APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM EM OBRA DE SOLO REFORÇADO NA DUPLICAÇÃO DA RODOVIA FERNÃO DIAS, BR 381 MG



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

A ligação rodoviária entre Belo Horizonte e Paulo corresponde à diagonal BR-381 do Plano Rodoviário

Nacional, no qual era designada como BR-55. A rodovia cujo traçado seguia aproximadamente a trilha Bandeirantes que haviam penetrado o sertão de Paulo e de Minas Gerais recebeu em homenagem a eles, o nome de Fernão Dias.

O início de sua construção deu-se na década de 50. A obra foi incluída no Plano Quinquenal de Obras Rodoviárias de 1956-1960, tendo sido inaugurada em 1960. No segmento paulista, sua construção e pavimentação foram concluídas em 1961, completando-se assim a ligação pavimentada, entre as duas cidades, com 563,2 km de extensão.

Desde a sua implementação, a rodovia Fernão Dias tornou-se de grande importância, por completar o então chamado Triângulo Econômico do Brasil, cujos outros dois lados são constituí pelas rodovias Presidente Dutra e Juscelino Kubitschek. Através de Paulo se faz contato com todo o Sul do País, e por Belo Horizonte, liga o Centro-Sul a Brasília, de onde irradiam outras rodovias para as demais regiões brasileiras.

Além da importância econômica, social e cultural da rodovia, cabe também destacar o seu caráter estratégico, decorrente do fato de constituir a ligação entre o Nordeste brasileiro e a região Sul. Do maior relacionamento e intercâmbio entre as duas metrópoles regionais decorreu um aumento da influência de Paulo na região Sul mineira.

O fluxo de veículos, ao longo trinta anos de operação da via, tem aumentado progressivamente, sempre apresentando-se mais intenso nas proximidades das duas capitais. Já atingida, em 1970, um volume médio diário da ordem de 7 mil veículos entre Belo Horizonte e o entroncamento com a BR-262, decrescendo em direção ao Sul e novamente aumentando ao aproximar-se da zona de influência de Paulo, atingindo cerca de 2,7 mil veículos na divisa de Minas Gerais com Paulo, chegando a 20 mil veículos por dia na área urbana de Paulo.

De forma geral, verificou-se que, com o crescimento da demanda de tráfego, decorrente do processo de desenvolvimento induzido pela rodovia, tornou-se insuficiente a capacidade da mesma, motivo pela qual houve uma grande mobilização usuários e das comunidades lindeiras para reivindicar ao Governo Federal a execução das obras de recuperação e de duplicação da via.

No trecho mineiro, a demanda do tráfego junto a Belo Horizonte levou à duplicação da rodovia entre a capital e Betim, de forma que, em 1970, a segunda pista já se encontrava implantada numa extensão da ordem de 21 km. Além disso, foi elaborado o Projeto de Duplicação para o trecho entre Betim e Itaguara, numa extensão aproximada 68,4 km, em 1989.

Dessa maneira, o nível de serviço de tráfego na rodovia foi se deteriorando paulatinamente, agravado ainda por alguns deslizamentos ocorri, principalmente nos aterros alarga para execução das terceiras faixas, o que acabou tornando o problema ainda mais crítico. Com isso, nos últimos anos a operação da rodovia passou a sofrer interrupções periódicas, provocadas por esses problemas e outros, que se gravam, naturalmente, na época das chuvas.

DADOS DA OBRA

Nome

Duplicação da Rodovia Fernão Dias BR-381, MG

Local

Rodovia Fernão Dias, Lote 02, BR-381, km 460 Igarapé/MG

Contratante

DER Dep. de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais

Av. Francisco Sales, 199 Centro 30.150-220 Belo Horizonte/MG.

Executor

Construtora Triunfo Ltda. 

Marajó,371 Amazonas

 32.240-030 Belo Horizonte/MG.

Projetista

DER Dep. de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais Av. Francisco Sales, 199 Centro Cep.:30150-220 Belo Horizonte/MG.

Consumo de geotêxtil

Consumo aproximado de 60.000 m² de geotêxtil Bidim RT-31.

A IMPORTÂNCIA DA RODOVIA

A rodovia BR-381 (trecho Belo Horizonte   Paulo) se insere não só como infraestrutura de apoio ao setor produtivo, mas também como uma nova via de escoamento de grãos destina à exportação através do Porto de Santos. A rodovia, com extensão de 563 km entre as duas capitais (Belo Horizonte a Paulo), desempenha no Sistema de Classificação Funcional de Rodovias a função de rodovia arterial principal e integra o Sistema Panamericano de Rodovias, iniciando-se em Buenos Aires, ligando o Sul do País ao Sudeste e Nordeste, constituindo-se no corredor de transporte utilizado na ligação de dois maiores centros industriais do País.

Naquelas metrópoles, que se constituem em importantes polos de geração e atração de turismo, ocorre a conexão da BR-381 com outras importantes rodovias federais, das quais recebe grandes volumes de carga de diferentes naturezas.

Em Paulo, a BR-381 se interliga com a BR-050, que dá acesso ao Porto de Santos, às BR-101 e BR-116 que atravessam as regiões sul, sudeste e noroeste do país, além de, ainda, promoverem acesso ao Porto de Paranaguá e outras importantes rodovias estaduais com elevado tráfego, a exemplo das rodovias Anhanguera e Trabalhadores.

Em Belo Horizonte a BR-381 se interliga com a BR-040, que dá acesso às regiões Norte e Centro-Oeste do país, à região sudeste de Minas Gerais e aos Portos do Rio de Janeiro e Sepetiba, e com a BR-050, que demanda ao Sul de Minas Gerais e a região Nordeste de Paulo. No que ocorre à intermodalidade, destacam-se, além pontos já cita, a conexão com importantes ferrovias.

Em Belo Horizonte e cidades próximas, produtoras de minérios, a BR-381 interliga-se com a ferrovia Vitoria- Minas, da Companhia Vale do Rio Doce, que é utilizada para o transporte de produtos siderúrgicos que demandam os Portos de Vitória e Tubarão, no Estado do Espírito Santo.

Em Paulo ocorre a interligação com a Rede de Ferrovias Paulistas S/A FEPASA, responsável pelo escoamento de grandes volumes de mercadorias produzidas nos Está de Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Em síntese, o corredor representado pela rodovia BR-381, é responsável pelo transporte anual de 3 milhões de toneladas de produtos agrícolas e de cerca de 20% da produção parques industriais Está de Paulo e Minas Gerais.

FUNDAMENTOS ECONÔMICOS

A rodovia Fernão Dias, no trecho Belo Horizonte – Paulo caracteriza-se como eixo viário de importância fundamental para a integração nacional e uns fatores essenciais para a expansão econômica da área de influência deste sistema viário.

Ela é definida como sendo um fator de locação para a implantação de unidades industriais, agrícolas e de extração mineral situadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Sul de Minas e leste de Paulo, além de atenderem grandes merca consumidores como o da região Sul, Paulo, Belo Horizonte e Nordeste brasileiro.

Em termos de expansão industrial, cabe destacar a importância do parque fabril da Região Metropolitana de Paulo, onde se concentram uns maiores parques industriais brasileiros, ocupando mais 50% da mão- de obra e de valor de produção setores dinâmicos do país. Salienta-se ainda que a expansão das atividades industriais instaladas envolva os setores siderúrgicos e automobilísticos e são responsáveis por cerca de 90% das produções setoriais.

Além desses fatores, a região Sul de Minas, dada sua posição estratégica, é favorecida pela tendência de extravasamento da industrialização, principalmente da região do ABC Paulista, não apenas em ramos agroindustriais modernos, articula com o sistema agropecuário, como também nos segmentos produtores de bens de consumo intermediários, como o de alumínio, em Poços de Caldas, eletrônicos em Santa Rita do Sapucaí e Itajubá e, mais recentemente, pela implantação do setor de autopeças para indústrias automobilísticas brasileiras e  ramos de vestuários, calça e produtos alimentícios.

Além disso, é uma região de ocupação agrícola antiga, baseada em pequenas propriedades rurais, com liderança na mecanização agrícola. Essa condição se caracteriza como a principal região agrícola de Minas e mantém a liderança na cafeicultura, com 60% da produção estadual e de alto padrão tecnológico de plantio. A região se constitui em principal produtor de milho, laranja, feijão, batata e alho e detém a segunda posição em arroz, cana-de-açúcar, fumo e mandioca. A significativa produtividade agrícola regional, aliada ao excelente desempenho da pecuária leiteira, constitui importantes estímulos à localização agroindustrial.

