uma ao lado da outra, com emendas longitudinais variando de 0,10 a 0,15 m e com a preocupação de não coincidir a emenda, com os locais de rolagem pneus veículos.

Na longitudinal, foram colocadas duas mantas e onde havia aumento da largura da pista colocaram-se três mantas. Na transversal as emendas foram de topo.

Tomou-se o cuidado de esticar as mantas de modo a evitar as rugas e melhorar o alinhamento.

Rolagem do geotêxtil Bidim

A rolagem foi feita com rolo pneumático de pressão variável (60 a 80 lb/pol2), provocando uma penetração invertida do ligante (resíduo) betuminoso, impregnando os filamentos e dando aderência do geotêxtil Bidim sobre a superfície fresada e regularizada. Sob o aspecto visual, a manta tornou-se manchada, mas não foi detectada a exsudação da emulsão asfáltica.

Segunda pintura de ligação

O segundo banho de emulsão sobre a manta comprimida foi realizado sob os mesmos critérios técnicos já menciona no primeiro banho.

A taxa de pintura de ligação foi de 0,90 l/m². Decorrido o prazo de ruptura e cura da emulsão, a via está pronta para receber as misturas betuminosas sobrejacentes.

Salgamento da superfície

Foi executado o salgamento através de espalhamento manual de massa asfáltica para facilitar a movimentação equipamentos sobre a manta asfáltica e para preservá-la. A taxa de massa asfáltica deve ser de no máximo 2 kg/m².

Aplicação das camadas betuminosas.

Foram aplicadas duas camadas de CBUQ na faixa B do DNER (Tabela 1), com as seguintes características: – Estabilidade de Marshall = 995 kg.

– Abrasão Los Angeles = 25 %

A aplicação foi realizada com vibro acabadora e rolagem com rolo pneumático e rolo liso.

Tabela 1 Dosagem do CBUQ na faixa B do DNER.

Dosagem da Faixa – B 
Brita 1 33,50%
Brita 0 28,60%
Brita 00 9,50%
Areia 14,30%
Sínter 9,50%
Cap 20 4,60%

Descreve-se a seguir a agem da faixa D do DNER (Tabela 2) usada na selagem das trincas após a fresagem.

Tabela 2 Dosagem do CBUQ na faixa D do DNER.

Dosagem da Faixa – D 
Brita 0 9,30%
Areia 46,70%
 37,30%
Cap 20 6,70%

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A obra foi executada com acompanhamento técnico rigoroso e os resulta obi demonstram que foram alcançar os objetivos preconiza nos estu tecnológicos.

A utilização de geotêxtil Bidim provou ser solução econômica, segura, eficaz, reduzindo prazos, economizando materiais e mão-de-obra como camada Anti-Propagação de trincas em pavimentos.

AGRADECIMENTOS

O Autor deste trabalho agradece a todas as equipes técnicas da SUDECAP Superintendência de Desenvolvimento da Capital, COPAVEL Consultoria de Engenharia Ltda e a Carioca Christiane Nielsen Engenharia, que muito colaboram, não medindo esforços para a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Fernandes, S.M. Filho & Maroni, L.G. & Rodrigues, P.E. & Peixoto, C.C “Restauração do Pavimento da Pista de Pouso e Decolagem 15/33 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (HIRJ) com utilização de geotêxtil nãotecido” 28ª Reunião Anual de Pavimentação ABPV, Belo Horizonte, 1994.
  • Neves M.A., & Souza, de V.F. Sávio & Vasconcelos, R.M.  “Projeto de Restauração do Pavimento da Av. Presidente Antônio Carlos” SUDECAP Belo Horizonte, outubro 1994.
  • Pires, N.M.X. & Ferreira Belo, M.L.  “Restauração do Pavimento da Av. Presidente Antônio Carlos em Belo Horizonte (MG), com utilização de Geotêxtil nãotecido”, SUDECAP, Belo Horizonte, 1995.
  • Cases de obras, Bidim Informa, Folders e Relatórios internos Atividade Bidim.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Correção de defeitos com ligante.

Limpeza da pista.

Primeira pintura de ligação.
Segunda pintura de ligação.
Lançamento de camada “Faixa D” para correção de defeitos.
Compactação final da pista.
Detalhe do acabamento de bueiros de drenagem.
Vista da obra concluída

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA RESTAURAÇÃO DO PAVIMENTO DA PONTE SOBRE O RIO CAMURUJIPE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O presente histórico de obra apresenta informações sobre a utilização do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) na restauração do pavimento da ponte sobre o Rio Camurujipe, denominada Rodoviária V, parte integrante da obra Ligação Iguatemi-Paralela (LIP).

A interposição do geotêxtil Bidim entre um revestimento, rígido, fissurado, de concreto de cimento Portland CCP, e o novo revestimento, flexível, de concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), retarda a reflexão das trincas e impermeabiliza o pavimento, aumentando a durabilidade do novo revestimento executado.

DADOS DA OBRA

Nome

Ligação Iguatemi-Paralela LIP

Localização

A Ligação Iguatemi-Paralela, que integra os serviços de restauração do pavimento da ponte sobre o rio Camurujipe, se constitui na maior obra viária realizada nos últimos 20 anos pela Prefeitura Municipal de Salvador (Figura 1).

Figura 1 – Vista aérea da obra com a indicação (com círculo preto no canto inferior direito) da ponte sobre o rio Camurujipe.

Descrição

A obra, inaugurada no dia 16 de janeiro de 1996, faz parte de um conjunto de intervenções planejadas até meados deste ano, projetadas para os próximos seis anos, que beneficiarão uma área que vai do bairro de Itaigara até a Avenida Paralela.

De acordo com os cálculos técnicos da prefeitura, circulavam pela Avenida Tancredo Neves, única via de ligação entre o Iguatemi e a Avenida Paralela antes da construção da LTP, 60 mil veículos. Com a LIP, esse número cairá para 35 mil veículos por dia.

Pela pista de ligação, circulação entre 30 mil e 35 mil veículos, outras 25 mil pela passagem de nível construída próximo ao Hospital Sarah Kubitschek e outros 25 mil pela Avenida Paralela. No sentido Paralela-Iguatemi circulam outros 55 mil veículos diariamente.

Finalidade

Com extensão de 1,2 km, a Ligação Iguatemi-Paralela tem finalidade de solucionar uns maiores problemas de engenharia de tráfego da capital em área por onde circulam aproximadamente 160 mil veículos por dia, ou o equivalente à metade da frota de veículos de Salvador.

Projetista

A solução não foi especificada em projeto e sua adoção deveu-se à decisão da gerência de engenharia da empreiteira em conjunto com a fiscalização da contratante.

Empreiteira

Construtora Norberto Odebrecht S/A

Subempreiteira

Impacto Construtora Ltda.

Contratante

Prefeitura Municipal de Salvador

SEMIN Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana

SURCAP Superintendência de Urbanização da Capital

Dimensões

Vão da ponte 96 m

Largura da ponte (quatro faixas) -14 m

Espessura de regularização 0,01 m

Espessura total do novo revestimento 0,05 m

Consumo de geotêxtil

Área de geotêxtil Bidim RT-10 – 1.425 m²

Investimento total da obra

As alterações do projeto de engenharia reduziram o valor do orçamento de R$ 11 milhões, de acordo com o projeto original, para R$ 3,8 milhões.

O custo da interposição do geotêxtil Bidim na restauração do pavimento da ponte sobre o rio Camurujipe representa uma parcela desprezível comparado ao investimento total da obra.

Apesar da redução do custo para R$ 3,8 milhões, a obra conta com um viaduto de nível e uma passagem com sinaleira no cruzamento com a rua Marcos Freire (ex-mão-inglesa). No projeto atual, está prevista a construção de um outro viaduto nesse local, o que elevará o custo da obra para R$ 6,0 milhões, ou quase a metade do custo do projeto original.

Figura 3 – Vista em elevação da ponte.
Figura 4 – Seção transversal da ponte antes da restauração do pavimento.

 Geotêxtil Bidim

Figura 5 – Seção transversal do novo pavimento.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A gerência de engenharia da empreiteira e a fiscalização da contratante optaram pela interposição do geotêxtil Bidim na restauração do pavimento da ponte sobre o rio Camurujipe com o objetivo de aumentar a durabilidade do novo revestimento formado, uma vez que o revestimento antigo apresentava elevado grau de fissuração (relação entre os comprimentos de fissuras e de revestimento) e provocaria, certamente, a rápida reflexão das trincas para o novo revestimento, exigindo uma nova intervenção em espaço de tempo relativamente curto.

As bem sucedidas obras que a empreiteira realizou com a interposição do geotêxtil Bidim na restauração de pavimentos no Autódromo Nelson Piquet (Jacarepaguá) e Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro contribuíram, também, para com a adoção desta solução.

O utilizado trata-se de um Bidim RT-10. É importante observar que os eleva pontos de amolecimento (240 ºC) do geotêxtil foram determinantes para a sua escolha. Os demais geotêxtis produzi no Brasil são fábrica com matérias-primas de pontos de amolecimento e fusão inferiores à temperatura de aplicação do CBUQ (170 ºC).

MECANISMO DE AÇÃO

Nos revestimentos asfálticos de estradas, devido, principalmente, ao tráfego pesado, às variações térmicas e às condições pluviométricas, começam a surgir trincas. Para a restauração do revestimento, faz-se uso do recapeamento asfáltico, solução de excelente relação custo/desempenho.

A concentração de tensões nas extremidades das trincas do revestimento antigo provoca a rápida reflexão delas para o novo revestimento, exigindo uma nova intervenção em espaço de tempo relativamente curto. A interposição do geotêxtil Bidim, entres revestimentos antigo, fissurado, e o novo, aumenta a durabilidade do novo revestimento formado, devido a dissipação de tensões das extremidades das trincas e impermeabilização, detalha a seguir.

Dissipação de tensões das extremidades das trincas

O geotêxtil Bidim, impregnado com material asfáltico, atua como uma camada visco elástica de descontinuidade, que absorve e dissipa as tensões provocadas pelo desenvolvimento das trincas de fadiga existentes no revestimento antigo, retardando o mecanismo de reflexão de trincas. Estu demonstram que as trincas de reflexão sofrem um redirecionamento ao atingirem o geotêxtil Bidim.

Impermeabilização

O geotêxtil Bidim, impregnado com material asfáltico, funciona como uma membrana impermeável, impedindo a infiltração das águas pluviais na estrutura do pavimento e no subleito e, consequentemente, impedindo a perda de resistência ao cisalhamento dessas camadas e evitando o bombeamento de partículas finas do solo, agentes causadores de deformações permanentes na estrada. A impermeabilização com a membrana formada se constituirá em uma proteção adicional à armadura contra a corrosão decorrentes da infiltração pelas fissuras ou vazios existentes na estrutura de concreto.

ETAPAS DE RESTAURAÇÃO DO PAVIMENTO

A execução da restauração do pavimento se deu pelas seguintes etapas:

  • Limpeza do pavimento com varrição manual;
  • Aspersão de emulsão asfáltica RR-2C;
  • Lançamento de uma camada de 0,01 m de CBUQ, faixa C do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER);
  • Compactação da camada;
  • Aspersão de emulsão asfáltica RR-2C;
  • Instalação do geotêxtil Bidim RT-10 e, em seguida, correção de rugas;
  • Rolagem com rolo de pneus;
  • Aspersão de emulsão asfáltica RR-2C;
  • Rolagem com rolo de pneus;
  • Lançamento da camada final de 0,04 m de CBUQ, faixa C do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER); – Compactação da camada; – Sinalização horizontal.

Foi constatado que houve uma melhor impregnação de emulsão asfáltica no geotêxtil Bidim RT-10 no trecho onde ocorreu, além da rolagem com rolo de pneus, tráfego de veículos sobre ele, contrapondo-se com os locais onde houve, apenas, rolagem com rolo de pneus.

Tal fato motivou a liberação, durante uma noite, de uma das faixas, onde havia sido executada, apenas, a aplicação do geotêxtil Bidim RT-10 com emulsão asfáltica. Embora tal procedimento tenha obtido êxito, o tráfego direto sobre o geotêxtil Bidim deve, em geral, ser evitado, pois pode provocar danos ao mesmo.

A partir de um acordo entre a contratante, e executante ficou decidido manter um pequeno trecho testemunha, sem aplicação do geotêxtil Bidim RT-10, para futuras observações e comparações.

6 VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Os serviços de restauração de pavimento com a inserção do geotêxtil Bidim acarreta um aumento na durabilidade de novo revestimento. Tal fato deve-se à formação de uma membrana impermeável que impede a livre circulação de água através do revestimento e ao longo de todo o pavimento. O geotêxtil Bidim também funciona como uma camada de desvio de tensões, retardando o aparecimento de trincas de reflexão no novo revestimento.

