Autor: Departamento Técnico – Atividade Bidim
Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.
RESUMO
Este trabalho relata a aplicação do geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) no dreno subsuperficial da Rodovia PE-60 no trecho entre o acesso à Suape e o município de Sirinhaém PE, com uma extensão de 28 km.
DADOS DA OBRA
- DATA DE EXECUÇÃO: Março de 1995
- LOCALIZAÇÃO: Município de Sirinhaém PE
- CLIENTE: Construtora Queiroz Galvão
- TIPO DE OBRA: Rodovia
- FUNÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM: Elemento de filtração
- QUANTIDADE UTILIZADA: 25.000 m² de geotêxtil Bidim RT-10
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A PE-60 é uma das mais importantes rodovias do nosso Estado. Ela é a principal via de ligação de diversas usinas de açúcar ao acesso do Porto de Suape e as principais Praias do Litoral Sul, tais como: Porto de Galinhas, Barra de Sirinhaém e Tamandaré.
Esta obra faz parte do “Programa de Obras e Serviços de Reabilitação Rodoviária”, parcialmente financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o qual envolve restauração de 1.250 km de rodovias estaduais pavimentadas, cobrindo 40% da rede pavimentada, que estão praticamente destruídas.
HISTÓRICO DO PAVIMENTO DA PE-60
A Rodovia PE-60 teve a sua pavimentação iniciada a partir do entroncamento com a BR-101, no ano de 1965. Foi na realidade, a primeira experiência em Pernambuco com o pavimento rígido, projetado sobre uma sub-base estabilizada granulo metricamente. Antes, os pavimentos rígidos eram desprovi de sub-base e executa diretamente sobre o subleito. Em geral, argiloso.
Na PE-60 foram utilizadas placas de 6,0 m x 3,5 m, com espessura de 23 cm no bordo e 17cm no eixo. O trecho Suape Barreiros, se inicia no km 10,4 e teve a sua pavimentação executada no período 1965-1969. Em quase toda a extensão desse trecho o pavimento original foi constituído por placas de concreto de cimento Portland. Em pequenos segmentos, no qual o aterro foi executado sobre solo mole, utilizou-se um pavimento flexível, com base de solo-brita e tratamento superficial duplo como revestimento, face aos possíveis recalques que poderiam ocorrer.
APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
O geotêxtil Bidim foi adotado como filtro do sistema de drenagem por permitir um rápido escoamento, e ao mesmo tempo evitar o carreamento de partículas para o interior do dreno, estabilizando o solo adjacente.
Em função das características da obra, foi escolhido o geotêxtil Bidim RT-10, baseado em suas propriedades mecânicas e hidráulicas. Além de que, o geotêxtil Bidim dispensa os cálculos granulométricos necessários aos filtros de areia, sem interferir nas hipóteses e fórmulas para cálculos de vazões. Também é um material contínuo e de características constantes e imputrescível.
INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM
A instalação do geotêxtil Bidim se deu pelos seguintes procedimentos:
- Abertura da vala para execução do dreno com 0,30 m de largura e profundidade igual à 0,42 m, regularização e compactação do fundo da vala.
- Instalação do geotêxtil Bidim, preenchimento e compactação com material drenante (pedra britada). – Fechamento do dreno, sobreposição do geotêxtil Bidim e revestimento com PMQ, espalhado manualmente, na espessura de 0,05 m.
- Execução serviços propostos para a restauração acostamentos.
Observações:
- O fundo da vala de drenagem deverá apresentar a mesma declividade longitudinal da pista de rolamento.
- Nos trechos em aterro com declividade nula, o fundo da vala terá declividade de 0,5% em cada segmento de 5 m até encontrar o ponto sangra, conforme desenho esquemático da Figura 1.
- Nos trechos em corte dispondo de drenagem subterrânea, a sangra será executada de modo a descarregar na camada drenante.
- Nos trechos em corte onde não existir, mas se fizer necessária a construção de dreno subterrâneo, será válida a observação do item anterior.
- O agregado para o dreno será do tipo 1 ½” – ¾”, com a seguinte granulometria.
GREIDE DA BASE
FACE INFERIOR
DA SUB-BASE
5,00 m 5,00 m | 5,00 m |
BASE SUB-BASE | 0,42 m 0,10 m |
0,5 % 0,5 % | 0,5 % 0,5 % |
SANGRA | SANGRA |
FUNDO DA VALA
DE DRENAGEM
Figura 1 Desenho esquemático com declividade do sistema de drenagem.