A gama de substâncias minerais identificadas é ampla e diversificada. Existem reservas de bauxitas, calcários, ferro, manganês, cobalto, cobre, grafita, níquel, quartzo e zircônio, merecendo destaque as terras raras e o urânio. Cabe salientar, também, que a indústria de turismo é bastante desenvolvida, principalmente no roteiro “Circuito das Águas”, como Poços de Caldas, Lambari, Caxambu, Cambuquira e Lourenço, que atraem grande fluxo de turistas gerado por Paulo.

Hoje a Fernão Dias é uma das três mais importantes rodovias brasileiras, ao lado das rodovias Presidente Dutra e Juscelino Kubitschek. Através da Fernão Dias, os três maiores centros consumidores do país fazem intercâmbio de produtos, serviços e mão-de-obra. Veja a seguir, números que revelam a importância desta rodovia para a economia nacional:

  • 43% da economia de Minas Gerais passam pela rodovia;
  • 20% de toda a produção do parque industrial de Minas e de Paulo dependem desta estrada;
  • 25% da população mineira vivem e trabalham em sua área de influência;
  • Cerca de 60% da produção nacional de ferro-gusa é transportado pela rodovia;
  • A circulação média de veículos entre ônibus, caminhões e automóveis passa de 15 mil por dia;
  • É a principal via de acesso entre os esta do norte e nordeste para o centro-sul e para países do

MERCOSUL.

OBRA

Para execução da maior obra rodoviária em andamento atualmente no Brasil e uma das mais importantes já realizadas no estado de Minas Gerais e objetivando maior agilidade na execução optaram por executarem a obra em 2 etapas, que foram divididas conforme abaixo:

I etapa

Tempo previsto de execução Início: janeiro/96

Término: março/97

II etapa

Tempo previsto de execução Início: setembro/97

Término: dezembro/98

A obra dentro do território mineiro terá uma extensão total de 473 km e um custo total aproximado de R$596 milhões.

A I etapa terá uma extensão de 216,8 km se está orçada em R$355 milhões. Já a II etapa terá uma extensão de 256,2 km e custará aproximadamente R$235 milhões.

RECURSOS FINANCEIROS

Devido ao grande vulto e da importância socioeconômica desta obra e da escassez de recursos estaduais federais a República Federativa do Brasil e Banco Interamericano de Desenvolvimento BID celebraram um Contrato de Empréstimo basicamente nas seguintes condições:

  • 50% do valor de toda obra seriam recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID.
  • 25% caberá ao Governo Federal através do DNER.
  • 13,7% será responsabilidade do Governo Federal do Estado de Minas Gerais, através do DER/MG e SETOP.
  • 11,3% caberá ao Governo do Estado de Paulo DER/SP.

Para que fosse possível aprovação e liberação de recursos por parte do BID, foram levantar-se e analisa-o os aspectos de caráter institucional de viabilidade, de engenharia, e principalmente de preservação e degradação do meio ambiente.

DESCRIÇÃO DA OBRA

O presente trabalho relatará uma aplicação de geotêxtil no Lote 2 compreendido entre o Km 455,3 (Igarapé) e o Km 509 (Itaguara) com extensão de 53,7 km, obra orçada no valor de R$ 39.660,22 cuja execução está a cargo da empreiteira Construtora Triunfo Ltda.

Especificamente relataremos aplicação do geotêxtil Bidim RT-31 em uma obra de solo reforçado no Km 460, local conhecido como curva da Empresa de Água Ingá.

O volume total de solo movimentado, do tipo silo arenoso, foi em torno de 80.000 m³, sendo que deste total aproximadamente 60.000 m³ estavam envolvi diretamente com a aplicação da manta geotêxtil Bidim. Para proteção da face do muro contra degradação natural, vandalismo, raios ultravioletas entre outros, foi utilizado uma proteção com sacos de fibras preenchi com areia misturado com pó de pedra, sem função estrutural.

Foi dimensionado, atrás do aterro, uma linha drenante de areia grossa, com a largura de 1,00 m aproximadamente, que sobe juntamente com o aterro, drenando assim águas fluviais, aliviando as pressões hidráulicas que ali venha a ocorrer.

Em to os trechos da obra de duplicação da rodovia Fernão Dias BR-381 foi utilizado manta geotêxtil Bidim em aplicações diversas, tais como: drenagem, solo reforçado, contenção de taludes em obras de arte etc. (Figura 1).

Figura 1 Vista do trecho em obras da BR-381.

CONCLUSÕES

A obra foi executada dentro parâmetros técnicos obtendo um resultado altamente satisfatório atendendo os objetivos do cliente. Concluímos que a utilização do geotêxtil Bidim provou mais uma vez, ser uma solução econômica, eficaz, segura, para obra de Solo Reforçado.

AGRADECIMENTOS

Os autores deste trabalho agradecem a toda equipe da Construtora Triunfo Ltda., em especial aos engenheiros Luiz Eduardo Manara, Wilson Martins Ribeiro Junior e ao Arnoldo Andrade, ao Departamento de Coordenação de Duplicação da Rodovia Fernão Dias BR381/MG DER/MG, em especial ao Eng. Júlio Cesar Diniz de Oliveira e toda sua equipe, e a to os operários e funcionários, que não mediram esforços e empenho para a realização desta obra.

BIBLIOGRAFIA

Atividade Bidim

“Cases de obras, Bidim informa, Folders e Relatórios Internos

DER/MG

Material institucional e informativo gentilmente fornecido pela assessoria de imprensa dele.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista geral da segunda pista a ser construída após a execução do aterro.
Vista geral do aterro.
Vista geral do aterro.
Vista das camadas do aterro.
Detalhes de construção do aterro.
Vista do muro envelopado, com sacos de fibras preenchi com areia e pó de pedra, protegendo a manta
geotêxtil Bidim.
Vista do muro envelopado.
Vista operários preenchendo os sacos com areia e pó de pedra.
Vista da manta geotêxtil Bidim sendo preparada para ser instalada.
Vista do geotêxtil Bidim que
envelopará o solo.
Vista do geotêxtil Bidim que envelopará o solo.
Vista geral da 2ª pista a ser construída após a execução do aterro.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM COMO ELEMENTO DE PROTEÇÃO DE GEOMEMBRANA EM TANQUE CAPTAÇÃO DE ALCATRÃO DA CST SERRA ES



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como elemento de proteção de geomembrana no sistema de impermeabilização do tanque de captação de alcatrão da CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão).

A obra foi executada pela CST em fevereiro de 1996.

DADOS DA OBRA

Localização

CST Companhia Siderúrgica de Tubarão

Av. Brigadeiro Eduardo Gomes s/n

Serra Espírito Santo

Finalidade

A obra tem por finalidade a construção de um tanque de decantação com o objetivo de estourar o alcatrão, liberado pela siderúrgica.

Consumo de geotêxtil

Na obra foi projetado um consumo de 4.500 m² de manta geotêxtil Bidim RT-16.

DESCRIÇÃO DA OBRA

O projeto nasceu da necessidade de se aproveitar o alcatrão da siderúrgica com a construção de um tanque. No fundo do tanque foi colocada escória (material abundante na siderúrgica) de granulometria aproximadamente igual a brita 5, por cima da escória foi colocada uma camada da manta de geotêxtil Bidim RT-16 e sobre ele uma manta de PVC (geomembrana).

O material trata-se de borra de alcatrão, que deve sofrer um processo de perda de gás no tanque e depois ser levado para a coqueria onde será misturado com carvão para ser recuperado e depois retornar para outro tanque.

Nos taludes foram colocar tubos perfura para saída gases do material, enrola com geotêxtil Bidim para facilitar a filtragem do gás.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O sistema de impermeabilização, na base do aterro, foi composto de uma geomembrana de PVC (Polivinil Cloreto) com 1,2 mm de espessura, protegida em face inferior pelo geotêxtil Bidim. Os taludes de argila receberam apenas a geomembrana de PVC.

O geotêxtil Bidim desempenha a função proteção, absorvendo esforços localiza e solicitações mecânicas contundentes que, se incidissem diretamente sobre a geomembrana poderiam danificá-la e comprometer a necessária estanqueidade do sistema. O geotêxtil proporcionou também atrito suficiente, sem escorregamentos, à execução da camada de proteção mecânica em solo-cimento.

Em função de sua matéria prima ser 100% poliéster, o geotêxtil Bidim apresenta características mais favoráveis a durabilidade e resistência aos agentes físico-químicos. Em contato com ácidos, básicos, bases, oxidantes, redutores, soluções salinas e solventes orgânicos muito comuns em despejos industriais, o poliéster resiste perfeitamente não sendo alteradas suas características de resistência. O geotêxtil Bidim não é atacável por microrganismos sendo, portanto, imputrescível ou não degradável.

Por ser flexível o geotêxtil Bidim adapta-se perfeitamente à geometria do terreno além de ser de fácil manuseio e instalação, não necessitando de mão de obra especializada.

AGRADECIMENTOS

O autor deste trabalho em particular a equipe da Tracbel, agradece à compreensão, paciência e atenção com que a CST, em especial ao Eng.Carlos Alberto de Assis prestou sem o qual não seria possível a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Atividade Bidim

– Catálogo: Aplicação em obras de engenharia

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Detalhe da terraplanagem e, na base da célula, uma camada de escória.
Aplicação do geotêxtil Bidim sobre a escória. Detalhe do
talude com drenos.
Vista da divisória ao meio da lagoa e talude coberto com
PVC.
Cobertura com PVC e ao fundo, vista taludes com tubos drenos.
Vista do geotêxtil Bidim colocado abaixo da geomembrana.
Aplicação do geotêxtil Bidim sobre a geomembrana.

UTILIZAÇÃO DE GEOWEB EM DRENAGEM DO CANAL DA VILA NATAL CUBATÃO SP



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

A cidade de Cubatão, localizada no litoral do Estado de Paulo é um importante polo industrial do país. Por ser uma cidade litorânea, localizada no remanescente da Mata Atlântica, possui grandes áreas de proteção ambiental, principal áreas de mangue que são ligadas ao mar por canais naturais.

Estes canais cortam a cidade no sentido transversal, e são responsáveis pelo controle de subida da maré, amenizando seus efeitos. Porem há problemas sérios de erosão nas áreas próximas as margens canais não revesti.

Em 1994, a Prefeitura Municipal de Cubatão decidiu então pela canalização do córrego da Vila Natal. Na primeira etapa da obra, as únicas soluções analisadas foram as do tipo VSL e Gabião, sendo que o primeiro trecho foi executado em VSL, em 1995.

No final de 1995 foi aberto o processo de licitação a segunda etapa do córrego Vila Natal, o Geoweb foi proposto como uma nova opção para revestimento do canal, pois o sistema VSL apresentou alguns problemas técnicos quanto à instalação.

Em janeiro de 1996 houve a concorrência da obra propriamente dita, que foi vencida pela Pavimentadora e Construtora Norte/Sul. O projeto aprovado pela Prefeitura Municipal de Cubatão, sistema de confinamento Geoweb, foi aprovado por atender tecnicamente e financeiramente as condições da Obra.

Ela teve início em junho de 1997 e término em outubro de 1997.

DADOS DA OBRA

Nome

Drenagem do Canal da Vila Natal.

Local

Vila Natal, Cubatão   Paulo.

Finalidade Canalização do córrego Vila Natal para evitar a erosão proveniente da subida da maré para a área de Mangue.

Contratante

Prefeitura Municipal de Cubatão SP.

Secretaria de Política Urbana (SEPURB)

Projetista

Presto Product Company USA

Adaptado por: Multigeo Engenheiros Associa.

Empreiteira

Pavimentadora e Construtora Norte/Sul.

Cronograma Geral Previsto

Início: junho/97

Término: janeiro/97

Cronograma Executado

Início: junho/97

Término: outubro/97

Quantidade de materiais utiliza

Sistema de confinamento celular Geoweb GW 8204 – 1.500 m²

Geotêxtil Bidim RT-16 – 1.800 m²

DESCRIÇÃO DA OBRA

A área envolvida no canal da Vila Natal é de aproximadamente 1.500 m² com seção típica em forma trapezoidal de 6,60 m e extensão de 230,00 m (Figura 1).

Figura 1 Seção transversal executada Canal de Vila Natal Cubatão

O solo em questão é muito heterogêneo, arenoso fino, turfa (área de mangue) e com grande presença de material proveniente de entulho de obras (aterro de baixa qualidade). O volume total de solo movimentado gira em torno de 2.000 m³ envolvi diretamente com a aplicação da geocélulas Geoweb e do geotêxtil Bidim.

A Geoweb utilizada foi o GW 8204 com função de revestimento flexível do canal e o geotêxtil utilizado foi o Bidim RT-16 com função de filtro, evitando a formação do piping e com função de separação, evitando a mistura do material de enchimento das células com o solo.

A obra foi executada a seco com sistema de rebaixamento de lençol freático. No início da instalação foram utilizar grampos de fixação de diâmetro 5 mm, coloca nas bordas do painel e a meia encosta do talude (Figura 2).

Figura 2 Indicação esquemática grampos de fixação e drenos de alívio.

Não houve colocação de tirantes. Na parte superior durante a concretagem, para garantir maior estabilidade do conjunto, foram instalar dois cabos conforme a figura a seguir (Figura 3). Para evitar o deslocamento das bordas superiores com o corpo do canal foi colocada também uma ferragem de ligação (Figura 4).

Cabo para ancoragem

Figura 3 Detalhe da instalação de cabos para fixação da Geoweb durante a concretagem.

Figura 4 Detalhe da ferragem utilizada para evitar trincas de retração do concreto.

No avançar da obra, os cabos de auxílio foram substituí por barras de aço de diâmetro 5 mm, barras provisórias, para auxiliar na estabilidade do conjunto quando do lançamento do concreto (Figura 5). O material de preenchimento foi concreto com fck igual a 13 MPa, predominando a utilização de brita 1 e 2, ideal para o preenchimento das células.

Figura 5 Segunda alternativa adotada para a fixação provisória da Geoweb, e que apresentou melhores resulta.

O slump inicial era 3, mas foi alterado pois o concreto apresentava aparência de estar mais seco que o necessário, dificultando o preenchimento das células. Então o slump foi alterado para 4,5, tendo o cuidado para o concreto não estar muito fluido, podendo assim colmatar o geotêxtil Bidim.

Para auxiliar no preenchimento das células foi utilizado uma escavadeira hidráulica, pois há um rebaixamento de borda e o caminhão de concreto não foi capaz de alcançar as células da Geoweb para lançamento dele. Foi utilizado para acabamento uma camada de argamassa de aproximadamente 2 cm com traço de 1:2.

A drenagem de alívio constituiu-se de tubos de PVC de diâmetro 50 mm, inseri nas células a cada 1,00 m, em duas linhas da base taludes.

As maiores dificuldades encontradas foram quanto à escavação, apresentando grandes problemas de estabilização da seção tipo do canal, devido ao tipo do solo encontrado e a presença constante de água, mesmo com sistema de rebaixamento do lençol freático.

A remoção de casas populares, que estavam no alinhamento direto do canal, também retardou a execução dele.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Inicialmente o sistema Geoweb não constava como solução do projeto, pois já havia sido utilizado o sistema VSL em uma primeira fase de canalização.

Um estudo de viabilidade da obra revelou que com a utilização do sistema Geoweb seria possível obter como vantagens:

  • Maior rapidez de execução e aumento da profundidade;
  • Maior facilidade de instalação;
  • Eliminar a utilização de equipamentos especiais e mão de obra especializada;
  • Dispensar formas de concretagem;
  • Flexibilidade no revestimento de forma que ele se acomode a possíveis movimentações do solo;
  • Indução de juntas de dilatação controlada no concreto, caso haja movimentação do solo; – Melhor relação custo x benefício, resultando em um menor custo global da obra.

O sistema de confinamento Geoweb atua principalmente, como revestimento flexível, e o geotêxtil Bidim atua com filtro e camada de separação.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a colaboração da Prefeitura Municipal de Cubatão (SEPURB), em especial ao Eng. Álvaro Pereira Barbosa Neto, à Multigeo Engenheiros Associa, em especial Eng. Paulo Roberto Aguiar e à Pavimentadora Norte/Sul, em especial ao Eng. Sérgio Luís Freire Neves, sem os quais não seria possível a elaboração deste trabalho.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Instalação das primeiras seções de Geoweb, vista cabos para auxiliar na estabilidade para a concretagem.
Instalação de grampos para auxiliar na fixação da
Geoweb no fundo do canal.
Vista Barbacãs de PVC diâmetro 50 mm e das barras, em substituição aos cabos para auxiliar na concretagem.
Vista do tipo de solo encontrado no local da escavação do canal.
Vista do canal sendo revestido com argamassa e novas células ao fundo.
Concretagem feita com auxílio de escavadeira hidráulica.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM EM LEITO DE SECAGEM DA POLTEX S/A SERRA ES



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

A Poltex S/A localizada no município da Serra, é uma empresa fabricante de teci de malhas. Sua linha de produção envolve tecelagem, tinturaria e estamparia, e existe no mercado capixaba a 3 anos.