Esses dois fatores associam, além de aumentar a durabilidade do novo revestimento, reduzem os custos de manutenção. Como consequência direta, há menores interrupções de tráfego, gerando menos transtornos aos usuários. A associação de to esses fatores resultam em uma excelente relação custo/benefício na restauração de pavimentos.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos senhores James Lingerfelt, Jorge Carneiro e Oswaldo Berton, da Construtora Norberto

Odebrech SA, Arivaldo Nunes, da Impacto Construtora Ltda, e Luiz Antonio Batista, Fernando Morgade Cortizo Varela e Caetano Barbosa Júnior, da Superintendência de Urbanização da Capital, pela colaboração prestada para a edição do presente histórico de obra.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

  • Maroni, L.G. e Montez, F.T.  “O geotêxtil nãotecido como elemento retardador da propragação de trincas em recapeamentos asfálticos: evolução tecnológica sul-america”, 29ª Reunião Anual de Pavimentação, Cuiabá, Mato Grosso, 1995.
  • Montestruque, G.E. e Rodrigues, R.M.  “Fadiga de revestimentos asfálticos com camadas intermediárias de geotêxtil”, 29ª Reunião Anual de Pavimentação, Cuiabá, Mato Grosso, 1995.
  • Mini-catálogo “Bidim. O segrego da durabilidade em recapeamento”.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Fissuras do pavimento de CCP.
Alargamento do tabuleiro da ponte.
Aspersão da emulsão asfáltica RR-2C.
Lançamento de uma camada de 0,01 m de CBUQ, faixa C do DNER.
Compactação da camada e, em seguida, aspersão de emulsão asfáltica RR-2C.
Instalação manual do geotêxtil Bidim e, em seguida, correção de
eventuais rugas no mesmo.
Rolagem do geotêxtil Bidim RT-10 com rolo de pneus.
Lançamento de emulsão asfáltica RR-2C e, em seguida, a camada final de 0,04 m de CBUQ, faixa C do DNER.
Experiência de rolagem do geotêxtil Bidim com tráfego na última das faixas executadas.
Bom resultado da experiência de rolagem do geotêxtil Bidim com tráfego na última das faixas executadas.
Corte realizado no geotêxtil
Bidim, com facilidade, para contorno do sistema drenante.
Ponte com pavimento restaurado e liberado para tráfego.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO REVESTIMENTO TERMOACÚSTICO DA COBERTURA DO HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK BELO HORIZONTE MG



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no revestimento termoacústico da cobertura do Hospital Sarah Kubitschek em Belo Horizonte/MG.

Projetado nos anos 50 pelo arquiteto Oscar Niemeyer o Hospital Sarah Kubitschek é umas mais tradicionais de Belo Horizonte. O Hospital Sarah Kubitschek funciona desde 1954 como hospital geral, servindo principalmente à população da região Noroeste da cidade de Belo Horizonte, onde está situado.

A Associação das Pioneiras Sociais (APS), entidade sem fins lucrativos que gere uma rede de centros de saúde no Brasil, está reformando inteiramente e ampliando as instalações do Hospital Sarah Kubitschek com objetivo de transformá-lo num centro especializado no aparelho locomotor.

As obras começaram em abril de 1993 e preveem a construção de três novos blocos e modificações internas radicais no prédio original mantendo as características externas originais do projeto Oscar Niemeyer. O conjunto terá, no total, 23 mil metros quadra de área construída (8 mil metros quadram do prédio original) e 15 mil metros quadra de área de projeção, num terreno de 25 mil metros quadra.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Abril de 1993
  • LOCALIZAÇÃO: Av. Amazonas, 5953, bairro Gameleira, região Noroeste de Belo Horizonte/MG.
  • CLIENTE: APS Associação das Pioneiras Sociais
  • TIPO DE OBRA: Revestimento termoacústico da cobertura
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Revestimento termoacústico
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente 21.200 m² de manta geotêxtil Bidim RT-16.

Finalidade da Obra

A obra faz parte do plano de expansão da Associação das Pioneiras Sociais, que após ter aperfeiçoado as unidades de Brasília/DF, Luiz/MA e Salvador/BA, executa projetos na capital Mineira.

A intenção da Associação das Pioneiras Sociais é transformar o Hospital Sarah Kubitschek num centro especializado no aparelho locomotor, dotado de pessoal especializado e equipamentos modernos, oferecendo tratamento gratuito e de primeira qualidade nos 200 leitos disponíveis.

DESCRIÇÃO DA OBRA

A planta do projeto distribuiu os três novos edifícios em volta do já existente de três andares e de maior altura. A primeira etapa da obra consiste na execução do bloco principal (frontal) denominado Bloco A, onde serão instala o centro cirúrgico, o ambulatório, as salas de raio-a, o auditório e a biblioteca.

Nas fundações deste bloco, serão empregadas estacas metálicas com 20 m de profundidade, sendo a primeira laje em concreto armado para resistir os esforços de alguns equipamentos instala. Nos demais pavimentos, serão usa estruturas metálicas do tipo cosacor.

O prédio original abrigará o Bloco B, e para tanto será reformulado para as novas funções, basicamente administrativas e de triagem e internação. Os Blocos C e D abrigarão os setores de apoio, como laboratórios de estudo do movimento, ala de residência médica, fisioterapia e oficina protética, entre outros. Neles serão utilizadas fundações diretas, além de vigas de aço do tipo cosacor.

Estima-se um consumo em toda a obra de 7.400 m³ de concreto armado, 200 ton de estruturas metálicas de aço e movimentação de 40 mil m³ de solo. O fechamento lateral em paredes será feito com alvenaria de blocos de concreto e placas pré-moldadas de argamassa armada ou madeira que receberão ainda revestimento de aço inox nos pontos que exigem maior assepsia.

O fechamento superior será executado com laje impermeabilizada com sheds e telhas metálicas calandradas e revestido com geotêxtil Bidim.

CONSIDERAÇÕES SOBRE TERMOACÚSTICA

O universo é um sistema dinâmico definido a cada momento pelas diversas formas que a energia apresenta. O som é uma das formas dessa energia e como tal obedece às leis fundamentais da física. O som necessita de uma causa para existir. A existência do som provoca uma serie de efeitos, um deles é a excitação de nosso sistema auditivo, processando-se o fenômeno da audição.

Na prática, entende-se como som qualquer vibração em um meio elástico (sólido, líquido ou gasoso) que possa ser detectada pelo ouvido humano, isto é, que esteja dentro da “faixa de áudio” (frequência) que vai de 20 Hz à 20.000 Hz.

O som se origina em uma fonte, região que de algum modo recebeu uma forma de energia e a transforma em energia sonora. Esta se propaga em meio elástico e é captado pelo receptor, normalmente o homem, embora os animais, materiais e os instrumentos também sejam receptores.

Grande parte do progresso de acústica nas últimas décadas se deve ao aparecimento instrumentos eletrônicos de medição e análise de som: medidores de nível de som, filtros, registradores de nível, gravadores etc.

O som é uma forma de energia que para o meio físico, apresenta efeitos geralmente desprezíveis em relação aos efeitos que pode provocar sobre os seres vivos, em especial sobre o homem. O som tem a capacidade de afetá-lo sobre uma série de aspectos psicológicos, fisiológicos ou mesmo físicos.

Acusticamente podemos classificar os ambientes em abertos ou fecha. A acústica aplicada aos ambientes fecha é denominada de acústica de recintos e nos casos de ambientes abertos falamos na acústica espaços abertos. A acústica de recintos está relacionada com a arquitetura de edifício e por isso seus conceitos são aplica pela acústica arquitetônica.

Em um recinto o som pode sofrer uma serie de fenômenos, conforme a Figura 1.

Contudo, os fenômenos que mais têm interesse para o projeto de um recinto acusticamente satisfatório são: reflexão, absorção e transmissão do som (Figura 2 e 3).

Quando um material não apresenta rigidez para refletir o som, ele o absorve, deixando-o em parte passar para o outro lado e em parte dissipando-o dentro de sua estrutura. Dizemos então que o material absorvente de som ou então absorvente acústico.

Quando ouvimos um som que vem do outro lado de uma parede que separa dois recintos, dizemos que o som foi transmitido pela parede. O som que incide sobre a parede faz com que esta vibre e se torne uma nova fonte de som, irradiando para ambos os lá.

Os materiais rígidos têm propriedade de refletirem o som que neles incide desde que apresentem dimensões compatíveis com os comprimentos de onda que compõem tal som (Figura 4).

Os fenômenos que podem ocorrer com o som em um recinto dependem de uma série de fatores, como: forma, dimensões, volume, materiais etc. Os materiais têm influência decisiva em dois fenômenos: absorção e isolação do som. Em função da sua propriedade mais pronunciada, dizemos que o material é absorvente ou então isolante do som.

Material absorvente é aquele que ao receber o som não o reflete, absorve-o. Material isolante é aquele que dificulta a passagem do som através dele, refletindo-o. Podemos fazer a composição de um material absorvente com um material isolante para conseguirmos os dois efeitos simultaneamente (Figura 5).

Ambientes hospitalares exigem um controle apurado do nível máximo de ruído o que pode ser alcançado mediante tratamento acústico de recinto. Este é de conceituação bastante simples e pode ser feito com o geotêxtil Bidim.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

É sabido que em ambientes hospitalares é de fundamental importância a manutenção de níveis de ruí e de temperaturas objetivando ambientes confortáveis e adequa a pacientes, funcionários, visitantes, equipamentos etc.

Neste sentido os projetos do Hospital Sarah Kubitschek foram elaborar com o objetivo de se conseguir um melhor aproveitamento das formas e espaços e dentro de uma concepção arquitetônica moderna e arrojada.

Os novos edifícios do Hospital Sarah Kubitschek foram projetar com estrutura metálica de aço tipo cosacor sendo a cobertura em forma de abóbodas ou sheds revesti com telhas metálicas calandradas. Suas formas privilegiam a circulação de ar pelos recintos com ambientes amplos, claros e sem excessos de luminosidade.

Devido as suas excelentes características físicas e mecânicas, o geotêxtil Bidim foi o material escolhido para o revestimento termoacústico das telhas metálicas da cobertura, com o objetivo de absorver ruí, eliminando inconvenientes típicos de coberturas em telhas metálicas. Quando estimuladas por qualquer fonte mecânica, ou sonora, eles emitem sons que podem atingir níveis bastante eleva. O geotêxtil Bidim foi aplicado para melhorar o conforto termoacústico ambientes.

O geotêxtil Bidim é uma manta com elevada porosidade. Ao ter tais filamentos atingi pelas ondas sonoras incidentes que atravessam seus poros, o material faz com que essas ondas se reflitam pelos poros, chocando- se novamente com os filamentos. Ao vibrarem juntamente com o ar, esses filamentos dissipam a energia sonora em forma de energia térmica, atenuando sons e melhorando o conforto termoacústico ambientes.

O projeto também previu um espaço vazio entre a cobertura final e o forro de revestimento interno com o objetivo de melhorar a ventilação interna, circulação de flui e consequentemente as condições térmicas ambientes.

Coeficientes de absorção sonora

s valores abaixo relaciona referem-se à absorção sonora de um geotêxtil Bidim TA-60, testada segundo recomendação nº354 da ISO (Organização Internacional de Normalização) conforme o certificado nº 470.997 do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

Resistência ao arraste de filamentos por fluxo de ar paralelo

Junto ao CTA (Centro Técnico Aeroespacial), foram efetuar testes ao arrasamento de filamentos forrando-se internamente com o geotêxtil Bidim TA-60 um duto metálico com forma de L com seção retangular (10 x 8 cm) e comprimento 200 metros.

O teste foi efetuado com ar escoando a velocidade de 20 m/s não ocorrendo o arraste de partículas do geotêxtil Bidim, conforme pode se comprovar através do certificado nº219 PMO/76 emitido pelo CTA.

Coeficiente de condutividade térmica

Os resulta abaixo tabela foram retiradas do relatório nº331/76 emitido pelo INT (Instituto Nacional de Tecnologia), tendo-se seguido a norma ASTM C-177.

Frequência (Hertz)Coeficiente de absorção
1250,03
2500,05
5000,12
10000,20
20000,38
40000,52

Instalação

O geotêxtil Bidim é facilmente cortado com tesoura manual ou com máquinas elétricas de corte. Na obra foram montados cavaletes e bancadas para facilitar o corte que foi realizado com tesoura manual. O geotêxtil Bidim obtém bons resulta de colagem com praticamente to os adesivos encontram no mercado, porém ele varia em função das características da superfície de colagem, bem como do meio em que a mesma se encontra. O adesivo utilizado na colagem foi o “Rodopias” a base de PVA Acetato de Polivinila.

