Autor: Departamento Técnico – Atividade Bidim
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
INTRODUÇÃO
A construtora Serveng Civilsan S/A deu início às obras de duplicação e recuperação da BR-116 no trecho compreendido entre os Km 298,9 a 319,3. Neste trecho foram constatadas várias áreas de solo mole (turfosos) apresentando baixa capacidade portante de carga.
Inicialmente, foram previstas várias soluções alternativas, com e sem a utilização de geotêxtil. Após sucessivas avaliações das inúmeras alternativas apresentadas, optou-se pelo uso do geotêxtil Bidim RT-26 por proporcionar rapidez na execução do aterro, grande economia de material de empréstimo e consequentemente redução no custo global da obra, comparando aos vários métodos propostos, fatos esse que se enquadraram perfeitamente no cronograma original para execução e término da obra.
DADOS DA OBRA
Nome
Aterro Sobre Solo Mole na Duplicação da BR-116, Rodovia Régis Bittencourt.
Localização
Rodovia BR-116 KM 3, Pesqueiro Pantanal.
Contratante
DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem.
Construtora
Serveng Civilsan S/A Empresas Associadas de Engenharia. Lote 1 da BR-116
Consumo de geotêxtil
5.046 m² de geotêxtil Bidim RT-26.
COMENTÁRIOS GERAIS
A rodovia do MERCOSUL é hoje, sem dúvida, uma das obras rodoviárias mais importantes para o desenvolvimento do país e sua integração com a América Latina. Mais uma ação do Governo Federal, fazendo o progresso chegar mais depressa. A estrada que vai facilitar a integração do Brasil com o MERCOSUL é também a ligação rodoviária fundamental entre as regiões do Sudeste e Sul do país, responsáveis por 80% do PIB nacional.
O Governo Federal, com o apoio do Governo do Estado de Paulo, vai duplicar a pista da Rodovia BR-116, que vai do limite sul da região Metropolitana de Paulo, até a divisa com o Estado do Paraná. Além disso, serão restaura os trechos de pavimentação irregular e será construído um novo traçado na Serra do Cafezal. Trata-se de uma obra que vem resolver uma série de problemas e atender uma reivindicação de mais de 20 anos da população.
Investimentos da Obra
Um empreendimento com investimentos da ordem de R$ 1.282 milhões, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de R$ 450 milhões, do Eximbank do Japão de R$ 450 milhões e mais R$ 99 milhões da iniciativa privada, através do regime de concessão da rodovia.
Nos trechos esta do Paraná e Santa Catarina, as obras já se encontram em pleno andamento. Além de integrar o corredor do MERCOSUL, essa obra vai trazer uma série de benefícios para toda a região e, consequentemente, para todo o país.
Aumento da capacidade da via
O que beneficiará diretamente os usuários de modo geral diminuindo o tempo e o custo de viagem, melhorando as condições de tráfego.
Redução acidentes de trânsito
Conhecida nacionalmente como “Rodovia da Morte”, a duplicação e recuperação da pavimentação aumentarão a segurança da rodovia, diminuindo o número de acidentes e suas graves conseqüências.
Aumento da oferta de empregos
A população das regiões envolvidas será diretamente beneficiada com o projeto, em função do incremento das atividades econômicas, gerado por maior circulação de pessoas e bens.
Benefícios para o turismo
Os turistas passarão a contar com mais conforto e segurança, além da grande economia de tempo nas viagens.
A rodovia do MERCOSUL é mais uma iniciativa do Governo Federal, dentro 42 projetos do “Programa Brasil em Ação”, promovendo o desenvolvimento e aumentando a perspectiva de um futuro melhor e mais justo para to.
DESCRIÇÃO DA OBRA
A área de aterro em questão, estava compreendida entre o talude da antiga pista da BR-116 e uma área onde está localizado o Pesqueiro Pantanal.
Foi efetuado um lançamento de aterro com equipamentos leves e com ritmo lento, a fim de se evitar um possível trincamento e rompimento de uma pequena barragem ao longo de toda sua extensão.
Para se evitar um acúmulo de subpressões nesta barragem, provocadas pelo lançamento do aterro, foi lançada uma camada de rachão junto a mesma, servindo o berço para melhor estabilidade e acomodação da berma de equilíbrio da nova pista.
Inicialmente o geotêxtil Bidim foi cortado com um comprimento de 35 m, costurado e posteriormente lançado sobre a área a ser aterrada previamente limpa, com retirada de galhos, troncos, raízes de árvores que poderiam perfurar e danificar o geotêxtil.
Após a ancoragem do geotêxtil Bidim no pé do talude, deu-se início ao lançamento controlado do aterro em diagonal (no sentido da barragem) para melhor controle da expulsão de solo de fundação, o que na realidade não ocorreu devido ao berço de rachão.
Na borda da berma de equilíbrio junto à barragem, foi construído um dreno cego, envolvendo-se brita 2 no geotêxtil para evitar a contaminação com o material do aterro. Este dreno foi responsável pela condução da água retida no solo de fundação, expulsada durante o lançamento do aterro, auxiliando no adensamento e recalque diferencial da camada de solo mole.
Paralelamente à barragem, a 8 m desta, encontrava-se uma seqüência de postes de concreto, sustentando a rede elétrica local. Como estes postes estavam localiza na área de aterro, foram feitos manchões com geotêxtil costura ao redor mesmos (Figura 1).

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
Podemos citar como principais vantagens da aplicação do Bidim nesta obra de aterro sobre solo os seguintes pontos:
- Elementos de separação, anticontaminante e reforço entre o solo de fundação e o aterro.
- Maior distribuição de carga numa mesma área.
- Menor volume de material de aterro utilizado.
- Não remoção ou troca de solo de fundação.
- Minimização do recalque diferencial da área de aterro.
- Maior rapidez executiva.
- Maior facilidade de acesso ao local.
- Menor custo global da obra.
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA


estendida.



geotêxtil Bidim e costura ao redor do poste.