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no leito de secagem como elemento de separação e filtração.

DADOS DA OBRA

Localização

Poltex Polido Têxtil S/A 

Carlos Polido, 01

Chácara Parreiral Serra Espírito Santo

Finalidade

A obra tem por finalidade a construção de leitos de secagem para separação do lodo do material líquido lança pela fábrica.

Contratante

Poltex Polido Têxtil S.A.

Projetista

Progeo Consultoria de Solos e Fundações Ltda.

Obra executada em janeiro/96

Consumo de geotêxtil

Na obra foi projetado um consumo de 645 m² de manta geotêxtil Bidim XT4 x 2,15m.

DESCRIÇÃO DA OBRA

O projeto nasceu da necessidade de se fazer um tratamento para os resíduos que são emiti pela tinturaria da indústria. Estes resíduos vão para um tanque de decantação, onde se separa o lodo do líquido. A parte sólida (lodo) depois de seco e raspado é retirada do tanque. A parte liquida, é então bombeada para uma lagoa de tratamento. Na base do tanque foi colocada uma camada de brita, em seguida foi aplicado o geotêxtil Bidim, e sobre este uma camada de areia compondo um pré-filtro.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Quando empregado em leitos de secagem o geotêxtil Bidim age no sentido de reter o lodo digerido permitindo a passagem da água para o sistema drenante, e, portanto, diminuindo a porcentagem de umidade existente. Sua instalação é feita diretamente sobre a camada drenante, sendo que a junta entre as mantas deve ser feita por uma simples superposição de cerca de 40 cm.

A utilização do geotêxtil Bidim substitui de imediato as transições granulométricas necessárias para o sistema convencional, além de proporcionar um melhor desempenho por ser um material contínuo, não havendo perdas como no caso da camada de areia, que requer frequentes reposições devido à sua mistura com o lodo, ou quando da sua raspagem.

Outra vantagem significativa é que devido à pequena espessura da manta a profundidade do leito de secagem pode ser reduzida, diminuindo assim os custos de construção dele.

Em contato com ácido, básicos, bases, oxidantes, redutores, soluções salinas e solventes orgânicos muito comuns em despejos industriais, o poliéster resiste perfeitamente não sendo alteradas suas características de resistência. O geotêxtil Bidim não é atacável por microrganismos sendo, portanto, imputrescível ou não degradável.

Por ser flexível o geotêxtil Bidim adapta-se perfeitamente à geometria do terreno além de ser de fácil manuseio e instalação, eliminando a necessidade de mão de obra especializada.

AGRADECIMENTOS

A autora deste trabalho em particular a equipe da Tracbel, agradece à compreensão, paciência e atenção com que a Poltex Polido Têxtil S/A, em especial à Eng. Silvia Fernandes Polillo prestou, sem a qual não seria possível a realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Atividade Bidim

– Catálogo: Aplicação em obras de engenharia.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista de toda a obra.
Vista das primeiras células construídas, em funcionamento.
Detalhe do geotêxtil Bidim aplicado sobre a brita.
Aplicação do geotêxtil Bidim.
Lançamento da areia sobre o geotêxtil Bidim.
Tanque de decantação em pleno funcionamento.
Vista da lagoa de tratamento com material líquido.

UTILIZAÇÃO DE GEOWEB NO CONTROLE DE EROSÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS E INFLUÊNCIA DA MARÉ SESC BERTIOGA



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

O sistema de drenagem anteriormente projetado se encontrava debilitado, para atender o escoamento de águas pluviais. Devido ao aumento da área impermeabilizada, devido a novas construções, a pouca declividade sistemas de drenagem já existentes, o grande índice pluviométrico da região, acima de 4.000 mm por ano.

Constatou-se que toda saída de águas pluviais do SESC, concentrava-se em um único ponto próximo a entrega principal. Este acúmulo de água gerava um sério problema de retro erosão progressiva junto ao pavimento de entrada do SESC, agravado ainda mais pela subida da maré.

Do pavimento original composto por blocos sextava de concreto pouco restava, sendo sua manutenção uma constante para a administração do SESC.

A solução encontrada foi a utilização do geotêxtil Bidim RT-10, atuando como camada separadora e filtro, para evitar o “Piping” e a instalação sobre a manta geotêxtil a geocélula Geoweb GW 8204 com finalidade de atuar como pavimento flexível, confinando o agregado; distribuindo melhor as cargas e acompanhando qualquer deformação do solo de fundação.

DADOS DA OBRA

Nome

Geoweb no Controle de Erosão de Águas Pluviais e influência da Maré

Local

SESC, Bertioga SP

Finalidade

Controle de Erosão

Contratante

SESC Bertioga

Projetista

Multigeo Engenheiros Associa

Empreiteira

Departamento de Manutenção do SESC

Cronograma

Executado em 6 horas, no dia 26 de março de 1997

Materiais utiliza

Sistema de confinamento celular, Geoweb GW 8204 – 57,60 m² Geotêxtil Bidim RT-10 – 70,00 m²

DESCRIÇÃO DA OBRA

Inicialmente houve escavação de uma caixa para instalação do material, limpeza e regularização, realiza por maquinário leve. Toda a mão de obra empregada pertence ao Departamento de Manutenção do SESC.

Foi realizada escavação de trincheiras laterais para a ancoragem do Geoweb, minimizando o efeito destrutivo da Maré, que poderia arrancar as geocélulas instaladas. Instalação do geotêxtil Bidim RT-10, com sobreposição mínima de 0,20 m e fixação com barras de aço de ¼” dobradas em “U”, espaçadas a 1,50 m cada uma, que posteriormente auxiliarão na fixação do Geoweb. Instalação da geocélula e fixação com barras de aço de ¼” espaçadas a 0,50 m na transversal e 1,00 m na longitudinal. Lançamento de concreto com Fck igual a 13 Mpa nas trincheiras laterais, ancorando a Geoweb. Para preenchimento da Geoweb foi utilizada brita 2, com espessura de 5 cm e o restante preenchido com areia da praia (Figura 1).  

Figura 1 Desenho esquemático do pavimento com geotêxtil Bidim e Geoweb preenchida com brita 2.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DA GEOWEB

Os ganhos obtidos na utilização do sistema de confinamento celular, Geoweb, são os seguintes: – Elimina necessidade de utilização de mão de obra especializada;

  • Fácil manuseio e instalação;
  • Utilização de agrega disponíveis no local,
  • Baixo custo comparado com soluções tradicionais; – Melhor distribuição de cargas no solo;
  • Melhor relação custo x benefício da obra.

CONCLUSÕES

O sistema de confinamento celular Geoweb mostrou-se definitivo para o problema de erosão do pavimento do SESC. Qualquer outro tipo de pavimento, rígido do tipo concreto ou flexível do tipo CBUQ, seria inviável para o local, devido ao seu alto custo executivo para atender tecnicamente a obra.

A Geoweb além de confinar o agregado, atua como distribuidor de tensões no solo, minimizando possíveis recalques. O problema de subpressão foi contornado, pois o material de preenchimento das células é altamente permeável.

As dificuldades encontradas na instalação foram algumas rochas que dificultaram a cravação das barras de aço, para fixação do Geoweb. O sistema de confinamento obteve o desempenho esperado em projeto.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a colaboração do SESC Bertioga, em especial ao Nelson Lourenço e da Multigeo Engenheiros Associa, em especial ao Eng. Paulo Roberto Aguiar, sem os quais não seria possível a elaboração deste trabalho.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Início da instalação da
Geoweb.
Instalação da Geoweb e fixação das emendas.
Cravação das barras de aço.
Lançamento do concreto nas bordas, para evitar o efeito da maré.
Preenchimento da Geoweb com brita 2.
Preenchimento da
Geoweb com areia da
praia.
Vista da obra concluída.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM EM MURO DE SOLO REFORÇADO NA OBRA DE RECOMPOSIÇÃO DE TALUDE EM JACAREPAGUÁ RJ



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a execução de obras de solo reforçado com geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos), na recuperação de um talude, realizado pela Fundação GEO-RIO Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro RJ.

O geotêxtil Bidim foi utilizado como elemento estrutural, com o objetivo de recompor a encosta que sofreu escorregamento em consequência das chuvas. Aplicado com a função principal de reforço, o geotêxtil Bidim gera um aumento de resistência mecânica do maciço, criando uma grande interação e atrito de interface solo- geotêxtil.

Devido a matéria-prima do geotêxtil Bidim ser 100% poliéster, ele não sofrerá aos longos anos nenhum problema de fluência sob a ação de carga constante, garantindo a vida útil da obra.