AGRADECIMENTOS

O autor deste trabalho agradece a toda a equipe da Associação das Pioneiras Sócias e em especial as pessoas do Sr. Fábio Savastano, Srta. Miriam Mós Blois e Sr. Neylor Armond Lopes sem as quais não teria sido possível a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Bidim Informa nº24 Informativo Técnico Atividade Bidim
  • Manual Técnico de Acústica Atividade Bidim
  • Revista Construções Minas Centro/Oeste nº204 outubro/93.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Fechamento lateral interno em paredes de alvenaria de blocos de concreto e fechamento lateral externo em placas pré-moldadas.
Vista parcial da cobertura de fechamento superior.
Vista parcial interna do bloco principal A.
Vista parcial sistema de fechamento lateral e cobertura.
Detalhe esquadria de ventilação interna situada abaixo do forro interno.
Cavalete e bancada para corte do geotêxtil Bidim.
Geotêxtil Bidim colocado previamente as telhas metálicas.
Instalação das telhas metálicas com o geotêxtil Bidim.
Instalação das telhas metálicas com o geotêxtil Bidim.
Vista parcial superior da cobertura.
Vista frontal da obra concluída.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO DRENO SUBSUPERFICIAL DA RODOVIA PE-60, NO TRECHO ENTRE O ACESSO A SUAPÉ A CIDADE DE SERINHAÉM – PE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no dreno subsuperficial da Rodovia PE-60 no trecho entre o acesso à Suape e o município de Sirinhaém PE, com uma extensão de 28 km.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Março de 1995
  • LOCALIZAÇÃO: Município de Sirinhaém PE
  • CLIENTE: Construtora Queiroz Galvão
  • TIPO DE OBRA: Rodovia
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento de filtração
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 25.000 m² de geotêxtil Bidim RT-10

CONSIDERAÇÕES GERAIS

A PE-60 é uma das mais importantes rodovias do nosso Estado. Ela é a principal via de ligação de diversas usinas de açúcar ao acesso do Porto de Suape e as principais Praias do Litoral Sul, tais como: Porto de Galinhas, Barra de Sirinhaém e Tamandaré.

Esta obra faz parte do “Programa de Obras e Serviços de Reabilitação Rodoviária”, parcialmente financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o qual envolve restauração de 1.250 km de rodovias estaduais pavimentadas, cobrindo 40% da rede pavimentada, que estão praticamente destruídas.

HISTÓRICO DO PAVIMENTO DA PE-60

A Rodovia PE-60 teve a sua pavimentação iniciada a partir do entroncamento com a BR-101, no ano de 1965. Foi na realidade, a primeira experiência em Pernambuco com o pavimento rígido, projetado sobre uma sub-base estabilizada granulo metricamente. Antes, os pavimentos rígidos eram desprovi de sub-base e executa diretamente sobre o subleito. Em geral, argiloso.

Na PE-60 foram utilizadas placas de 6,0 m x 3,5 m, com espessura de 23 cm no bordo e 17cm no eixo. O trecho Suape Barreiros, se inicia no km 10,4 e teve a sua pavimentação executada no período 1965-1969. Em quase toda a extensão desse trecho o pavimento original foi constituído por placas de concreto de cimento Portland. Em pequenos segmentos, no qual o aterro foi executado sobre solo mole, utilizou-se um pavimento flexível, com base de solo-brita e tratamento superficial duplo como revestimento, face aos possíveis recalques que poderiam ocorrer.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim foi adotado como filtro do sistema de drenagem por permitir um rápido escoamento, e ao mesmo tempo evitar o carreamento de partículas para o interior do dreno, estabilizando o solo adjacente.

Em função das características da obra, foi escolhido o geotêxtil Bidim RT-10, baseado em suas propriedades mecânicas e hidráulicas. Além de que, o geotêxtil Bidim dispensa os cálculos granulométricos necessários aos filtros de areia, sem interferir nas hipóteses e fórmulas para cálculos de vazões. Também é um material contínuo e de características constantes e imputrescível.

INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A instalação do geotêxtil Bidim se deu pelos seguintes procedimentos:

  • Abertura da vala para execução do dreno com 0,30 m de largura e profundidade igual à 0,42 m, regularização e compactação do fundo da vala.
  • Instalação do geotêxtil Bidim, preenchimento e compactação com material drenante (pedra britada). – Fechamento do dreno, sobreposição do geotêxtil Bidim e revestimento com PMQ, espalhado manualmente, na espessura de 0,05 m.
  • Execução serviços propostos para a restauração acostamentos.

Observações:

  1. O fundo da vala de drenagem deverá apresentar a mesma declividade longitudinal da pista de rolamento.
  2. Nos trechos em aterro com declividade nula, o fundo da vala terá declividade de 0,5% em cada segmento de 5 m até encontrar o ponto sangra, conforme desenho esquemático da Figura 1.
  3. Nos trechos em corte dispondo de drenagem subterrânea, a sangra será executada de modo a descarregar na camada drenante.
  4. Nos trechos em corte onde não existir, mas se fizer necessária a construção de dreno subterrâneo, será válida a observação do item anterior.
  5. O agregado para o dreno será do tipo 1 ½” – ¾”, com a seguinte granulometria.

GREIDE DA BASE

FACE INFERIOR

DA SUB-BASE

                                                                5,00 m            5,00 m    5,00 m
   BASE    SUB-BASE     0,42 m      0,10 m
                                                                     0,5 %         0,5 %0,5 % 0,5 %
SANGRASANGRA

FUNDO DA VALA

DE DRENAGEM

Figura 1 Desenho esquemático com declividade do sistema de drenagem.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Abertura da trincheira.
Trincheira aberta à espera da instalação do geotêxtil e material
drenante.
Instalação do geotêxtil Bidim na trincheira.
Transporte de brita para as trincheiras.
Preenchimento da trincheira drenante com brita.
Fechamento do dreno subsuperficial.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA DRENAGEM DA OBRA DE ALARGAMENTO E RECONSTITUIÇÃO DAS PISTAS DO AEROPORTO PINTO MARTINS FORTALEZA CE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação de geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como filtro e elemento de separação das camadas de areia e brita, na construção de drenos em virtude da obra de ampliação e restauração das pistas de pouso, pistas de rolamento e pátios de manobras, tanto da área civil com a área militar, do aeroporto Pinto Martins, Fortaleza CE. Sendo assim, o geotêxtil Bidim foi especificado pela própria INFRAERO não constando no projeto original, projeto elaborado pelo Eng. Júlio Cesar R. Borsari através da Prodec Consultoria para decisão Sociedade Civil Ltda.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Novembro de 1994
  • LOCALIZAÇÃO: Aeroporto Pinto Martins, Fortaleza CE.
  • CLIENTE: Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária INFRAERO.
  • TIPO DE OBRA: Restauração das pistas de pouso
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento de filtro e separação das camadas de areia e brita
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Geotêxtil Bidim 22.500 m².

Localização

Fortaleza, a capital do Estado do Ceará, possui uma área de 336 km² ao Norte com o Oceano Atlântico, ao Sul com municípios de Pacatuba e Itatinga, ao Leste com o município de Aquiraz e o Oceano Atlântico e a Oeste com o Município de Caucaia.

Possui três grandes bacias hidrográficas: a bacia da vertente marítima, com uma área de 23,6 km², totalmente inserida na zona urbana de Fortaleza; a bacia do Rio Cocó, principal recurso hídrico de Fortaleza com uma área de 215,9 km² e tendo ramificações, possuindo em média 30 afluentes, 16 açudes e 36 lagoas; e por fim, a bacia do rio Maranquapinho, que nasce na serra do Maranguape e abrange uma área de 96,5 km².

O Aeroporto Pinto Martins localiza-se entre os bairros Dias Macedo, Vila União, Serrinha e Aerolândia, e ao seu lado encontramos uma grande lagoa, a Lagoa do Opaia.

Figura 1 Vista parcial de Fortaleza (Em negrito, Aeroporto Pinto Martins).

Finalidade da obra

Localizado em uma cidade que, por ser litorânea e ter uma excelente infraestrutura, no que diz respeito ao turismo, recebe centenas de turistas to os meses (uma vez que Fortaleza já não tem o infortúnio da famosa “baixa estação”), o Aeroporto Pinto Martins tem se mostrado muito aquém do que se requer de um aeroporto de grande porte para fazer jus a tamanha solicitação.

A área do aeroporto é de 40000m² de terreno. O comprimento das pistas permanecerá o mesmo, mas haverá alargamento nas mesmas. Com esta ampliação resolver-se-á o problema da demanda do Aeroporto Pinto Martins que é de 32 voos diários, atualmente.

Descrição da obra

A obra se divide em três partes distintas, sendo elas:

– Pátio de manobras; – Pistas de Rolamento e, – Pistas de Pouso.

PÁTIO DE MANOBRAS

Alargamento acostamentos e estruturas de concreto do pátio de manobras

Alargamento acostamentos pavimenta da “Taxiway On Apron” e estruturas das placas de concreto do pátio de manobras. O acostamento original era de 7,50 m de largura e teve um acréscimo de 3m ficando, então, com 10,50 m.

Quantitativos:

  1. Serviços Preliminares: 1.634 m²
    1. desmatamento,
    1. deslocamento e,
    1. limpeza com bota-fora.
  2. Terraplenagem: 302 m³
    1. escavação do solo C) Pavimentação:
    1. regularização do subleito: 1.634 m²,
    1. base de macadame hidráulico: 479 m³,
    1. imprimação: 1.634 m²,
    1. Concreto Betuminoso Usinado à Quente: 57 m³ e, – reparos em placas de concreto cimento:
      1. juntas esborcinadas: 24 m,
      1. trincas longitudinais, transversais e diagonais com abertura menor que 2 mm: 470m,
      1. trincas longitudinais, transversais e diagonais com abertura maior que 2 mm: 118 m,
      1. trincas de cantos (normal 40m, perda de suporte:  m²,
      1. resselagem de Juntas: 900m,
      1. demolição e reconstrução de placas de concreto: 404 m³.

D) Drenagem:

– Canaleta com grelha C602 em concreto simples: 280 m, – canaleta com grelha C602 em concreto armado: 90 m.

Pistas de rolamento

Reforço e alargamento das pistas de rolamento e construção e alargamento acostamentos pavimenta. As diversas pistas de rolamentos “A”, “Bm”, “C”, “D”, “Bc”, “H”, “I”, “J”, “F” e “G”, como são definidas, tiveram alargamentos varia, como vem a seguir:

* Largura Original:

  • Pistas de Rolamento “A”, “Bm”, “C” e “D” 23 m
  • Pistas de Rolamento “Bc” 30 m
  • Pistas de Rolamento “F”, “G”, “H”, “I” e “J” 23 m

* Largura com Alargamento:

  • Pistas de Rolamento “A”, “Bm”, “C” e “D” 48 m
  • Pistas de Rolamento “Bc” 51 m
  • Pistas de Rolamento “F”, “G”, “H”, “I” e “J” 44 m

Quantitativos:

  1. serviços Preliminares:
    1. Demolição de Pavimento Flexível: 7.419 m²
    1. Desmatamento, destocamento e limpeza: 60.507 m²
  • Terraplenagem:
    • Escavação de Solo: 13.417 m³
  • Pavimentação:
    • Regularização do Subleito: 77.356 m²
    • Sub-base de solo importado: 3.984 m³
    • Base de Macadame Hidráulico: .902 m³
    • Imprimação: 77.356 m²
    • Pintura de Ligação: 22.4877 m³
    • Binder: 7.200 m³
    • Capa: .634 m³
  • Drenagem:
    • Bueiro ARMCO sob o taxi D:
      • Corpo de bueiro:116,3 m
      • Concreto ciclópico: 8 m³
      • Dissipador de energia: 1 un.
  • Prolongamento do bueiro da est.81 sob o taxi A:
    • Corpo de bueiro: 9 m
    • Dem. Da caixa coletora existente: 1 un.
    • Caixa coletora projetada: 1 un.
    • Contensão de erosão na saída bueiros Dissipador de energia: 2 un.
    • Saídas em Rápi:
      • Rápi: 60 m
      • Dissipador de energia:  un.
    • Drenos Longitudinais nas bordas das pistas de rolamento:
      • Dreno: 7360 m
      • Demolição e reconstrução do pavimento flexível: 3.030m³ – Caixas coletoras de drenos 43 un.
    • Saída de dreno:
      • Saída: 2.825 m
      • Terminal de dreno: 33 un.

Pistas de pouso

Reforço do pavimento da pista de pouso 13/31 e alargamento seus acostamentos pavimenta. A largura original da pista de pouso com os acostamentos pavimenta era de 45 m e passou para 60 m após o alargamento.

Quantitativos:

A) Serviços Preliminares:

  • Desmatamento, destocamento e limpeza com bota-fora: 58.730 m² B) Terraplenagem:
  • Escavação do solo:
    • Esc. Para fins de aterro: 7.705 m³
    • Esc. Para bota-fora: 4.671 m³
  • Compactação do solo: 6.421 m³
  • Pavimentação:
    • Regularização do subleito: 14.974 m²
    • Base de Macadame Hidráulico: 2.246 m³
    • Imprimação: 14.974 m²
    • Resselagem de juntas: 2.190 m
    • Pintura de ligação: 248.884 m²
    • Binder: 11.432 m³
    • Capa: 5.502 m³
  • Drenagem:
    • Valas revestidas em concreto:
      • Vala 1: 485 m
      • Vala 2: 185 m
      • Vala 3: 39 m
    • Canaleta com grelha (cabeceira 31): 173 m
    • Rápido para deságüe da canaleta C601: 8 m – Drenos long. na borda da pista: 4.270 m – Caixas coletoras de drenos: 37 un.
    • Saída de dreno:
      • Saída: 1.235 m
      • Terminal do dreno: 34 un.
    • Contenção de erosão: 3.500 m²
Figura 2 Seção transversal do dreno do pavimento da pista de rolamento (área militar).
Figura 3 Seção transversal do dreno do pavimento da pista de rolamento (área civil).
OBS: Tubo plástico corrugado ou similar D = 0,150 m
Saída: Tubo de concreto D = 0,20m S mínimo = 0,3 %
Figura 4 Seção transversal do dreno do pavimento da pista de pouso 13/31 (área civil).

