DRENAGEM DE QUADRA DE FUTEVOLEI, VOLEI E FUTEBOL DE AREIA

As quadras de areia para a prática de esportes, como futebol de areia, vôlei de praia e futevôlei de praia, são muito comuns em clubes esportivos, clubes de campo ou demais locais que envolvam atividades de lazer ou atividade profissional. Normalmente essas estruturas têm dimensões de 16m de comprimento por 8m de largura quando direcionadas para a prática de futevôlei/vôlei. No caso do futebol de areia elas têm dimensões de 37m de comprimento por 28m de largura. As quadras de areia são uma excelente opção para a realização de atividades esportivas pois possuem um ótimo custo-benefício e baixo valor de manutenção.

No entanto, é necessário entender como dimensionar e executar esse tipo de estrutura e dar a devida atenção para os critérios de drenagem e as etapas na construção do sistema, pois desta forma será possível postergar o máximo possível as intervenções de manutenção no futuro. Para começar é necessário verificar o volume, ou seja, a quantidade de água que deverá ser drenada para que a estrutura cumpra a função desejada. É preciso ter conhecimento que todo sistema de drenagem tem um tempo para que a água seja drenada, e este tempo está associado ao investimento em material que o cliente está disposto a fazer e à quantidade de linhas de drenagem colocadas no projeto. Isso desde que respeitadas as situações onde não ocorram problemas de colmatação ou obstrução do fluxo de água.

Tecnicamente, para determinar com exatidão a vazão para um correto dimensionamento, é preciso verificar o tempo de recorrência de chuvas que atingem a região do estudo, assim como também as áreas de contribuição que convergem para onde está localizada a quadra. Desta forma, consegue-se obter a vazão superficial, que basicamente é a água que corre pela superfície do terreno. Depois, é necessário verificar a altura do lençol freático, sendo este o ponto mais crítico para o sistema de drenagem da quadra. Isso porque, ao contrário das vazões de escoamento de superfície, que podem ser redirecionadas através de canaletas, bueiros, tubulações para condução entre outros dispositivos, o lençol freático se caso esteja próximo da superfície ele apenas pode ser rebaixado e direcionado com sistema de drenagem subsuperficial.      

As quadras geralmente têm áreas especificadas por padrão e, normalmente, o tamanho da quadra é pequeno se considerado o restante do terreno onde está localizada. Então, caso situada em um local do terreno mais baixo, a área da quadra será atingida por um volume maior de água. E, inclusive, mesmo que exista um excelente sistema de drenagem superficial, parte desse escoamento é absorvido pelo solo e, como consequência, acaba potencializando o lençol freático. Apesar de toda a teoria envolvendo métodos de cálculo, é aconselhável partir da premissa empírica para condicionar um sistema drenante de quadra. Ou seja, é possível pré-dimensionar algumas linhas, executá-las, e, através da observação do tempo de escoamento para determinado volume de chuva, contestar se o sistema atende as especificações a serem atingidas. Caso ele não o faça, é possível fazer uma intervenção e executar mais linhas de drenagem.

Existem diferentes maneiras de estabelecer as linhas de drenagem, e isso depende essencialmente dos locais para onde poderá ser direcionado o volume de água drenado. O formato mais comum e largamente aplicado em diversas obras é o sistema de espinha de peixe, no qual, depois de definido o local de escape de todo escoamento do volume de água da quadra, é construída uma vala de drenagem com diversas derivações de modo a cobrir toda a área a ser drenada. Normalmente, coloca-se o tubo dreno perfurado de maior diâmetro e de maior capacidade de vazão nesta vala principal. Depois são construídas as valas secundárias, que são ramificações a serem conectadas à vala principal com ângulo de aproximadamente 45 graus. Nelas pode-se utilizar tubos de igual ou menor diâmetro que os instalados na linha central.

