MUROS DE CONTENÇÃO À GRAVIDADE

Muros de contenção à gravidade são estruturas de contenção que devido ao seu peso próprio tem a finalidade de se opor aos esforços horizontais de empuxo que agem na direção perpendicular em relação à face da estrutura de contenção. Existem vários modelos de soluções de muros à gravidade. Como muros de alvenaria de pedra, muros de concreto ciclópico também chamados de concreto à gravidade, muros de sacos de solo-cimento, muros em fogueira (crib wall), muros solo-pneus e muros de gabiões. Este ultimo é largamente utilizado em obras de engenharia e distribuído pela Diprotec Geo e faz parte de uma gama de soluções ofertadas pela empresa, que acompanha desde a fase de projeto à execução de obras de contenção.

 

Figura 1 – Seções tipo muro de contenção

 


Quando se trata de muros contenção de alvenaria de pedra a resistência esta intrinsecamente ligada ao embricamento dos blocos de pedra, ou seja, depende da angulação e do quanto estes blocos estão ajustados e formam uma estrutura homogênea. No entanto quando é necessário de estruturas maiores de 2m de altura, é recomendada a utilização de argamassa de cimento e areia para preencher os vazios, isto ira tornar a estrutura mais rígida, mas ira praticamente eliminar a capacidade drenante da estrutura, sendo necessário usar dispositivos complementares para drenagem, tais como drenos de areia ou geossintéticos como geocomposto drenante e tubo, ou geotêxtil não tecido com brita e tubos no tardoz da estrutura de contenção.

 

Figura 2 – Muro de contenção de alvenaria de pedra

 

Muros de concreto ciclópico são estruturas construídas mediante o preenchimento de uma fôrma com concreto e blocos de rocha de varias dimensões. Normalmente tem seção transversal trapezoidal, com a largura da base girando em torno de 50% da altura do muro de contenção. Ainda que necessário situações de  greide reto, costuma-se adotar uma pequena inclinação de 2 graus na face. Usualmente muros de concreto ciclópico são apenas viáveis em obras de baixa altura.

 

Figura 3 – Muro de concreto à gravidade

 

Outra técnica de contenção que é bastante interessante é a utilização de sacos de poliéster ou similares preenchidos com uma mistura de cimento e solo. O material de enchimento destes sacos precisa passar por pequenos cuidados no processo de produção. Como utilizar o auxilio de peneiras com a malha  de 9 mm no solo e na sequencia espalhar o cimento e mistura-lo adicionando cerca de 1 % de água acima do correspondente a umidade ótima de compactação. Esta mistura é colocada nos sacos e realiza o fechamento através de costura manual. No local da obra os sacos de solo cimento são posicionados horizontalmente e compactados e quando for executar a próxima camada eles são posicionados intercalados com as posições da camada inferior, similar ao que se procede no posicionamento dos blocos em paredes de alvenaria. Este posicionamento ira garantir ao muro um maior intertravamento ao muro.

Figura 4 – Muro de contenção saco solo cimento

 

Os muros crib wall ou em fogueira são estruturas formadas por elementos pré-moldados de concreto armado ou aço. Tem esse nome “fogueira” devido à estrutura quando montada parecer à estrutura de madeira posicionada para realizar grandes fogueiras. Estas estruturas são conectadas longitudinalmente e o espaço interno preenchido com material granular graúdo. E são capazes de se acomodar a pequenos recalques das fundações.

 

Figura 5 – Muro de contenção crib wall “fogueira”

 

Os muros de solo –pneus são construídos pelo lançamento de camadas horizontais de pneus, os quais são amarrados entre si com corda ou arame e preenchidos com solo compactado. Esta solução porém, possue restrições ambientais em alguns estados do Brasil.

 

Figura 6 – Muro de contenção solo pneu

 

Os muros de gabiões são construídos através da montagem de gaiolas metálicas preenchidas com pedras posicionadas e ajustadas manualmente em seu interior. As telas que compõem essas gaiolas são constituídas de fios de aço galvanizado em formato hexagonal, através do processo de dupla torção. Geralmente as dimensões das caixas têm uma das arestas fixas de 1m e a outra aresta tem 1m ou 0,5m o comprimento destas caixas tem o mínimo de 1,5m. As caixas de 0,5m de altura são utilizadas nas camadas inferiores, pois apresentam uma rigidez e resistência maior aos esforços de compressão. Esse procedimento de adotar caixas de altura menor é necessário quando os muros ultrapassam 4m de altura. A rede metálica que compõem os gabiões possui grande resistência mecânica graças ao mecanismo de dupla torção que lhe confere em caso de ruptura a redistribuição das tensões, através da flexibilidade da malha que absorve as deformações excessivas. Além do arame dos gabiões ser protegido por galvanização dupla ou em casos de aplicação em regiões mais extremas como solos corrosivos ou situações que estarão sujeitos a nocivas intempéries como contenção de encostas, as malhas de gabião são protegidas com revestimento de PVC.

 

Figura 7 – Seção típica de muro de contenção em gabião elaborado pela Diprotecgeo

 

Figura 8 – Muro de contenção em gabião em encosta

 

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