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Após um rigoroso estudo feito no sentido de reduzir os custos e ao mesmo tempo garantir maior vida útil a obra, resolveu-se adotar o geotêxtil Bidim como filtro e elemento de separação nos respectivos drenos.

O geotêxtil Bidim se torna mais econômico pelo fato de dispensar a transição granulométrica que apesar de necessitar de um estudo mais detalhado, requer também mão-de-obra especializada e ainda dificulta o transporte, pelo grande volume de material empregado. Já o geotêxtil Bidim não necessita de muita mão-de- obra, é de fácil aplicação e, por ser vendido em bobinas, ocupa pouco espaço e facilita o transporte.

FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim, nesta obra, teve como função principal FILTRAÇÃO, permitindo um escoamento rápido e ao mesmo tempo evitando o carreamento de partículas finas para o interior do dreno, enquanto estabiliza o solo adjacente ao longo da trincheira drenante.

Na função SEPARAÇÃO, o geotêxtil Bidim instalado entre dois materiais de granulometrias diferentes, impede que estes se misturem mantendo assim, suas características próprias, ao mesmo tempo que permite a livre passagem de água.

O Projetista especificou o geotêxtil Bidim RT-16 como filtro nos drenos, baseado em experiências anteriores nesse tipo de obra e pelas características do solo, levando-se em consideração, principalmente, as propriedades físicas e propriedades hidráulicas na utilização do geotêxtil Bidim RT-16.

INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A instalação do geotêxtil Bidim se deu através das seguintes etapas:

  1. Levantamento topográfico e locação das trincheiras drenantes.
  • Escavação da vala com largura de 0,50 m e altura variável entre 0,415 m e 0,915 m, com uma retroescavadeira, observando-se que fosse feita de jusante para montante, para o escoamento de águas que porventura surgissem e de eventuais chuvas.
  • Correção da inclinação da trincheira drenante e remoção de objetos contundentes.
  • Instalação do geotêxtil Bidim RT-16 nas valas, fixando-se as suas bordas provisoriamente com pedras e procedendo-se o enchimento das valas com uma camada de 10 cm de brita.
  • Assentamento do tubo-dreno sobre a camada drenante (Figura 3) e preenchimento do restante da vala com material drenante (Figura 4).
  • Por fim, as bordas do geotêxtil Bidim foram rebatidas com uma sobreposição de 0,15 m e a parte superior da trincheira foi aterrada.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A utilização do geotêxtil Bidim traz inúmeras vantagens, dentre elas:

  • Reduz o volume nominal nas trincheiras drenantes, já que substitui com eficiência as transições granulométricas.
  • Reduz o tempo de execução, pois é de fácil e rápida aplicação.
  • Aumenta a vida útil do dreno, pois retém os finos, evitando que sejam carregados para o interior do meio drenante, fazendo com que não haja a colmatação dele, proporcionando, assim, o bom desempenho do sistema por tempo indefinido.
  • É de fácil transporte por vir em bobinas.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Eng. Ricardo Tinoco, da Construtora EIT, em nos fornece da e informações pertinentes à obra, bem como a alguns técnicos que trabalhavam na mesma.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Cases e manuais técnicos da Atividade Bidim.
  • Relatórios da INFRAERO cedi à Construtora EIT com descrições da respectiva obra. – Projetos de drenagem da Prodec relativos à obra.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Estocagem das bobinas de geotêxtil Bidim e da tubulação utilizada nos drenos.
O geotêxtil Bidim instalado na vala com a 1ª camada de brita
já lançada.
Detalhe tubos-dreno
sobre a brita e a sobreposição do geotêxtil Bidim.
Obs.: Pedras segurando o geotêxtil em toda a extensão.
Fase de lançamento da brita sobre a tubulação preenchendo a vala.
Detalhe ao fundo de um dreno concluído chegando à caixa de inspeção, e do outro lado da caixa, uma vala ainda sem o geotêxtil Bidim aplicado.
Detalhe da introdução do tubo- dreno na caixa de inspeção juntamente com o geotêxtil
Bidim.
Vista do dreno já fechado e ao fundo algumas aeronaves.
Vista geral de um dreno fechado com o geotêxtil Bidim sobreposto e fixado com pedras.

Vista geral da obra com os drenos à direita e um carro aplicando asfalto.

Vista geral da obra com o detalhe de um operário executando a imprimação da pista, o geotêxtil Bidim instalado no dreno.

UTILIZAÇÃO DA MANTA GEOTÊXTIL BIDIM COMO FILTRO E ELEMENTO DE SEPARAÇÃO EM ESTRUTURAS DE GABIÃO NA BARRAGEM DO RIO CHICO



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do Geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como filtro e elemento de separação em várias estruturas executadas em gabiões na Barragem do Rio do Chico. A barragem é uma das obras que compõe o complexo industrial Inpacel, e destina-se à regularização de vazão para garantir o suprimento de água na fábrica, bem como auxiliar no processo de diluição do efluente por ela gerado, no caso de período de estiagem prolonga.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Outubro 1992
  • LOCALIZAÇÃO: Município de Arapoti PR
  • CLIENTE: J. Malucelli Construtora de Obras Ltda. (Curitiba PR
  • TIPO DE OBRA: Barragem de rio com gabião
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento filtrante
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente 9.000 m² de geotêxtil Bidim.

DESCRIÇÃO DA OBRA

Finalidade

Conforme pode ser observado na Figura 1, o aproveitamento de água pela fábrica da Inpacel, está vinculado ao Rio Barra Mansa, no qual é feito tanto a captação como a disposição efluentes industriais, cujo emissor por força da lei, é locado à montante da primeira.

Para garantir a vazão mínima para o consumo, bem como contribuir para a diluição do efluente, houve a necessidade de criar um reservatório de água, resultando daí, a construção da barragem do Rio do Chico, afluente do Rio Barra Mansa.

Principais características

A barragem é uma estrutura de terra homogênea com instrumentação compatível, cujo aterro compactado totaliza 108.000 m³, possuindo altura máxima de 28 metros e comprimento de crista de 160 metros. É dotada de tomada de água submersa para vazão máxima de 1 m³/s utilizando a galeria de desvio e vertedouro de borda livre para vazão máxima de 16,2 m³/s.

O reservatório ocupa área de 16,5 hectares, armazenando 1,35 milhões de metros cúbicos, suficiente para regularizar a vazão do Rio do Chico para estiagem de tempo de recorrência de 10 anos e 90 dias de duração. A face de montante é revestida por cascalho do pé do talude até o nível mínimo de água com gabião colchão dreno deste nível até a crista. A face jusante é revestida com grama.

O vertedouro é constituído por quatro partes principais:

  • Canal de aproximação (de gabião não revestido);
  • Ogiva (de concreto armado);
  • Canal trapezoidal (de gabião revestido com concreto) e, – Escada de dissipação (de gabião não revestido).

O desvio do rio foi efetuado em galeria de concreto armado ligada na sua extremidade de jusante a um canal de restituição revestido em gabião. A barragem é dotada de filtros vertical e horizontal, ligadas ao dreno horizontal, cuja seção extrema é adjacente a uma estrutura de gabião, no pé do talude de jusante (Figura 2).

Figura 2 Desenho esquemático da barragem.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Especificação

O geotêxtil Bidim foi especificado em projeto pela necessidade de um elemento filtrante e de separação eficiente e econômico para garantir o bom desempenho das estruturas de gabião, na sua maioria adjacentes ao solo de arenito do local. As fundações apresentam-se em camadas de arenito com textura e níveis de percolação diferencia.

No projeto foi especificado o geotêxtil Bidim RT-10 em todas as aplicações, uma vez que ele atende às características mecânicas necessárias para os esforços de instalação e vida útil, além de oferecer permeabilidade adequada à aplicação.

A única exceção foi a face inferior gabiões da escada de dissipação do vertedouro, onde os esforços solicitantes eram de maior grandeza e necessitavam de um geotêxtil com maior resistência mecânica e neste caso foi especificado geotêxtil Bidim RT-21. Entretanto por necessidade da obra foi adotada a solução de superposição de duas mantas Bidim RT-10, com emendas costuradas e desencontradas para evitar concentração de esforços nestes pontos, que também atende às necessidades do projeto.

Funções

Em todas as estruturas executadas em gabião descritos foi utilizado geotêxtil Bidim e as funções principais são de FILTRAÇÃO e SEPARAÇÃO.

5 INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Canal de aproximação do vertedouro

  • Escavação e conformação do canal com equipamento de terraplenagem.
  • Instalação do geotêxtil Bidim no fundo do canal, com emendas por sobreposição.
  • Montagem do gabião tipo colchão dreno do fundo do canal.
  • Execução do gabião caixa nas laterais do canal, efetuando a sobreposição do geotêxtil Bidim do fundo e da lateral, fixando a manta na face externa do gabião.
  • Preenchimento com solo entre talude e a manta na face externa do gabião.

Canal trapezoidal do vertedouro

  • Regularização e conformação do canal com equipamento de terraplenagem.
  • Escavação de um dreno horizontal no vértice inferior do canal, destinado a aliviar as subpressões provocadas pela água oriunda taludes laterais. O dreno inicia na estrutura da ogiva do vertedouro e prolonga-se até a face interior do primeiro degrau de gabião da escada de dissipação.
  • Instalação do geotêxtil Bidim no fundo e laterais do dreno, instalação de tubo dreno de concreto poroso, enchimento com brita e recobrimento do geotêxtil com emenda por sobreposição.
  • Assentamento do geotêxtil Bidim nas paredes do canal, no sentido transversal ao eixo dele, com emendas por superposição e montagem do gabião. O fundo foi executado na mesma forma, porém posteriormente, pois ele foi utilizado com acesso para transporte de materiais. – Execução da capa de revestimento em concreto Portland.

Escada de dissipação do vertedouro

  • Corte do plano inclinado com equipamento de terraplenagem e conformação degraus com escavadeira. A extremidade inferior exigiu remoção a fogo. – Limpeza e acabamento degraus, executada manualmente.
  • Instalação do geotêxtil Bidim, com assentamento no sentido transversal ao eixo da escada, de ombreira a ombreira do degrau.
  • Execução da emenda por costura do geotêxtil (Figura 3).
  • Montagem do gabião do degrau. A operação de instalação do geotêxtil e montagem do gabião foi efetuada para cada degrau, atendendo a um cuidado de não expor a manta a danos da obra. – Reaterro entre talude e a face externa do geotêxtil Bidim, na lateral da escada.
Figura 3 Detalhe da emenda do geotêxtil Bidim na escada de dissipação.

Face de montante da barragem

  • Regularização do talude com equipamento de terraplenagem, assentamento e compactação de cascalho do pé do talude até a cota mínima de água (Figura 4).
  • Assentamento do geotêxtil Bidim, no sentido de ombreira a ombreira da barragem. A emenda é feita por sobreposição das bordas da manta, com juntas desencontradas.
  • Montagem do gabião colchão dreno, com execução simultânea da instalação do geotêxtil Bidim e do gabião, a fim de evitar exposição da manta a danos de obra.
Geotêxtil Bidim RT – 10
Figura 4 Detalhe da instalação do geotêxtil Bidim no dreno horizontal.

Estrutura de gabião do dreno horizontal

  • Limpeza do canal do rio e execução da estrutura do gabião.
  • Assentamento do geotêxtil Bidim na face do montante do gabião, estendendo sobre o fundo do canal (na direção do montante) aproximadamente 1,5 metros.
  • Execução do dreno horizontal, cuja extremidade de jusante é adjacente à face interna do gabião, onde foi instalado o geotêxtil Bidim.

Canal de restituição da galeria de desvio

  • Conformação do canal com equipamento de terraplenagem.
  • Execução gabiões nas laterais do canal.
  • Instalação do geotêxtil Bidim na face externa do gabião. – Reaterro entre o geotêxtil Bidim e o talude.

6 VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim além de ser o material de construção para filtração e separação de melhor desempenho técnico-econômico para utilização como proteção ao elemento de gabião, compôs com este uma solução de custo bem inferior as demais opções avaliadas.

Este relatório foi elaborado dois anos após a conclusão da obra, a qual é monitorada permanentemente pela consultoria e até o presente momento o desempenho resulta perfeitamente satisfatório.

7 AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Inpacel e a empresa Robota Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda, em especial ao Eng. Vicente Perci Gorski e Eng. Afonso T. Meyer, ao geólogo Paulo Lewis e ao técnico Del Ré pela colaboração no fornecimento de informações e material de consulta, sem os quais não seria possível a elaboração deste trabalho.

