Autor: Departamento Técnico – Atividade Bidim
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
O Edifício Juscelino Kubistchek, mais conhecido como JK, é um projeto do Arquiteto Oscar Niemayer constituindo-se num marco da Construção Civil em Belo Horizonte. A aplicação do geotêxtil Bidim é vista como camada de proteção no sistema de impermeabilização do Edifício Juscelino Kubitschek JK em Belo Horizonte, MG, que com o passar do tempo trouxe consigo os diversos problemas para o edifício e dentre eles o de infiltrações.
O PROBLEMA
Implementar um sistema eficiente de impermeabilização do Edifício Juscelino Kubitschek JK em Belo Horizonte, MG
A SOLUÇÃO
Foi utilizada a manda geotêxtil Bidim RT-10
DADOS DA OBRA
- DATA DE EXECUÇÃO: Dezembro de 1992
- LOCALIZAÇÃO: Edifício Juscelino Kubistchek / Belo Horizonte, MG
- CLIENTE: Instituto Histórico Geográfico de Minas Gerais IHG/MG.
- TIPO DE OBRA: Construção Civil
- FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Camada de proteção no sistema de impermeabilização
- QUANTIDADE UTILIZADA: 1.290 m² de geotêxtil Bidim RT-10.
O Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais está sediado no Edifício Juscelino Kubitschek, à Guajajaras, 80 no centro de Belo Horizonte/MG (Figura 1). A obra está localizada na laje de cobertura do segundo pavimento do Edifício JK sob a qual está localizado o Instituto Histórico Geográfico de Minas Gerais IHG/MG.

FINALIDADE DA OBRA
Ocupando uma área de aproximadamente 1.200 m² de parte do segundo andar do Edifício JK o Instituto Histórico Geográfico de Minas Gerais enfrentou diversos problemas provenientes da ação das águas (umidade) em sua estrutura ao longo do tempo.
Dentre os problemas enfrenta pelo IHG/MG citamos:
- Goteiras e manchas;
- Mofo e apodrecimento;
- Ferrugem;
- Eflorescência;
- Criptoflorescência;
- Deterioração;
- Interdição de salas;
- Perdas de arquivos, documentos, livros etc.; – Danos às instalações elétricas etc.
A fim de solucionar os problemas anteriormente cita foi proposta a impermeabilização da laje de cobertura do IHG/MG. Segundo a NBR 8083, “Impermeabilização é a proteção das construções contra a passagem de flui”, e “Sistema de Impermeabilização é o conjunto de materiais que uma vez aplica, conferem a impermeabilidade às construções”.
O bom desempenho do Sistema de Impermeabilização se origina na correta concepção do projeto, ou seja, uma perfeita interação entre arquitetura, a estrutura e instalações (hidráulico-sanitárias, elétricas e outras). Partindo daí, a escolha correta materiais componentes, método de impermeabilização e das diversas camadas que o constituirão.
Basicamente nosso Sistema de Impermeabilização constitui-se de:
- Camada de regularização;
- Aplicação da manta impermeabilizante;
- Aplicação do geotêxtil Bidim como camada de proteção da manta impermeabilizante; – Proteção da camada de separação.