DADOS DA OBRA

Nome

Muro de Solo Reforçado com Geotêxtil de Jacarepaguá

Local

 Comandante Luís Souto (em frente ao número-452) Jacarepaguá RJ

Descrição do local

A Comandante Luís Solto é uma via de tráfego regular, que interliga a Taquara e a Praça Seca, em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade. No trecho estudado para implantação do projeto foram feitas três sondagens à percussão, a partir das quais foram traçar dois perfis geotécnicos. O mapa de localização é mostrado na Figura 1 e os perfis geotécnicos são apresenta nas Figuras 2 e 3.

Finalidade

Recuperação e a estabilização de um trecho da Comandante Luís Souto, em Jacarepaguá.

Contratante

Fundação GEO-RIO

Eng. Audrey C. Bruno

Construtora

Prensa Obras e Máquinas Ltda.

Cronograma da obra

Início: março/95

Término: maio/95

Figura 2 Localização das sondagens à percussão.

 Figura 3 Perfis geotécnicos.

DESCRIÇÃO DA OBRA

A construção de um muro de solo reforçado com geotêxtil Bidim em Jacarepaguá foi incluída na programação de obras de recuperação de encostas da cidade do Rio de Janeiro, a cargo da Fundação GEO-RIO, no ano de 1995.

A obra teve por objetivo a recuperação e a estabilização de um trecho da Comandante Luís Souto, em frente ao número 452, Jacarepaguá, que havia sido parcialmente danificado por sucessivos escorregamentos de terra, obrigando o tráfego em meia-pista.

A solução encontrada de construção do muro com geotêxtil Bidim foi adotada após vários estu de viabilidade econômica e técnica, pois comparada aos métodos convencionais, foi a mais barata e rápida. A obra foi totalmente instrumentada pela COPPE/UFRJ, para finalidade de estu de tese de mestrado da Mestranda Audrey Constant Bruno.

A instrumentação, instalada numa seção central da extensão do muro, consistiu em três inclinômetros e três diferentes níveis de reforços onde foram colar extensômetros elétricos (Figura 2), o que permitiu acompanhar a evolução das movimentações e das tensões atuantes nos reforços, durante a obra e cerca de seis meses após sua conclusão.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

O projeto foi elaborado pela Fundação GEO-RIO e já estava definido que seria feito um muro de solo reforçado com geotêxtil. O reforço utilizado foi o geotêxtil Bidim RT-21, na quantidade de 482,30 m².

O muro possui 13 m de extensão e altura média de 3,9 m. O espaçamento vertical entre os reforços é de 60 cm. A construção se deu por etapas, alternando-se camadas de reforços e camadas de solo compactado, obtendo-se a seção transversal típica mostrada na Figura 4.

Um compactador à percussão foi utilizado e em função do esforço imposto e de área de contato do mesmo com o solo, a tensão vertical induzida foi estimada em 95 kpa. O solo constituinte é argilo-siltoso, em parte obtido da escavação para regularização da seção transversal de projeto e parte, oriundo de jazida próxima, ambos com características bastante semelhantes.

O revestimento da face foi feito com tijolos de concreto. O acabamento nas laterais do muro foi feito em concreto aplicado sobre tela metálica fixada por chumbadores curtos.

A conclusão da obra permitiu a recuperação do logradouro incluindo o passeio. As chuvas que atingiram a área de Jacarepaguá em fevereiro de 1996 provocaram grandes estragos na região, mesmo assim, esta obra teve excelente desempenho.

ASPECTOS CONSTRUTIVOS

Por inexperiência da firma construtora, ocorreram problemas durante a execução da obra. A primeira camada (inferior), formada por um colchão de areia, e a segunda camada, formada por solo local, foram compactadas de forma deficiente, com umidade alta e equipamento inadequado.

A umidade alta deveu-se a não proteção do aterro durante as chuvas, o equipamento inadequado era compactador de placa vibratória, que era razoável na camada de areia, mas insuficiente para compactar as camadas argilosas. Além disso, na execução das dobras, as mantas não estavam sendo esticadas.

De acordo com o projeto, após execução da primeira e segunda camada, foi colocada a primeira manta instrumentada. Logo após a conclusão da terceira camada foi retirado o escoramento, para que este subisse, acompanhando a subida do aterro. A primeira e a segunda camada se deformaram imediatamente, o que durou alguns minutos e cessou.

O construtor, tentando compensar o recalque ocorrido, continuou espalhando e compactando solo na terceira camada, só parando quando esta já tinha 90 cm de aterro compactado em alguns pontos. Como solução, o aterro foi escavado e retirado até que a terceira camada ficasse com 60 centímetros conforme definido no projeto. Neste ponto foi colocada uma manta adicional de reforço, com comprimento de forma que sua extremidade final ficasse a cerca de 1 metro da face (Figura 2). A partir desta camada foi então lançada uma camada de solo e a construção prosseguiu até regularizar a superfície do aterro e atingiu-se a altura prevista em projeto para a terceira camada, compensando os recalques ocorri.

Figura 2 Seção transversal construída, com instrumentação.

As chuvas e a inexperiência do construtor prejudicaram bastante o andamento serviços. A preparação do terreno e execução de sondagens durou um mês. A execução do corpo do aterro consumiu 39 dias e foram necessários mais de 20 dias para acabamentos (construção da parede de tijolos da face, proteção taludes laterais, construção de um acesso e recomposição do passeio).

FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim desempenha a função REFORÇO aumentando a resistência mecânica de uma massa de solo, proporcionando uma eficiente transmissão de esforços, graças a sua alta interação com esses materiais, e diminuindo a compressibilidade do material composto assim formado.

De modo complementar e de grande importância para a aplicação, o geotêxtil Bidim pode drenar pelo seu corpo eventuais águas de infiltração, evitando dessa maneira a perda de resistência ao cisalhamento de solo, desempenhando assim a função de drenagem vertical.

A vida útil da obra é assegurada, pois a matéria-prima do geotêxtil Bidim é poliéster, não suscetível a ação de fluência (deformação ao longo do tempo sob ação de carga constante).

CONCLUSÃO

Através de da técnicos obti com a COPPE e o trabalho de mestrado da Engenheira Audrey C. Bruno, verificou-se que a estrutura de contenção em solo reforçado com geotêxtil Bidim, apresentou um desempenho adequado com a solução, e deformações sofridas pelo muro não foram superiores a 6,5%, mesmo tendo em vista os problemas iniciais na construção dele.

AGRADECIMENTOS

Nossos sinceros agradecimentos aos engenheiros relacionam abaixo, pois sem os quais, não seria possível a elaboração deste trabalho.

  • Engª Audrey Constant Bruno

Projetista Fundação GEO-RIO

  • Engº Mário Conde

Prensa Obras e Máquinas Ltda.

  • Engº Maurício Erhlich

Orientador da Tese de mestrado COPPE

  • Engº Antônio Jorge Vianna

Responsável pela instalação de medição da instrumentação COPPE

BIBLIOGRAFIA

– Bruno, A.C.  Monitoração de um muro de solo reforçado com geotêxtil Tese M. SC.  COPPE/UFRJ Abril 1997. – “Cases de Obra” Atividade Bidim.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Situação antes da obra.
Situação antes da obra, por outro ângulo
Instalação da 1ª camada de reforço.
Instalação inclinômetros.
Leitura extensômetros.
Retirada do escoramento das 1ª e
2ª camadas, observando-se as mantas mal esticadas.
Vista geral do muro, com inclinômetro evidenciando a deformação.
Fase de espalhamento.
No detalhe, filtro de areia e inclinômetro.
Execução da face em tijolos de
concreto.
No detalhe, o fechamento da lateral do muro.
Acabamento em concreto sobre tela metálica.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM EM PROTEÇÃO DE GRAMADO DO ESTÁDIO INDEPENDÊNCIA PARA REALIZAÇÃO DO POP ROCK BRASIL`97



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Já algum tempo temos acompanhado campos de futebol de estádios vêm deixando de ser locais destina exclusivamente para prática esportiva. Tem sido cada vez mais comum e constante a utilização deste espaço para a realização de grandes eventos como shows de rock, eventos comunitários, religiosos, dentre outros.

A principal característica e diferença entre estes eventos são os danos causa aos grama após a realização mesmos. A utilização do gramado para realização de grandes eventos, como por exemplo shows de rock, podemos ter sobre ele de 35 a 40 mil pessoas que pulam, dançam, se agitam conforme o ritmo do evento. Para tanto são necessárias medidas preventivas que visem preservar as características vitais deste. Caso contrário um gramado sem proteção, após a realização destes eventos, estaria completamente destruído e impróprio para a prática do esporte.