8 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Terreno conformado para implantação do canal de aproximação, ogiva e canal trapezoidal do vertedouro.
Assentamento do geotêxtil Bidim no fundo do canal de aproximação do vertedouro.
Canal de aproximação com os gabiões monta, geotêxtil Bidim das laterais instalado e reaterro entre talude e o geotêxtil sendo executado.
Dreno do fundo do canal trapezoidal do vertedouro escavado.
Dreno do canal trapezoidal com o geotêxtil Bidim já instalada.
Geotêxtil Bidim instalado no fundo do canal trapezoidal do vertedouro com gabião colchão dreno parcialmente
Vista do canal trapezoidal do vertedouro, com o geotêxtil Bidim instalado nas
paredes, e o fundo em execução.
Canal trapezoidal com a capa de revestimento concretada.
Observa-se o geotêxtil Bidim na lateral do gabião.
Trabalho de conformação final e limpeza manual de degrau da escada de dissipação do vertedouro.
Instalação do geotêxtil Bidim no degrau da escada de dissipação.
Detalhe de instalação do geotêxtil
Bidim na lateral do corte da escada de dissipação do vertedouro.
Vista da escada de dissipação com o geotêxtil Bidim e gabião monta em vários degraus.
Escada de dissipação com to os degraus montam, pronta para execução de reaterro entre o geotêxtil Bidim e o talude.
Regularização do talude de montante e
assentamento de cascalho.
Instalação do geotêxtil Bidim e
montagem do gabião do colchão dreno na face de montante.
Execução do dreno
horizontal, com o geotêxtil Bidim já instalado na interface do gabião.
Vista da estrutura de gabião do dreno horizontal, observando-se o geotêxtil Bidim na parte superior aguardando acabamento do talude gramado.
Vista do canal de
restituição com os gabiões monta e geotêxtil Bidim
instalado.
Vista da face externa do gabião lateral do canal de restituição, com o geotêxtil Bidim em fase de instalação.

UTILIZAÇÃO DA MANTA GEOTÊXTIL BIDIM EM EXECUÇÃO DE REDE DRENANTE PARA CAPTAÇÃO DAS ÁGUAS DE INFILTRAÇÃO E REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO NO TERMINAL RODOVIÁRIO DE CAMPO GRANDE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do Geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos), como filtro na rede drenante para captação das águas provenientes de infiltração pela superfície e águas em forma de lençol freático, na área destinada à construção do Terminal Rodoviário de Campo Grande que fica localizado no Bairro Cabreúva, saída para Rochedo..

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Março 1994
  • LOCALIZAÇÃO: Bairro Cabreúva, saída para Rochedo, Campo Grande/MS.
  • CLIENTE: Estacon Engenharia S/A.
  • TIPO DE OBRA: Rede drenante para captação das águas de infiltração, sob forma de lençol freático.
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: O Geotêxtil Bidim foi adotado em função das suas propriedades de FILTRAÇÃO
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Aproximadamente 2.709 m² de geotêxtil Bidim RT-16

DESCRIÇÃO DA OBRA

A obra localiza-se em uma região de turfa e constatou-se a necessidade de executar um dispositivo de drenagem subterrânea, que além de rebaixar o lençol freático, (uma vez que o terminal rodoviário seria implantado), drenasse toda a água proveniente de infiltração pela superfície, a fim de evitar aparecimento de recalques que pudessem comprometer a condição de suporte do aterro e consequentemente a concretagem do estacionamento, assim como a própria estrutura de fundação do futuro terminal.

PROCESSO CONSTRUTIVO

Estava previsto no cronograma da obra, um prazo de 30 dias para execução do sistema de drenagem subterrânea, que foi cumprido em dezembro de 1993.

As etapas de execução do sistema de drenagem subterrânea foram:

  1. Escavação mecânica de jusante para montante da vala na seção estabelecida em projeto, 0,60 m x

0,50m;

  • Compactação mecânica;
  • Instalação do geotêxtil Bidim RT-16;
  • Lançamento de uma camada de brita 3;
  • Instalação do tubo dreno de concreto poroso Ø 0,20 m;
  • Lançamento de uma camada de brita 3 e acima uma camada de 15 cm de brita 1;
  • Dobramento do geotêxtil Bidim sobre o material drenante com sobreposição e execução do aterro sobre a seção.
Figura 1 Seção drenante 0,60 m x 0,50 m.

FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim RT-16 colaborou na execução da rede drenante, desempenhando a função FILTRAÇÃO. Sua utilização permitiu a estabilização do solo adjacente mediante a formação de pré-filtro natural e possibilitou o escoamento rápido das águas de infiltração e de variação do lençol freático, além de impedir o carreamento das partículas finas do solo para o interior do meio drenante, evitando sua colmatação.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista da seção já escavada.
Vista da seção já escavada aguardando o escoamento natural das águas.
Instalação do geotêxtil Bidim RT-16.
Instalação do tubo dreno de concreto poroso Ø 0,20 m.
Lançamento da camada de brita 3.
Lançamento da camada de Brita 1.
Envelopamento da trincheira com o geotêxtil Bidim por sobreposição, aguardando o aterro para fechamento da seção

.

A UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA PROTEÇÃO CONTRA EROSÃO DOS TALUDES DAS LAGOAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS DA BAHIA SUL CELULOSE S/A



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O presente histórico de obra apresenta a utilização do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como elemento filtro-separador de enrocamento para proteção contra a erosão taludes das lagoas para tratamento de efluentes líquido da Bahia Sul Celulose S/A. O geotêxtil Bidim aplicado na interface solo/enrocamento separa materiais de diferentes granulometrias, atuando como um filtro, impedindo que o impacto das marolas e que o fluxo reverso das águas dê fuga às partículas finas do solo através vazios de enrocamento.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: Fevereiro 1994
  • LOCALIZAÇÃO: Município de Mucuri
  • CLIENTE: Bahia Sul Celulose S/A
  • TIPO DE OBRA: Taludes
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento filtro-separador
  • QUANTIDADE UTILIZADA: 51.000 m² de geotêxtil Bidim RT-16

EMPREENDIMENTO

A Bahia Sul Celulose SA está localizada no município de Mucuri, no extremo sul da Bahia, próximo à divisa com o Espírito Santo, a 876 km de Salvador (BA), 331km de Vitória (ES) e 271km do porto de Barra do Riacho (conhecido por Portocel – ES), especializado em celulose, conforme a Figura 1.

Figura 1 Localização da Bahia Sul Celulose SA.

Principais acionistas

Companhia Suzano de Papel e Celulose 35%

Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) 29%

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 26%

International Finance Corporation (Banco Mundial) 3% Outros 7%

Investimentos

Total US$ 1,4 bilhão

Obras civis US$ 140 milhões

Do investimento total, 52% foram oriundo de recursos próprios e 48% de terceiros, principalmente do BNDES, através do Finame (equipamentos) e finem (construção civil).

Nome

Estação de Tratamento de Efluentes Líquido

Finalidade

A Estação de Tratamento de Efluentes Líquido tem por finalidade o tratamento de 2.750 m³/h de efluentes líquido em dois sistemas: o primário (para remoção de sólido por decantação), e o biológico (para extração de matéria orgânica através de uma cultura de microrganismos despejada nas lagoas).

Projetista

Jaako Pöyry Engenharia Ltda.

O projeto contemplou a preservação ambiental traduzido em investimentos de US$690 milhões na implantação de equipamentos de última geração e de novas tecnologias.

Empreiteiro

Estacon Engenharia SA

Dimensões

Área Total 860.000 m²

Área Construída 330.000 m²

Volume de Escavação 2.250.000 m³

Volume de Compactação 1.338.000 m³

Cronograma

Apesar do atraso decorrente da greve trabalhadores da construção civil, a construção da Bahia Sul Celulose foi concluída dentro do prazo de 33 meses, aproximadamente – internacionalmente aceitável.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Para a proteção contra a erosão taludes das 10 lagoas de tratamento de efluentes líquido (figura 2 a 3), optou-se pela colocação de pedras de mão arrumadas na parte superior mesmos coincidindo com a faixa de variação do nível da água (NA).

Para evitar que o impacto das marolas e o fluxo reverso da água provocasse o carreamento de partículas finas do solo por entre as pedras de mão armadas, provocando a erosão e a desestabilização dele, decidiu-se pela instalação de um elemento filtro-separador na interface solo/enrocamento.

O geotêxtil Bidim foi o elemento filtro-separador escolhido devido às suas propriedades hidráulicas e mecânicas, que permitem que ele desempenhe funções de SEPARAÇÃO, evitando que materiais de diferentes granulometrias se misturem, facilitando o fluxo de água nos dois senti e FILTRAÇÃO, cuja textura permeável permite rápida percolação da água, através de sua estrutura, retendo de maneira eficaz as partículas do solo.

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS TALUDES

A especificação do geotêxtil Bidim nos projetos desenvolvi pela Jaako Pöyry se baseou em experiências desde 1976, quando começou a ser utilizado, dentre outras formas, como elemento filtrante em drenos subterrâneos, aterro sobre solos compressíveis, poços de alívio ou bacias de decantação e como elemento de proteção a cristas de lagoas ou margens de rios em substituição às camadas intermediarias do tradicional rip- rap.

As características do geotêxtil Bidim, em especial o seu comportamento hidráulico, resistência a ruptura, taxa de infiltração, facilidade de manuseio e instalação, além bons resulta obti em projetos desenvolvi pela Jaako Pöyry, contribuíram para a sua intensa utilização.

No caso da Bahia Sul o estudo de concepção do tratamento biológico levou em consideração as características do solo e utilização do geotêxtil Bidim como elemento filtro-separador. Esta escolha se baseava no excelente desempenho observado em projeto similar recente realizado no estado do Espírito Santo (Aracruz), e nas características de permeabilidade e retenção do geotêxtil Bidim, similares ao filtro de areia, porém envolvendo menores dificuldades de execução.

O dimensionamento do tipo de geotêxtil utilizado levou em conta os fatores custo x benefício do produto, suas condições de instalação, sua resistência ao puncionamento, dentre outras.

EXECUÇÃO DA PROTEÇÃO DOS TALUDES

A obra consistiu em escavação e regularização de solo argiloso com a utilização de escavadeira hidráulica, conformando as margens da lagoa, instalação de 51.000 m² de geotêxtil Bidim RT-16, na direção paralela a crista do talude, e, em seguida, a colocação de pedras de mão.

A produtividade alcançada no revestimento das margens da lagoa com pedra de mão arrumada e geotêxtil Bidim, para uma equipe composta de 60 trabalhadores, foi de 100 m/dia (150 m³/dia).

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Conforme acreditam os engenheiros da Jaako Pöyry, as vantagens na utilização do geotêxtil Bidim são as seguintes:

  • Economia no custo do sistema de proteção;
  • Rapidez na instalação;
  • Eficiência e eficácia no atendimento às solicitações para as quais foi especificado.

A execução da obra transcorreu sem quaisquer problemas ou dificuldades, segundo o projetista e a empreiteira.

AGRADECIMENTOS

] Agradecemos ao Eng.  Geraldo Fernandes, da Bahia Sul Celulose SA, ao Eng. Carlos Afonso Selas, da Jaako Pöyry Engenharia Ltda., e ao Eng. Rubens Ferreira de Almeida, da Estacon Engenharia SA, pela colaboração prestada na elaboração do presente histórico de obra.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

– 1º Ciclo de Informações Técnico-Comerciais, Atividade Bidim, outubro de 1987. – Revista Construção Norte Nordeste, nº 211, Pini Editora, dezembro de 1990; – Revista Química Industrial, nº 44, Signus Editora Ltda., julho/agosto de 1992.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Instalação do geotêxtil Bidim sobre o talude previamente regularizado.
Acomodação das pedras de mão sobre o geotêxtil Bidim.
O geotêxtil Bidim foi instalado de acordo com o avanço na acomodação das pedras de mão.
Proteção da margem de uma das lagoas parcialmente executada.
Proteção da margem de uma das lagoas parcialmente executada.
Proteção da margem de uma das lagoas completamente executada.

ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO EM SOLO REFORÇADO COM O GEOTÊXTIL BIDIM EM OBRAS DE RECOMPOSIÇÃO DE TALUDES REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS RJ



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a execução de obras em solo reforçado com geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos), na recuperação de taludes, realiza pela Prefeitura Municipal de Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro. Aplicado com a função principal de reforço, o geotêxtil Bidim propicia um aumento da resistência mecânica do maciço, criando uma grande interação e atrito de interface solo-geotêxtil. Devido a sua matéria-prima ser 100% poliéster, o geotêxtil Bidim não sofrerá aos longos anos nenhum problema de fluência sob ação de carga constante, garantindo a vida útil da obra.

O PROBLEMA

Implementar um sistema que garantisse o aumento de resistência mecânica da obra!!

A SOLUÇÃO

O geotêxtil Bidim foi utilizado como elemento estrutural com o objeto de recompor e reforçar as encostas que sofreram escorregamentos em consequência das fortes chuvas ocorridas em 1988.

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO: 15/09/93- 31//93,
  • LOCALIZAÇÃO: Município de Petrópolis
  • CLIENTE: Noronha Engenharia S/A
  • TIPO DE OBRA: Talude
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento estrutural de reforço.
  • QUANTIDADE UTILIZADA: Geotêxtil Bidim RT-21 totalizando 4.515 m².