CAMADA DE REGULARIZAÇÃO
Para execução da camada de regularização a primeira providência foi retirar a antiga camada de proteção e regularização da laje, que se encontrava danificada, apresentando trincas, rachaduras e soltando placas em diversos pontos da estrutura. A laje encontrava-se desnivelada e sem os devi caimentos para os pontos de captação de água, estes estavam danifica e em alguns casos entupi.
A segunda providência foi promover a declividade da laje oferecendo um caminho para a água. A camada de regularização foi executada sobre a estrutura portanto com objetivo de fornecer uma superfície lisa, homogênea, firme e com os caimentos necessários, para aplicação da impermeabilização.
A regularização foi constituída de uma camada de argamassa de cimento e areia, traço volumétrico 1:3, sem aditivo impermeabilizante, de espessura mínima de 2 cm e caimento de no mínimo 1% (NB-279/75) em direção à coleta de águas pluviais.
IMPERMEABILIZAÇÃO
Estando a superfície preparada, partimos para a aplicação do elemento impermeabilizante propriamente dito. Adotou-se no sistema de impermeabilização: manta, asfalto modificado com armadura estruturada em geotêxtil Bidim. A manta foi fixada ao substrato com maçarico.
Inicialmente aplicou-se sobre o substrato regularizado uma demão de solução de imprimação (conforme NBR- 9952), consumo de 0,5 a 0,7 l/m². Aguardou-se então a secagem, cerca de 24 horas. A manta foi desenrolada sobre a imprimação, aquecida com maçarico e pressionada sobre ele de forma a propiciar a fusão de sua camada inferior.
Para aplicação com maçarico a manta deve ter a superfície inferior, que será aderida ao substrato, acabada com filme plástico (polietileno). As emendas entre as mantas foram feitas sobrepondo lateral e longitudinalmente em 10 cm. Nas verticais a manta foi aderida da mesma forma que na horizontal.
A impermeabilização adentrou nos ralos e foi aderida internamente nos mesmos e arremessada junto ao guarda corpo da laje sem alterar o conjunto arquitetônico.
Após a execução da impermeabilização e antes da camada de proteção mecânica foi feito um teste de estanqueidade durante 72 horas, mantendo-se uma lâmina d’água de cerca de 10 a 15cm sobre a impermeabilização. Não foi verificado no sistema impermeabilizante.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
A proteção do elemento impermeabilizante é de fundamental importância para o perfeito desempenho do sistema de impermeabilização, devido às várias solicitações que ocorrem nas áreas impermeabilizadas.
Podemos citar como exemplos, ações mecânicas decorrentes das deformações da estrutura (recalques de fundações, retração do concreto etc.) e da utilização da cobertura (trânsito de pessoas, estacionamento, heliporto, instalação de equipamentos etc.) ou ações climáticas (incidência de UV, impacto de granizo, variação de temperatura etc.) que viriam a solicitar o elemento impermeabilização na forma de tração, abrasão, puncionamento etc. Ações mecânicas induzem esforços que, dependendo de sua intensidade, podem vir a comprometer a estanqueidade do elemento impermeabilizante.
A obra adotou como elemento de proteção após uma análise de custo e benefício, o geotêxtil Bidim. Suas características de constituição e distribuição multidirecional de filamentos; espessura; resistência à tração; porosidade; compressibilidade; resistência a perfuração por puncionamento e por estouro; flexibilidade; peso específico; isotropia e demais propriedades permitem que os geotêxtis Bidim desempenhem a função de elemento proteção intermediária ao elemento impermeabilizante das seguintes maneiras:
- Proteção contra desgastes por abrasão;
Devido a sua espessura e a estruturação filamentos contínuos, o geotêxtil Bidim, colocado como
“camada de proteção”, evitou ocorrência de esforços de abrasão sobre a manta e transmissão esforços tangenciais, oriundo das variações dimensionais a que as proteções mecânicas estão sujeitas reduzindo o atrito ao plano de contato.
- Proteção contra puncionamento
Devido sua espessura e resistência mecânica, o geotêxtil Bidim absorve esforços normais concentra, evitando assim que a manta se perfure.
- Drenagem de líquidos e gases
O geotêxtil Bidim tem drenagem transversal, ou seja, permite a condução de líquido e gases (flui) pelo seu corpo.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
A aplicação do geotêxtil Bidim teve início com a limpeza da superfície a ser instalado, removendo-se os elementos estranhos. Após limpeza, aplicou-se sobre a superfície cola para fixação do geotêxtil Bidim.
A bobina de geotêxtil Bidim foi desenrolada sobre a superfície com cola e pressionada sobre ela de forma a propiciar uma melhor fixação. As emendas do geotêxtil Bidim foram feitas sobrepondo lateral e longitudinalmente em 10cm. O geotêxtil Bidim adentrou nos ralos de foi aderido internamente nos mesmos (Figura 2).
O geotêxtil Bidim foi arrematado junto ao guarda corpo da laje sem alterar o conjunto arquitetônico do Edifício JK (Figura 03).
O geotêxtil Bidim e a manta impermeabilizante acompanharam também as interferências da estrutura, tais como uma passarela que não foi concluída.
Terminadas as etapas anteriores, partiu-se para a execução da proteção da camada de separação.


PROTEÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
A proteção do geotêxtil Bidim foi feita com contrapiso em argamassa de cimento e areia, traço volumétrico 1:4, espessura mínima de 3cm formando placas de lã entre 1,5 a 2,0 m.
As juntas entre as placas devem ser de 2 cm e as juntas perimetrais (no encontro das superfícies horizontais e verticais) devem ter abertura de no mínimo 3 cm.
BIBLIOGRAFIA
CELSO RAMOS Normas de Serviços de Projeto e Especificação de Impermeabilização IPT Nov/1988.
EVANDO, Silveira Santos Impermeabilizações de Terraços 1º Fascículo Edições Cotec 34/87.
LAERTE, Guião Maroni, MARCO ANTÔNIO C. da Silva Araújo, RENATO, Pandolpho Proteção de Mantas Elastoméricas e Poliméricas com Geotêxtil em obras de Impermeabilização 7º Simpósio Brasileiro de Impermeabilização.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA














lâmina d’água.

assentamento do GeotêxtilBidim.

Bidim.