Objetivando minimizar os efeitos destrutivos à grama, divulgamos e introduzimos o geotêxtil Bidim como uma opção, eficiente para proteção de grama. O presente trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) com função de proteção do gramado do Estádio Independência para a realização da 8ª edição do Pop Rock Brasil, um megaevento realizado nos dias 06 e 07 de setembro de 1997 em Belo Horizonte/MG.

DADOS DA OBRA

Nome da obra

Obra de proteção do gramado do Estádio Independência para a realização do Pop Rock Brasil/97.

Contratante Radio Del Rey Ltda.

 Doutor Camilo Antônio Nogueira, nº187 Serra.

Cep.:30.240-090 Belo Horizonte/MG

Executores

Escan Estruturas e Serviços Ltda.

 Francisco Augusto Rocha, nº0 Vila Clóris.

Cep.:31.710-000 Belo Horizonte/MG

HS Jardinagem

 Sebastião Stokler, nº140 Estoril 

30.445-670 Belo Horizonte/MG

Projetista

Tracbel S/A

Anel Rodoviário, KM 21 Bairro Universitário 

31.950-640 Belo Horizonte/MG

Geotêxtil utilizado

Geotêxtil Bidim RT-16

CONSIDERAÇÕES DE PROJETO

Após a escolha do Estádio Independência para sediar a 8ª edição do Pop Rock Brasil e para atender à exigência imposta pela direção do estádio, que só liberaria o mesmo para a realização do evento caso as condições do gramado fossem preservadas integralmente pois 4 dias após a realização do evento, o gramado deveria estar apto à prática do futebol.

Visando atender tal exigência realizamos um pequeno teste ou melhor, um ensaio da aplicação do geotêxtil

Bidim com a função de proteção de gramado. Este ensaio foi acompanhado pela organização do evento, Tracbel, Atividade Bidim, agrônomos, diretoria do estádio e consistiu basicamente em cobrir uma pequena área, aproximadamente de 15 m² do gramado com geotêxtil Bidim RT-16 por um período de 5 dias. Após retirada do geotêxtil constatamos que as condições fisiológicas, vitais da grama estavam preservadas e que após 2 dias de tratamento hídrico, a grama tinha recuperado sua condição normal.

Após a realização do ensaio concluíram que a utilização do geotêxtil Bidim RT-16 seria uma solução adequada e confiável para proteger o gramado para realização da 8ª edição do Pop Rock Brasil.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Para facilitar a aplicação e a instalação do geotêxtil Bidim, este foi todo instalado no sentido horizontal, comprimento do gramado, paralelo ao fluxo do público.

Após a aplicação do geotêxtil Bidim sobre o gramado, levando-se em consideração uma sobreposição de 0,30 m, houve o grampeamento do geotêxtil na distância de 0,90 m em toda a extensão do gramado. O grampo utilizado nesta aplicação era de ferro com diâmetro de ¼” de 15 x 15 x 15 cm.

Em todo processo de instalação, solicitamos que a face do geotêxtil Bidim com a melhor coesão das fibras deveria estar voltada para cima, pois esta seria a de maior resistência à tração. A área total protegida com geotêxtil foi de aproximadamente 10.000 m² (Figura 1).

FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Nesta aplicação, o geotêxtil Bidim RT-16 apresenta basicamente a função de proteção do gramado. Com uma característica muito importante a ser observada, a de permitir a respiração da grama, permeabilidade e consequentemente, a livre troca gasosa da vegetação.

OBSERVAÇÕES

Para se obter um melhor resultado da aplicação do geotêxtil Bidim em aplicações de proteção de gramado, é importante observar:

  • Tipo e características de cada evento (shows infantis, rock, carnavais, encontros religiosos etc.).
  • Duração do evento: horas ou dias.
  • Sempre que possível utilizar costuras como opção de grampeamento.
  • Aplicação de geotêxtil de resistência mais elevada nas regiões de maior concentração do público (próximo ao palco, por exemplo).

CONCLUSÃO

Concluímos que a utilização do geotêxtil Bidim em aplicações de proteção de grama, demonstrou ser uma opção de fácil, rápida e eficiente aplicação conseguindo, em situações extremas, preservar as características vitais da grama.

AGRADECIMENTOS

Os Autores deste trabalho agradecem a toda equipe técnica da:

  • Nativa Ltda., ao Sr. Geraldo Gilson Lara Guimarães
  • Radio Del Rey Ltda., ao Sr. Felipe Barreto e Sr. Fernando Megele
  • Escan Estruturas e Serviços Ltda., ao Eng. Douglas Aguiar
  • HS Jardinagem, ao Eng. Haroldo Sampaio
  • Estádio do Independência
  • Diretoria do América Futebol Clube, ao Sr. Walter

E a to os operários e funcionários que não mediram esforços e empenho para a realização desta obra.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

“Cases de obras, Bidim informa, Folders e Relatórios internos Atividade Bidim”.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista do campo antes da realização do Show.
Vista do campo antes da realização do Show.
Vista do campo antes da realização do Show.
Vista da montagem do palco.
Vista da preparação do campo para a realização do Show.
Vista da preparação do campo para a
realização do Show.
Vista do desenrolamento da bobina de geotêxtil Bidim e posicionamento, para ser grampeado.
Vista do grampeamento do geotêxtil do geotêxtil Bidim.
União das mantas por grampeamento.
Vista do geotêxtil Bidim instalado.
Vista do geotêxtil Bidim instalado.
Vista do público sobre o geotêxtil Bidim.
Vista geral do show.
Vista do geotêxtil Bidim grampeado na lateral.
Vista do gramado após o
show.
Vista do gramado e do palco após o show.
Vista do gramado e do palco após o show.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM COMO REFORÇO DE ATERRO SOBRE SOLO MOLE NA DUPLICAÇÃO DA RODOVIA PE-005 RECIFE PE



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim RT-31 (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no aterro sobre solo mole na obra de Duplicação da Rodovia PE-005, com uma extensão de 2,2 km, no trecho entre a Ponte da Caxangá e a Rodovia PE-027.

Este Projeto foi desenvolvido pela firma Geogrupo Engenharia Ltda., para o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER PE). A obra está sendo executada pela Conteck Engenharia S/A., tendo como contratante o DER PE.

Esta obra teve início no mês de setembro de 1976 e seu término está previsto para o mês de novembro de 1997. Foram consumi 43.500 m² de geotêxtil Bidim RT-31.

HISTÓRICO DA RODOVIA

A Rodovia PE-005, no trecho entre a Ponte da Caxangá e a Rodovia PE-027, com o fluxo de 30.000 veículos/dia, é uma das rodovias mais importantes do nosso estado, pois, além do acesso principal para as cidades de Camaragibe e Lourenço da Mata, que estão dentro do limite da Região Metropolitana do Recife; também é acesso ao bairro de Aldeia em Camaragibe (Figura 1).

Este bairro é conhecido pelo seu clima de montanha, onde existem vários clubes de campo, granjas e muitas moradias definitivas de várias famílias que trabalham no Recife. A seguir são apresenta das históricos do tráfego entre os anos de 1982 e 1992 e projeções entre 1993 e 2002 (Tabela 1 e 2). O aumento do nível do mar no litoral recifense seria de, no mínimo, 6 m/século.

RODOVIA PE-005 E PE-005 TRECHO PONTE DA CAXANGÁ – ENTR PE-027
ANOAUTO E CAM LEVECAMINHÕES 
ÔNIBUS MÉDIOSPESADOSS. REBOQUETOTAL
1982110041304208784410815347
198311064135117867367515012
198410083144218577577114280
198511646138216397306915466
198613209132114217026716720
198713684162315888568917840
198812072150714288094715863
198915505163615627037419480
199017274193915516898621539
199117093191714317148321238
1992167852270170664153214553
 RODOVIA PE-005 E PE-005 TRECHO PONTE DA CAXANGÁ -ENTR PE-027
ANOAUTO E CAM LEVECAMINHÕES 
ÔNIBUSMÉDIOSPESADOSS. REBOQUETOTAL
199318464214016636207422961
199419490225017055947724116
199520573236617485698025336
199621716248817905458226621
199722923261718335238527981
199824197275118755028829413
199925541289319184819130924
200026961304219604629432519
200128459319920034449734202
2002300403364204542610135976

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Sendo a rodovia PE-005 localizada no trecho urbano e, consequentemente, com muitas edificações às suas margens, houve uma grande preocupação da firma projetista na retirada do solo mole.

A geometria irregular das camadas compressíveis remanescentes requer que se adote providências quanto a recalques bruscos provoca pela ocorrência de bolsões localiza, e que poderão causar rupturas localizadas.