Em fevereiro de 1988, o Estado do Rio de Janeiro sofreu um grande abalo com as fortes chuvas que ocorreram, ocasionando uma série de acidentes, onde o Município de Petrópolis foi um local mais prejudica, por estar localizado em uma área muito acidentada (montanhas), onde ocorreu uma série de deslizamentos, soterrando várias casas e ocasionando muitas mortes.

O Governo do Estado tomou as primeiras providências, indenizando algumas famílias e removendo-as para abrigos provisórios, até que a CEHAB (Companhia Estadual de Habitação) pudesse construir casas para remoção dessa população que sofria graves riscos de ficarem instaladas.

Essas medidas foram tomadas para que a Prefeitura Municipal de Petrópolis tivesse tempo hábil, para solicitar verbas e analisar uma solução definitiva de recomposição das áreas danificadas. Foi solicitado um financiamento ao Banco Mundial, e para isso tornou-se necessário o desenvolvimento de um projeto básico, onde a Prefeitura Municipal de Petrópolis contratou a empresa A. Noronha Engenharia S/A, para executá-lo, com o acompanhamento e coordenação do seu departamento de projetos, que também contou com o apoio técnico da COPPE (Centro de Pesquisas da Universidade Federal do Rio de Janeiro), através do engenheiro Maurício Erlich.

To os detalhes foram minuciosamente analisar e to os cuida foram tomar, para que se obtivessem as melhores soluções técnicas, com baixos custos e rapidez de execução. Os projetos foram dividir em lotes e como cada local apresentava características técnicas diferenciadas as soluções também foram diversas, se adaptando a cada caso.

O trabalho apresenta a solução do Lote 2, nas localizadas 1,3,4 e 5, onde foi adotado o solo reforçado com o geotêxtil Bidim.

DESCRIÇÃO DA OBRA

Somente no 2º semestre do ano de 1993 foram liberadas as verbas do Banco Mundial para realização das obras de contenção do Lote 02, no Município de Petrópolis RJ.

A aplicação do geotêxtil Bidim foi criteriosamente estudada de acordo com os estu de sondagens e verificações encontradas nos taludes. O material empregado na estabilização definitiva do talude de aterro foi o geotêxtil Bidim RT-21 totalizando 4.515 m².

A obra teve início em 15/09/93 e término em 31//93, com a duração de 3,5 meses, e foi executada pela empresa Gabiroba Engenharia Ltda. com acompanhamento técnico engenheiros Roberto Machado

da Costa e Alberto Ivan Weinem e supervisão de obras e do projeto executivo por conta Eng. Luiz Carlos Dias de Oliveira da empresa Noronha Engenharia S/A.

CONCEPÇÕES DO LOTE 2

Nas localizadas 1,3,4 e 5 do lote 2, compreendem escorregamento no talude de jusante da Brigadeiro Castrioto, situada num trecho onde a rua se desenvolve em nível, a meia encosta.

 áreas relativamente próximas uma da outra, identificadas pela numeração de casas existentes a montante da rua. Essas ocorrências apresentam várias características em comum, dentre elas (Figura 1 a 4):

  • Geologia: área pertencente à unidade batólito serra órgãos onde ocorrem granitos;
  • Solo residual argiloso, cor marrom;
  • Escorregamentos superficiais, afetando basicamente a crista do talude, causando o estrangulamento da rua. Não foram observar danos a jusante;
  • A montante da rua, observou-se ocorrência de saprólito e afloramento de material rochoso em alguns pontos;
  • A vegetação nas áreas contíguas aos taludes afeta é densa e não apresenta sinais de monitoramento da encosta;
  • Como medida de proteção foram executadas muretas de concreto, com cerca de 25 cm de altura, aos longos trechos onde ocorreram os movimentos. Aparentemente, houve lançamento de material para recomposição parcial do talude original.

Particularidades na área das localizadas 1 e 3

  • Não havia riscos iminentes de novos movimentos, no entanto era cabível a recomposição da caixa da rua e a proteção da crista do talude.
  • Causa provável escorregamentos: saturação do terreno, durante período de fortes chuvas, facilitada por uma drenagem deficiente e lançamento de lixo no talude.

Particularidades na área da localizada 4

  • Existe um muro divisório na crista do talude de jusante cuja fundação está descalçada parcialmente.

Parte do muro estava trincado e inclinado.

  • Por ocasião da inspeção, o meio-fio da rua estava sendo reconstruído na posição original. – Para o muro divisório que está com tombamento iminente, cabe a sua demolição parcial e a recomposição da crista do talude de jusante.

Particularidades na área da localizada 5

  • O escorregamento a jusante foi provocado por um movimento de terra no talude a montante, que afetou também uma servidão que dá acesso à várias casas.
  • Este talude apresenta depósitos de lixo e entulho que poderiam ocasionar estabilizações superficiais. – Cabe a essa localizada a recomposição do terreno a jusante e o tratamento do talude a montante.

SOLUÇÕES ADOTADAS NO PROJETO BÁSICO

Obra da localizada 1   Brigadeiro Castrioto, 1.670

Problema (Figura 1): escorregamento no talude de jusante.

Solução (desenho 2600): recomposição da rua por meio de solo reforçado com o geotêxtil Bidim RT-21.

Obra da localizada 3 s Brigadeiro Castrioto, 2.068

Problema (Figura 2): escorregamento no talude de jusante.

Solução (desenho 2600): recomposição da rua por meio de muro reforçado com geotêxtil Bidim RT-21.

Obra da localizada 4 s Brigadeiro Castrioto, 1.970

Problema (Figura 3): escorregamento no talude de jusante e tombamento de um muro divisório. Solução (desenho nº 2602): demolição parcial do muro divisório; restauração da crista do talude por meio de muro reforçado com geotêxtil Bidim RT-21.

Obra da localizada 5 s Brigadeiro Castrioto, 1.130

Problema (fig.4): escorregamento a montante e a jusante da rua; talude a montante está sujeito a novos movimentos.

Solução (desenho nº 2602): A jusante: recomposição da rua por meio de muro de solo reforçado com o geotêxtil Bidim RT-21. A montante: construção de um muro reforçado com geotêxtil Bidim na região do escorregamento; remoção de lixo e entulho no trecho adjacente; aplicação de concreto projetado.

Figura 1: Planta e corte, localizada 1, Lote 2.

 Figura 2: Planta e corte, localizada 3, Lote 2.

Figura 4: Planta e corte, localizada 5, Lote 2.

DADOS DOS ESTUDOS DE SONDAGEM

Quadro de relação de sondagens e ensaios do Lote 2

OBRA / LOCALQUANT. DE SONDAGENSQUANT.ENSAIOS
SPSTPICARACTERÍSTICAS
LOCALIZADA 1 R: Brigadeiro Castrioto, 167001
LOCALIZADA 3 R: Brigadeiro Castrioto, 206801
LOCALIZADA 4 R: Brigadeiro Castrioto, 11700201
LOCALIZADA 5 R: Brigadeiro Castrioto, 11300101

Resumo resulta das sondagens

LOTELOC.SONDAGEM NºDESCRIÇÃO DO SUBSOLO
0201SP-05Encontrou-se areia média e grossa com pedregulhos e detritos vegetais 3,00m= Silte argiloso, com areia e pedregulho firma com mica (aterro) 5,90m = Areia média e grossa, muito compactada (provável solo residual)
0203SP-07Argila arenosa com pedregulhos alterados, mole avermelhada e cinza (aterro) 4,00m = areia média e grossa pouco argilosa com pedregulhos, pouco compactada de cor cinza 5,70m= Argila arenosa, com pedregulhos, médias, amarela 7,60m = Areia média e grossa siltosa, com muita mica e pedregulhos
0204ST-12Aterro 0,60m= Argila silto-arenosa, com pedregulhos, avermelhada 3,40m = Impenetrável no trado
0205ST-14Argila arenosa, com pedregulhos, marrom amarelado. 3,80 m= Impenetrável no trado
0204ST-13Argila arenosa com detritos vegetais marrom escuro, aterro 2,20m = Impenetrável no trado

PARAMÊTROS TÉCNICOS UTILIZADOS NA ESCOLHA DO GEOTÊXTIL

O principal parâmetro foi baseado no mecanismo de interação solo-geotêxtil, em termos de comportamento ao cisalhamento das interfaces e da ação do confinamento sobre as propriedades mecânicas elementos de reforço.

No contexto das técnicas de reforço de solos, a compatibilidade do desempenho materiais associa está fundamentalmente ligada aos mecanismos que condicionam a interação entre o solo e os elementos de reforço. A ação do reforço reflete a incorporação de esforços de tração mobiliza nas inclusões, resultando em uma completa redistribuição do campo de tensões geradas no domínio das interfaces e propiciando modificações substanciais na resposta global da estrutura em termos do comportamento tensão-deformação.

Consequentemente, em termos da estabilidade interna de solos reforça, os tipos de ruptura incorporam características específicas e diferenciadas modelos clássicos aplica às estruturas convencionais. Nestas condições, a ruptura das próprias inclusões (por problemas específicos de uma ancoragem deficiente) pode constituir os mecanismos determinantes de colapso da estrutura.

As leis de interação solo-reforçado são particularmente complexas, governadas basicamente por dois mecanismos interdependentes: o comportamento ao cisalhamento da interface e a influência do confinamento do solo sobre as características mecânicas do geotêxtil (fluência do material).

A angularidade grãos tende a intensificar os efeitos de bloqueio e travamento, proporcionando a mobilização de maiores tensões cisalhantes ao longo da interface. Para os geotêxtis nãotecido, estes efeitos são particularmente acentua, estando, eventualmente, associa a mecanismos de fabricação das partículas de solo no geotêxtil e de inibição esforços de contração lateral (estricção) da manta. A quantificação destes efeitos é traduzida primariamente por acréscimos substanciais da rigidez do geotêxtil com as tensões confinantes (cerca de 300% ou mais, para alongamentos da ordem de 5%, da condição não- confinada para uma tensão confinante de 100 kpa).

Adicionalmente e em escala secundária, o confinamento implica em um acréscimo de resistência máxima à tração e em um menor alongamento do geotêxtil na ruptura, relativamente aos parâmetros obti em condições não-confinadas (variação inferior a 20%, por exemplo, para uma interface areia/geotêxtil Bidim RT- 21 a 100 kpa).

No caso geotêxteis teci, o comportamento à tração é governado pelas propriedades resistentes das unidades têxteis de fiação que o constituem (polímeros). Quanto à fluência, o geotêxtil sendo fabricado em poliéster, como é o geotêxtil Bidim, é praticamente insensível a este problema, o que não acontece com os produzi em polipropileno.

Visando a garantia bons resulta para as obras de solo reforçado, especificou a manta de geotêxtil Bidim RT21.

CRITÉRIOS DE CÁLCULOS

Muro de solo reforçado com geotêxtil

O dimensionamento desse tipo de estrutura foi feito utilizando-se o método Forest Service, apresentado por Mitchell e Villet (1987).

 = 45 º +  

2

a) Ruptura Interna

– Espaçamento vertical entre camadas de geotêxteis.

Sv =  Ta. F   

hc s Sendo:

Está – Força de tração admissível, a longo prazo, por unidade de largura;

hc – Pressão lateral, numa dada profundidade; Fs – Fator de segurança (1,2 a 1,5)

A pressão lateral  hc envolve:

  • Empuxo de terra no repouso e,
  • Efeito de sobrecarga na superfície.
  • Comprimento de ancoragem           
                                                           Le =    K o .S v .Fs

                                                       2 tan (23) 90 cm, com FS = 1,5 a 1,75.

– Comprimento da dobra                                         

                                                             hco. Sv. Fs           

                                               L0 = 2. Z. f . tan (2 3) 90cm

Sendo:

hc – Pressão lateral média na camada considerada; Fs – Fator de segurança (1,2 a 1,5);

Z f – Profundidade do topo da camada considerada.

b) Ruptura Externa

Aplicam-se as mesmas formulações apresentadas no item II, tratando-se o maciço de solo reforçado como um muro de gravidade.

PROJETO EXECUTIVO

Método executivo

Inicialmente, foi feita escavação mecânica utilizando-se uma escavadeira hidráulica (Retroescavadeira). Em seguida, foram construídas as camadas de aterro, dispostas num total de treze camadas entre o solo compactado, espaçadas de 0,30m e executadas pelo método de aplicação das faixas do geotêxtil Bidim RT-21, conformação do paramento vertical em tábuas, a fim de se garantir a estabilidade da execução e a uniformidade da fachada.

A primeira camada com extensão variando de 28,00 a 30,00 m por 3,00 m de profundidade foi executada em areia, conforme o projeto, para aumentar o meio drenante do talude, aliviando as subpressões. No restante das camadas utilizou-se areia na frente e fundo do geotêxtil com largura de 0,50 m e núcleo de material de reaterro com largura de 1,80 m totalizando a faixa de geotêxtil em aproximadamente 2,80m (Figuras 5 a 10).

