Dicas e Cuidados para Instalação e Conservação da Geomembrana na Obra

Basicamente as geomembranas são membranas poliméricas flexíveis e apresentam permeabilidades muito baixas e que geralmente são utilizadas com o intuito de evitar a passagem de líquidos e vapores. São produzidas industrialmente e de forma geral fornecidas em formato de bobinas.  Dependendo da espessura do material ele poderá ser fornecido em forma de placas. Na Diprotecgeo nós fornecemos a geomembrana em formato de bobina que tem 5,9m de largura para espessuras até 1,5mm e 5,0m de largura para espessura acima de 1,5mm, trabalhamos também com kits de geomembrana soldada nas medidas solicitadas pelos clientes. Este material pode ser composto por diferentes tipos de matéria prima e, portanto, apresentar propriedades diferentes, normalmente aqui no Brasil é muito comum ser utilizado dois tipos, as geomembranas de PEAD (Polietileno de Alta Densidade) e PELBD (Polietileno Linear de Baixa Densidade). A geomembrana de PEAD é ligeiramente mais rígida do que as outras duas mencionadas.

            As geomembranas quando chegam na obra devem ser armazenadas de forma adequada pois se trata de um material que tem suas particularidades para um bom funcionamento e uma longa vida útil, portanto alguns procedimentos devem ser tomados. Por exemplo quando for o caso de o material ser confeccionado no local da obra. É necessário que as bobinas de geomembrana sejam armazenadas em cima de um tablado de madeira ou um colchão de areia, deve-se, portanto, evitar que o material tenha contanto com objetos pontiagudos que possam danificar o produto. Se houver a necessidade de empilhar as bobinas, deve-se utilizar um sistema de cunhas para cada nível, pois isso além de facilitar a movimentação também irá evitar um possível rasgo. O descarregamento é outro fator muito importante para a conservação do material, ele deverá ser realizado através de empilhadeira ou equipamento equivalente que permita o seu içamento de forma segura. A forma mais eficiente é utilizar cintas de poliéster com no mínimo 2 pontos de sustentação, deverá ser evitado o uso de cintas metálicas ou cabos metálicos que pois estes podem danificar a geomembrana.

            É preciso ter muita atenção quanto a preparação do solo onde será aplicada a geomembrana, a superfície de apoio deve estar nivelada e planificada de forma que não ocorram bolsões embaixo da geomembrana. É preciso remover todo tipo de material orgânico como galhos, raízes ou restos de vegetação. É muito comum nessa etapa depois de remover e nivelar a superfície, instalar uma manta geotêxtil Bidim antes de aplicar a geomembrana, porque desta forma será muito mais fácil a instalação e movimentação dos panos de geomembrana e irá proteger a geomembrana contra um possível rasgo, caso haja algum pedregulho ou objeto que foi esquecido no processo de preparação da superfície.

Caso haja presença de água, é preciso fazer um sistema de drenagem adequado, normalmente composto por valas de drenagem. Em algumas regiões o solo poderá ser quimicamente ativo e gerar o constante aparecimento de gases e se esse for o caso da região da obra, também será necessário a implementação de um sistema de drenagem de gases, pois existem situações em que os gases geram bolsões embaixo da geomembrana que poderão estourar o material.

A ancoragem da geomembrana pode ser executada de diferentes maneiras e esta etapa da obra cabe ao responsável da obra verificar qual seria a melhor opção que se encaixa em seu caso. Mas de forma geral existem duas situações que podem ser empregadas, e na maioria dos casos são as mais usuais. A primeira é quando é necessário fazer uma vala à aproximadamente 60 cm da borda em todo o perímetro do reservatório, geralmente essa vala terá 30 cm de profundidade por 30 cm de largura, depois de pronta esta vala, é colocado as pontas do pano geomembrana de forma que o fundo desta vala seja revestido com geomembrana, depois disso é aterrado esta vala e a ponta da geomembrana fica presa na vala e consequentemente ancorada e fixada, evitando que o material escorregue. É importante que o tanque esteja parcialmente cheio de água, antes da ancoragem ser executada, para evitar que a geomembrana seja tracionada (repuxada) pelo peso dos líquidos que serão armazenados no reservatório.

A segunda opção é um pouco diferente da primeira, mas em tese tem a mesma finalidade e geralmente é executada quando o cliente tem uma área reduzida para trabalhar, nesta opção de ancoragem é preciso ao invés de executar uma vala de ancoragem, executar uma viga de concreto e neste caso existem duas maneiras de fixar a geomembrana na viga de concreto, poderá ser utilizado um perfil “E” de PEAD e neste caso este perfil deverá ser instalado na viga ainda quando o concreto estiver fresco.  Depois de pronta esta etapa quando o concreto estiver curado (seco) poderá vir com a ponta da geomembrana e através de um equipamento específico a geomembrana é soldada no perfil “E” através de um processo de extrusão. Outra forma de fixação na viga, é que o perfil “E” poderá ser substituído por um perfil metálico de forma que através de um sistema de parafusos e porcas este perfil seja parafusado e pressionado contra as pontas da geomembrana e seja fixado na viga depois do concreto estar seco. Estes sistemas com perfil “E” ou metálico conferem um melhor acabamento a estrutura e auxiliam muito caso seja necessária alguma manutenção. Abaixo seguem algumas dicas destacadas para uma boa conservação da geomembrana:

  • Nas extremidades ou cantos de estruturas, devem ser previstos arredondamentos destas extremidades no projeto estrutural, ou deve-se construir uma camada protetora, visando minimizar possíveis danos na geomembrana.
  • Grandes vazios abaixo da geomembrana instalada podem causar deformação na geomembrana e nas emendas. Devem-se preencher estes vazios com solo ou utilizar estruturas de fixação conveniente.
  • Nas estruturas em que ocorrem deslocamentos ao redor, devem-se tomar cuidado de projetar conexões flexíveis que permitam alívio de tensões.
  • Para a proteção da geomembrana nas regiões de fixação de parafusos, porcas abraçadeiras, deve-se utilizar uma camada protetora, como por exemplo uma manta geotêxtil Bidim.
  • A área de instalação deverá ser isenta de qualquer tipo de contaminação, tais como lama, óleos, solventes, isso para que não ocorra alteração nas propriedades do material.
  • No caso da necessidade de movimentação de maquinário sobre a geomembrana deve-se inicialmente executar uma camada de aterro evitando que os equipamentos se movimentem diretamente sobre a geomembrana.
  • Deve-se instalar a geomembrana com folga suficiente para compensar eventuais dilatações térmicas, prevenindo a ocorrência do fissuras.

IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS COM TELHAS DE FIBROCIMENTO OU CERÂMICAS

SISTEMA ADOTADO

Membrana elástica moldada no local, aplicada na forma de membrana impermeável, moldada no local em camadas sucessivas até se atingir o consumo especificado, e estruturada com Véu de Poliéster VP-05, formando membrana contínua e aderida à base.

INDICAÇÕES

Aplicação para os procedimentos de impermeabilização em coberturas (Telhados) de Fibrocimento ou cerâmicos, novos ou antigos, recuperação de estanqueidade, redução da temperatura do ambiente interno ou renovação estética, aplicação simples na forma de pintura, sobre o substrato, adequadamente preparado e totalmente seco.

PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE PARA E APLICAÇÃO DA MEMBRANA IMPERMEÁVEL

A superfície da cobertura, seja de fibrocimento ou cerâmica, deverá estar limpa, totalmente seca e isenta de partículas soltas e material pulverulento que impeçam a aderência, deve previamente lavada com jato d’água sob pressão com hidro lavadora leque aberto com 30° aproximadamente, removendo microrganismos, e incrustações.

Telhas soltas, devem ser reposicionadas e novamente fixadas, telhas quebradas, devem ser reparadas na situação de serem de fibrocimento ou substituídas se forem telhas cerâmicas.

Engastes e cumeeiras, também devem ser revisados antes da aplicação do sistema, bem como as calhas, dutos e saídas dos coletores de água, que devem estar desobstruídos e sem apresentarem entupimentos.

Rever também, no caso de telhas de fibrocimento, as vedações plásticas ou de borracha, dos elementos fixadores (Parafusos, arruelas etc.) e se estiverem ressecados ou danificados, substituir ou então refazer os mesmos com selante a base de poliuretano ou selante híbrido MS.

APLICAÇÃO

Com a superfície totalmente seca, aplicar a primeira demão do impermeabilizante, diluído com 20 % de água limpa, esta demão diluída, terá como função, a imprimação, preferencialmente aplicar a primeira demão, com ferramentas de cerdas, tipo trincha ou broxa e com ferramentas de cerdas, para melhor penetração no substrato e aguardar a completa secagem, em torno de 06 horas.

Iniciar a aplicação da segunda demão, partindo-se da menor cota, para a mais alta, até se atingir o consumo especificado.

Aplicar a segunda demão da membrana impermeabilizante pura, sem diluição e imediatamente estruturar com Véu de Poliéster VP-05, e na sequência, aplicar a terceira demão, ou seja, a 2ª e 3ª demãos, são aplicadas simultaneamente, fazendo-se os contornos das telhas onde está sendo aplicado o sistema.

Repetir estas operações até atingir a cumeeira da edificação, ou arremate vertical.

Aplicar a 4ª demão da membrana pura, aguardando o intervalo de secagem, que pode variar de acordo com a U.R.A (Umidade Relativa do Ar).

Fazer os arremates de cumeeira, adotando-se os mesmos procedimentos, materiais e consumos.

Produtos recomendados para este procedimento e consumos:

1) Selante a base de Poliuretano para caletação de trincas e fissuras: Soudaflex 40 FC ou Selante Híbrido MS: Soudaseal lm 215.

2) Membrana Impermeabilização a flexível base de resinas elastoméricas refletivo (Branco ou Cinza Platina): FLEXOTOM PUD Consumo mínimo: 1,4 Kg/m² podendo chegar até 2,8Kg/m² dependendo do estado e dimensão do telhado.

3) Véu estruturante de Poliéster: Véu de Poliéster VP-05.