A declividade utilizada nas valas de drenagem é de suma importância e deve ser corretamente respeitada. Isso porque, se houver um erro nos valores da declividade das linhas de drenagem, ao invés do sistema drenar a água, ele poderá causar o efeito contrário, que é o acúmulo de água no centro da quadra e, portanto, será um sistema de drenagem subsuperficial ineficiente. Mas, a declividade deve ser utilizada com critério, pois ela está relacionada diretamente com o volume de material e também com o nível do local de escape da vazão final. Se for utilizada uma declividade com valor muito alto, as valas serão muito profundas, difíceis de executar, e haverá uma grande dificuldade de conectá-las a um sistema de águas pluviais ou área de escape dessa vazão.

Os materiais empregados nas valas de drenagem definem o tipo de dreno que deverá ser utilizado. Como dito anteriormente, é necessário avaliar caso a caso pois existem diferentes variáveis que devem ser levadas em conta para construir um sistema eficiente.  Dentre os tipos de dreno que podem ser utilizados, está o Dreno Cego, no qual basicamente é feita uma vala de drenagem revestida com geotêxtil não-tecido e preenchida com pedra brita. O sistema de drenagem com Dreno Cego é o sistema com menor capacidade de vazão porque ele não tem um tubo dreno para direcionar o fluxo de água. Ele apenas tem material drenante no seu núcleo e deverá ser empregado apenas nas linhas ramificadas a partir da linha principal de drenagem.

Depois, temos o sistema de drenagem com Vala de Drenagem e Tubo. Este sistema é muito difundido em diversos setores da construção civil. Ele é muito interessante porque pode-se utilizar tubos de variados diâmetros neste tipo solução, mas comumente os tubos dreno tem tamanho entre 4” e 8” polegadas. Deve-se ter noção que poderá ser diminuída a declividade por meio da utilização de um tubo com diâmetro maior e ainda assim ter um tempo de escoamento igual ou menor.

Outro tipo de dreno que atualmente está sendo muito utilizado é o sistema conhecido como Trincheira Drenante. Nessa solução é utilizado um material denominado como geocomposto drenante, que é composto por uma junção entre dois panos de geotêxtil nãotecido e um núcleo de georrede em PEAD, formando vazios de modo que a água possa ser direcionada para um tubo dreno. Deve-se ter em mente que o valor agregado desse tipo de solução é um pouco mais elevado em relação às outras opções se considerado dentro do orçamento apenas o preço unitário do material. Mas, é necessário levar em consideração que existem fatores que quando corretamente avaliados poderão auxiliar muito na redução de custos. Por exemplo, utilizando a Trincheira Drenante, a vala de drenagem será potencialmente muito menor do que no sistema convencional, não é necessário a utilização de pedra brita e possivelmente o tempo de execução da obra será muito menor.

O que também auxilia muito como um fator de redução de custos quando observado à longo prazo, além de estar intrinsicamente associada à conservação das quadras, é a utilização de um sistema conhecido como “Colchão Drenante”. Trata-se de colocar uma camada de geotêxtil nãotecido entre o sistema de drenos e a camada de areia, impedindo, dessa forma, que a areia se misture com o solo da base da quadra. Essa camada ajuda também a direcionar o fluxo de água para os drenos, além de manter a camada de areia homogênea. Essa homogeneidade é importante porque ela é essencial para a prática do esporte, além de evitar que a camada de areia precise ser trocada com frequência.

Os tubos nesse sistema de drenagem obviamente têm uma grande importância porque eles serão responsáveis por direcionar o maior volume de água e, portanto, deve-se observar a qualidade dos mesmos. Afinal, não valerá muito à pena investir em um sistema de valas de drenagem controlado, conforme especificações de projeto, se a qualidade dos materiais empregados é de qualidade duvidosa. Como, por exemplo, no caso dos tubos utilizados, eles deverão ter uma certa resistência para que, com o peso dos materiais que estarão acima deles, não venham a ser estrangulados e tenham seu fluxo interrompido. Outro fator que também deve ser observado é se a quantidade de furos é suficiente e atende à demanda de vazão de influxo necessária.