Para a proteção de geotêxtil Bidim contra a degradação por vandalismo, raios ultravioletas e outros motivos, executou-se um revestimento com blocos de concreto (0,30 m x 0,20 m x 0,10 m) sem função estrutural. Sendo que para garantir a drenabilidade do aterro/contenção, foram instalar barbacãs distancia horizontalmente de 1,50 m.

Figura 6 Planta, localizada 3, Lote 2.

30

Detalhe B

Figura 7 Corte e detalhes, localizadas 1 e 3, Lote 2.

Figura 8 Planta, localizada 4, Lote 2.

FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Uma estrutura de contenção em solo reforçado com geotêxtil é um aterro reforçado com inclusões de geotêxtil, de paramento vertical ou praticamente vertical. Em geral, o paramento é revestido por um material resistente sem função estrutural, visando a proteção contra intempéries e/ou atos de vandalismo.

O geotêxtil Bidim desempenha a função REFORÇO aumentando a resistência mecânica de uma massa de solo, proporcionando uma eficiente transmissão de esforços, graças a sua alta interação com esses materiais, e diminuindo a compressibilidade do material composto assim formado.

De modo complementar e de grande importância para a aplicação, o geotêxtil Bidim pode drenar através de seu corpo, eventuais águas de infiltração, evitando dessa maneira a perda de resistência ao cisalhamento de solo (drenagem no plano da manta).

A vida útil da obra é assegurada, pois o geotêxtil Bidim é produzido em poliéster (100%), matéria prima não suscetível a ação de fluência (ou “Creep”, isto é, deformação ao longo do tempo sob ação de carga constante), nas condições de temperatura brasileira.

MONITORAMENTO

Ficou a cargo do fabricante financiar os equipamentos a da COPPE instalar, fazer as medições e analisar os resulta forneci pelos instrumentos do monitoramento e a Prefeitura de Petrópolis responsável pela preservação aparelhos na obra.

Todo esse trabalho tem por objetivo a obtenção de da que possam registrar a eficiência do comportamento do geotêxtil Bidim, assim como o aprimoramento da técnica em obras de solo reforçado e com isso resultar em maiores benefícios.

Finalidade da instrumentação

  1. Analisar o comportamento global da estrutura de solo-reforçado, cotejando-o com o verificado em sistemas convencionais.
  • Verificar a distribuição de tensões verticais na base e no interior da massa reforçada, comparando-as com as hipóteses usuais de projeto.
  • Acompanhar as movimentações do muro de solo-reforçado e verificar seu comportamento reológico. Estes resultados permitirão a avaliação da rigidez e do comportamento quanto à deformação do geotêxtil Bidim confinado, que é sabidamente diverso e verificado, através de ensaios não confina em laboratório.
  • Acompanhar o desenvolvimento de poro-pressão no solo durante e após a construção da obra.

Locação da instrumentação na obra Conforme o desenho esquemático da Figura 11.

Medidores de deslocamento horizontal

Placas magnéticas medidores de deslocamento vertical (MR1 e MR2) Piezômetro – Medição das poro-pressões)

  Inclinômetro – Medição do movimento vertical.

Figura 11 Desenho esquemático da locação da instrumentação.

CUSTOS DA OBRA

Custos apropria

Custos EMOP apropriado para solução em solo reforçado com o geotêxtil Bidim, considerando-se 02 meses de administração, 5% de mobilização e desmobilização e 30% de BDI.

Localizada 3 H = 4,20 m; L = 25 m; B = 2,80m

Custo p/m³ – US$ 80,55

Custo p/m² – US$ 225,54

Custo p/m US$ 947,29

Comparativo de custos

Custos apropria em obras executadas no município de Petrópolis para estruturas de contenção com 4,00 m de altura em comparação com a utilização de contenção em solo reforçado com geotêxtil Bidim:

Muro de concreto armado 97% mais caro; Muro de concreto ciclópico 60% mais caro; Muro de gabião 77% mais caro.

CONCLUSÃO

Através da técnicos obtidos junto a COPPE e Noronha Engenharia S/A, verificou-se que até a presente data, a estrutura de contenção em solo reforçado com geotêxtil Bidim, superou as expectativas demonstrando um excelente comportamento quanto as deformações vertical e horizontal, trabalhando dentro do fato de segurança previsto em projeto.

Em comparação com as soluções convencionais, o comparativo de custos demonstra que a solução de estruturas em solo reforçado com inclusões de geotêxtis Bidim são mais econômicas, apresentando eficiência e rapidez de execução comprovando ser esta uma grande solução técnica na área de geotecnia na recomposição de taludes.

AGRADECIMENTOS

Nossos sinceros agradecimentos aos engenheiros relacionam abaixo, pois sem os quais, não seria possível a elaboração deste trabalho:

Eng. Claudio Pereira Pinto

Projetista Noronha Engenharia S/A Eng.  Roberto Machado da Costa Empreiteira

Gabiroba Engenharia LTDA Eng. Alberto

Ivan Peinem

Empreiteira Gabiroba Engenharia LTDA

Eng. Luiz Carlos Dias de Oliveira

Fiscal Noronha Engenharia S/A

Eng. Maurício Erlich

Responsável pelos estu de monitoramento COPPE

Eng. Antônio Jorge

Responsável pela instalação e medição equipamentos de monitoramento COPPE.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Foto do terreno natural após ter ocorrido o escorregamento.
Preparo do terreno (localizada 2) utilizando-se um retro- escavadeira.

Detalhe 0,30 cm de areia determinado em projeto como camada drenante, em torno do bloco e ao centro o núcleo de reaterro aproveitado da escavação.
Lançamento e compactação da areia sobre a 1ª camada de geotêxtil Bidim.
Detalhe da instalação do geotêxtil Bidim RT-21, sendo fixado nas tábuas para garantir a uniformidade da fachada, e posterior ancoragem para a camada subsequente.



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O PROBLEMA

A SOLUÇÃO

DADOS DA OBRA

  • DATA DE EXECUÇÃO:
  • LOCALIZAÇÃO:
  • CLIENTE:
  • TIPO DE OBRA:
  • FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM:
  • QUANTIDADE UTILIZADA:

Em fevereiro de 1988, o Estado do Rio de Janeiro sofreu um grande abalo com as fortes chuvas que ocorreram, ocasionando uma série de acidentes, onde o Município de Petrópolis foi um local mais prejudica, por estar localizado em uma área muito acidentada (montanhas), onde ocorreu uma série de deslizamentos, soterrando várias casas e ocasionando muitas mortes.

O Governo do Estado tomou as primeiras providências, indenizando algumas famílias e removendo-as para abrigos provisórios, até que a CEHAB (Companhia Estadual de Habitação) pudesse construir casas para remoção dessa população que sofria graves riscos de ficarem instaladas.

Essas medidas foram tomadas para que a Prefeitura Municipal de Petrópolis tivesse tempo hábil, para solicitar verbas e analisar uma solução definitiva de recomposição das áreas danificadas. Foi solicitado um financiamento ao Banco Mundial, e para isso tornou-se necessário o desenvolvimento de um projeto básico, onde a Prefeitura Municipal de Petrópolis contratou a empresa A. Noronha Engenharia S/A, para executá-lo, com o acompanhamento e coordenação do seu departamento de projetos, que também contou com o apoio técnico da COPPE (Centro de Pesquisas da Universidade Federal do Rio de Janeiro), através do engenheiro Maurício Erlich.

To os detalhes foram minuciosamente analisar e to os cuida foram tomar, para que se obtivessem as melhores soluções técnicas, com baixos custos e rapidez de execução. Os projetos foram dividir em lotes e como cada local apresentava características técnicas diferenciadas as soluções também foram diversas, se adaptando a cada caso.

O trabalho apresenta a solução do Lote 2, nas localizadas 1,3,4 e 5, onde foi adotado o solo reforçado com o geotêxtil Bidim.

2 DESCRIÇÃO DA OBRA

Somente no 2º semestre do ano de 1993 foram liberadas as verbas do Banco Mundial para realização das obras de contenção do Lote 02, no Município de Petrópolis RJ.

A aplicação do geotêxtil Bidim foi criteriosamente estudada de acordo com os estu de sondagens e verificações encontradas nos taludes. O material empregado na estabilização definitiva do talude de aterro foi o geotêxtil Bidim RT-21 totalizando 4.515 m².

A obra teve início em 15/09/93 e término em 31//93, com a duração de 3,5 meses, e foi executada pela empresa Gabiroba Engenharia Ltda. com acompanhamento técnico engenheiros Roberto Machado

da Costa e Alberto Ivan Weinem e supervisão de obras e do projeto executivo por conta Eng. Luiz Carlos Dias de Oliveira da empresa Noronha Engenharia S/A.

3 CONCEPÇÕES DO LOTE 2

Nas localizadas 1,3,4 e 5 do lote 2, compreendem escorregamento no talude de jusante da Brigadeiro Castrioto, situada num trecho onde a rua se desenvolve em nível, a meia encosta.

 áreas relativamente próximas uma da outra, identificadas pela numeração de casas existentes a montante da rua. Essas ocorrências apresentam várias características em comum, dentre elas (Figura 1 a 4):

  • Geologia: área pertencente à unidade batólito serra órgãos onde ocorrem granitos;
  • Solo residual argiloso, cor marrom;
  • Escorregamentos superficiais, afetando basicamente a crista do talude, causando o estrangulamento da rua. Não foram observar danos a jusante;
  • A montante da rua, observou-se ocorrência de saprólito e afloramento de material rochoso em alguns pontos;
  • A vegetação nas áreas contíguas aos taludes afeta é densa e não apresenta sinais de monitoramento da encosta;
  • Como medida de proteção foram executadas muretas de concreto, com cerca de 25 cm de altura, aos longos trechos onde ocorreram os movimentos. Aparentemente, houve lançamento de material para recomposição parcial do talude original.

Particularidades na área das localizadas 1 e 3

  • Não havia riscos iminentes de novos movimentos, no entanto era cabível a recomposição da caixa da rua e a proteção da crista do talude.
  • Causa provável escorregamentos: saturação do terreno, durante período de fortes chuvas, facilitada por uma drenagem deficiente e lançamento de lixo no talude.

Particularidades na área da localizada 4

  • Existe um muro divisório na crista do talude de jusante cuja fundação está descalçada parcialmente.

Parte do muro estava trincado e inclinado.

  • Por ocasião da inspeção, o meio-fio da rua estava sendo reconstruído na posição original. – Para o muro divisório que está com tombamento iminente, cabe a sua demolição parcial e a recomposição da crista do talude de jusante.

Particularidades na área da localizada 5

  • O escorregamento a jusante foi provocado por um movimento de terra no talude a montante, que afetou também uma servidão que dá acesso à várias casas.
  • Este talude apresenta depósitos de lixo e entulho que poderiam ocasionar estabilizações superficiais. – Cabe a essa localizada a recomposição do terreno a jusante e o tratamento do talude a montante.

4 SOLUÇÕES ADOTADAS NO PROJETO BÁSICO

Obra da localizada 1   Brigadeiro Castrioto, 1.670

Problema (Figura 1): escorregamento no talude de jusante.

Solução (desenho 2600): recomposição da rua por meio de solo reforçado com o geotêxtil Bidim RT-21.

Obra da localizada 3 s Brigadeiro Castrioto, 2.068

Problema (Figura 2): escorregamento no talude de jusante.

Solução (desenho 2600): recomposição da rua por meio de muro reforçado com geotêxtil Bidim RT-21.

Obra da localizada 4 s Brigadeiro Castrioto, 1.970

Problema (Figura 3): escorregamento no talude de jusante e tombamento de um muro divisório. Solução (desenho nº 2602): demolição parcial do muro divisório; restauração da crista do talude por meio de muro reforçado com geotêxtil Bidim RT-21.

Obra da localizada 5 s Brigadeiro Castrioto, 1.130

Problema (fig.4): escorregamento a montante e a jusante da rua; talude a montante está sujeito a novos movimentos.

Solução (desenho nº 2602): A jusante: recomposição da rua por meio de muro de solo reforçado com o geotêxtil Bidim RT-21. A montante: construção de um muro reforçado com geotêxtil Bidim na região do escorregamento; remoção de lixo e entulho no trecho adjacente; aplicação de concreto projetado.

Figura 1: Planta e corte, localizada 1, Lote 2.

 Figura 2: Planta e corte, localizada 3, Lote 2.

Figura 4: Planta e corte, localizada 5, Lote 2.