A instalação do geotêxtil Bidim, facilitará a redistribuição uniforme das cargas, contribuindo para assegurar uma maior estabilidade à ruptura solos moles subjacentes, principalmente durante o período de construção do aterro provavelmente a sobrecarga.

Após várias análises e considerações, a firma consultora concluiu que a aplicação do geotêxtil Bidim como camada de reforço no aterro seria mais indicada, tanto no ponto de vista econômico como de execução, pois já não havia a necessidade da retirada total do solo mole, e as edificações nas margens da rodovia não seriam prejudicadas. Além destas considerações o fator tempo para a execução foi fundamental para esta opção.

MECANISMO DE AÇÃO

Em função das características da obra, foi escolhido o geotêxtil Bidim RT-31, por ser 100% poliéster e possuir excelentes propriedades mecânicas e hidráulicas, atendendo a necessidade da obra e especificação de projeto.

Outro fator de grande importância na escolha do geotêxtil Bidim foi por apresentar boa estabilidade à fluência, praticamente não deformando ao longo do tempo quando submetido à carga permanente, por possuir superfície rugosa e boa capacidade de acomodação no terreno e excelentes características de interação com os mais diversos tipos de solos, garantindo eficácia na transmissão de esforços.

METODO CONSTRUTIVO

Os procedimentos de execução da obra e instalação do geotêxtil Bidim estão descritos a seguir:

  • Remoção das camadas de solo mole com matéria orgânica, até as cotas indicadas nos perfis geológicos;
  • Reaterro com areia até as cotas indicadas;
  • Instalação do geotêxtil Bidim RT-31 na largura da vala escavada conforme detalhe e reaterro com areia na espessura de 1 m, envolvendo-a parcialmente com o referido geotêxtil Bidim;
  • Instalação da segunda manta geotêxtil Bidim RT-31 sobre a camada anterior, na mesma largura e reaterro com areia na espessura de 1 m envolvendo-a parcialmente com o referido geotêxtil Bidim; – Reaterro com solo de jazida em camadas devidamente compactadas até a cota de regularização. Recomenda-se um mínimo de 3 camadas sendo a primeira delas espalhada e compactada sem um controle rigoroso de densidade in situ. As demais serão compactadas a 100% do Procter intermediário.

EXECUÇÃO DAS CAMADAS DO PAVIMENTO

Os desenhos esquemáticos da solução e quadros de sondagem são apresenta na Figura 2.

Figura 2 Desenho esquemático da solução com geotêxtil Bidim.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Geotêxtil Bidim devidamente estocado.
Costura dupla, borda a Borda
Aplicação da primeira camada de geotêxtil Bidim sobre o aterro com areia.
Espalhamento do material de aterro e borda do geotêxtil Bidim ancoragem na extremidade.
Vista do geotêxtil Bidim aplicado nas duas camadas.
Vista de uma ruptura localizada de um trecho onde não estava previsto o geotêxtil Bidim.
Detalhe da ruptura de um trecho sem geotêxtil Bidim e a escavação do material para aplicação do geotêxtil Bidim.
O geotêxtil Bidim aplicado devidamente no trecho localizado de 40 m de extensão onde no início era prevista sua aplicação.

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM COMO CAMADA ANTI-PROPAGAÇÃO DE TRINCAS NA RODOVIA-386 TRECHO TABAÍ-CANOAS



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

Este trabalho tem, por objetivo, apresentar detalhes da instalação na Rodovia Federal BR-386, trecho Tabaí- Canoas, do geotêxtil Bidim RT-10 como camada Anti-Propagação de trincas, objetivando reduzir o custo e oferecer alternativa tecnicamente eficiente de pavimentação.

 aborda também, fundamentos técnicos que justificam a instalação do geotêxtil Bidim como inibidor de reflexão de trincas do pavimento antigo.

A seguir, são apresenta detalhes da instalação e imagens das etapas de execução.

DADOS DA OBRA

Nome

Duplicação da BR-386 com aplicação do geotêxtil Bidim em camada Anti-Propagação de trincas.

Local

Trecho entre as cidades de Tabaí e Canoas no Estado do Rio Grande do Sul.

Contratante Governo Federal

Departamento Nacional de Estrada de Rodagem DNER

Projetista

ETEL Estu Técnicos Ltda.

Construtora

Construtora Ergo S/A

Conclusão

Agosto de 1997

REFLEXÃO DE TRINCAS

A reflexão de trincas é o processo de reaparecimento do padrão de trincamento do pavimento subjacente na superfície do recapeamento. Este fenômeno decorre da incapacidade da mistura asfáltica de resistir às deformações elevadas que são geradas no entorno das extremidades das fissuras. O processo pouco difere mecanismos de trincamento por fadiga pavimentos asfálticos. Enquanto no pavimento flexível a trinca coincide com a região de máxima deformação de tração, no pavimento recapeado a trinca surge na região de máxima densidade de energia de distorção, coincidente com a extremidade de um trincamento existente.

A reflexão de trincas é acelerada quando a severidade das trincas subjacentes é maior, sendo diretamente relacionada com a espessura e com a rigidez da camada trincada. Dependendo da magnitude destes parâmetros, o simples recapeamento com mistura asfáltica pode não ser economicamente eficiente, exigindo neste projeto de restauração a adoção de sistema Antirreflexão de trincas.

O sistema Antirreflexão de trincas consiste na introdução de uma camada intermediária entre o pavimento original e o recapeamento. Esta camada é comumente denominada de “interlayer”. Esta camada é constituída por materiais de pequena espessura com capacidade de absorver deformações por fluência. Estas camadas redirecionam a energia de deformação para a formação e progressão de um desligamento localizado entre o pavimento original e o interlayer, retardando o aparecimento das trincas no recapeamento (membranas de geotêxtil impregnado com asfalto.

A chave para o dimensionamento reside na determinação do fator de eficiência do sistema que pode ser conceituado como:

FE = Nr Nn

Onde,

Nr é o número de ciclos do eixo padrão projetado para a vida útil do recapeamento reforçado.

Nn é o número de ciclos do eixo padrão projetado para a vida útil do recapeamento não reforçado.

O fator de eficiência é geralmente dependente das características mecânicas do interlayer. Neste caso o sistema Antirreflexão é constituído por geossintéticos, a avaliação do fator de eficiência é realizada por extrapolação de resulta em ensaios de laboratório que já contam com extensivos programas experimentais. Nos sistemas desviadores de trincas, os valores de variam de 0,2 a 10,0, dependendo do tipo de geossintético utilizado.

Os sistemas desviadores de trincas oferecem algumas vantagens complementares em relação aos sistemas absorvedores de tensões, desde que as deformações plásticas do pavimento não sejam a causa das patologias presentes no pavimento original, especialmente pela capacidade impermeabilizante das membranas. Empregam-se geotêxtis para atuarem como camada Anti-Propagação de trincas.

A implantação do sistema Antirreflexão de trincas com geotêxtil seguiu uma sequência executiva típica, sendo cada atividade executada de acordo com suas peculiaridades.

INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Selagem das trincas

Os trincamentos devem ser sela com material betuminoso. Quando a trinca é muito fina e sem desgastes de bordas (abertura inferior a 3 mm), a simples aplicação de emulsões asfálticas pode ser suficiente para que ocorra o selamento contudo, quando o padrão de trincamento acusar aberturas maiores e com extensiva erosão nas bordas, é importante que a selagem seja feita com massa asfáltica.

Limpeza

Dependendo da extensão da área pode-se empregar a vassoura mecânica ou varredura manual. Em alguns casos em que impregnações ou concreções estejam presentes, uma limpeza mecânica ou com ar comprimido podem ser necessárias. Neste caso foi utilizada a vassoura mecânica.

Primeira aplicação do ligante

A emulsão asfáltica foi a RR2C, aplicada com barra espargidora. A taxa de pintura foi de 1,2 l/m². Esta taxa foi o suficiente para permitir o total preenchimento da manta sem que ocorressem exsudações. Foi esperada a devida cura de emulsão.

Instalação do geotêxtil Bidim

Após a cura da emulsão, o geotêxtil Bidim foi desenrolado através de distribuidor mecânico (pendural em “u” acoplado a uma escavadeira). Foi tomado o devido cuidado para não haver rugas na manta. As emendas laterais entre uma bobina e outra foram realizadas por sobreposição de 10 cm, enquanto as emendas transversais (começo e fim da bobina) foram feitas topo a topo.

Rolagem do geotêxtil Bidim

Uma vez estendido o geotêxtil, executou-se a passagem do rolo compactador de pneus, com o objetivo de forçar a penetração do asfalto na estrutura do geotêxtil Bidim de baixo para cima. Foram necessárias de 3 a 4 passadas.