É importante entender que um bom sistema de drenagem é justamente aquele que é melhor adequado às necessidades que a obra exige. E isso deve ser verificado e alinhado com o projetista e o construtor da obra, pois eles têm uma visão técnica ampla e apurada para identificar as especificidades de cada caso e definir com maior precisão a melhor solução para o projeto.

GEOSSINTÉTICOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS

Aterros sanitários são obras de engenharia que atendem critérios técnicos com a finalidade de garantir o destino correto para os resíduos sólidos gerados no meio urbano, de forma que não cause danos à saúde pública e ao meio ambiente. É considerada uma das técnicas mais eficientes e seguras, devido ao fato de receber e acomodar vários tipos de resíduos, em diferentes quantidades, sendo também adaptável a qualquer comunidade, independente do tamanho.

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MUROS DE CONTENÇÃO À GRAVIDADE

Muros de contenção à gravidade são estruturas de contenção que devido ao seu peso próprio tem a finalidade de se opor aos esforços horizontais de empuxo que agem na direção perpendicular em relação à face da estrutura de contenção. Existem vários modelos de soluções de muros à gravidade. Como muros de alvenaria de pedra, muros de concreto ciclópico também chamados de concreto à gravidade, muros de sacos de solo-cimento, muros em fogueira (crib wall), muros solo-pneus e muros de gabiões. Este ultimo é largamente utilizado em obras de engenharia e distribuído pela Diprotec Geo e faz parte de uma gama de soluções ofertadas pela empresa, que acompanha desde a fase de projeto à execução de obras de contenção.

 

Figura 1 – Seções tipo muro de contenção

 

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Geomembrana PEAD (Polietileno de Alta Densidade): Matéria Prima

As geomembranas são membranas poliméricas que apresentam permeabilidades muito baixas, próximas à ordem de 10-²cm/s. Devido a esta característica, este produto é  largamente utilizado como barreira para líquidos e gases. Geralmente as geomembranas são produzidas industrialmente em forma de bobinas e distribuídas. Onde nas obras através de processos específicos de soldagem, elas podem ser unidas e formar grandes painéis.

 

 

Figura 01 – Bobinas de Geomembrana PEAD

 

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HOTSITES DIPROTEC GEO – Informações Sobre Os Principais Produtos

A Diprotec Geo, ao longo do último ano, lançou cinco hotsites. O primeiro foi sobre Geomembranas PEAD, em seguida Tubos Dreno, Geotêxteis, Gabiões e o último sobre Geocélulas. Por serem focados cada um em uma linha de produtos específica, foi possível trazer um conteúdo mais completo, com mais informações e também especificações técnicas.
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Estruturas de muros de contenção com Geocélula

Muito utilizada para o controle de erosão em situações de taludes com elevado grau de inclinação ou proteção de margem de canais, a geocélula também pode ser associada a muros de solo reforçado para compor estruturas de contenção. Graças ao seu formato de “colmeia” que é uma das organizações estruturais mais resistentes encontradas na natureza, a geocélula, quando organizada em camadas e alinhada à geossintéticos de reforço, constitui obras de contenção bastante robustas com grande agilidade de execução.

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Geotêxtil nãotecido – diferenças entre gramatura e resistência à tração

O geotêxtil nãotecido é conhecido em diversos setores de obras que envolvem processos de separação de solos, drenagem de solos, proteção de barreiras, entre muitas outras aplicações. No ramo de obras públicas, no setor de construção de rodovias, ele ficou conhecido como Bidim, nome da fabricante do material. Trata-se de uma empresa com muita tradição no mercado que, além do geotêxtil nãotecido, produz outros produtos de qualidade, como é o caso do geotêxtil tecido, muito utilizado para reforço de solo, e a geocélula, utilizada no controle de erosão, contenções e pavimentação.

Figura 1 – Aplicação de Geotêxtil não tecido em dreno em obra de pavimentação

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