5 DADOS DOS ESTUDOS DE SONDAGEM

Quadro de relação de sondagens e ensaios do Lote 2

OBRA / LOCALQUANT. DE SONDAGENSQUANT.ENSAIOS
SPSTPICARACTERÍSTICAS
LOCALIZADA 1 R: Brigadeiro Castrioto, 167001
LOCALIZADA 3 R: Brigadeiro Castrioto, 206801
LOCALIZADA 4 R: Brigadeiro Castrioto, 11700201
LOCALIZADA 5 R: Brigadeiro Castrioto, 11300101

Resumo resulta das sondagens

LOTELOC.SONDAGEM NºDESCRIÇÃO DO SUBSOLO
0201SP-05Encontrou-se areia média e grossa com pedregulhos e detritos vegetais 3,00m= Silte argiloso, com areia e pedregulho firma com mica (aterro) 5,90m = Areia média e grossa, muito compactada (provável solo residual)
0203SP-07Argila arenosa com pedregulhos alterados, mole avermelhada e cinza (aterro) 4,00m = areia média e grossa pouco argilosa com pedregulhos, pouco compactada de cor cinza 5,70m= Argila arenosa, com pedregulhos, médias, amarela 7,60m = Areia média e grossa siltosa, com muita mica e pedregulhos
0204ST-12Aterro 0,60m= Argila silto-arenosa, com pedregulhos, avermelhada 3,40m = Impenetrável no trado
0205ST-14Argila arenosa, com pedregulhos, marrom amarelado. 3,80 m= Impenetrável no trado
0204ST-13Argila arenosa com detritos vegetais marrom escuro, aterro 2,20m = Impenetrável no trado

6 PARAMÊTROS TÉCNICOS UTILIZADOS NA ESCOLHA DO GEOTÊXTIL

O principal parâmetro foi baseado no mecanismo de interação solo-geotêxtil, em termos de comportamento ao cisalhamento das interfaces e da ação do confinamento sobre as propriedades mecânicas elementos de reforço.

No contexto das técnicas de reforço de solos, a compatibilidade do desempenho materiais associa está fundamentalmente ligada aos mecanismos que condicionam a interação entre o solo e os elementos de reforço. A ação do reforço reflete a incorporação de esforços de tração mobiliza nas inclusões, resultando em uma completa redistribuição do campo de tensões geradas no domínio das interfaces e propiciando modificações substanciais na resposta global da estrutura em termos do comportamento tensão-deformação.

Consequentemente, em termos da estabilidade interna de solos reforça, os tipos de ruptura incorporam características específicas e diferenciadas modelos clássicos aplica às estruturas convencionais. Nestas condições, a ruptura das próprias inclusões (por problemas específicos de uma ancoragem deficiente) pode constituir os mecanismos determinantes de colapso da estrutura.

As leis de interação solo-reforçado são particularmente complexas, governadas basicamente por dois mecanismos interdependentes: o comportamento ao cisalhamento da interface e a influência do confinamento do solo sobre as características mecânicas do geotêxtil (fluência do material).

A angularidade grãos tende a intensificar os efeitos de bloqueio e travamento, proporcionando a mobilização de maiores tensões cisalhantes ao longo da interface. Para os geotêxtis nãotecido, estes efeitos são particularmente acentua, estando, eventualmente, associa a mecanismos de fabricação das partículas de solo no geotêxtil e de inibição esforços de contração lateral (estricção) da manta. A quantificação destes efeitos é traduzida primariamente por acréscimos substanciais da rigidez do geotêxtil com as tensões confinantes (cerca de 300% ou mais, para alongamentos da ordem de 5%, da condição não- confinada para uma tensão confinante de 100 kpa).

Adicionalmente e em escala secundária, o confinamento implica em um acréscimo de resistência máxima à tração e em um menor alongamento do geotêxtil na ruptura, relativamente aos parâmetros obti em condições não-confinadas (variação inferior a 20%, por exemplo, para uma interface areia/geotêxtil Bidim RT- 21 a 100 kpa).

No caso geotêxteis teci, o comportamento à tração é governado pelas propriedades resistentes das unidades têxteis de fiação que o constituem (polímeros). Quanto à fluência, o geotêxtil sendo fabricado em poliéster, como é o geotêxtil Bidim, é praticamente insensível a este problema, o que não acontece com os produzi em polipropileno.

Visando a garantia bons resulta para as obras de solo reforçado, especificou a manta de geotêxtil Bidim RT21.

7 CRITÉRIOS DE CÁLCULOS

Muro de solo reforçado com geotêxtil

O dimensionamento desse tipo de estrutura foi feito utilizando-se o método Forest Service, apresentado por Mitchell e Villet (1987).

 = 45 º +  

2

a) Ruptura Interna

– Espaçamento vertical entre camadas de geotêxteis.

Sv =  Ta. F   

hc s Sendo:

Está – Força de tração admissível, a longo prazo, por unidade de largura;

hc – Pressão lateral, numa dada profundidade; Fs – Fator de segurança (1,2 a 1,5)

A pressão lateral  hc envolve:

  • Empuxo de terra no repouso e,
  • Efeito de sobrecarga na superfície.
  • Comprimento de ancoragem           
                                                           Le =    K o .S v .Fs

                                                       2 tan (23) 90 cm, com FS = 1,5 a 1,75.

– Comprimento da dobra                                         

                                                             hco. Sv. Fs           

                                               L0 = 2. Z. f . tan (2 3) 90cm

Sendo:

hc – Pressão lateral média na camada considerada; Fs – Fator de segurança (1,2 a 1,5);

Z f – Profundidade do topo da camada considerada.

b) Ruptura Externa

Aplicam-se as mesmas formulações apresentadas no item II, tratando-se o maciço de solo reforçado como um muro de gravidade.

PROJETO EXECUTIVO

Método executivo

Inicialmente, foi feita escavação mecânica utilizando-se uma escavadeira hidráulica (Retroescavadeira). Em seguida, foram construídas as camadas de aterro, dispostas num total de treze camadas entre o solo compactado, espaçadas de 0,30m e executadas pelo método de aplicação das faixas do geotêxtil Bidim RT-21, conformação do paramento vertical em tábuas, a fim de se garantir a estabilidade da execução e a uniformidade da fachada.

A primeira camada com extensão variando de 28,00 a 30,00 m por 3,00 m de profundidade foi executada em areia, conforme o projeto, para aumentar o meio drenante do talude, aliviando as subpressões. No restante das camadas utilizou-se areia na frente e fundo do geotêxtil com largura de 0,50 m e núcleo de material de reaterro com largura de 1,80 m totalizando a faixa de geotêxtil em aproximadamente 2,80m (Figuras 5 a 10).

Para a proteção de geotêxtil Bidim contra a degradação por vandalismo, raios ultravioletas e outros motivos, executou-se um revestimento com blocos de concreto (0,30 m x 0,20 m x 0,10 m) sem função estrutural. Sendo que para garantir a drenabilidade do aterro/contenção, foram instalar barbacãs distancia horizontalmente de 1,50 m.

Figura 6 Planta, localizada 3, Lote 2.

30

Detalhe B

Figura 7 Corte e detalhes, localizadas 1 e 3, Lote 2.

Figura 8 Planta, localizada 4, Lote 2.

FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Uma estrutura de contenção em solo reforçado com geotêxtil é um aterro reforçado com inclusões de geotêxtil, de paramento vertical ou praticamente vertical. Em geral, o paramento é revestido por um material resistente sem função estrutural, visando a proteção contra intempéries e/ou atos de vandalismo.

O geotêxtil Bidim desempenha a função REFORÇO aumentando a resistência mecânica de uma massa de solo, proporcionando uma eficiente transmissão de esforços, graças a sua alta interação com esses materiais, e diminuindo a compressibilidade do material composto assim formado.

De modo complementar e de grande importância para a aplicação, o geotêxtil Bidim pode drenar através de seu corpo, eventuais águas de infiltração, evitando dessa maneira a perda de resistência ao cisalhamento de solo (drenagem no plano da manta).

A vida útil da obra é assegurada, pois o geotêxtil Bidim é produzido em poliéster (100%), matéria prima não suscetível a ação de fluência (ou “Creep”, isto é, deformação ao longo do tempo sob ação de carga constante), nas condições de temperatura brasileira.

MONITORAMENTO

Ficou a cargo do fabricante financiar os equipamentos a da COPPE instalar, fazer as medições e analisar os resulta forneci pelos instrumentos do monitoramento e a Prefeitura de Petrópolis responsável pela preservação aparelhos na obra.

Todo esse trabalho tem por objetivo a obtenção de da que possam registrar a eficiência do comportamento do geotêxtil Bidim, assim como o aprimoramento da técnica em obras de solo reforçado e com isso resultar em maiores benefícios.

Finalidade da instrumentação

  1. Analisar o comportamento global da estrutura de solo-reforçado, cotejando-o com o verificado em sistemas convencionais.
  • Verificar a distribuição de tensões verticais na base e no interior da massa reforçada, comparando-as com as hipóteses usuais de projeto.
  • Acompanhar as movimentações do muro de solo-reforçado e verificar seu comportamento reológico. Estes resultados permitirão a avaliação da rigidez e do comportamento quanto à deformação do geotêxtil Bidim confinado, que é sabidamente diverso e verificado, através de ensaios não confina em laboratório.
  • Acompanhar o desenvolvimento de poro-pressão no solo durante e após a construção da obra.

Locação da instrumentação na obra Conforme o desenho esquemático da Figura 11.

Medidores de deslocamento horizontal

Placas magnéticas medidores de deslocamento vertical (MR1 e MR2) Piezômetro – Medição das poro-pressões)

  Inclinômetro – Medição do movimento vertical.

Figura 11 Desenho esquemático da locação da instrumentação.

CUSTOS DA OBRA

Custos apropria

Custos EMOP apropriado para solução em solo reforçado com o geotêxtil Bidim, considerando-se 02 meses de administração, 5% de mobilização e desmobilização e 30% de BDI.

Localizada 3 H = 4,20 m; L = 25 m; B = 2,80m

Custo p/m³ – US$ 80,55

Custo p/m² – US$ 225,54

Custo p/m US$ 947,29

Comparativo de custos

Custos apropria em obras executadas no município de Petrópolis para estruturas de contenção com 4,00 m de altura em comparação com a utilização de contenção em solo reforçado com geotêxtil Bidim:

Muro de concreto armado 97% mais caro; Muro de concreto ciclópico 60% mais caro; Muro de gabião 77% mais caro.

CONCLUSÃO

Através da técnicos obtidos junto a COPPE e Noronha Engenharia S/A, verificou-se que até a presente data, a estrutura de contenção em solo reforçado com geotêxtil Bidim, superou as expectativas demonstrando um excelente comportamento quanto as deformações vertical e horizontal, trabalhando dentro do fato de segurança previsto em projeto.

Em comparação com as soluções convencionais, o comparativo de custos demonstra que a solução de estruturas em solo reforçado com inclusões de geotêxtis Bidim são mais econômicas, apresentando eficiência e rapidez de execução comprovando ser esta uma grande solução técnica na área de geotecnia na recomposição de taludes.

13 AGRADECIMENTOS

Nossos sinceros agradecimentos aos engenheiros relacionam abaixo, pois sem os quais, não seria possível a elaboração deste trabalho:

Eng. Claudio Pereira Pinto

Projetista Noronha Engenharia S/A Eng.  Roberto Machado da Costa Empreiteira

Gabiroba Engenharia LTDA Eng. Alberto

Ivan Peinem

Empreiteira Gabiroba Engenharia LTDA

Eng. Luiz Carlos Dias de Oliveira

Fiscal Noronha Engenharia S/A

Eng. Maurício Erlich

Responsável pelos estu de monitoramento COPPE

Eng. Antônio Jorge

Responsável pela instalação e medição equipamentos de monitoramento COPPE.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Foto do terreno natural após ter ocorrido o escorregamento.
Preparo do terreno (localizada 2) utilizando-se um retro- escavadeira.

Detalhe 0,30 cm de areia determinado em projeto como camada drenante, em torno do bloco e ao centro o núcleo de reaterro aproveitado da escavação.
Lançamento e compactação da areia sobre a 1ª camada de geotêxtil Bidim.
Detalhe da instalação do geotêxtil Bidim RT-21, sendo fixado nas tábuas para garantir a uniformidade da fachada, e posterior ancoragem para a camada subsequente.
Vista da ancoragem do geotêxtil Bidim RT-21.
Execução da sexta camada mostrando como foi feito o escoramento em madeiras 
para garantir a inclinação de
1/8 do talude, evitando assim as possíveis deformações horizontais com a compactação durante o período de execução do muro.
Detalhe do lançamento do reaterro sobre o geotêxtil Bidim formando o núcleo da contenção.
Detalhe do material de instrumentação. Placas magnéticas e medidor de deslocamento horizontal (tubo PVC ¾” + aço ½”)
Implantação da instrumentação das placas magnéticas (medidas de deslocamento vertical) na estrutura de solo reforçado
Unidade de leitura para inclinômetro equipado com torpedo do inclinômetro.
Aparelho para leitura de piezômetro pneumático.
Detalhe da camada de solo compactada com soquete vibrador (núcleo).
Vista frontal do muro mostrando as camadas de aterro já executadas ainda com o
escoramento.
Vista da Localizada 5, Lote 2, mostrando à direita o Muro 1 concluído e à esquerda o Muro 2 sendo executado.
Vista frontal do Muro 2 na Localizada 5, Lote 2.
Vista do muro com todas as camadas de aterro concluídas, aguardando o muro de face junto ao geotêxtil Bidim.
Vista lateral direita da obra concluída, destacando o muro de face (paramento) protegendo o geotêxtil Bidim.
Detalhe do acompanhamento da medição das variações das placas magnéticas (in loco).
Acompanhamento de medição de deslocamento horizontal do inteiro da massa de solo- reforçado, após a conclusão da obra.