Segunda aplicação do ligante

O mesmo processo de aplicação da primeira camada de emulsão asfáltica (RR2C), porém a uma taxa de pintura de 0,75 l/m². Esperou-se a cura. A taxa final residual foi de 1,2 l/m² aproximadamente.

Salgamento da superfície

Com o objetivo de evitar a aderência do asfalto/geotêxtil nas rodas caminhões ou rodas/esteiras da vibro acabadora, foi feito um salgamento manual com a própria mistura betuminosa em pequena quantidade, apenas nos locais onde passaram as ditas rodas do caminhão de transporte de CBUQ e da vibro acabadora.

Aplicação e compactação do CBUQ

Foi executado com os procedimentos tradicionais de aplicação e compactação.

A seguir, na Figura 1, são apresenta, em resumo, desenhos esquemáticos das etapas de aplicação do geotêxtil Bidim no recapeamento.

Figura 1 Desenho esquemático das etapas de aplicação do geotêxtil Bidim.

CONCLUSÃO

A inclusão do geotêxtil Bidim impregnado com asfalto como camada intermediária no recapeamento de pavimentos asfálticos trinca tem o efeito de retardar a reflexão de trincas. Isso ocorre por meio de um processo conjunto de redução da deformação máxima de tração, pela ação de reforço estrutural e pelo redirecionamento horizontal da trinca.

A inclusão do geotêxtil Bidim na zona tracionada de um revestimento asfáltico aumenta significativamente a vida de fadiga dessa camada, com o efeito adicional de contribuir para reduzir os afundamentos em trilha de roda por acúmulo de deformações plásticas.

A compactação adequada e a correta taxa de impregnação com asfalto são importantes, na medida em que afetam a sua resistência à tração e a sua impermeabilidade. Essas propriedades são cruciais para a fase posterior à reflexão completa da trinca. Além disso, quanto maior o teor de impregnação do geotêxtil Bidim, maior seu módulo de elasticidade, incrementado o efeito de reforço estrutural.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Primeira aplicação de ligante asfáltico.
Instalação do geotêxtil Bidim.
Operação de rolagem sobre o geotêxtil Bidim com rolo de pneus.
Segunda aplicação do ligante asfáltico.
Salgamento manual da superfície.
Aplicação do CBUQ sobre o
geotêxtil Bidim.
Compactação do CBUQ com rolo de pneus.
Final da compactação do CBUQ com rolo.

APLICAÇÃO DE GEOWEB NA BACIA DE AMORTECIMENTO DE CHEIAS DA USIMINAS EM IPATINGA MG



Autor:
 Departamento Técnico – Atividade Bidim

Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.

RESUMO

A Usiminas está preparando para aumentar a oferta de aço destinado principalmente às montadoras de veículos e a indústria de autopeças, mercado no qual a empresa aposta crescer. Entre o fornecimento para as montadoras e indústrias de autopeças a Usiminas destina 30% da produção atual de 4 milhões de toneladas de aço e a tendência é que esta participação cresça.

Consequentemente seria necessário a construção de novas instalações prediais, galpões, locais de armazenamento de materiais, saneamento, entre outros. Desta forma a Usiminas S/A também necessitou ampliar sua atual capacidade do sistema de drenagem pluvial.

O presente trabalho relata, especificamente, a utilização do sistema de confinamento celular Geoweb nos taludes da construção da bacia de amortecimento de cheias, que funcionará como um reservatório de acumulação de águas pluviais, liberando assim as águas reservadas após o término do pico das chuvas.

DADOS DA OBRA

Nome

Construção da bacia de amortecimento de cheias.

Finalidade

Sustentação do talude da construção da bacia de amortecimento de cheias.

Contratante

Usiminas Usinas Sid. de Minas Gerais S/A

Rodovia BR38 km 210

 35.160-000, Ipatinga/MG

Projetista

EPC Engenharia Projeto Consultoria Ltda. 

da Bahia, 504 Centro

 30.160-010, Belo Horizonte/MG

Empreiteiro

Construções e Comércio Camargo Correa S/A 

Concórdia, 15 Centro

 35.160-011, Ipatinga/MG

Empresa Fiscalizadora

Usiminas Usinas Sid. de Minas Gerais S/A

Rodovia BR 381km 210

 35160-000, Ipatinga/MG

Cronograma da Obra

Início: junho/96

Término: agosto/96

Consumo de material

Geoweb – aproximadamente 358 seções de GW8204, equivalente a 5.400 m² da superfície do talude.

CONSIDERAÇÕES DE PROJETO

Face às necessidades de ampliação do parque industrial da Usiminas S/A em Ipatinga e objetivando utilizar somente as áreas disponíveis e com menor extensão de redes a se construir, concluíram-se em decorrência destes importantes quesitos a ampliação da capacidade do sistema de drenagem pluvial já existente.

Tais implicações resultaram na necessidade de construção de uma bacia de amortecimento de cheias, que funcionará como um reservatório de acumulação e represamento de águas pluviais liberando a água represada de acordo com a necessidade após o término da temporada de chuvas.

A referida bacia de amortecimento de cheias possui as seguintes dimensões: 88 m x 55 m, e profundidade de 6 m com inclinação de talude de 30º, como pode ser observado na Figura 01.

SITUAÇÃO EM PLANTA

Figura 1 Desenho da bacia de amortecimento de cheias

O tipo de solo do local é bastante arenoso, o que provocaria erosões nos taludes, principalmente na entrada e saída da bacia, tornando necessária algum tipo de proteção.

Após análise do mercado optaram pela aplicação de Geoweb, dadas as suas características de proteção em conjunto com a aplicação de cobertura vegetal, proporcionando maior resistência aliada ao aspecto visual mais agradável.

As seções de Geoweb foram fixadas, com ganchos de material suficientemente resistente para e ancoragem das mesmas durante o seu preenchimento. Foram utiliza ganchos de aço CA -50 de 10 mm de diâmetro.

As células de Geoweb foram preenchidas com concreto armado em sua parte inferior onde se concentrará o maior volume de água. E na parte superior as células foram completadas com solo vegetal e cobertura de gramíneas.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DE GEOWEB

Após análises e estu de soluções de proteção de taludes os projetistas optaram pela aplicação de Geoweb por apresentar os seguintes benefícios:

  • Utilização de taludes mais íngremes num terreno arenoso diminuindo assim a erosão localizada do terreno, motivo preponderante no sistema de gestão ambiental da Usiminas;
  • Aplicação de cobertura vegetal, proporcionando boa resistência aliada ao aspecto visual mais agradável;
  • Eliminação de partículas do solo na zona de enraizamento;
  • Ausência de equipamentos especiais na sua aplicação; – Eliminação de elementos estruturais complexos e dispendiosos; – Maior rapidez de aplicação.

CONCLUSÕES

Concluímos que a utilização do Sistema de confinamento celular Geoweb demonstrou ser uma excelente opção e solução para as obras de contenção de taludes íngremes. Demonstrou também ser um sistema de fácil e rápida aplicação, eficiente, seguro e economicamente vantajoso.

AGRADECIMENTOS

Os autores deste trabalho agradecem a toda equipe técnica da EPC  Engenharia Projeto e Consultoria Ltda., em especial aos engenheiros Antônio Fernando Barbosa e Fátima Portella, à Construções e Comércio Camargo Côrrea S/A, em especial aos engenheiros Josildo Isídio Melo e  Antônio Zanotti, à Usiminas  Usinas Sid. de Minas Gerais S/A, em especial aos engenheiros Absalão de Carvalho Filho e Flávio Vieira Costa e ao técnico Carlos Eduardo Azeredo Alves, e também a to os operários e funcionários, que não mediram esforços e empenho para realização desta obra.

BIBLIOGRAFIA

Atividade Bidim

– Cases de obras, Bidim informa, Folders e Relatórios internos.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Vista parcial da entrada de água da bacia, parcialmente preenchida com Geoweb.
Vista parcial da entrada de água da bacia, parcialmente preenchida com Geoweb.
Vista parcial de outro ângulo, da Geoweb devidamente instalada.
Vista parcial de outro ângulo, da Geoweb devidamente instalada.
Vista da fixação da Geoweb no talude.
Vista da fixação da Geoweb
no talude.
Vista da Geoweb fechada.
Vista da Geoweb fechada.
Vista superior da aplicação da Geoweb.
Vista superior da aplicação da Geoweb.
Vista do talude com Geoweb, coberta com vegetação.
Vista da entrada de água, Geoweb preenchida com concreto.
Vista do talude com Geoweb, coberta com vegetação.