AUTOR: DEPARTAMENTO TÉCNICO – ATIVIDADE BIDIM
RESUMO
Devido à problemas na estanqueidade do tanque de resfriamento de água por aspersão, a Açucareira QUATÁ S/A que fica localizada na Região de São Paulo, necessitava de uma eficiente impermeabilização, e para tanto foi necessário a utilização do Geotêxtil Bidim RT-10 impregnado com emulsão asfáltica para que o problema fosse resolvido.
O PROBLEMA
O antigo sistema de impermeabilização era falho, visto que geravam infiltrações nos tanques de água da açucareira Quatá S/A.
A SOLUÇÃO
Com o dado problema a solução foi a execução de um sistema de impermeabilização com geotêxtil Bidim impregnado com emulsão asfáltica.
DADOS DA OBRA
- DATA DE EXECUÇÃO: Maio 1988;
- LOCALIZAÇÃO: São Paulo;
- CLIENTE: Açucareira Quatá S/A;
- TIPO DE OBRA: Reservatório De Água Para Sistema De Resfriamento Por Aspersão;
- FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento Estruturante Do Sistema De Impermeabilização Asfáltica Executada;
- QUANTIDADE: 5.500 M² – Geotêxtil Bidim Rt-10.
AVALIÇÃO – COMENTÁRIOS DO RELATÓRIO
A pista de rolamento formada entre a borda do tanque (mureta) e a crista taludes receberá compactação e revestimento primário com cascalho ou material similar. Nesta data, iniciou-se a execução das calçadas.
Segundo informação do gerente industrial da Açucareira Quatá S/A, Sr. Claudio Belodi, o foi preenchido com água no dia 15/05/88 e o sistema de resfriamento por aspersão entrou em funcionamento no dia 18/05/88.
A superfície do sistema de impermeabilização que fica fora da água, e recebe insolação diretamente, recebeu uma pintura de proteção composta de emulsão VITKOTE pura e 10% de cimento Portland, conforme sugerido.
Nossa orientação, durante a execução do sistema de impermeabilização (de que os pilares de apoio das tubulações deveriam receber um “colarinho” impermeabilizante até acima do nível d’água) não foi cumprida. O motivo alegado foi que ao fazer tal serviço verificaram que não tinha mais geotêxtil Bidim na obra, e face à urgência em se iniciar a operação do sistema, acabaram por não executar tal acabamento.
Ao observarmos a água que faz parte do sistema ficamos surpresos, pois a princípio, pelas informações que tínhamos, a água era bruta, sem maiores agressividades. Entretanto, a água contém resíduos do processo industrial, sendo originariamente ácida, sofrendo adição de hidróxido de cálcio para que o seu pH se situe entre 6,5 a 7,5 ao longo do sistema.
O controle e correção do pH é feito de hora em hora. No entanto a agressividade da água não preocupa o Sr.
Claudio Belodi, pois o controle procura deixar o pH neutro, e na pior das hipóteses, se chegasse ao tanque um “caldo” puro do processo, o pH seria de 5,5.
A temperatura da água é igual à temperatura ambiente, e no que se refere ao geotêxtil Bidim (100% poliéster), a água com pH entre 6,5 a 7,5 (neutro) e mesmo 5,5 (ácido) não representa nenhum perigo ao produto.
Segundo o engenheiro químico Eduardo d’Angelo da empresa ASFALTOS VITÓRIA, fabricante de emulsão VITKOTE, o asfalto não apresenta nenhum problema sob condições de pH e temperatura citadas acima. Entretanto, o mesmo propôs fazer um teste para o caso extremo, de pH 5,5, em parte do sistema de impermeabilização asfáltica.
Para verificar a ocorrência de algum vazamento do sistema, foi feita uma vistoria minuciosa nos taludes do aterro que compõe o tanque, estes estavam absolutamente secos. Apenas num ponto, ao pé do talude, que se situa na ombreira esquerda o aterro (visto da usina), observou-se um sinal de umidade. Mas o Sr. Claudio garante não se tratar de água proveniente do tanque, sendo de alguma tubulação enterrada ou infiltração de água superficial pela grama e que aí surge. Pela localização do ponto, tudo leva a crer, realmente, não se tratar de água de vazamento do tanque.
O sistema como um todo parece perfeito, em termos de estanqueidade, vislumbrando um bom desempenho do sistema de impermeabilização executado com geotêxtil Bidim impregnado com emulsão asfáltica.
A COPERSUCAR deverá vir à Açucareira Quatá S/A para fazer uma avaliação do sistema de aspersão, entre outros, nos meses de Julho, Setembro e Novembro.
Face ao interesse, não só pela obra em si, mais em função do desenvolvimento da aplicação de sistemas de impermeabilização sobre o solo, ficou programado com o Sr. Claudio Belodi outra visita à obra no mês de Janeiro/89 quando o tanque for esvaziado para eventuais manutenções.
O Sr. Claudio nos contou um incidente que achamos necessário registrar.
No início do funcionamento do sistema de aspersão, a água achou um caminho preferencial, se alojando atrás do sistema de impermeabilização, estufando-o como se fosse um “balão” (Figura 1). Este processo ocorreu devido o vazamento da tubulação enterrada (com diâmetro de grandes dimensões) próximo a borda do tanque.
Após a interrupção do fluxo de água e drenagem da mesma o sistema de impermeabilização asfáltica voltou a se apoiar no talude como anteriormente, sem apresentar danos. Apesar do susto, o fato serviu para comprovar a estanqueidade e resistência do sistema de impermeabilização asfáltica.
O incidente ocorreu em local onde a impermeabilização asfáltica foi executada corretamente com aplicação da emulsão diluída em águas nas primeiras aplicações.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA











